Panacéia dos Amigos

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terça-feira

MAS SERÁ O BENEDITO?




Benedito Meia-Légua, que assombrou os escravagistas anos antes da abolição 

Seu nome original era Benedito Caravelas e viveu até 1885, um líder nato e bastante viajado, conhecia muito do nordeste. Suas andanças conferira-lhe a alcunha de "Meia-légua". Andava sempre com uma pequena imagem de São Benedito consigo, que ganhou um significado mágico depois. 

Ele reunia grupos de negros insurgentes e botava o terror nos fazendeiros escravagistas da região, invadindo as Senzalas, libertando outros negros, saqueando e dando verdadeiros prejuízos aos racistas. 

Contam que ele era um estrategista ousado e criativo, criava grupos pequenos para evitar grandes capturas e atacavam fazendas diferentes simultaneamente. A genialidade do plano era que o líder de cada grupo se vestia exatamente como ele. 

Sempre que um tinha o infortúnio de ser capturado, Benedito reaparecia em outras rebeliões. Os fazendeiros passaram a crer que ele era Imortal. E sempre que haviam notícias de escravos se rebelando vinha a pergunta "Mas será o Benedito?" 

O mito ganhou força após uma captura dramática. Benedito chegou a São Mateus (ES) amarrado pelo pescoço, sendo puxado por um capitão do mato montado a cavalo. Foi dado como morto e levado ao cemitério dos escravos, na igreja de São Benedito. 

Noutro dia, quando foram dar conta do corpo, ele havia sumido e apenas pegadas de sangue se esticavam no chão. Surgiu a lenda que ele era protegido pelo próprio São Benedito. Por mais de 40 anos ele e seu Quilombo, mais do que resistiram, golpearam o sistema escravocrata. 

Meia-Légua só foi morto na sua velhice, manco e doente. Ele dormia em um tronco oco de árvore. Esconderijo que foi denunciado por um caçador. Seus perseguidores ficaram a espreita, esperando Benedito se recolher. Tamparam o tronco e atearam fogo. 

Seu legado é um rastro de coragem, fé, ousadia e força para lutar pelo nosso povo, que ainda hoje é representado em encenações de Congada e Ticumbi pelo Brasil. Em meio as cinzas encontraram sua pequena imagem de São Benedito. 

Todo dia 1 De Janeiro, o cortejo de Ticumbi vai buscar a pequena imagem do São Benedito do Córrego das Piabas e levar até a igreja em uma encenação dramática para celebrar a memória de Meia-Légua. 

Fonte: Alê Santos

Publicado por Mulheirismo Africano MDA

quarta-feira

O FULLONICHE: LAVANDERIA ROMANA

 


O fullo era quem lavava os tecidos e a fullonica era a lavanderia romana, uma atividade comercial muito lucrativa.

O átrio foi dominado pelo implúvio central transformado em cuba de lavagem, com o acréscimo de uma moldura elevada. Esta banheira provavelmente era usada para tecidos mais delicados ou com pouca cor. Já as roupas com manchas mais resistentes eram literalmente “pisoteadas” pelos trabalhadores, em banheiras nos fundos das instalações. 

Fullonica pode ser comparada a uma verdadeira indústria moderna: havia também uma cantina onde os trabalhadores podiam ficar e comer durante o expediente. 

Os fullonics eram usados ​​tanto para o acabamento dos tecidos que precisavam ser desengraxados após a fiação e a tecelagem, quanto para a limpeza simples dos tecidos usados. Além do implúvio, onde a maior parte da água para a lavagem era recolhida, existiam outros tanques e bacias comunicantes que serviam para enxaguar a roupa ou qualquer corante.


 

Pulpers "amassava" os tecidos com água, soda (o sabonete importado da Gália era praticamente desconhecido em Pompéia) e urina, animal e humana - havia banhos públicos específicos usados ​​como "coletores de urina", os Vespasianos, que levam o nome dos Imperador que emitiu o decreto-. A urina era usada em abundância graças ao amoníaco que contém, para desengordurar e limpar os tecidos.. 

Depois de tratados, os tecidos eram lavados com argila fullonic ou terra umbric, batidos e cardados. Roupas brancas ou tingidas precisavam ser enxofre para adquirir brilho. A fase final foi a passagem a ferro, realizada graças às prensas de pedra. Alguns fullonics também foram equipados, no piso superior, com um terraço, onde as roupas eram colocadas para secar. 



Nas imagens, nos quartos e nos afrescos da Fullonica Stephani em Pompéia. 

Fonte: Nogueira Almeida, arqueólogo; Odi Profanum Vulgus

sexta-feira

A TRAGÉDIA NA DESTRUIÇÃO DA BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA



    Por causa do incêndio que a destruiu, é difícil estimar a quantidade de livros que existiram na biblioteca. Porém, acredita-se que entre 500 a 700 mil rolos de papiros já fizeram parte do acervo da Biblioteca de Alexandria. Para isso, cerca de 100 funcionários trabalhavam em seu funcionamento.

    Após a destruição, apenas alguns fragmentos conseguiram ser recuperados. Esses trechos nos fazem ter uma noção de quanto conhecimento foi perdido para sempre e do que as gerações seguintes, incluindo a nossa, foram privados.

