Panacéia dos Amigos

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sexta-feira

THE BIG BANG THEORY


“Paulo, você joga RPG?” Sem mais, nem menos, um amigo absolutamente nerd-geek  me questionou sobre o meu passado “sombrio”... e do qual não há escapatória...concordei e então, ele me disse: “Estou assistindo uma série que os personagens jogam, venha vou mostrar para você o capítulo que está no meu computador!”


E foi assim que fui apresentado ao seriado The Big Bang Theory. A cena em questão é quando o grupo de nerd-geeks  resolve deixar de lado suas namoradas para uma bela sessão de jogo. Me diverti com a cena, mas não pude entender os personagens, porque realmente foi um breve momento (estava com pressa), mas registrei como algo que gostaria de assistir.


Levei ainda algum tempo para começar, mas mantive a dica na cabeça. Finalmente me emprestaram o primeiro ano da série e foi assim... uma paixão imediata que se tornou com o tempo em um amor eterno (um comentário brega, eu sei, mas dane-se)! A identificação com os personagens foi instantânea porque já vivi ou me senti como eles diversas vezes e foi muito saudável, de certa forma, rir de mim mesmo assistindo os capítulos. Viciantes, aliás, e dos quais não me canso de ver.

Como é de meu costume corri para descobrir tudo sobre a série. Para você que não é nerd e desconhece ela descreve em tom de humor a vida dos cinco personagens que vivem em Pasadena: O físico teórico Sheldon Cooper e o físico experimental Leonard Hofstadter, colegas de  apartamento que trabalham no Instituto de Tecnologia da Califórnia - Caltech; Penny, uma garçonete e aspirante a atriz que mais tarde se torna uma representante farmacêutica, e que vive como vizinha de ambos; o engenheiro aeroespacial Howard Wolowitz e o astrofísico Rajesh Koothrappali, amigos e colegas de trabalho nerds-geeks semelhantes e socialmente desajeitados de Leonard e Sheldon. Os hábitos geeks e o intelecto dos quatro rapazes entra em contraste em relação ao efeito cômico com habilidades sociais e senso comum de Penny.
 

Esta sensacional sitcom ganhou o prêmio TCA de "melhor série comédia" e Jim Parsons (Sheldon) ganhou o prêmio por seu desempenho individual na comédia. Parsons também conquistou quatro Emmy Awards de melhor ator em série de comédia e um Globo de Ouro. Quando a terceira temporada estreou em 21 de setembro de 2009, ela alcançou o patamar de programa de maior audiência da CBS.
 

E todos estes prêmios e outros mais são perfeitamente justos. Fico abismado com a quantidade de boas e divertidas histórias baseadas em quatro nerds e suas namoradas que, no geral, são mais maduras do que eles. Sheldon é o maior gênio e o mais infantil-neurótico, Leonard é o amigão de todos e um pouco trouxa, Howard é o sem-noção-nenhuma-neurótico, e Rajesh é o complemento de todos já que é o infantil-trouxa-neurótico da turma, mas o especialista em sarcasmo.
Personagens coadjuvantes vão sendo inseridos como colegas de trabalho, os pais dos personagens, irmãos, namoradas e alguns ídolos nerd-geeks como Leonard Nimoy, Sthephen Hawking, James Earl Jones e Carrie Fisher. Tudo sempre muito divertido com piadas  destes nerds lidando com dilemas do dia a dia de qualquer um. 


O SBT transmite a série com idas e vindas, como de costume, as TVs brasileiras ainda não aprenderam a utilizar a séries com inteligência e respeito pelos fãs. Mas o que fazer? A que melhor se comportou foi a Record com Arquivo X, mas foi uma luta com muita pressão dos fanáticos. Seja como for, recomendo e muito esta série! Se você quer rir desses caras estranhos que adoram gibis, discutem seriamente personagens de filme, jogam RPG, desenhos japoneses e se encantam com bonequinhos de super-heróis... divirta-se! 

Ou, se você for um desses “estranhos seres” (como eu!) e concorda com o adágio que diz “O sábio sabe rir de si mesmo”, prepare-se meu amigo(a) serão toneladas de “sábias gargalhadas”!

quinta-feira

Memórias e Música - Saturday Morning Cartoons Greatests Hits





Este post embora esteja na Panacéia da Musical interessa também a Panacéia da TV. Trata-se do CD “Saturday Morning Cartoons Greatest Hits", lançado em 1995. Este trabalho é um projeto muito interessante e dos mais divertidos que ouvi. Foi um hit para os nerds da época.

Trata-se de uma homenagem em forma de música para um programa matinal norte-americano que se dedicava a passar desenhos animados. Para lembrar o programa, diversas bandas gravaram versões de temas de seus desenhos favoritos, como Scooby-Doo, Speed Racer, Homem-Aranha, Popeye, Jetsons...

Para, nós, tupiniquins, o CD não é menos divertido já que muitos dos desenhos norte-americanos fizeram a nossa infância também. Ouvir The Banana Splits com Liz Phair foi hilário e nostálgico demais, porque em idos de novecinco, só havia escutado aquelas canções vez ou outra no TOP TV (A salvação nerd da telinha), assim como os Ramones com Spider Man que gosto muito.

Todas as faixas na verdade valem a pena, é para se ouvir sem parar. Até hoje, um dos meus CDs favoritos que sempre remetem a nostalgia feliz de um tempo em que a TV fazia sua infância valer a pena.

Seja como for, vale a pena conhecer e se divertir!..



