Panacéia dos Amigos

terça-feira

THE BANGLES : AS PULSEIRAS DOS ANOS 80



Uma das coisas bacanas da internet, especialmente do YouTube, é o resgate de lembranças. No caso, para pessoas como eu, passadas 04 décadas, é possível adentrar uma trilha de nostalgia que é uma sensação agradável carregada de sensações. Uma música dos anos 80 nos remete ao ambiente, as impressões, ao radinho de pilha, aos aromas, enfim, a época por mais de um caminho de memórias.

Recentemente, andei assistindo muitos clipes e especiais da banda The Bangles. A referência direta era a trilha sonora da novela “Que Rei Sou Eu?” com “Eternal Flame” que fez um sucesso estrondoso no Brasil assim como o folhetim. Uma ótima trilha por sinal!  Contava também com “Orinoco Flow” de Enya o que fez o interesse pela cantora em terras tupiniquins acontecer.



Voltando ao The Bangles: pouco vi o clipe de Eternal Flame, em minha opinião péssimo, porque era muito difícil, mas assisti. Não impressiona muito e as meninas parecem deslocadas em um clipe escuro, nonsense e chato. E só depois fui descobrir que eram quatro jovens mulheres bonitas enquanto que o clipe não fez justiça e eu sei, claro, que isso não interfere na apreciação da música, porém, qualquer clipe que desperdiça a beleza merece descrédito. Sem esquecer que faz parecer que Susanna Hoffs é a única vocalista com um destaque desnecessário.

As outras canções que se destacaram mais como “Maniac Monday”e “Walk like a Egyptian” acompanhei mais pela “saudosa” (sqn) Rádio Cidade (entendedores entenderão). Seja como for, acho que curto mais a banda hoje do que antes. Elas eram mais do que um produto bonitinho..eram cantoras de verdade, sabiam tocar seus instrumentos, sabiam compor. Era uma banda de jovens mulheres corajosa e de qualidade pop inegável.



Susanna Hoffs e as amigas Vicki e Debbi Peterson, formaram uma banda em Los Angeles em dezembro de 1980. O trio se chamava The Bangs. A banda fazia parte da cena de Los Angeles Paisley Underground, que apresentou grupos que tocaram uma mistura de rock influenciado pelos anos 1960.[1] Em 1981, o trio gravou e soltou um single ("Getting Out of Hand" b/w "Call on Me") pela DownKiddie Records (seu próprio rótulo). O trio assinou com a Faulty Products, um rótulo formado por Miles Copeland.

A  formação inicial consistia em Susanna Hoffs (vocais e guitarras), Vicki Peterson (guitarras e vocais), Debbi Peterson (voz e bateria) e Annette Zilinska (vocal e baixo) gravaram um EP em 1982 e lançaram o single "The Real World". Uma questão legal obrigou a banda a mudar seu nome no último minuto, então eles deixaram "The" e adicionaram as letras "les" até o fim para se tornarem Bangles. E nesse ponto trocaram de baixista com Michael Steele ficando com o cargo.



O álbum de estreia das Bangles foi lançado pela Columbia Records, All Over the Place (1984), resgatou as raízes power pop, da banda, apresentando os singles "Hero Takes a Fall" e "Going Down to Liverpool" (originalmente gravado pela banda Katrina and the Waves). O álbum recebeu boas críticas, e o videoclipe de "Liverpool" apresentava Leonard Nimoy, que ajudou a gerar mais visibilidade. Isso aconteceu através de uma amizade entre as famílias Hoffs e Nimoy. Elas receberam uma audiência muito maior e se tornaram artistas de abertura para Cyndi Lauper na Fun Tour.

Tudo isso foi para atrair a atenção de Prince, que lhes deu a canção "Manic Monday", originalmente escrito para o seu grupo Apollonia 6. "Manic Monday" passou a se tornou número dois nas paradas dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, superada no momento apenas por outra composição de Prince, seu próprio "Kiss".



O segundo álbum da banda, Different Light (1986), foi mais polido do que o seu antecessor e com a ajuda do sucesso mundial de "Walk Like a Egyptian", levou a banda firmemente para o mainstream. A música foi enviada para eles no meio de uma gravação e o grupo estava dividido sobre se ela seria uma falha ou um sucesso. Quando a música foi lançada, o grupo ficou surpreso ao descobrir que trouxe um novo público de fãs, a maioria deles muito jovem.

Neste ponto começaram conflitos entre as integrantes da banda depois que a mídia começou a classificar Hoffs como a principal vocalista do grupo, em função da gravadora da banda a Columbia Records, lança na maior parte dos singles, no qual Hoff canta os vocais principais. Na verdade, a divisão de vozes nos álbuns do grupo foram divididos de forma igual, entre todas as integrantes da banda, todas as quais escreveram as músicas.



O álbum Everything (1988) foi produzido por Davitt Sigerson, já que a banda teve uma reação negativa ao trabalho com David Kahne em Different Light. O álbum foi outro sucesso multi-platina e incluiu o hit top cinco "In Your Room", bem como o single mais vendido da banda, a balada suave "Eternal Flame". O co-roteirista Billy Steinberg veio com o título depois que Susanna Hoffs, lhe contou sobre a recente viagem da banda a Memphis, Tennessee. O grupo visitou Graceland, propriedade de Elvis Presley em Memphis. Uma "Chama Eterna" em memoriam para Presley é mantida no site, mas no dia em que a banda visitou, a chama havia saído e seu cerco de plástico transparente estava inundado. Quando elas perguntaram o que estava na caixa, elas foram informadas:"Essa é a chama eterna". O single tornou-se o seu maior sucesso mundial e o maior single de uma banda feminina de todos os tempos.



Estavam exatamente no auge quando as cisões internas se tornaram insuportáveis e o grupo se desmanchou e cada integrante foi buscar o espaço que achava ter direito em trabalhos solos, mas separadas jamais conseguiram retornar ao impacto de The Bangles. Recentemente, retornaram a banda para alguns shows em nome da nostalgia embora com a formação inicial em 2000 logo em seguida a banda não pode mais contar com a vocalista e baixista Michael Steele.






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