    Por exemplo, existem resquícios de que Aristarco de Samos havia escrito ainda no século III a.C que era a Terra que orbitava em volta do Sol, assim como outros planetas. Foi preciso cerca de dois mil anos para que Nicolau Copérnico redescobrisse o heliocentrismo, apresentando sua ideia em 1530.

    Outro exemplo seria a pesquisa de Heron de Alexandria, que criou um primeiro modelo de motor a vapor cerca de dois mil anos antes de James Watt.

    Podemos citar o caso de Euclides como exemplo, visto que atualmente só temos acesso a cerca de 50% do seu trabalho. Apesar disso, o pouco do que nos sobrou da Biblioteca de Alexandria foi essencial para o desenvolvimento futuro das mais diversas áreas do conhecimento.

    Mistérios do passado, descobertas científicas e o processo como esses estudiosos chegaram às suas conclusões se perderam para sempre com o incêndio. E além das descobertas sobre astronomia, matemática e registros históricos, também havia técnicas de medicina que, se não tivessem sido perdidas, teriam sido muito úteis no desenvolvimento dessa ciência.

Grandes nomes da Biblioteca de Alexandria
Como vimos, além do grande acervo de livros com conhecimentos de todo o mundo, em seus centros de pesquisa estiveram grandes nomes da astronomia, matemática e outras áreas do saber.
Entre eles, podemos destacar:

     Eratóstenes: bibliotecário-chefe de Alexandria, foi o primeiro a medir a circunferência da Terra.

   Hiparco: Considerado pai da astronomia, foi quem mapeou as constelações e mensurou a magnitude das estrelas.

     Euclides: Considerado o pai da geometria.

     Ptolomeu: um dos maiores astrônomos de sua época, foi quem criou uma base para o que conhecemos hoje como astrologia.

  Herófilo: Pai da anatomia e fundador da escola de medicina, identificou que o cérebro era responsável pela inteligência, e não o coração.

    Dionísio da Trácia: Foi quem organizou o esquema de oração que utilizamos hoje, com verbos, pronomes, substantivos etc.

    Hipácia: Astrônoma e matemática, foi chefe da escola platônica de Alexandria.

    Muitos destes tiveram grande parte de seu conhecimento e pesquisas perdidas para sempre.

    

     

por Thaís Stein

segunda-feira

ROMA X CRISTIANISMO



Texto  interessante que encontrei e copiei:

O Cristianismo não foi criado pelo Império Romano, muito menos pelo Concílio de Niceia.

No início Roma não queria que ninguém virasse Cristão. O Cristianismo tornou-se Religião Oficial do Império Romano no ano 380 d.C por ordem do imperador Teodósio I. Note que o Cristianismo foi legalizado 294 anos depois de seu início e durante esse período maior parte dele foi marcado por grandes perseguições e Martírio Cristão.

Constantino apenas legalizou o Cristianismo. O Cristianismo nunca foi imposto por Constantino, foi apenas legalizado. Após a legalização Romanos poderiam seguir suas religiões pagãs sem nenhum problema.

Dentro do Império Romano vivia uma sociedade cosmopolita e heterotópica, com intenso fluxo de ideias, filosofias e pessoas, cada cidadão poderia aderir àquilo que mais lhe servisse. O contexto da Pax Romana favoreceu o alargamento das fronteiras das religiões estrangeiras. De um modo geral, é fato que o cristianismo foi favorecido pela facilidade de contato entre as províncias romanas e difundiu-se em meio ao livre trânsito de pessoas pelo Império. Este foi um dos fatores naturais que ajudaram o cristianismo desenvolver-se.

A princípio, o Império Romano não se mostrou interessado nos cristãos, até porque, politicamente, além da baixa capacidade de resistência dessa religião ao poder de Roma, não se tem notícia de qualquer “ideologia” de inspiração cristã que tenha estimulado algum tipo de ação subversiva contra o governo imperial (SILVA, GUTEMBERG;)

O governo de Roma considerava os seguidores de Cristo pertencentes a uma das muitas correntes religiosas judaicas palestinas (CHEVITARESE,2006). Até o governo de Nero (54-68) Romanos achavam que Cristãos eram Judeus era a mesma coisa.

Roma via o cristianismo sem muita expressão política. Entretanto, essa “despreocupação” não garantiu a aceitação do movimento. Ao longo do século II, o poder eclesiástico foi grandemente perseguido e muitos mártires foram feitos. Em certo momento da história é explícito que Roma estava contra o cristianismo, se como muitos alegam, tivesse sido criado por Roma, desde o início Roma teria apoiado para o crescimento ainda maior, já que por essência o cristianismo teve sua propagação proselitista. Seria até mesmo mais fácil para Roma, antes de dominar um país torná-lo Cristão, pois por volta do ano 57 d.C o Apóstolo Paulo, em sua carta para a comunidade de Roma já revelava seu anseio de que os cristãos não se rebelassem contra as autoridades instituídas.

