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Panacéia dos Amigos
quarta-feira
Agonia e Extâse - (The Agony And The Ecstasy)
Nouvelle vague
Disney confirma nova trilogia de "Star Wars" e planeja lançar filmes inéditos a cada 2 ou 3 anos
terça-feira
As 10 maiores bilheterias da história do cinema
Ghandi, o filme
A Guerra dos Botões – 1994
Esta versão de 1994 foi a segunda refilmagem de La Guerre des Gosses (A Guerra dos Meninos), de 1936. Uma nova versão que ainda não assisti foi lançada em 2011. Quando fui convidado a ver o filme imaginei que seria como um filme infantil, com alguma moral e sentido. Mas é muito mais. Dirigido com inspiração, com uma belíssima fotografia, e com atores mirins carismáticos este filme é na verdade uma crítica as guerras, as traições, e as repressões que sofremos no dia a dia simbolizada aqui pela pressão paterna, policial, dos professores e dos amigos.
No transcorrer do filme compreendemos que em todos os nossos conflitos, não passamos de crianças que lutam desesperadamente por coisas no fundo insignificantes (botões) quando, na verdade muito mais felizes seriam se brincassem juntas. Em suma, não somos menos infantis que os “generais” que conduzem a guerra dos botões. Como em um belo poema somos levados pela história percebendo as analogias e símbolos em que a mensagem maior é o valor da amizade e dos momentos de alegria, que afinal devem ser mais valorizados que quaisquer disputas.
Bem realizado, emocionante e reflexivo, um filme marcante que pude assistir pelos idos de milnovencentosenoventaecincoouseis e que ainda figura agradavelmente em minhas memórias, sem dúvida, um trabalho no qual vale a pena cada minuto para assistir..
sexta-feira
Machete, o filme.
Este filme me deu algumas boas risadas. Vale a pena ver. Adoro estes filmes de-humor-negro-engraçado-de-tão-absurdo! Não sou um cultuador da violência. O que aprecio é a sátira, para mim, os filmes de Roberto Rodriguez e Quentin Tarantino são uma sátira ao absurdo da banalização da violência em nosso dia a dia.
Uma violência tão contínua já que Machete corta cabeças com a facilidade que eu corto batatas e só nos resta rir do absurdo. A quantidade de sangue e sexo é tão natural para os personagens que se torna banal. Um olhar atento percebe que isto escancara em tons gritantes uma realidade fictícia não tão fictícia assim e que de certa forma toda aquele cenário está muito próximo da nossa realidade.
Análises a parte, o filme em si trata do anti-herói-quase-vilão Machete (Danny Trejo, o protagonista mais feio que você já viu, mas que as mulheres acham irresistível) que é um agente federal e imigrante mexicano que cai em uma armadilha arquitetada por seu arquiinimigo, o traficante de drogas Torres (Steven Seagal, o canastra de sempre com a interpretação entusiástica de uma estátua), que resulta na morte de sua esposa e o torna um renegado.
Três anos depois, Machete, que agora trabalha como operário, aceita uma oferta do empresário Michael Booth (Jeff Fahey) para matar o Senador John McLaughin (Robert DeNiro, que está claramente se divertindo no papel e não levando nada a sério), que quer expulsar todos os imigrantes ilegais do México.
Machete aceita, apenas para ser traído pelos homens de Booth e usado como bode expiatório em um plano para retratar todos os mexicanos como terroristas e convencer a prefeitura a construir uma enorme muralha elétrica para mantê-los fora do país.
Porém, contrariando todas as expectativas, Machete sobrevive e parte em busca de vingança, ajudado por Sartana Rivera (Jessica Alba, a mulher invisível tentando provar que é bem doida ao ponto de filmar com Rodriguez), uma agente do Departamento de Imigração dividida entre o que dita a lei e o que manda seu coração; Luz (Michelle Rodriguez), uma vendedora de tacos com mãos rápidas e um coração revolucionário; Padre (Cheech Marin), seu irmão, um padre que é bom com bênçãos, mas melhor com armas; e April Booth (Lindsay Lohan, interpretando com grande conhecimento de causa, uma viciada em drogas), a filha de Booth e uma socialite viciada em adrenalina e com um gosto por armas de fogo.
