Panacéia dos Amigos

segunda-feira

NIÓBIO: HISTÓRIA E POTENCIAL..

sexta-feira

GRAFENO - MATERIAL DO(E) FUTURO..


O grafeno é um material produzido a partir da grafite. Suas incríveis propriedades físicas tornam-no um material com diversas aplicações tecnológicas.

É o material mais fino do mundo. Consiste de uma camada bidimensional de átomos de carbono organizados em estruturas hexagonais, cuja altura é equivalente a de um átomo. Esse material pode ser produzido por meio da extração de camadas superficiais da grafite, um mineral abundante na Terra e um dos mais comuns alótropos do carbono.

As ligações químicas formadas entre os átomos de carbono e a espessura do grafeno tornam esse elemento recordista em algumas propriedades físicas, como resistência mecânica, condutividades térmica e elétrica. Essas características fazem do grafeno um dos mais promissores materiais, podendo ser utilizado nas mais variadas aplicações.

O grafeno é um alótropo cristalino bidimensional do carbono e tem incríveis propriedades físicas.

O grafeno tem incríveis propriedades físicas que o tornam um material com diversas aplicações tecnológicas. Conheça algumas propriedades que tornam esse alótropo tão especial.

Propriedades mecânicas
O grafeno é o material mais resistente já conhecido, sendo capaz de suportar pressões de até 130 gigapascal (130.109 Pa). Tamanha resistência decorre das fortes ligações químicas formadas entre seus átomos de carbono. Materiais largamente utilizados na construção civil, como o aço, suportam apenas um terço dessa pressão.

Outra propriedade interessante do grafeno é seu alto módulo de Young, indicando que, além de resistente, esse material é bastante elástico e, por isso, retorna ao seu tamanho original com relativa facilidade.

As pequenas áreas de cada hexágono de carbono são responsáveis pela alta impermeabilidade do grafeno, que pode ser usado como uma pequena rede capaz de segurar gases que vazam muito facilmente de seus recipientes, como o gás hidrogênio. Além de extremamente resistente, o grafeno é muito leve: sua densidade é de 0,77 g/ m², cerca de mil vezes mais leve que uma folha de papel.

Propriedades elétricas
Os elétrons conseguem propagar-se no grafeno quase livremente sem sofrerem desvios ou colisões. Em virtude da estrutura hexagonal das ligações de carbono, os elétrons deslocam-se no interior dessas finas camadas em velocidades relativísticas, próximas à velocidade da luz.

Em temperatura ambiente, a resistividade elétrica do grafeno é a mais baixa que conhecemos, cerca de 10-6 Ω.m, menor que a resistividade da prata, o melhor condutor metálico conhecido.

Propriedades ópticas
Apesar de ser uma camada de carbonos com altura de um único átomo, o grafeno é visível a olho nu, já que permite a passagem de 97% a 98 % da luz incidente. Esse comportamento óptico surge das propriedades relativísticas dos elétrons no grafeno. Isso implica que, ao amontoarem-se diversas folhas de grafeno, é possível produzir um corpo perfeitamente negro, capaz de absorver quase toda a radiação incidente sobre ele.

Propriedades térmicas
Em virtude das suas propriedades eletrônicas, o grafeno é um excelente condutor térmico. Esse material é capaz de dissipar calor mais rápido que qualquer outro conhecido. Além disso, alguns estudos sugerem que sua temperatura de fusão seja de 4125 K, cerca de 3851° C.


O grafeno estável e bidimensional foi descoberto acidentalmente em 2004 pelos físicos russos André Geim e Konstantin Novoselov. Essa descoberta garantiu aos pesquisadores, em 2010, o prêmio Nobel de Física. A existência desse alótropo do carbono, no entanto, já era conhecida desde 1930.

Qual é o preço do grafeno?
O preço do grafeno ainda é elevado em virtude de seus complexos meios de obtenção. As técnicas mais atuais que permitem a produção de camadas puras e finas desse material funcionam com a deposição de vapor em substratos metálicos, como folhas de cobre.