Nos primeiros 200 anos, o cristianismo expandiu-se gradativamente, favorecido pela clemência imperial (SILVA, GUTEMBERG;) de poderem transitar. Entretanto, algumas mudanças ocorreram no Império ao longo do século III. A anarquia militar (235-284) foi instaurada, fruto de uma grande instabilidade, desencadeando uma série de perseguições aos cristãos.

Antes deste contexto de perseguição a maior hostilidade nos primeiros séculos provinha,em grande parte, não das autoridades romanas, mas da população local.

O cristianismo era visto como uma religião exótica pelos adeptos das outras religiões do Império. Isto se deu tanto por seu monoteísmo inflexível quanto pelo fato de as reuniões terem um caráter secreto, o que fazia a população em geral conjeturar que ocorressem atos como canibalismo, relações promíscuas, práticas necromânticas e a invocação do espírito de um criminoso supliciado (SILVA, GUTEMBERG;).

Da ascensão de Décio ao poder, no início do século III, até o início do século IV, quando o Império esteve sob o comando de Diocleciano, com exceção do período chamado de “Pequena Paz da Igreja” (260-303), qualquer ameaça à ordem imperial passou a ser combatida vigorosamente, inclusive o cristianismo. Como uma religião apoiada e criada por Roma seria perseguida como grupo de desordem social?

No século III, com a promulgação do Edito de Caracala, a vida dos cristãos sofreu um impacto tangível e duradouro, mudando drasticamente. A partir desse decreto, os cristãos tornaram-se muito mais livres para transitar pelo Império. No entanto, foram muito mais perseguidos, pois, como cidadãos de Roma, não podiam mais apelar aos tribunais do Império como humiliores (não cidadãos) e, por isso, integrantes de uma religião estrangeira, nem mesmo como a antítese de honestiores (cidadãos) dignos de privilégios. (KERESZTES, 1970). Isso significa que ainda no século III mesmo com a liberdade de transitar eles ainda eram perseguidos e não tinham nem direito de recorrer ao tribunal. Com o passar do tempo, Roma tornou-se inimiga do Cristianismo, como teria ela dado origem a “mitologia de Jesus” como muito erroneamente afirmam?

Ainda há quem diga que o Cristianismo foi criado no Concílio de Niceia (324 d.C). Nesse período o Cristianismo já estava bem formulado em sua teologia e filosofia, contestavam até os Greco-Romanos utilizando de Platão e Sócrates para explicar contextos Divinos.
O Cristianismo ainda não era Religião Oficial do Império Romano, era apenas legalizado.

Antes do Concílio de Nicéia já haviam grandes Teólogos que massivamente estudavam a Bíblia, mandavam cartas para Igrejas e praticavam o proselitismo.

Inácio de Antioquia (Nascido em 35 d.C e morto em 108 d.C de acordo com Eusébio de Cesaréia) Grande Teólogo no início da Igreja, que propagava o Evangelho enviando cartas para Igrejas. Inácio Foi preso por ordem do imperador Trajano e transportado para Roma, onde foi condenado à morte no Coliseu, martirizado por leões.

Tertuliano (155-240 d.C) Romano de uma província da África. Antes do Concílio de Nicéia, Tertuliano já participava do movimento teológico Trinitarismo. Já no segundo Século ele diz: “Não há nenhuma cidade no Império em que não há várias comunidades Cristãs” Obviamente isso é uma hipérbole pois ele era retórico. A frase remete que já no segundo século existiam muitas comunidades Cristãs.

Justino Mártir (100-165 d.C) Filósofo, Cristão Apologeta que usava de Socrates e Platão para explicar o Conceito filosófico de Logos e encarnação de Cristo em homem, sendo o Logos Primordial.

Ireneu de Lyon (130-202 d.C) Teólogo e Escritor. Defendia a Trindade e lutava com todas a forças contra as Heresias e deturpações do Cristianismo, Para lutar contra seitas cristãs Gnosticistas e Místicas por perderem a essência do Cristianismo escreveu o livro Contra Heresias – Ireneu de Lyon.

Há muitos outros. A personalidade e filosofia dos que eu citei são facilmente encontradas em sites.
Todos os citados são antes do Concílio de Niceia que mesmo em meio a perseguição estavam dando origem á uma formulada teologia bíblica sem a influência do império romano sendo até mesmo muitos deles mortos pelo próprio Império Romano.
Antes da legalização com Constantino, Oficialização com Teodósio e Concílio de Nicéia em 324 d.C, houveram significativas expansões e propagações Teológicas do Cristianismo sem o controle do Império Romano.
Enquanto o Cristianismo estava desenvolvendo sua teologia e propagando as Fé Cristã, o Romanos estavam aniquilando-os, Impedindo de propagar a Fé e desenvolver sua Filosofia. Não há nem mesmo bases lógicas para fazer uma afirmação dessa.

Como muitas das afirmações têm como parâmetro a data dos acontecimento e os fatos, elas podem passar pela pesquisa de maneira fácil e rápida utilizando das palavras-chave.

Muitas informações foram retiradas de artigos científicos da Dra. Ludmila Caliman Campos.