No caminho de Machete, estão não apenas McLaughin e suas conexões políticas e Booth e sua infindável lista de assassinos, mas também o Tenente Stillman (Don Johnson) e sua cruel patrulha da fronteira e Torres e seu cartel de traficantes impiedosos.
O melhor foi o final com o anúncio das futuras continuações: “Machete Kills” (Machete mata”) e “Machete Kills Again” (Machete Mata de novo), nesta hora eu quase chorei de rir!
terça-feira
Avengers/Os Vingadores - o filme
Scarlett "Viúva Negra" Johansson,Chris "Thor" Hemsworth, Chris "Capitão América" Evans, Samuel J. "Nick Fury" Jackson, Jeremy"Gavião Arqueiro" Renner abraçando Robert"Homem de Ferro" Downey Jr., Mark "Hulk" Ruffalo, e Joss "O cara!" Whedon..
Aos menores de trinta anos não dá para ter idéia do quanto um ‘filme da Marvel’ era o mesmo que ‘desastre certo’ para os fãs da Casa das Idéias. Era um terror ver os filmes do Hulk, pior ainda aquela produção com a participação do Thor (acreditem o horror está ali). O que dizer do filme do Nick Fury, do Quarteto Fantástico, do Capitão América versão motoqueiro do escudo plástico, do Justiceiro com o Dolph Lundgren? Lixo em cima de lixo em cima de lixo. Produções medonhas, atores,direção e roteiro idem. Era de doer na alma! Tudo isto mesmo!
Foi por esta razão que todos nós, fãs, ficamos esperando outra bomba quando X-Men foi anunciado. Era trauma! Felizmente, o filme curou a todos, não que fosse perfeito, mas não era mais intragávelmente mau produzido, encenado e dirigido. Estávamos salvos! O feito foi superado em X2, depois Homem-Aranha e a grande redenção para mim que foi o Homem de Ferro, impecável!
Não que não houvesse tropeços (X3, Demolidor, Quarteto Fantástico e Hulk do Ang Lee), mas havia ótimos acertos. Quando no filme Homem de Ferro, insinuou-se a formação da “Iniciativa Vingadores” a cabeça começou a ferver.
Unir o grupo mais poderoso da terra? Seria possível escrever um roteiro com tantos personagens referenciais? Segundo o projeto todos teriam um filme antes da reunião, se os filmes fossem bons os envolvidos seriam astros, como unir tantos em um mesmo filme sem guerras e pontapés? Enfim, depois vieram Hulk, Thor e Capitão América. Todos muitos bons. Mas, ocorreu uma baixa (a história dos astros difíceis)... Edward Norton – Hulk pulou fora. Justo o Hulk que gosto muito! Desconfiança...
O novo Hulk seria o ator Mark Ruffalo. O que não me inspirou muita confiança. Passei a ter mais fé com a convocação de Whedon para direção e roteiro e minha fé não foi à toa!
Dosando humor pop com ação extrema o roteiro me agradou em cheio. Existem cenas hilárias de humor pop refinado que faz rir muito neófitos e fanáticos de HQ. E cenas de ação impecáveis de fazer pular na cadeira do cinema. Todos os personagens tiveram seu espaço e importância. Os atores estiveram bem. É redundante falar em Homem de Ferro (Robert Downey, Jr.), Thor (Chris Hemsworth) ou Capitão América (Chris Evans) já que pelos filmes sabíamos que os atores haviam incorporado os personagens. Então, e o Mark Ruffalo?