Atualmente, uma folha de grafeno de 5,08 cm por 2,54 cm, cerca de 12,9 cm², pode custar até 275 dólares: uma média de 21 dólares por centímetro quadrado. No entanto, fatores como impurezas e assimetrias podem reduzir drasticamente esse preço.

Outra forma de obtenção do grafeno é a partir da grafite: com 1 kg de grafite, que custa em torno de 1 dólar, é possível produzir até 150 g de grafeno, cujo valor supera os 15 mil dólares¹.

Onde encontramos o grafeno?
Apesar de ser um alótropo do carbono, como a grafite e o diamante, o grafeno não é encontrado na natureza em sua configuração bidimensional, isto é, contendo apenas um átomo de altura.

Na forma bidimensional, o grafeno tem sua estabilidade química drasticamente reduzida, apesar de adquirir propriedades físicas e químicas que o tornam ótimo condutor de calor e de corrente elétrica e o material mais resistente já conhecido. Dessa forma, na natureza, é privilegiada a ocorrência do grafeno de multicamada, que é bem menos interessante para aplicações tecnológicas.

Qual é a composição do grafeno?
O grafeno é composto por átomos de carbono ligados em estruturas cristalinas hexagonais por meio de ligações sp2. Essas ligações repetem-se ao longo de um plano bidimensional, com somente um átomo de altura.

O que se pode fazer com o grafeno?
O grafeno é um dos materiais mais promissores conhecidos. Suas aplicações tecnológicas são vastas e limitam-se à capacidade de produção desse material em grandes escalas. Dispositivos como telas de LED dobráveis, células fotovoltaicas (painéis solares), telas sensíveis ao toque mais resistentes, transistores mais eficientes, supercapacitores, dissipadores de calor e superbaterias de celular são alguns exemplos de tecnologias possíveis por meio da aplicação do grafeno. Recentemente, um aluno da University State of California, mostrou que, submetendo-se um disco de grafeno a uma carga elétrica durante dois segundos, é possível manter aceso um LED por até 5 minutos.

Grafeno no Brasil
O Brasil encontra-se na corrida tecnológica em busca da obtenção de métodos mais baratos e eficientes para a produção de grafeno. Segundo relatório produzido em 2012 pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), em poucos anos, o mercado do grafeno deverá ser um dos mais rentáveis do mundo, tendo potencial de atingir até 1 trilhão de dólares em 10 anos. Além disso, o Brasil detém as maiores reservas de grafeno do mundo.

Apesar de ter a altura de um átomo, a camada de grafeno é visível a olho nu em virtude de efeitos relativísticos que surgem em sua estrutura.

Fonte: Mundo Educação

terça-feira

THE CARPENTERS: É ONTEM OUTRA VEZ..




No distante inicio dos anos 90, vida pré - internet, informação musical era com revistas, amigos e os raros programas de TV. Um de vida breve, mas importante foi o programa Kliptonita da Record. E foi em um dia de sua programação que vi The Carpenters pela primeira vez no clipe “Please, mr. Postman”. Eu já conhecia a versão dos The Beatles da qual gostava muito. Então, fiquei curioso e assisti. Fiquei encantado com a voz de Karen e com o que eu não conseguia definir na época: o tom harmônico dos Carpenters atingido pela condução segura de Richard Carpenter. Até então, sabia que era uma dupla de irmãos com grandes sucessos.


Até 1996, ainda se comprava aparelhos de som com LP, fita k7 e o (vejam só!) recente CD. Logo em seguida, comprei vários LPs então cada vez mais baratos, e entre eles estava “Kind of Hush” dos Carpenters. Foi quando os reencontrei e a lembrança daquele clipe me fez comprar o disco. A partir desta audição com destaque para “I need to be in love” que, até hoje entendo como das mais belas e doloridas canções de amor e desencanto que já ouvi, eu realmente me tornei um fã interessado em saber o que pudesse sobre a banda.