“Dra. Ludimila Caliman Campos é professora e pesquisadora nas áreas de História, Arqueologia, Antropologia e Educação, com ênfase em História Antiga e Medieval, História e Etno-história Indígena e Afrobrasileira, Arqueologia Pública, Educação Patrimonial e Antropologia Cultural.”

Dra. Ludimila Caliman Campos é pesquisadora Secular e afirma que o culto à Maria Mãe de Jesus é feito em substituição do Panteão de Deusas Femininas pagãs como Afrodite/Vênus Greco-Romana, Inana e Ishtar dos Sumérios entre outras, no qual aconteceram quando Roma substituiu o Paganismo pelo Cristianismo, com o desejo de preencher lacunas de adoração feminina deram origem a tais adorações.

Além de substituir festas pagãs pelo Natal Cristão (Isso é um fato histórico e sou eu quem digo de acordo com meus estudos).

Apresento tais afirmações para não dizerem que a Dra. Ludimila Caliman Campos é Cristã e tendenciosa.

(Não tem como negar que no fim da Igreja Primitiva, Roma tomou conta do Cristianismo de maneira que deturpou a doutrina teológico, impediu a sociedade de ter acesso e leitura das escrituras, implementou adoração a Santos e a Maria.
O Cristianismo como é exposto na Bíblia nunca teve por objetivo ser uma religião de controle Estatal e Eclesiástico, era simplesmente cada um aprender e propagar ao próximo, não havia a necessidade de tornar-se uma Instituição Romana, Roma que decidiu ter o controle.)

Fonte: Internet

terça-feira

TERIA SIDO JESUS CRUCIFICADO? PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS.