O primeiro personagem Marvel que li e colecionei foi o Hulk. Aliás, a primeira edição eu comprei porque já acompanhava o personagem pela TV. Portanto, sou fã há um bom bocado de tempo e posso atestar a todos que Ruffalo é, em minha opinião, o melhor Banner/Hulk que já tivemos. Eu gostei muito do trabalho de Edward Norton, e o acho excelente, mas depois de Vingadores fiquei feliz que ele tivesse pulado fora. Aliás, tenho que (de novo) aplaudir Whedon que fez do Hulk um destaque na história como alívio cômico (ao lado de Tony Stark) sem tornar o personagem um imbecil, o que aconteceu, por exemplo, com o anão Gimli na trilogia O Senhor dos Anéis.
E o que dizer de Loki (Tom Hiddleston)? Tinha que ser dos palcos ingleses que este excelente ator deveria surgir para interpretar o maléfico irmão do deus do trovão! Palmas para Kenneth Branagh (Diretor de Thor) que não brinca em serviço ao escalar atores para seus filmes. Hiddleston É o Loki. Ninguém poderia fazer melhor. Acreditem. Ninguém.
Jeremy Renner e Scarlett Johansson fizeram bem seus papéis de Gavião Arqueiro e Viúva Negra. Juntando-se a eles o-figura-fácil-de-filmes-para-nerd Samuel L. Jackson (Assassino cool, Mestre Jedi e Nick Fury só para dizer alguns...) compõe formidavelmente a cena para formar o mais poderoso grupo de heróis da Terra.
Eu não vou entregar nada do enredo. Todos deveriam assistir. Evidentemente que Loki como nas HQs é o centro de todos os conflitos nesta orquestrada história de humor e ação. Houve um momento que a situação ficou tão crítica...que na sequência houve aplausos no cinema! Aplausos! Isto demonstra a capacidade do diretor de envolver. O filme fez as pessoas torcerem de verdade pelos personagens. Ação, Humor, Direção e Atuação competentes formaram um quarteto fantástico! (Eu sei...eu sei...eu sei... mas não resisti ao trocadilho! Hahaha)!
São muitas cenas boas e que ficam em nossa memória. Coisas bacanas, referências, boas sacadas em diálogos. Muita diversão para nerds e para não fanáticos. Sem dúvida, um dos melhores filmes do ano e da história das versões em filmes de HQs. Corram para o cinema!
A propósito não se esqueçam de acompanhar a cena final após os créditos para os nerds, como eu, sorriso no rosto, para os não iniciados, interrogação na cabeça... mas saibam: Tem tudo para ser mais uma grande aventura! E que venha!...(Com Joss Whedon, claro..)
segunda-feira
Ladyhawke - O Feitiço de Áquila
Na época eu não me atentei ao fato de o filme era do diretor Richard Donner, de quem eu era fã sem saber por causa de “Superman” e o filme “Máquina Mortífera (Lethal Weapon)”. Quem assisitiu na época sabe o efeito que foi ver "O Feitiço de Áquila". Primeiramente, é uma produção esmerada, bem dirigida, naquela idade eu podia não compreender a técnica, mas sentimos quando uma história está bem contada, quando é empolgante, quando as cenas fluem. E tudo isto estava lá.
Os atores fizeram sua parte. Mas Matthew Broderick simplesmente roubou a cena com seu ladrão “O Rato”. A cenas de ação embaladas por uma empolgante trilha sonora aliados ao tema de fantasia medieval e ao drama da maldição marcaram a memória de todos, tornando o filme uma referência do gênero.
Ladyhawke foi filmado em 1985 dirigido por Richard Donner, estrelado por Matthew Broderick, Rutger Hauer e Michelle Pfeiffer.
A trama ocorre na Europa do século XII, quando um ladrãoPhilippe Gaston, "O Rato" (Matthew Broderick), condenado a execução consegue escapar das masmorras de Áquila, através dos esgotos, e foge para o campo. O Bispo de Áquila (John Wood) envia o seu Capitão da Guarda Marquet (Ken Hutchison) para caçar Phillipe; ele e seus soldados encontram Philippe, mas são frustrados por um misterioso cavaleiro negro que revela ser seu ex-capitão, Etienne de Navarre (Rutger Hauer), viajando com um falcão belo e dedicado. Marquet avisa ao Bispo sobre o retorno de Navarra, que entre outras coisas solicita a convocação de Cezar (Alfred Molina), o caçador de lobos.