Os Carpenters foi um duo musical norte-americano composto pelos irmãos Karen (1950-1983) e Richard Carpenter (n. 1946). O duo vendeu mais de 90 milhões de álbuns e singles mundialmente. Suas canções eram suaves e sofisticadas. Tempos depois descobri que os irmãos chegaram a formar um grupo de Jazz! Estava explicada a sofisticação e harmonia das faixas. Chegaram a nomear seu estilo como “Soft Rock”, de fato, não vejo muitos elementos de rock no Carpenters, talvez um apelo pop, no sentido de serem canções de um apelo comercial claro, embora não descartável.


Se tornaram um dos mais influentes artistas do anos 70 com grandes sucessos como “Close to you”, “Only yesterday”, “I need to be in love”, “Kind of Hush”, “We´ve only just begun”, “Yesterday once more”, “Rainy Days and Mondays” entre outros. Lindas e suaves canções que se tornavam singulares em relação as dos movimentos Heavy Metal, Punk e grandiloquencia Progressivo ou Disco, reinantes na época.


Em quase 14 anos, os Carpenters gravaram onze álbuns, que produziram diversos singles bem-sucedidos, como "We've Only Just Begun", "(They Long to Be) Close to You" e sua regravação de "Please Mr. Postman". As turnês do duo passaram por diversos países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Austrália, Países Baixos, Brasil e Bélgica. A carreira da dupla chegou ao fim com a morte de Karen, em fevereiro de 1983, devido a uma parada cardíaca em função de complicações da anorexia nervosa. O que despertou na época a consciência  sobre as consequências das disfunções alimentares, até então, pouco conhecidas ou debatidas.




Uma nota importante é que Karen era inicialmente a baterista quando formaram uma banda de jazz com outros músicos e ainda nos primeiros discos dos Carpenters, mas, com o tempo, Richard a convenceu a abandonar o instrumento e se dedicar apenas ao canto. Karen aceitou os argumentos do irmão a contragosto. Apesar de voz extraordinária de contralto, ela acreditava seriamente que não era uma cantora e sim uma baterista que cantava. Imaginem..


quarta-feira

ABBA – E AFINAL..THE WINNER TAKES IT ALL




Por todos e nenhum motivo a maioria das pessoas torce o nariz para a música do ABBA. Todo tipo de acusação já foi feita e as mais comuns são de que o som é brega, ultrapassado ou constrangedor. Mas, lá no fundo, muito dos que dizem isso mexem pés imaginários ao som de Dancing Queen e choram por dentro com “The winner takes it all”.


Sempre gostei do som do ABBA. Desde moleque. Mas era como uma sociedade secreta: você gosta, mas não fala. Ainda mais sendo um menino. Na época se evita o assunto porque, afinal ,“ABBA é música de veado” o que é outro lugar comum quando se fala mal da banda. E não à toa quando se ouvia um disco ou fita era sempre de uma prima ou tia solteirona. Quanta bobagem!


A partir do momento que você tem acesso as traduções do ABBA você passa a entender o que eles estavam fazendo. É quando você descobre que uma música aparentemente brega como “Fernando” na verdade é um lamento contra a guerra e que “Chiquitita” também. Eles usavam o ritmo da época, mas elaboravam um som igual e diferente e disfarçavam letras mais sérias e comoventes com uma alegria que na verdade era um contraste e, às vezes, quase um humor negro. Genial.

O ABBA, para os que desconhecem, é um grupo sueco de música pop, formado por Anni-Frid "Frida" Lyngstad, Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Agnetha Fältskog, que atuou entre 1972-1982. O nome "ABBA" é um acrônimo formado pelas primeiras letras de cada membro (Agnetha, Björn, Benny, Anni-Frid).