No começo do verão de 1968, alguns arqueologista dirigiram-se à V. Tzaferis onde foi descoberto quatro caverna-túmulos no Giv'at ha-mivtar (Ras el-masaref), que está ao norte de Jerusalem, perto do Monte Scopus e imediatamente a oeste da estrada de Nablus. Um dos túmulos, revelou-se , através da avaliação das cerâmicas, que não havia sido tocado desde 70 ac.. Esses túmulos, de família com câmaras, faz ramificação e tinham sido esculpido em rocha calcária, pertencia ao cemitério Judaico do tempo faz que se estende pelo Monte Scopus Dentro das cavernas, foram encontradas quinze ossários em rocha, que continha o esqueleto de trinta e cinco indivíduos. Esses esqueletos revelam sob o exame de especialistas um conto aterrador da turbulência e agonia que confrontava os Judeus durante o século em que Jesus viveu.
Nove dos trinta-cinco indivíduos, tinham encontrado morte violenta. Três crianças, próximas em idades de oito meses a oito anos, que morreram de fome. Uma criança de quase quatro anos, morreu depois de muito sofrimento após ser ferido por uma flecha que penetrou a esquerda de seu crânio ( occipital). Um homem jovem de aproximadamente dezessete anos, foi queimado cruelmente.. Uma mulher ligeiramente mais velha também morreu sob tortura. Algumas mulheres de quase 70 anos sofreram esmagamento; seus ossos despedaçados. Uma mulher com feto na pelve. Finalmente, e mais importante para esta nota, um homem entre vinte-quatro e vinte-oito anos de idade foi crucificado.
Seu nome, Jehohanan,estava cunhado em letras de 2. Ele foi crucificado provavelmente entre 7ac, o tempo da recolta do censo, e 66 ac, o começo da guerra contra Roma.... Segundo Dr. N. Haas, do Departamento de Anatomia da Universidade Hebrew—Hadassah, Escola médica Jehohanan experimentou três episódios traumáticos. O palato no lado direito e a assimetria, em seu rosto , provavelmente resultado da. Tudo com marcas de violência. Nenhum outro esqueleto resultante diretamente ou indiretamente de crucificação. Uma descrição da morte do Jehohanan poderia servir para esclarecer a morte por crucificação e , conseguinte, o sofrimento do Jesus. Ambos crucificados pelos Romanos no mesmo século e não longe das paredes de Jerusalém.
O terceiro osso radial direito contem uma ranhura que foi provavelmente causada pela fricção de um prego no osso. Seus braços foram pregados ana patíbulo através dos antebraços e não através dos pulsos. Ao contrário dos retratos costumeiros em pinturas e biografias, Jesus teve seus braços furados e não suas mãos. Nós deveríamos provavelmente traduzir unicamente duas passagens nos Evangelhos que mencionam a crucifiicação de Jesus (Lk 24, Jn 20) não como mãos, mas como narra Hesíodo, o médico Rufus, e outros como 'braços. Daqui, segundo o Jn 20, Jesus disse ao Thomas, 'coloca seu dedo aqui e observa meus braços...'
As pernas tinham estado pressionadas juntamente, curvadas, e torcidas para que ficasse paralelo ao patibulo. Os pés estavam seguros à cruz por uma prego de ferro dirigido simultaneamente através de ambos tuber calcanei. A prego de ferro continha a cabeça arredondada Fragmentos de madeira (Pistacia ou Acácia), uma crosta faz limo, uma porção de osso direito, uma peça menor de osso esquerdo, e um fragmento de madeira de oliveira. Aparentemente Jehohanan foi pregado à madeira de oliveira com o pé direito cruzado acima e à esquerda. Dr. Haas achou indubitável em concluir que um prego de ferro curvou aproximadamente 2 cm porque foi necessário a amputação de seus pés para remover o cadáver da cruz.
Jehohanan foi à cruz, presumivelmente após um intervalo de tempo, suas pernas foram fraturadas. Foi atingido violentamente por uma arma maciça, despedaçando o shins direito , e fraturando os esquerdos, que estiveram contíguos com a cruz (simplex), em uma linha oblíqua, simples. As descobertas acima, jogam alguma luz na maneira em que Jesus morreu. A Arte Cristã tem continuamente retratada Jesus como anexado à cruz com as extremidades estendidas. O dorso do Jehohanan foi forçado dentro uma posição torcida.curva e anormalmente torcido. Desde o prego curvado. Com apoio suficiente para prolongar a tortura. Se Jesus foi crucificado de modo parecida, e nós não podemos estar certos deste embora isto É provável, seus músculos do contorcidos provavelmente poderiam gerar contrações espasmódicas (tetanizantes) cãibra e rigidez poderia futuramente permear o diafragma e pulmões a fim de impedir a inspiração e expiração de Jesus que poderia morrer depois de seis horas. Os dois crucificados com Jesus, entretanto, não morreram assim rapidamente. Pode ser que eles não tenham sido previamente torturados, ou porque eles tenham sido crucificados de outra maneira.
Talvez seja lógico assumir que Jesus tinha sido o centro de atenção para, ao menos a semana precedente ele receber mais atenção de seus executores. Especialmente pelos outros serem julgado ser ladrões ou criminosos (cf. Km 15, Mt 27, e Lk 23) mas Jesus foi condenado por inssurreição contra Roma. Essas especulações se extendem além de todo os dados disponíveis: Por que Jehohanan foi crucificado, por que suas pernas foram quebradas, e se havia uma particularidade para casos de insurreição. Jesus não podia viver que sete horas porque o Sabbath não podia ser violado, especialmente por que Jerusalém era conservador.
Em conclusão, nós temos evidência empírica de um crucificação de ágora. Morte em uma cruz podia ser prolongada ou rápida. Os dados da arqueologia são resumidos acima. A crucifixão de Jesus, que não possuía o físico de um gladiador. Depois a violência brutal por parte de soldados Romanos, que teriam a oportunidade de saborear a liberação de seu ódio aos Judeus e aborrecidos com a vida dos Palestinos, Jesus estaria praticamente morto. Metáforas não deveriam ser confundidas com realidades, nem fé com história. Isto está não é uma confissão de fé para assegurar que Jesus morreu no Golgotha numa tarde de Sexta-feira;
Isto é uma probabilidade obtida pelos mais alto cânones de pesquisa histórica científica. Os humanistas e racionalistas, à pergunta por que Jesus morrer assim tão rapidamente. Nenhuma resposta tem sido aceitável em círculos de críticos; nota, por exemplo, o comentário concluído na maioria das recentes 'biografias" de Jesus. Agora por que fez ele deixa Galiléia e se dirige à Jerusalém? Jesus aparentemente em algum ponto toma uma decisão para deixar seu território de casa e move a Jerusalém. Isto poderia parecer que ele teve algum sentido de missão, o que está claramente e que os evangelhos sugerem. Que ele se sentiu compelido para ir a Jerusalém.
Mais que não está inteiramente clara a perspectiva histórica, mas isto parece aquele Jerusalém, onde o templo foi localizado, talvez em um dos Dias Sagrados, um dos festivais que foi a atração para ele para ir e participar....os judeus comemoram um dos eventos históricos mais importantes na tradição Judaica. A escravidão do Egito, um estória de Moisés e o Êxodo. Era uma celebração de identidade Judaica centralizada no Templo si mesmo. Especialmente nos tempos antigos quando o Templo estava erguido e foi a peça central do evento inteiro
Isto pode ser o caso das autoridades Romanas ficarem particularmente preocupadas nos tempos destes festivais quando havia os potenciais para aumentarem as insurreições políticas e agitações. As autoridades, na época de Herodes e certamente sob os governadores Romanos, vigiavam a cidade. Isto É alegado por Josephus pelo fato de Herodes e então os governadores, autoridades e os magistrados civis de Jerusalém estariam preocupados com esse evento.
Segundo uma estória tradicional, Jesus foi ao Templo durante uma estação da páscoa, e fez alguma coisa completamente estranha, reclamando que para comprar e vende na casa do Senhor É uma transgressão contra Deus.
Uma dificuldade com a estória de Jesus É dita em caminhos diferentes e em evangelhos diferentes. Por exemplo em evangelho de Marco, Mateus e Lucas, todos três, este evento ocorre na última semana de vida de Jesus e é claramente o evento que traz a ele à atenção ambas da liderança de Templo e as autoridades Romanas.
Assim qualquer motivo que um protesto represente, deve ser contra alguma espécie de idéia de que o Templo deveria ser. Isto pode ser o caso de que Jesus represente a mesma espécie de crítica que os Fariseus poderiam trazer contra o Templo, que de fato a espécie de piedade que acontece unicamente uma vez um ano no Passover
É alguma coisa que deve acontecer todo dia e toda semana em suas vidas particulares. Naquele sentido, Jesus criticou o Templo e os Fariseus desejando fazer daquele templo, local de oração. Desejando fazer isto muito mais pessoal. Outra possibilidade embora é Jesus ser mais afeito aos Essênios também criticava o fato o templo, ou talvez somente também Romano o que fariam com que eles olhassem Jesus como um subversivo.
Que teria acontecido à Jesus depois do incidente de Templo é um fato obscuro. Ele provavelmente teve uma experiência, mas seria uma justiça suja e rápida antes o tribunal do governador. a evidência que nós temos pelo modo de execução, por virtude das estórias de experiência como ditas nos evangelhos e por virtude de que aparece na estória dele morte real, sugere que isto finalmente caiu ao Pilatos. Que o papel da autoridade Judaica está na prisão real e execução de Jesus É difícil para dizer. É claro nas estórias tradicionais dos evangelhos eles têm um papel pesado, e isto pode muito bem ser que a liderança de Templo seria interessante.
Não há provavelmente nenhuma evidência histórica direta para uma experiência antes o Sinédrio e uma liderança Judaica e claramente um crime da decisão para executar , foi principalmente uma decisão Romana. Crucificação foi alguma coisa muito real. Há também muitas fontes antigas que falam sobre isto. Josephus ele mesmo descreve um números de crucificações na Judéia aproximadamente neste tempo. Assim nós podemos estar honestamente confiantes [do crucificação] como um evento histórico porque isto foi muito comum naqueles dias e muito aplicado. Historiadores de agora e outras espécies de arqueólogos, de pesquisadores tem dado vários caminhos diferentes de compreensão na prática da crucificação real.
Com toda probabilidade os pés, foram pregados um ou outro diretamente através dos ossos na cruz. Isto sugere realmente que a crucificação foi uma forma muito agonizante e lenta de morte. Isto é não sangrar.
É uma exposição aos elementos e uma perda de respiração que produzimos morte gradual. Isto É uma morte agonizante. A arqueologia, até a descoberta que foi feita nos tempos recentes de um osso real de um homem que foi encontrado com uma prego ainda fincada nele. Isto aparentemente demonstra que alguém realmente experimentou crucificação....
Agora que sabemos que aparentemente um prego foi utilizado para colocar-lo na cruz através do osso dilacerando do tecido e como um resultado nós temos uma daquelas poucas peças de evidência que nos mostra que a prática era realmente existente..
Que a significação do sinal da cruz?
Quando nós olhamos para estórias de crucificação de Jesus nos evangelhos como fases diferentes, os episódios diferentes que ocorrem entre a prisão e o jardim de Gethsemane, um experiência antes o Sinédrio, um experiência antes Pilatos, um espécie de cena final pública onde um decisão foi feita: enviar o Jesus à cruz.
Não foi um mero artefato literário; alguma coisa realmente aconteceu a Jesus. A placa que foi pregada à cruz , identificada –o como Jesus, Rei dos Judeus. Esta peça de evidência sugere que ele foi executado pelas autoridades Romanas em alguma carga de insurreição política Por um momento Pilatos poderia ter se preocupado com Jesus. Ele podia desafiar o império.