Navarre diz a Philippe por que o salvou: ele precisa de um conhecimento que é único de Philippe, para levá-lo para dentro de Áquila e matar o Bispo. Enquanto viajam, Philippe se torna ciente de eventos misteriosos e assustadores que os rodeiam, incluindo o aparecimento a noite de um lobo negro e de uma mulher notavelmente linda (Michelle Pfeiffer), a qual não teme o lobo.
Em meio a combates contra os homens do Bispo, os aventureiros encontram o monge Imperius (Leo McKern), e através dele o rato e todos nós conhecemos a história: o falcão é uma mulher chamada Isabeau d'Anjou, que veio viver em Aquila depois que seu pai morreu em Antioquia.Todos os que a viam apaixonavam-se por ela, inclusive o poderoso e corrupto Bispo. Mas Isabel já amava o capitão da Guarda dele, Etienne de Navarre, com quem ela secretamente trocara votos. Confessaram este “pecado” ao monge Imperius que tolamente informou o Bispo sem saber que ele era secretamente apaixonado por Isabeau. Acidentalmente traídos por seu confessor, Imperius, eles fugiram. Em seu ciúme doentio, o Bispo fez um pacto demoníaco para garantir que eles estariam "Sempre juntos, eternamente separados": durante o dia Isabeau transforma-se num gavião, de noite Navarre se transforma em um lobo negro. Nenhum deles tem qualquer memória da sua meia-vida em forma de animal, somente no anoitecer e no amanhecer de cada dia eles podem ver um ao outro em forma humana por um momento fugaz, mas nunca podem tocar-se.
Desesperado com esta situação impossível Navarre planeja matar o Bispo, ou morrer na tentativa, tornando a maldição irrevogável. Mas Imperius descobriu uma maneira de quebrar a maldição: ele e Philippe têm que convencer os amantes a tentar. Navarre acredita que não passa de loucura do homem pois o ritual deve ser feito em “um dia sem noite e uma noite sem dia” ocasião em que os amantes devem estar juntos em forma humana diante do Bispo, para quebrar a maldição.
Ladyhawke foi filmado na Itália, o prado alpino de Campo Imperatore-Abruzzo serviu como locação exterior proeminente, enquanto a cena do monge foi filmada na Rocca Calábria, uma fortaleza arruinada no topo de uma montanha. Na região de Emilia-Romagna, a aldeia de Castell'Arquato em Piacenza e o Castelo de Torrechiara em Parma (o castelo do filme) também foram usados. Outras localidades italianas usadas incluem Soncino na região de Lombardia, Belluno, na região do Vêneto e da região de Lácio em torno de Viterbo.
A trilha sonora foi composta por Andrew Powell e produzida por Alan Parsons. Richard Donner afirmou que estava ouvindo The Alan Parsons Project (no qual Powell colaborou) enquanto procurava por locações, e ficou incapaz de separar suas idéias visuais da música. Powell combinou música orquestrada tradicional e cantos gregorianos com material de rock contemporâneo progressivo-infundido, para efeito controverso. Conheci a trilha toda em idos dos anos 90, foi um reencontro. Curiosidade foi a foto de Isabeau e Navarre juntos o que não vimos no filme (foto abaixo).
O papel de Navarre estava destinado ao ator Kurt Russell, que desistiu um pouco antes do começo das filmagens, tendo sido escolhido, então, o ator holandês Rutger Hauer.
O primeiro filme que vi de Rutger foi “A morte pede carona”, vê-lo como o herói “grosseiro” de Feitiço de Áquila, foi diferente. De qualquer forma não desmerecendo Russel, não dá para imaginar outro no papel. Todos inclusive foram excepcionalmente selecionados ou uma conjunção de astros especialmente benéfica ajudou o diretor. Certamente, os bons papéis dentro de um filme não típico empolgaram a todos e o resultado pode ser sentido na tela. Enfim: clássico absoluto..