O quarteto formou-se em Estocolmo em 1972, mas só tiveram fama internacional depois de vencerem a edição de 1974 do Festival Eurovision. Desde então, o ABBA ganhou popularidade empregando ritmos dançantes em suas canções, com letras diretas e uma sonoridade peculiar  caracterizada pela harmonia das vozes femininas e da técnica “wall of sound”, efeito criado pelo produtor musical Phil Spector. Björn e Agnetha casaram-se meses antes da formação do quarteto, enquanto Benny e Frida casaram-se apenas em 1978; os quatro lidaram com obrigações artísticas ao mesmo tempo que se ocupavam com as suas novas famílias. As suas gravações tiveram forte impacto comercial e o grupo a tornou-se o mais bem sucedido da gravadora Universal Music Group como a banda que mais vendeu discos nos anos 70.




O ABBA foi o primeiro grupo pop europeu a fazer sucesso em países anglófonos fora da Europa, principalmente na Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Canadá e, em menor proporção, nos Estados Unidos. No entanto, no auge de sua popularidade, os dois casamentos foram dissolvidos e essas mudanças se refletiram em sua música, escrevendo letras mais profundas com um estilo musical diferente. No início dos anos 80 o grupo experimentou um declínio comercial, o que acabou levando à decisão do fim do grupo, de modo que em dezembro de 1982 ocorria a última aparição do quarteto. Depois de um tempo fora do interesse público, na década de 1990 foram lançados vários álbuns de compilação que possibilitaram o retorno do grupo ao topo das paradas.




O ABBA é considerado um dos grupos de maior sucesso do mundo, cujas vendas de seus álbuns são estimadas em 400 milhões em todo o mundo. Suas canções foram interpretadas por vários artistas, além de serem a base do musical Mamma Mia e esse projeto foi para o cinema gerando dois filmes com Meryl Streep e grande elenco. Como não poderia deixar de ser o grupo é um ícone no seu país de origem, bem como uma figura importante na expansão da europop. Sua popularidade abriu as portas para outros grupos do mesmo gênero (como o Roxette e o Ace of Base), fato que culminou na entrada do grupo para o Rock and Roll Hall of Fame..




ABBA continua a encantar as pessoas e é o grupo que mais vende cópias depois dos The Beatles. Apesar da estética dançante seus compositores e cantoras vinham de consistentes carreiras solos na Suécia e eram músicos pop competentes. Todas as canções foram da dupla Benny e Bjorn que continuaram, mesmo depois da separação do grupo, trabalhando juntos em composições para outras bandas, ou outros projetos como o musical que se tornou filme e no qual eles fizeram sutis participações.



E afinal, apesar de toda a resistência que enfrentaram: “The winner takes it all..”




terça-feira

THE BANGLES : AS PULSEIRAS DOS ANOS 80



Uma das coisas bacanas da internet, especialmente do YouTube, é o resgate de lembranças. No caso, para pessoas como eu, passadas 04 décadas, é possível adentrar uma trilha de nostalgia que é uma sensação agradável carregada de sensações. Uma música dos anos 80 nos remete ao ambiente, as impressões, ao radinho de pilha, aos aromas, enfim, a época por mais de um caminho de memórias.

Recentemente, andei assistindo muitos clipes e especiais da banda The Bangles. A referência direta era a trilha sonora da novela “Que Rei Sou Eu?” com “Eternal Flame” que fez um sucesso estrondoso no Brasil assim como o folhetim. Uma ótima trilha por sinal!  Contava também com “Orinoco Flow” de Enya o que fez o interesse pela cantora em terras tupiniquins acontecer.



Voltando ao The Bangles: pouco vi o clipe de Eternal Flame, em minha opinião péssimo, porque era muito difícil, mas assisti. Não impressiona muito e as meninas parecem deslocadas em um clipe escuro, nonsense e chato. E só depois fui descobrir que eram quatro jovens mulheres bonitas enquanto que o clipe não fez justiça e eu sei, claro, que isso não interfere na apreciação da música, porém, qualquer clipe que desperdiça a beleza merece descrédito. Sem esquecer que faz parecer que Susanna Hoffs é a única vocalista com um destaque desnecessário.

As outras canções que se destacaram mais como “Maniac Monday”e “Walk like a Egyptian” acompanhei mais pela “saudosa” (sqn) Rádio Cidade (entendedores entenderão). Seja como for, acho que curto mais a banda hoje do que antes. Elas eram mais do que um produto bonitinho..eram cantoras de verdade, sabiam tocar seus instrumentos, sabiam compor. Era uma banda de jovens mulheres corajosa e de qualidade pop inegável.