As Faixas:

1. Liz Phair with Material Issue - The Tra La La Song (from The Banana Splits)
2. Sponge - Go Speed Racer Go
3. Mary Lou Lord with Semisonic - Sugar Sugar (from The Archies)
4. Matthew Sweet - Scooby-Doo, Where Are You?
5. Juliana Hatfield and Tanya Donelly - Josie and the Pussycats
6. Collective Soul - The Bugaloos
7. Butthole Surfers - Underdog
8. Helmet - Gigantor
9. Ramones - Spider-Man
10. Reverend Horton Heat - Jonny Quest/Stop That Pigeon
11. Frente! - Open Up Your Heart and Let the Sun Shine In (from The Flintstones)
12. Violent Femmes - Eep Opp Ork Ah-Ah (Means I Love You) (from The Jetsons)
13. Dig - Fat Albert Theme
14. face to face - I'm Popeye the Sailor Man
15. Tripping Daisy - Friends/Sigmund and the Seamonsters
16. Toadies - Goolie Get-Together (from The Groovie Goolies)
17. Sublime - Hong Kong Phooey
18. The Murmers - H.R. Pufnstuf
19. Wax - Happy, Happy, Joy, Joy (from The Ren and Stimpy Show)

segunda-feira

Vingadores do Espaço


 


Outra lembrança dos bons tempos da infância. Os heróis japoneses faziam mesmo nossa alegria. Assistia a todos. Spectreman, Ultraman, Ultraman Goh, Ultraseven, Vingadores do Espaço e Robô Gigante eram os heróis orientais cuja aventuras acompanhávamos com alegria e encantamento. Temíamos os monstros e alienígenas, vibrávamos quando os heróis usavam seus raios, armas e poderes diversificados para vencer. Ficávamos curiosos com os novos planos dos vilões alienígenas. Como haviam muitas séries ao mesmo tempo, não faltavam histórias. Depois era só sair para o quintal brincar de ser o seu herói favorito ou passar horas desenhando aventuras com eles. Fiz de tudo isso. E ainda bem que fiz. Anos 80. Séries, Desenhos, Brinquedos, Guloseimas. Quem viveu, viveu. 




Reminiscências a parte, na época eu mal desconfiava que a série houvesse sido produzida nos anos 60! Afinal, mal notávamos que os 52 episódios de Vingadores do Espaço esbanjavam maquetes de cidades feitas de isopor, bonequinhos e foguetinhos presos por linhas para voar e, fantasias de látex ­ e no caso de Goldar e de Rodak, roupas feitas de espuma. O que importava era a aventura, afinal de contas.


Outra informação importante que eu não poderia saber é que os Vingadores eram baseados na obra de Osamu Tezuka. O grande mestre criador de “Hinotori”, “Astro Boy”, “A princesa e o cavaleiro” entre outros. A série era então baseada na história de Tezuka e publicada como suplemento da revista Shonen Gahosha Magazine com o nome de "Ambassador Magma". O cartunista Tomio Sagisu, fundador da P-Productions entrou em contato com Tezuka e sua firma Mushi Productions para trasladar o personagem numa série de ação. Tezuka, que já havia planejado uma versão em desenhos animados, aceitou prontamente. O argumento televisivo tampouco era fiel ao original, convertendo-se nada mais do que uma continuação dos mangás. A série alcançou um sucesso maior no Japão, graças a fabulosa campanha de marketing realizada pelo gênio do mangá Osamu Tezuka e por ter sido a primeira série de TV em cores exibida na TV japonesa. O seriado foi apresentado originalmente pela rede de televisão japonesa Fuji Television entre 4 de julho de 1966 a 25 de setembro de 1967, num total de 52 episódios. Tomando como base as publicações do manga criado por Osamu Tezuka, Vingadores do Espaço tinha intenção de trazer uma história para a televisão que conseguisse concorrer diretamente com a série Ultraman produzida no mesmo ano por Eiiji Tsuburaya.


Falemos sobre o enredo. Na série televisiva a Terra está em perigo pois o cruel alienígena Rodak (Eu admito que achava o vilão mais temeroso na época. Ao menos visualmente, ao menos mais do que o macaco loiro Dr. Gori) quer dominar o planeta usando vários demônios e monstros para atacar o Japão.



Como conquistador de vários outros sistemas, o morcego espacial Rodak ambiciona acrescentar o nosso planeta à sua "coleção" e para isso ele envia vários monstros na tentativa de tomar o controle da Terra. Preocupado com o nosso planeta o velho sábio Matuzen do planeta ZFS, que residente no coração do vulcão no Monte Olimpo, envia a Terra duas de suas principais criações: os robôs Goldar e sua esposa Silvar.Goldar é um robô dourado (daí o seu nome), com uma altura de 14 pés e pesando 20 toneladas, já sua esposa Silvar, mesmo sendo uma robô prateada e com um tamanho humano, também tem as mesmas capacidades de combate do esposo. Todos têm antenas grandes que emitem raios Gama e transformam-se em foguetes e por uma abertura no tórax podem lançar mísseis.


Aqui na Terra Goldar conhece o garoto Miko, filho do famoso jornalista Tom Mura, este é ameaçado pelo tirano do espaço e toda sua família se vê envolvida de uma hora para outra numa verdadeira guerra. Quando Miko foi levado ao Monte Olimpo, Goldar e sua esposa ficaram encantados com a figura de uma criança e pediram a Matuzen para criar um filho para eles, surgia o garoto Gam, um menino foguete. Para proteger Miko e sua família, Matuzen entrega ao garoto um apito com o qual ele pode chamar Goldar e os outros de onde estiver, de posse do apito ele chamava os vingadores quando estava em perigo. Quando Miko assoprava o apito (em forma de foguete) uma vez,  chamava Gam; Silvar era chamada com dois sopros e Goldar com três sopros.