E que É que acontecido?
O que parece ter que acontecido a Jesus... É provável que a placa pregada à cruz é uma das poucas peças claras de evidência histórica que nós temos. Precisamente porque isto reflete uma carga legítima sobre que os Romanos poderiam Ter ao pedir a execução e isto fica suposto um dos eventos centrais que realmente aconteceram.
Um placa que especifica ele como Jesus,rei dos Judeus, sugere que ele foi executado, foi um de insurreição política. Uma ameaça a Pax Romana mas ele também foi vítima da Pax Romana. Ele estava causando dificuldades. Ele constituiu um risco da segurança que os Romanos sempre souberam lidar nas províncias
Estudos Novos De Testamento modernos é que Jesus estava fomentando revolução. Jesus lidou com a existência de uma facção revolucionária ou alguém que foi subversivo ao estabelecimento Romano. Ele foi considerado bastante perigoso pois que ele tinha sido crucificado para isto. E, foi exatamente o que eles fizeram. Os Romanos tiveram um gênio para brutalidade. Crucifixão era considerada uma formula de humilhação e punição e se você fosse um cidadão Romano, certamente, você não podia ser crucificado. Só os escravos e pessoas consideradas abaixo da dignidade de cidadania Romana. Isto foi uma forma de terrorismo público....
Isto foi um trabalho Romano, não há erro sobre isso. As estórias do evangelho sobre a entrada de Jesus em Jerusalém, a confrontação dramática no Templo, a celebração de Passover e com eles, seus discípulos e o descanso, e crucifixão, certamente, são muitos dramáticos. Aos historiadores isto é um conjunto de problemas. Existem duas interpretações clássicas. Um é o ato revolucionário simbólico do Jesus no Templo em si mesmo, e a rejeição do Templo, que está dizer a rejeição de Judaísmo... em favor de uma nova religião que ele estava para introduzir.
Bem, que é uma interpretação Cristã maravilhosa, certamente, mas isto é inteiramente anacrônico e inteiramente inapropriado ao valor que nós pensamos em Jesus ele mesmo, como um Judeu, como um professor Judaico e um pregador e um homem que vivido e morrido na comunidade social de Judaísmo. Isto É muito mais provável, então, que ele é não revolucionário no sentido de destruir o Templo, ele está tentando purificar o Templo. Ele está preparando o Templo para seu novo, melhorado, purificado estado que acontecerá brevemente, no fim de dias.... Passover, certamente, é um festival de redenção. O tempo quando Deus atribui aos israelitas a liberação um milênio antes. Isto é então um ato que está muito dentro os confinados do Judaísmo, muito dentro dos confinados da crença Judaica. O Alto Padre, Caiaphas, teve que colaborar... com a ocupação Romana Eu tomo isto para entender que havia um trato ou seja lá o que for,entre o Pilatos e Caiaphas sobre como para tratar, abaixa classe especialmente, dissidentes que causam problemas no Passover (páscoa).
Que teria acontecido no Templo causando sua morte. Como nós encontramos no evangelho do João, diálogos entre o Jesus e Pilatos.