Susanna Hoffs e as amigas Vicki e Debbi Peterson, formaram uma banda em Los Angeles em dezembro de 1980. O trio se chamava The Bangs. A banda fazia parte da cena de Los Angeles Paisley Underground, que apresentou grupos que tocaram uma mistura de rock influenciado pelos anos 1960.[1] Em 1981, o trio gravou e soltou um single ("Getting Out of Hand" b/w "Call on Me") pela DownKiddie Records (seu próprio rótulo). O trio assinou com a Faulty Products, um rótulo formado por Miles Copeland.

A  formação inicial consistia em Susanna Hoffs (vocais e guitarras), Vicki Peterson (guitarras e vocais), Debbi Peterson (voz e bateria) e Annette Zilinska (vocal e baixo) gravaram um EP em 1982 e lançaram o single "The Real World". Uma questão legal obrigou a banda a mudar seu nome no último minuto, então eles deixaram "The" e adicionaram as letras "les" até o fim para se tornarem Bangles. E nesse ponto trocaram de baixista com Michael Steele ficando com o cargo.



O álbum de estreia das Bangles foi lançado pela Columbia Records, All Over the Place (1984), resgatou as raízes power pop, da banda, apresentando os singles "Hero Takes a Fall" e "Going Down to Liverpool" (originalmente gravado pela banda Katrina and the Waves). O álbum recebeu boas críticas, e o videoclipe de "Liverpool" apresentava Leonard Nimoy, que ajudou a gerar mais visibilidade. Isso aconteceu através de uma amizade entre as famílias Hoffs e Nimoy. Elas receberam uma audiência muito maior e se tornaram artistas de abertura para Cyndi Lauper na Fun Tour.

Tudo isso foi para atrair a atenção de Prince, que lhes deu a canção "Manic Monday", originalmente escrito para o seu grupo Apollonia 6. "Manic Monday" passou a se tornou número dois nas paradas dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, superada no momento apenas por outra composição de Prince, seu próprio "Kiss".



O segundo álbum da banda, Different Light (1986), foi mais polido do que o seu antecessor e com a ajuda do sucesso mundial de "Walk Like a Egyptian", levou a banda firmemente para o mainstream. A música foi enviada para eles no meio de uma gravação e o grupo estava dividido sobre se ela seria uma falha ou um sucesso. Quando a música foi lançada, o grupo ficou surpreso ao descobrir que trouxe um novo público de fãs, a maioria deles muito jovem.

Neste ponto começaram conflitos entre as integrantes da banda depois que a mídia começou a classificar Hoffs como a principal vocalista do grupo, em função da gravadora da banda a Columbia Records, lança na maior parte dos singles, no qual Hoff canta os vocais principais. Na verdade, a divisão de vozes nos álbuns do grupo foram divididos de forma igual, entre todas as integrantes da banda, todas as quais escreveram as músicas.



O álbum Everything (1988) foi produzido por Davitt Sigerson, já que a banda teve uma reação negativa ao trabalho com David Kahne em Different Light. O álbum foi outro sucesso multi-platina e incluiu o hit top cinco "In Your Room", bem como o single mais vendido da banda, a balada suave "Eternal Flame". O co-roteirista Billy Steinberg veio com o título depois que Susanna Hoffs, lhe contou sobre a recente viagem da banda a Memphis, Tennessee. O grupo visitou Graceland, propriedade de Elvis Presley em Memphis. Uma "Chama Eterna" em memoriam para Presley é mantida no site, mas no dia em que a banda visitou, a chama havia saído e seu cerco de plástico transparente estava inundado. Quando elas perguntaram o que estava na caixa, elas foram informadas:"Essa é a chama eterna". O single tornou-se o seu maior sucesso mundial e o maior single de uma banda feminina de todos os tempos.