No Brasil a estréia de Os Vingadores do Espaço se deu na extinta Rede Tupi  em 1973 e ficou por um ano na emissora, sendo reapresentada na Rede Record no final dos anos setenta até sua última reprise na metade dos anos oitenta quando passava nas tardes da TV Bandeirantes, já com uma nova dublagem. Em 1993 o herói e sua família ganharam uma série em animação chamada Maguma Taishi (Embaixador Magma em português), mas que durou apenas 13 episódios.

Um marco importante deste seriado foi que nele foi introduzido o conceito básico de “robôs- transformers” (o herói e sua família viravam foguetes) e, em segundo, deu origem, em 1966, a primeira série live-action produzida totalmente à cores no Japão, a estréia de Ultraman foi praticamente uma semana depois. Nos anos 70, Vingadores pintou nos Estados Unidos. Foi nessa época que a série ganhou o nome americanizado de Space Avangers (que, ao chegar no Brasil virou Vingadores do Espaço) e seus personagens tiveram seus nomes adaptados para o público yankee. No Brasil a série também chegou na década de 70. Primeiro foi ao ar no Programa do Capitão Aza (com “z” mesmo) e mais tarde, já às portas dos anos 80, na TV Record ao lado de Sawamu, Robô Gigante, Ultra Seven, Pinócchio, Popeye e Spectreman (que seleção, hein? Era muito bacana de assistir tudo isto).


Assim foi os Vingadores do Espaço. Verdade seja dita me irritava o garoto que sempre tinha que chamar a família inteira um por vez. Ora, se a encrenca é a de sempre porque não chamar logo o Goldar? A gente era criança, mas não era burro! Hahaha! Mas, enfim são as incoerências da fantasia, fantasia e inocência que bem fazem falta a infância de hoje..


Fonte:
http://www.infantv.com.br/
http://henshin.uol.com.br/

quinta-feira

Ultra Seven

Seven!... Seven!.. Seven! ...Seven! Seven! Seven! É, é isso aí. Ultra Seven, o mais poderoso guerreiro dos ultras. O segundo herói que eu mais gostei na infância superando Ultraman e ficando atrás apenas do Spectreman. Ultra Seven era um herói incrível! Ele não enfrentava um cientista macaco ou monstros desmiolados como o Ultraman. É verdade que os dois ultras vez ou outra enfrentavam alguns ETs mais organizados, mas o Ultra Seven enfrentava estes tipos o tempo todo! Era o mais equipado e formidável guerreiro, portanto, suas aventuras eram as mais complexas.

Se fosse feito um levantamento sobre qual o super-herói mais cultuado do Japão, Ultra Seven seria um forte candidato ao posto de número um. Exibido no Brasil até o início dos anos 80 na TV Record, a saga de Ultra Seven marcou época, até mais do que seu antecessor Ultraman. Sucesso de público e crítica quando exibido entre 1967 e 68, a série é até hoje lembrada como uma das mais importantes obras de ficção científica do Japão.

Poderoso guerreiro vindo do planeta Ultra, na Nebulosa M-78, Ultra Seven chega para cumprir uma temporada de missões da defesa da Terra contra invasores espaciais. Diferente da maioria dos Ultras, que oculta sua forma em um corpo humano hospedeiro, Ultra Seven optou se disfarçar, aprendendo assim a conviver com pessoas comuns. Ao chegar, ele se disfarça baseado nas feições de Jiro, um valente alpinista cuja vida ele presenciou arriscar para salvar um amigo. Assumindo o nome de Dan Moroboshi, ele é recrutado para a força de elite do Esquadrão Ultra após ajudar o grupo em uma missão. Assim, passa a agir ao lado dos oficiais Furuhashi, Amagi, Soga e Anne, todos sob o comando do Capitão Kiriyama. Em sua base subterrânea, o Esquadrão conta com uma equipe de 300 homens e diversos veículos especiais, com destaque para os caças Gavião Ultra 1 (divisível nos módulos Alpha, Beta e Super Gama), Gavião Ultra 2 e 3.

Sempre que necessário, Dan coloca o visor energético Ultra-Olho e transforma-se para entrar em ação. Como os demais habitantes do planeta Ultra, absorve energia da estrela mais próxima e tem um tempo de ação reduzido graças ao fraco sol da Terra. Com 40 metros de altura, capaz de disparar raios de seus braços e da gema em sua testa, voar, cruzar dimensões, reduzir-se a tamanhos microscópicos e armado com um poderoso bumerangue alojado em sua cabeça, ele é um dos mais poderosos de sua raça. Quando impossibilitado de se transformar, Dan recorre às Cápsulas-Monstro, que invocam poderosas criaturas auxiliares.

Ao longo de várias missões, ele enfrenta ameaças como os alienígenas Pitt e seu monstro Eleking, o robô King Joe e até mesmo uma cópia cibernética. Em uma aventura antológica, Seven é analisado pelos alienígenas Gutts, que preparam um plano para esgotar a energia do herói. Derrotado, é preso numa cruz de cristal e exibido como troféu para forçar a rendição da humanidade. Desta vez, coube ao Esquadrão Ultra salvar o herói.

Alertado para não viver na Terra por um tempo muito longo, Ultra Seven retorna a M-78 com grande esforço, após impedir uma grande invasão espacial dos alienígenas Ghost que atacam com o monstro Pandon. Antes, revela sua identidade a Anne em uma cena inesquecível e dramática. No entanto, a ligação do herói com a Terra estava longe de terminar.