Fonte: Universidade de Harvard

sábado

Mulheres de coragem em nossa história




Em um episódio que ficou célebre, no inverno de 1943, em Berlim, um protesto de mais de 6 mil mulheres fez o governo nazista recuar e soltar 1700 judeus casados com alemãs. O ato ficou conhecido como Protesto de Rosenstrasse. Houve apenas um Rosenstrasse, mas outras grandes figuras femininas conseguiram feitos notáveis na luta contra o horror. Usando da influência dentro do Partido Nazista, confeccionando passaportes falsos, escondendo pessoas dentro de casas de oficiais alemães ou resgatando crianças em campos de concentração, algumas pagaram com a própria vida. Saiba quem foram elas.

Um grito na guilhotina
QUEM
SOPHIE SCHOLL

NASCIMENTO
FORCHTENBERG (ALEMANHA)

ONDE ATUOU
MUNIQUE

POR QUE É HEROÍNA?
FOI GUILHOTINADA POR DISTRIBUR PANFLETOS ANTINAZISTAS

Dia 22 de fevereiro de 1943. Silêncio na Corte Popular do Palácio de Justiça de Munique. No banco dos réus, a alemã Sophie Scholl, 21 anos, aguardava a sentença. O juiz Roland Freisler selou seu destino: pena de morte por alta traição ao 3º Reich. Seu irmão, Hans Scholl, e o amigo Christoph Probst receberam pena idêntica. Naquele mesmo dia, às 17 horas, os três estudantes perderam a vida na guilhotina. Sophie integrava a Rosa Branca, uma organização de resistência não violenta contra o nazismo. Em vez de empunhar armas, o grupo usava um mimeógrafo e uma máquina de escrever. Imprimia folhetos que denunciavam as atrocidades do regime. "Por que o povo alemão está tão apático em face desses crimes abomináveis?", dizia um dos papéis. Outro anunciava: "Nosso povo está pronto para se rebelar contra a escravização nacional-socialista da Europa". Os panfletos eram enviados por correio a alunos e professores de faculdades da Alemanha. Sophie e seus colegas mandavam as cartas de vários pontos do país. Tanto fizeram que atraíram a atenção da Gestapo.

"A Gestapo pensava que a Rosa Branca era uma organização enorme. Não sabia que tinha apenas 6 membros no núcleo principal", diz a pesquisadora americana Kathryn J. Atwood no livro Women Heroes of World War II (inédito no Brasil). Além de Sophie, Hans e Christoph, o grupo central era formado por outros dois alunos da Universidade de Munique e um professor, Kurt Huber. Foi Huber que escreveu o sexto e último panfleto, no início de 1943. Foi quando os estudantes cometeram um erro fatal: distribuíram o panfleto pelos corredores da universidade e foram vistos pelo funcionário Jakob Schmidt, nazista de carteirinha que os dedurou à Gestapo. Os outros integrantes se salvaram por falta de provas. Durante o julgamento, sem autorização para falar, Sophie gritou: "Alguém tinha de começar! O que escrevemos e falamos é o que muitas pessoas pensam, mas não têm coragem de dizer em voz alta!".


A condessa generosa
QUEM
MARIA VON MALTZAN

NASCIMENTO
MILICZ (POLÔNIA)

ONDE ATUOU
BERLIM

POR QUE É HEROÍNA?
ABRIGOU MAIS DE 60 JUDEUS EM SEU APARTAMENTO

Em 1943, o governo declarou que Berlim estava judenfrei ("livre de judeus"). No entanto, vários deles viviam escondidos pela cidade. Um dos refúgios era o apartamento da Maria von Maltzan, filha de um conde alemão. Ela havia se doutorado em ciências naturais em 1933, ano em que Hitler chegou ao poder. Desde então arriscava a própria pele para proteger judeus em fuga.