Estavam exatamente no auge quando as cisões internas se tornaram insuportáveis e o grupo se desmanchou e cada integrante foi buscar o espaço que achava ter direito em trabalhos solos, mas separadas jamais conseguiram retornar ao impacto de The Bangles. Recentemente, retornaram a banda para alguns shows em nome da nostalgia embora com a formação inicial em 2000 logo em seguida a banda não pode mais contar com a vocalista e baixista Michael Steele.






CONVERSA DE DINDO - Um monólogo Dercygonçalviano sobre meio ambiente e ambiente sem meio..



(O personagem trajado de paletó, gravata, calças e sapato vai ao meio do palco.  Segura uma cadeira. A posiciona com o assento contrário a plateia e senta-se. Olha para a plateia como em um reencontro.)

Olá!
Bom te ver.
Bom ter essa prosa com você.
Faz tempo que não falamos..
Como vai a vida?
Vejo que cresceu bem desde a última vez que te vi.
Já está gente grande, hein?
Mas e a cabeça tá boa?
Ou fazendo tanto besteira que na hora de pensar..
Cadê meu cérebro, né?
Aprontando todas
Mas, trabalhar que é bom, nada hein?
Não é boa coisa não, sem vergonha!
Mas sabe que...eu até que eu esperava isso?
Verdade, já estava escrito
Reparando o jeito que você tratou seus pais...!
Quer dizer... sei que eles eram meio estranhos.
Não entendiam a modernidade.
Mas não precisava MATAR eles, precisava?
Crueldade!
Que falta de amor!
Você preferiu matar seus pais do que dividir sua casa.
Só que a casa já era deles antes!
Você nem ligou!
Tomou a casa e fez uma festança atrás da outra, certo?
Comes e bebes a vontade!
Sacanagem de monte!
Arrebentou com tudo!
Seus amigos até roubaram as coisas da família!
Mas você, tão louco, , nem percebeu!
Agora, olha aí...!
Casa arruinada.
Sem dinheiro.
Fudido!
De boa? Isso mesmo que eu falei...
Tá aí você!
FUDIDO!
FERRADO E MAL PAGO!
A casa dos teu velhos
era tão bonita!
Decorada.
“Do coqueiro que dá coco.
De noites claras de luar.
A gente ouvia as fontes murmurantes
E matava a sede.
Com a lua brincando no céu”; (1)
 “As palmeiras,  o Sabiá;
As flores das várzeas;
Uma casa tão viva, cheia de amores!” (2)
E agora, tanta miséria!
Agora , que ponto chegamos!
Satisfeito?
Que você tem?
Que sobrou pra gente?

(Levanta-se, revoltado, joga a cadeira para longe. A cada sentença arranca, rasga uma peça do vestuário fazendo aparecer a maquiagem corporal.)

Isso? Não é nada! –(roupa)
Isso? Não é nada! –(roupa)
Isso? Não é nada! –(roupa)
Isso? Não é nada! –(roupa)
Isso? Não é nada! –(roupa)
E aí? Que me sobrou?
O que sobrou???
Só sobrou o PAU!
Qué sabê? Nem o pau!
Não tenho nem pau para mostrar!
Você se aproveitou do meu pau faaazzz teeeempo, vagal!
Que foi?
Que cara é essa?
Não lembra de mim, não?
Já esqueceu?
Lembra de mim, não?
SOU TEU PAU, FILHO DA PUTA!
Pau Brasil!
FuI teu padrinho, te batizei povinho sem vergonha!
Sou teu “dindo”, vivia nesta casa antes de vocês,
Antes de teus pais índios.
E apesar de tantos filhos adotivos
foram todos recebidos...
E vocês fizeram O QUÊ?
Desgraçaram com tudo!
Os amigos dos seus pais que eram:
A mata,
As águas,
O céu!
Foram todos abusados.
Todos judiados!
Até eu!
Eu que fui seu padrinho, te dei nome!
Fui vendido!
Cortado!
Queimado!
Desperdiçaaaaaaado!
Esquecido!
Virei menos que lembrança ruim.
Que vergonha ter te dado meu nome!!!
Que vergonha de ser Brasil!!!
Que vergonha...Brasil!
Que vergonha, Brasil!
Mas agora, pra vocês saberem:
Eu não sou mais pau brasil!
Não me ofendam mais!
Daqui por diante,  eu sou só o  pau!
Pau nervoso!
Pau que bate!
Pau cacete!
Pau na mesa!
O pau que vocês merecem seus sem vergonha!
Tome o pau!
Pau no Brasil!
Pau no Brasil!
Pau no Brasil!