Após sua partida, Ultra Seven apareceria diversas vezes nas séries Ultra seguintes. Ele salvou o segundo Ultraman (série O regresso de Ultraman, de 1971) duas vezes e lhe entregou a arma Ultra-Bracelete. Depois, auxiliou Ultraman Ace (série de 1972) e Ultraman Taro (1973) em várias ocasiões, sozinho ou na companhia dos Irmãos Ultra.

Todavia, quando veio à Terra enfrentar o ataque do alienígena Magma e seus monstros, Seven foi ferido, tendo sua perna quebrada e o Ultra-Olho danificado, ficando sem poder se transformar. Preso à Terra, Dan lidera o grupo MAC (Monster Attacking Crew) e torna-se o mentor de Gen Ootori, o Ultraman Leo (em série homônima de 1974). Vindo da nebulosa L-77 e um dos últimos de sua raça, Leo é sempre auxiliado e orientado por Dan que, mesmo sem poder se transformar, ainda conserva grandes poderes mentais. A série de Leo ainda renderia um encontro antológico de Dan com Hideki Goh, o segundo Ultraman, que viria à Terra entregar um novo monstro auxiliar para o amigo e levar o Ultra Olho para ser reparado em M-78. Em outro episódio, Dan se reencontra com a antiga paixão Anne, mas o episódio acaba não levando a nada, para desânimo dos fãs. Perto do final da série e após a destruição da equipe MAC por um inimigo, Dan recobra seus poderes e retorna a M-78. Aquele seria, por um bom tempo, o final das missões de Ultra Seven na Terra.

CURIOSIDADES

O mais ambicioso projeto televisivo do mestre dos efeitos especiais Eiji Tsuburaya tinha uma temática mais adulta do que Ultraman. A ação em muitos casos dava lugar ao suspense e ao drama. A audiência não foi tão alta quanto a de seu antecessor, mas a série caiu no gosto popular com seu design arrojado e histórias elaboradas.

O episódio 12, que mostrava alienígenas que sugavam sangue por meio de relógios alterados foi banido da cronologia. Na trama, as crianças viram o alvo principal por terem sangue mais limpo e livre de poluentes e radiação. Por tocar na questão do envenenamento radiativo pouco mais de 20 anos após as explosões atômicas em Hiroshima e Nagasaki, houve pressões dos executivos da emissora TBS e o episódio foi banido, nunca sendo reprisado e tendo sido até excluído da cronologia oficial, ficando de fora da coleção em vídeo e DVD. No Brasil e nos EUA, o episódio foi exibido sem problemas.

Tamanho o fascínio que Ultra Seven exerce até hoje gerou muitas homenagens em séries de mangá e animê, sendo uma das mais famosas o capacete da heroína Chi Chi (leia Titi), de Dragon Ball, que reproduz poderes de Ultra Seven. A série ainda introduziu o conceito de monstros de batalha transportados em pequenas cápsulas, idéia reaproveitada no mega-sucesso Pokémon.

O ator mais recorrente de todas as produções da linhagem Ultra, o canastrão simpático Koji Moritsugu nasceu em 15 de março de 1943 e era modelo até ser escalado para o elenco de Ultra Seven. Acumulou pequenas participações nas séries O regresso de Ultraman (1971) e Ultraman Taro (1973). A volta triunfal de Dan Moroboshi como personagem regular em Ultraman Leo (1974) aconteceu por sugestão do próprio ator.

Convidado para ser o capitão do grupo que apareceria na série de Leo, Koji sugeriu que, ao invés de viver outra personagem, poderia interpretar um amadurecido Dan Moroboshi. E assim foi feito, aumentando o interesse do público sobre essa série que, apesar do visual trash da época, tinha uma carga de violência e drama que extrapolava os limites do que seria uma produção infantil.

Em 1997, interpretou o capitão Ban, no segundo especial de cinema de Ultraman Zearth. Sem ter feito grande carreira dramática, continuou aparecendo como Dan Moroboshi até 1999. Atuando em teatro e participando de convenções pelo Japão, o eterno herói ainda administra com a esposa um pequeno jazz bar chamado Jolie Chapeau, decorado, é claro, com temas alusivos a Ultra Seven.

No elenco, outra que vinha da carreira de modelo era a bela Yuriko Hishimi, a Anne, que, antes da série, havia conquistado um concurso de beleza em Tóquio. Depois, a atriz atuou em diversos filmes eróticos e protagonizou ousados ensaios fotográficos. Hoje uma senhora de 55 anos, ainda participa de convenções onde capitaliza a popularidade de uma personagem que ela mesma já declarou lembrar pouco.

Cult absoluto até hoje, Ultra Seven ganhou documentários e até um drama para TV que contava de maneira romanceada os bastidores da série clássica. No entanto, a popularidade do herói e de seu alter ego humano não é medida apenas por homenagens. Cerca de vinte anos depois da série Ultraman Leo, Koji Moritsugu reviveu o papel de Dan Moroboshi em uma série de episódios especiais nos anos 90..

Fonte: http://omelete.uol.com.br/series-e-tv/lembra-desse-iultra-seveni/

quarta-feira

Ultraman

"Quando estiver em perigo, use a cápsula Beta e ela o transformará no Ultraman..Ultramaaann!" Atire a primeira pedra quem não repetiu isto muitas e muitas vezes quando era criança nos anos 80! Entre os momentos especiais da infância, certamente todos da minha geração tem as séries live action japonesas, os tokusatsu, em especial memória. Não havia como. Os heróis japoneses tomavam a tela. Spectreman (sobre o qual já escrevi), Ultraman, Ultraman II (Hideki Goh), Ultraseven, Herói do Espaço e Robô Gigante nos maravilhavam com seus monstros espaciais e aventuras acima da média. Desenhei muito todos eles, inventei histórias, brinquei e claro: não saia de frente da tela de TV para acompanhar as aventuras. Demorei um pouco para gostar de Ultraman que para meu coração de criança era um tipo de “rival” do Spectreman, mas tudo passou em um ou dois episódios, para que ter um herói preferido se podemos ter vários? E assim foi.

Informando detalhadamente Ultraman foi uma série japonesa que estreou em 1966. Foi o segundo seriado de TV exibido em cores na televisão japonesa. O sucesso de Ultraman foi tão grande que gerou uma franquia de séries e filmes que dura até hoje. No Brasil, foi televisionada nos anos 60 e 80 pelas TV Tupi, Rede Bandeirantes, TV Record, TV Manchete e TVS. Nos anos 80, pelo SBT. Na Tupi, foi exibida durante anos dentro do programa Clube do Capitão Aza, sendo uma das principais atrações. Em 1971, foi lançada a série Regresso de Ultraman, que contava a história do seu alter-ego Hideki Go.

Foi por essa época que o público brasileiro começou a confundir essa série com a do primeiro Ultraman. Ela alternava horário com o Ultraman de Hideki Goh, fazendo confusão, entre os telespectadores, com o de Hayata, dando a entender que se tratava do mesmo herói, o que não era verdade. Com o fechamento da Tupi, em 1981 a série voltou a ser exibida pela TVS e repetiu o sucesso. Por fim, sua última exibição data de 1986, sendo uma das atrações do programa de jogos eletrônicos TV POW, exibido nessa emissora e apresentado por Mara Maravilha e Charles Myara, entre outros. Em 1996, é lançada em Home Vídeo (em parte, pois só foram lançadas doze fitas) pela RESERVA/ Intermovies e nesse mesmo ano foi reprisada pela Rede Manchete com nova dublagem, mas exibida por pouco tempo. Depois, em 2002, passou a ser exibida na CNT. Atualmente é exibida pela Ulbra TV de Porto Alegre e pela Rede Brasil de TV, de São Paulo.

A história falava de um alienígena vindo da Galáxia M-78 a bordo de uma cúpula vermelha, ao perseguir o monstro Bemlar, choca-se com a nave do oficial Shin Hayata da Patrulha Científica. Hayata não aguenta e morre. Para reparar o erro, o misterioso alienígena funde sua energia vital à de Hayata, trazendo-o de volta a vida e entregando-lhe a Capsula Beta. Os feitos do Alien lhe deram poderes incríveis e agora Hayata pode se transformar em Ultraman para defender a Terra de qualquer ameaça. E assim Hayata vai derrotando diversos monstros e outros invasores e sempre mantém sua identidade secreta em sigilo.

Em diversas batalhas, Ultraman acaba se deparando com os Baltans-Seijins, aliens poderosos que queriam dominar a Terra e voltariam a atacá-la diversas vezes. Uma vez enfrentou Zarabu-Seijin, um misterioso ser que queria dominar a Terra e colocar Ultraman contra a população. Para seu plano funcionar, ele escraviza astronautas que estavam a bordo de um foguete e aprisiona Hayata, transformando-se em um falso Ultraman. Depois de tentar muito, Hayata consegue se libertar e se transforma em Ultraman para enfrentar ZarabuSeijin. Foi a primeira vez que vi um herói enfrentar um clone de si mesmo! Foi uma das aventuras mais empolgantes. Sempre que os ETs se disfarçavam de humanos com algum plano mirabolante também era interessante. Ou quando crianças criaram monstros com a força da mente. Entre muitas outras..

Mesmo em tantos conflitos, Hayata consegue ser um herói e ter uma vida normal junto com seus amigos da Patrulha Científica. Entre eles: o Capitão Muramatsu, Arashi, Ide e Akiko. Apesar disso, ele sempre tem restrição com todos e nada se sabe sobre sua vida pessoal. Por fim, Zeton-Seijin invade a Terra com um plano para exterminar Ultraman, que acaba sendo derrotado e morto por Zeton-Seijin. Com uma arma da Patrulha Científica, Zeton-Seijin é destruído. Vindo do espaço, surge Zoffy, um outro Ultra que aparece para resgatar Ultraman e levá-lo de volta a M-78, assim se separando de Hayata (este recebeu uma nova vida que Zoffy trouxera com ele).

Hayata voltou a aparecer se transformando em Ultraman como convidado nas séries O Regresso de Ultraman (1971) (A aparição de Ultraman-Hayata com Ultraseven para libertar Ultraman Goh foi uma das melhores coisas de se assistir na infância, mas deixarei os detalhes para um próximo post..), Ultraman Taro (1973) e Ultraman Mebius (2007). Na década de noventa, Ultraman também fez uma ponta num dos capítulos finais de Ultraman Tiga. No cinema, Hayata apareceu nos longa-metragens Ultraman Mebius & Ultraman Brothers (2006), Dai Kessen e Chou Ultra Hachi Kyodai (2008).

O que não esquecemos em Ultraman:

A Cápsula Beta: a cápsula que permite a transformação de Hayata a Ultraman.

Timer Colorido: é o marcador de energia de Ultraman, quando seu tempo começa a se esgotar, ele começa a piscar e, se parar de piscar, Ultraman morre. Para não morrer, Ultraman sempre tem que voar para carregar suas energias por meio do Sol. Com isso, Ultraman ganha mais um minuto para enfrentar seu adversário.

Esse timer infeliz sempre nos deixava com o coração na boca todo capítulo!

Os poderes de Ultraman

Ultraman possui uma variedade de poderes, entre eles:

Spacium Ray: o ataque mais famoso de Ultraman, formado pela energia do espectrum (energia alienígena). Ultraman o aplica cruzando o braço esquerdo com o direito. Embora seja poderosíssimo, existem criaturas imunes a ele como Keronia, Antlar e Z-ton.