Por Oto Sales




(1)Aquarela do Brasil-Ary Barroso
(2) Canção do exílio – Gonçalves Dias

quinta-feira

PORQUE ANA E VITÓRIA SÃO ANAVITÓRIA.



Ying e Yang. Preto e branco. Positivo e Negativo. A lua e o sol. Ordem e caos. Céu e chão. Conexões cósmicas. Opostos complementares. Realidade conjunta. Maktub! Namastê!

Assim parece ser a união de Ana Clara Caetano Costa e Vitória Fernandes Falcão: um todo maior que as partes. Não à toa sempre surgem em contraste de cores. Ana vestindo branco e Vitória preto. Elas se contrastam e complementam aos olhos.


Ana é objetiva e objetivo. Traz as canções, compõe quase todas e dá a voz e o direcionamento. Suas letras, porém, são subjetivas, emocionais e líricas sobre amor, solidão, conflitos e assim, encontram ninho em Vitória, que é subjetiva, ilustrativa e ilustradora das canções emprestando a elas emoção, sorrisos, olhares e também, claro, sua voz.

Quando opostos se complementam tudo se movimenta. São como os pólos negativo e positivo. Separados, mantém em si o que possuem e juntos transmitem corrente elétrica. Anavitória é eletricidade sem ser cadeira elétrica assemelhando-se mais com um abajur suave ao lado da cama, intimo necessário e insubstituível.


Em menos de 05 anos (iniciaram a carreira em 2014 quando Felipe Simas, empresário, as descobriu e botou fé. Elas gravaram Álbuns e Eps, um filme e um documentário sobre sua trajetória. Foram reconhecidas com um grammy latino de “melhor canção em língua portuguesa” e emplacaram várias músicas em novelas. Eletricidade. Seu ritmo emula as bandas do início dos anos 60: sempre em movimento! Álbum, ep, filme, documentário, regravação, música de carnaval, música de copa do mundo, Instagram, You Tube, participação especial.. não se passam muitos meses sem que elas apareçam com alguma novidade. Também, como essas bandas fizeram, marcam ponto firme no carisma.


Pior cego é o que não quer enxergar: Anavitória é especial. Existem outras bandas e cantores que estão em um movimento similar também com boas canções, mas a química de Anavitória está em outro nível e a explicação foge da resposta objetiva, é abstrata e paradoxalmente é fato manifestado no furor dos fãs e na diferença notável de exposição entre elas e os outros. Eletricidade, reforço.


De minha parte, que sempre gostei de boa música, fico feliz em ver um trabalho tão jovem já demarcar território com tantas canções populares, pop sim, mas bem feitas, bem letradas e bem cantadas. Isto é outro fato a favor: Até aqui o duo se mostra uma fábrica de hits colecionando certificados de ouro, platina e diamante. Se você não percebe o encanto e qualidade de canções como “Trevo”, “Singular”, “Barquinho de papel”, “Agora eu quero ir”, “Cor de Marte”, “Cecília”, “Porque eu te amo”, “Calendário”, “Outrória” e “Ai, amor”, para citar algumas, eu realmente lamento por você, ou talvez não.


Tão jovens, elas poderiam ter oferecido todo esse potencial a estilos, para mim, bem menos interessantes, mas, felizmente, não. Espero que assim permaneça e desenvolva. Eu vi um passo a frente no segundo disco, e espero que esse crescente se mantenha. Vejamos até onde as meninas podem alcançar e nos levar..