Lâmina: consiste em Ultraman lançar uma lâmina capaz de cortar metais duros como o aço.

Anéis de energia: usado às vezes em situações de emergência.

Rajada: Ultraman também tem um ataque pouco conhecido, no qual ele junta as mãos, lançando uma pequena rajada.

Outros poderes: Ultraman tem uma técnica capaz de lançar água em ocasiões de emergência. Tem na vista um detector, capaz de encontrar qualquer objeto camuflado. É extremamente forte, considerado de toda a linhagem dos Ultras o Ultraman com maior força física. Também pode voar, tendo também, nos pés, um efeito antigravitacional, o qual usa em algumas lutas para se deviar de alguns ataques. Além disso, é capaz de se teletransportar de uma distância muito grande em questão de segundos, utilizando isso para se locomover de um planeta a outro - um poder que usa raramente. Nota-se que isso encurta bruscamente o tempo do Timer, assim reduzindo o tempo em que Hayata pode ficar transformado em Ultraman. Por fim, Ultraman ainda pode reduzir o seu tamanho ao de uma pessoa normal.

Principais vilões da série

Bemlar - inimigo que enfrenta Ultraman no primeiro capítulo, fugiu de ser executado e se refugiou na Terra.

Baltans Seijin - aliens vindos de um planeta que foi destruído queriam emigrar para a Terra e, quando viram que seria impossível à população deles viver aqui por causa do seu tamanho, resolveram invadir a Terra à força. Apareceram diversas vezes e se destacam pelo seu poder, que é muito superior ao da maioria dos monstros e guerreiros que aparecem no seriado.

Red King - monstro habitante da Terra dos monstros enfrentou Ultraman duas vezes. Apesar da sua postura, não dava muito trabalho para Ultraman.

Banira e Aboras Seijin - dupla de monstros que foi transformada por uma civilização antiga em líquidos coloridos, de acordo com as suas cores originais (vermelho - Banira e azul - Aboras) e foi acidentalmente "ressuscitada" pelos cientistas da Universidade. Banira expelia fogo pela boca e, Aboras, um gás corrosivo. Ambos tinham instinto de destruir um ao outro e, no confronto, Aboras acabou por matar Banira, dissolvendo o corpo do inimigo com o ácido de sua boca, sendo depois destruído por Ultraman.

Zarabu Seijin - alien que se dizia ancestral da nossa espécie e por isso superior. Seus planos eram de desdenhar Ultraman e colocá-lo contra os habitantes da Terra. Tinha o poder de hipnotizar os terráqueos.

Gomora - um dos monstros mais poderosos do seriado. Sua principal arma era sua cauda, a qual tinha um ataque fatal. Tão poderoso que era chamado de príncipe dos monstros. Foi um dos monstros que por muito pouco não derrotou Ultraman.

Mephilas Seijin - alien vindo de uma galáxia distante, seus planos eram trocar seu planeta natal pela Terra, pois o planeta já não suportava mais sua população. Como os terráqueos não quiseram efetuar a troca, ele libertou três monstros para ameaçar a Terra e fazer a vontade de seu povo à força. O confronto de Ultraman e Mephilas deu empate e o Alien prometeu voltar.

Gelonimon Seijin - O Rei dos Monstros, tinha o plano de ressuscitar diversos monstros para causar um ataque surpresa à Terra. Tinha o poder de controlar o vento e tinha penas que serviam como dardos certeiros.

Zeton Seijin(ou Z-Ton) - foi o guerreiro do último capítulo, treinado para destruir Ultraman. Feito que conseguiu realizar, mas foi destruído pela Patrulha Científica.

Fonte: Wikipédia

quinta-feira

A Família Addams

A Família Addams (The Addams Family, no original (em inglês) é um grupo de personagens criados pelo cartunista Charles Addams. A primeira temporada da série de animação estreou em 1973, nos EUA. Teve ainda mais duas temporadas em 1992 e 1993. Fizeram tanto sucesso na TV quanto nos jornais que a Hanna-Barbera decidiu levá-los para a animação também, um spin-off. Os personagens são os mesmos, e as situações conseguem ser mais malucas do que a série de TV, mas com o mesmo nonsense que caracterizou a série de TV, de 1964.

A Família Addams não é uma família típica: eles têm prazer na maioria das coisas que pessoas "normais" teriam medo. Aqueles que os visitam se desesperam ao ver os hábitos mórbidos e incomuns do clã. Gomez Addams é o chefe da família, um homem extremamente rico incapaz de negar algo à sua cadavérica esposa Morticia Frump Addams: seja o cultivo de plantas venenosas, ou um jantar à luz de velas em um cemitério. Wednesday Friday Addams (Vandinha), filha do casal, é uma menina sádica e um tanto quanto sombria, que adora brincar com seu desmiolado irmão Pugsley Addams (Feioso), submetendo-o a vários tipos de tortura que ele adora.

Na mansão Addams ( que no desenho é um tipo de “trailer” ambulante) ainda moram a vidente Grandmama Addams (Vovó Addams), mãe de Gomez, e o tio especialista em explosivos Fester Addams (Tio Chico), irmão de Gomez. Não se pode esquecer do mordomo Lurch (Tropeço) e sua espineta, que mais parece o monstro do Dr. Frankenstein e Thing T. Thing (Mãozinha), uma mão amiga desmembrada do corpo. O Cousin Itt (Primo Iti/Primo Coisa) também aparece frequentemente e, além de membro influente do governo, é literalmente uma montanha de cabelos.

Fizeram algumas participações especiais em outro desenhos, como no do Scooby-Doo, até terem o seu próprio.

A Família Addams era um dos desenhos que eu mais adorava. Eram comuns as aventuras animadas de famílias. Como os Flintstones, Jetsons, os Muzarellas (Esta foi para nerds), mas o que dizer da adorável Família Addams? Estranhos, sombrios ou apenas excêntricos? Como criança, o que mais nos atrai é que são “monstros” amigáveis que não oferecem perigo algum e de uma maneira pouco usual tem até valores familiares fortes de união e amor (Morticia e Gomez vivem uns casamentos de eterna paixão adolescente).

Assisti a série anos depois e vibrei com os dois filmes com Raul Julia, e a impagável Angélica Huston, Christopher Lloyd, além da Vandinha na novata e já talentosa Christina Ricci. Mas, isto é um assunto que vamos deixar para a Panacéia do Cinema..

Blackstar

Existem desenhos tão antigos que até nos esquecemos. Este estava na “lixeira” dos meus arquivos. Eu havia deletado em algum momento mas recuperei. Após rever vídeos tudo voltou a mente, inclusive que eu me divertia muito com a história das espadas divididas e que criança brinquei muito com este enredo.

O que eu não me lembrava era que a abertura foi feita com a canção tema do Jornada das Estrelas, aliás, na época em que passou no programa infantil “Balão Mágico” (quem viu, viu) eu ainda nem havia ouvido falar em Spock e Cia.

O desenho conta a história do astronauta John Blackstar que durante uma viagem espacial “caiu” em um buraco negro e ao despertar, descobriu-se em um planeta estranho, conhecido como Sagar. Acreditando que não mais poderia voltar a Terra, Blackstar resolve adotar Sagar como seu novo mundo.

O planeta vivia em conflito. De um lado havia o Overlord do Submundo, que escravizou a maioria dos habitantes, governando-os com o poder da pedra "Power Stone".

No entanto, a chegada de Blackstar causou a divisão da pedra que se tornou duas espadas. Uma metade se tornou a espada "Power Sword" possuída por Overlord e a outra metade na espada "Star Sword" possuída por Blackstar. A partir de então, o Overlord deseja a todo o custo recuperar a Star Sword e retomar todo o seu poderio. Situação torna Blackstar seu nêmesis natural.

O astronauta terrestre enfrentava o Overlord com Star Sword e com a ajuda de seus aliados: Mara, uma feiticeira encantadora com séculos de idade; Klone, um elfo-mutante e o corcel de Blackstar, um dragão que atendia pelo nome de Warlock. Também prontos para lhe dar uma mão, estavam os Trobbits, um grupo de anões que viviam em árvores. Eu não tinha como saber na época, mas alguém deveria ser um grande fã da obra de Tolkien pela referência óbvia aos Hobbits.

Os trobbits eram Balkar, o alquimista e mestre das criaturinhas; Rifampicina; Terra a jardineira; Carpo, o marceneiro; e Gossamer cujas orelhas lembravam a do elefante Dumbo. Ao lado de Overlod havia o mago Vizir, com o poder de controlar a mente das pessoas.

Não fazia idéia mas Blackstar foi produzido pela Filmation, que depois viria a criar o sucesso He-Man (Eu tenho a força!). Há quem diga que os criadores de Blackstar se inspiraram em outro famoso personagem das infâncias televisivas da década de 80: , Thundarr, o Bárbaro, criado pela Hanna-Barbera. A mesma produtora era responsável pelos Super 7 (desenho que eu havia deletado também).

Curiosamente, os Trobbits, teriam a pele azul, mas devido ao sucesso dos Smurfs mudanças foram feitas para evitar embaraços.

Fonte: InfanTV

Abertura do desenho..

segunda-feira

Galaxy Trio

Outra obra de Hanna-Barbera que é  lembrada pelos da minha geração, e fez parte da infância de quase todo mundo: O Galaxy Trio.

Quem? Na verdade, são realmente poucos que vão se recordar de imediato. Mas, no melhor estilo “quem-não-tem-cão-caça-com-gato”, a Hanna-Barbera teve este grupo que parecia muito, na minha opinião, com o tipo de presença que o Quarteto Fantástico da Marvel transmitia, mas enfim, não há nada claro nesta linha, é uma sensação minha que tinha ao assistir os dois desenhos nos idos dos anos 80.

O desenho foi criado por Alex Toth e Hanna-Barbera. Galaxy Trio foi uma animação com episódios curtos de aproximadamente 8 minutos cada. Cada programa trazia, além de dois episódios do Homem-Pássaro (que eu também gostava muito e coloquemos na lista o Spaaaaaaace Ghoooooosttttt!), um com o trio de heróis. Os dois desenhos foram criados pela Hanna-Barbera em 1967 para serem exibidos numa mesma sessão, mas o canal de televisão NBC preferiu lançá-los em dias separados.

O retorno do público foi tão positivo que os heróis acabaram sendo adaptados para as histórias em quadrinhos, aparecendo originariamente na revista Hanna-Barbera Super TV Heroes #2 de Setembro de 1968, ou seja indo ao encalço do Quarteto em seu próprio “habitat”, as HQs.

 
O Galaxy Trio era um grupo de super-heróis extraterrestres que combatiam o crime intergaláctico, cada um provindo de um planeta diferente, mas que possuíam entre si, traços muito parecidos, não é curioso?. Para quem assistia, eles tinham traços físicos quase idênticos, como se pertencessem do mesmo planeta. Talvez fosse mais fácil vender a imagem desta maneira. O grupo era formado pelo Homem-Vapor (Vapor Man), Homem-Meteoro (Meteor Man) e Gravity Girl. Eles patrulhavam o espaço num cruzador chamado Condor (Eu adorava este nome) e lutavam em nome de uma agência denominada Patrulha Galáctica.

O Homem-Vapor tinha como habilidade principal transformar parte ou o todo de seu corpo em forma gasosa, permitindo voar, e escapar de lugares pequenos ou apertados.


O Homem-Meteoro era um nativo do planeta Meteorus e tinha como habilidade aumentar ou diminuir de tamanho e também ganhava uma força sobre-humana sobre qualquer membro que ele quisesse aumentar.


A Garota Flutuadora (mais uma heroína ruiva) tinha a habilidade para dobrar as leis da gravidade e com isso conseguindo voar ou erguer objetos muito pesados somente com força de sua mente. Em outras palavras uma mistura de Jean Grey dos X-Men e Magneto.Ela era originária do planeta Gravitas e havia deixado sua luxuosa vida para lutar contra o crime com a Patrulha Galáctica, juntando-se ao dois outros heróis.


As aventuras embora curtas e sem dúvida ingênuas divertiam. Era sempre bacana ver um grupo de heróis, qualquer grupo. E como eu disse eles passavam aquela sensação de unidade do Quarteto Fantástico o que era bem interessante. Além disso, Galaxy Trio, Birdman e Space Ghost eram quase complementares para fazer uma feliz tarde infantil, não é mesmo? Quem viveu, viveu..

Atualização por Mario Pons

As aventuras de Jonny Quest

Um dos vários desenhos que marcaram toda uma geração. Era um desenho voltado para um público um pouco mais adulto, o que já se notava pela entrada do desenho que apresentava os aventureiros como personagens da vida real. Era uma apresentação semelhante aos seriados de aventuras da época.

Jonny Quest (no original, Jonny Quest, às vezes referido, mas nunca titulado, como The Adventures of Jonny Quest) foi uma série animada de TV de ficção cientifica/aventura sobre um garoto que acompanha seu pai em aventuras pelo mundo. Produzida entre 1964 e 1965 pela Hanna-Barbera Productions para a Screen Gems. O desenho causou certo impacto quando foi lançado por seus traços e animação realista, que destoavam do que os estúdios de Hanna-Barbera vinham fazendo até então. Houve mais duas séries, também chamadas temporadas: The New Adventures of Jonny Quest (br:As Novas Aventuras de Jonny Quest), de 1986 a 1987 e The Real Adventures of Jonny Quest (br: As Incríveis Aventuras de Jonny Quest), 1996 a 1997.


O desenho de 64/67 apresentava as aventuras do brilhante cientista Benton Quest que morava numa ilha no Oceano Pacífico e viajava pelo mundo em missões com projetos governamentais dos Estados Unidos. O maior adversário do Dr.Benton era o cientista oriental (China, talvez?) chamado Dr.Zin que, em uma referência a guerra fria, trabalhava para as “potências concorrentes” dos Estados Unidos.

Nestas missões o Dr.Benton era acompanhado por seu filho Jonny, um muito esperto, e por Roger "Race" Bannon, um ex-agente (?) do serviço secreto designado para proteger Jonny e o Dr.Benton em suas missões. Além de se envolver em várias situações de risco para cuidar de seus protegidos, “Race” mantinha um caso com a agente secreta Jade, o que foi de ajuda em alguns momentos.  animal de estimação da família era o pequeno Bandit que com sua curiosidade às vezes metia o grupo todo em encrencas.


Foi então que no episódio "Aventura em Calcutá", um pequeno indiano chamado Hadji foi adotado pelo grupo após salvar a vida do Dr.Benton de terríveis vilões e assim passa a acompanhar as aventuras de Johnny, tornando-se seu melhor amigo fechando a formação do grupo. O desenho foi produzido pelos estúdios Hanna-Barbera em 1964, mas passava no Brasil nos anos 70 e 80 e cada um dos 26 episódios tinha meia hora de duração que mostrava aventuras com um clima de ficção científica e alta tecnologia, além de referências à guerra fria e a ameaça comunista.

 

Uma nova produção sem a qualidade necessária foi realizada nos anos 80, mas foi nos anos 90 que realmente conseguiram revitalizar o personagem. Recordo-me de ler a respeito em 97, na primeira versão da Wizard Brasil (que eu assinava e só durou 13 números). Não tive ainda a oportunidade de assistir, mas trechos esparsos e releases que li me pareceram promissores.


Com produção de Hanna-Barbera associada com a Thurner e o Cartoon Network. O projeto inicial era produzir dois desenhos, um com o traço mais realista bem diferente do original e outro com o traço totalmente inspirado na versão clássica de 64. Só que nessa época, a Warner Bros. comprou os três estúdios e optou por mesclar  os dois conceitos num desenho apenas. Desta forma surgiu AS NOVAS AVENTURAS DE JONNY QUEST, com dois estilos de desenhos e histórias diferentes com 52 episódios divididos em duas temporadas.

 

A história é basicamente a mesma, a diferença é que os garotos são agora adolescentes sendo que Jonny Quest está com 14 anos e Hadji Singh com 16. Consequentemente o Dr. Benton Quest e Race Bannon estão mais velhos. O único a se manter o mesmo foi o bull terrier  “ Bandit” que passou a ter uma participação menor. A inovação veio com o surgimento de uma nova personagem, Jessie Bannon de 15 anos (filha de Race Bannon com a Dra. Estella Valasquez, que é arqueóloga). A personagem renovou a série e fez um grupo interessante com Hadji e Jonny.


As aventuras de Jonny Quest é mais um clássico do passado que foi revisto, e vale a pena relembrar ou conhecer..