Os refugiados ficavam em seu apartamento por alguns dias até conseguirem um jeito de sair do país. Mas o namorado de Maria, o escritor judeu Hans Hirschel, mudou-se de mala e cuia para lá. Quando alguém chegava, Hans se ocultava no fundo falso de um sofá na sala. Maria não levantava muitas suspeitas porque era da fina-flor de Berlim, tinha acesso a informações da elite do Partido Nazista e sua posição privilegiada na sociedade a livrava de maiores problemas.

Até o que dia em que um oficial bateu à sua porta. Ao entrar no apartamento, ele olhou para o sofá e perguntou: "Como posso saber se alguém não está escondido aqui?" Maria decidiu correr o risco: "Se você está seguro de que tem alguém aí, vá em frente e atire. Mas, antes de fazer isso, deixe uma declaração por escrito garantindo que vai pagar pela restauração do sofá". Deu certo. O oficial não disparou e saiu do apartamento.

Até a rendição alemã, em maio de 1945, ela continuou ajudando vítimas do nazismo. Fez documentos falsos e contrabandeou pessoas dentro de móveis para a Suécia. "Maria sozinha salvou mais de 60 judeus e inimigos políticos dos nazistas, além de ajudar no resgate de muitos outros", diz a pesquisadora americana Kathryn J. Atwood. Depois da guerra a condessa se casou com Hans e trabalhou como veterinária em Berlim até morrer, em 1997.


Virou amante do major e salvou 12
QUEM
IRENE GUT

NASCIMENTO
KOZIENICE (POLÔNIA)

ONDE ATUOU
UCRÂNIA

POR QUE É HEROÍNA?
ESCONDEU 12 JUDEUS NA MANSÃO DE UM OFICIAL ALEMÃO

A enfermeira polonesa Irene Gut tinha 17 anos quando fugiu para a fronteira com a União Soviética. Voltou à cidade onde morava (Radom) em 1942, aos 20 anos, quando o major nazista Eduard Rugemer lhe ofereceu emprego de garçonete. Servia os oficiais e, nas horas vagas, contrabandeava comida para o gueto. Rugemer foi para a Ucrânia. Irene também foi enviada para lá, onde seria governanta de sua mansão. Ela escondeu 12 judeus na casa. O major sempre voltava do trabalho na mesma hora. Um dia, porém, chegou mais cedo e flagrou três judias na cozinha. Topou guardar segredo desde que ela virasse sua amante. A jovem cedeu. No fim da guerra Irene se uniu à resistência polonesa. Por sua valentia, recebeu homenagens do papa João Paulo 2º e do Museu do Holocausto de Jerusalém.


"Você me tirou do gueto"
QUEM
IRENA SENDLER

NASCIMENTO
OTWOCH (POLÔNIA)

ONDE ATUOU
GUETO DE VARSÓVIA

POR QUE É HEROÍNA?
LIVROU 2500 CRIANÇAS DO GUETO EM MALAS, BALDES E SACOLAS

Conhecida como "O Anjo de Varsóvia", a enfermeira salvou mais de 2500 crianças da morte. Irena era administradora do Serviço Social de Varsóvia. Quando a guerra estourou, em 1939, começou a fazer documentos falsos, fornecer remédios, roupas e dinheiro para os judeus. Sua atuação passou a ser mais incisiva a partir de 1942, quando os nazistas enclausuraram centenas de milhares de judeus em uma área de 16 quadras. Horrorizada com o Gueto de Varsóvia, a enfermeira se tornou recruta da Zegota, movimento de resistência polonês.

Com livre trânsito nos campos de concentração, que visitava sempre com uma estrela de Davi no braço em solidariedade aos prisioneiros, Irena distribuía comida e medicamentos aos confinados. Usando como pretexto um surto de febre tifoide, que os alemães temiam que se expandisse além das fronteiras do gueto, conseguiu retirar as 2500 crianças "doentes" em ambulâncias da Zegota. Uma vez fora do gueto, as crianças eram escondidas como dava: em sacolas, maletas de ferramentas, baldes e cestos de lixo. Irena anotava o nome de suas famílias e enterrava em local seguro para que depois da guerra pudessem retornar a suas casas. E encontrava famílias não judaicas para cuidar delas. Usava o antigo tribunal à beira do Gueto de Varsóvia, conventos católicos e orfanatos como rotas de "contrabando" de crianças.

Em 1943 Irena foi presa pela Gestapo e torturada na prisão de Pawiak. Foi condenada à morte, mas escapou graças a um gordo suborno da Zegota. No pós-guerra, renegava o título de heroína: "Cada criança salva com a minha ajuda é a justificação da minha existência na Terra, e não um título de glória. Eu poderia ter feito mais. Esse lamento vai me seguir até a minha morte". Foi premiada com a honraria máxima da Polônia, a Ordem de Águia Branca, com o título de Justo entre as Nações e indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Depois que sua foto apareceu nos jornais, passou a receber várias ligações. "Um homem, um pintor, me telefonou e disse: ‘Eu lembro do seu rosto’, disse ele. ‘Foi você quem me tirou do gueto. Obrigado’." O "Anjo de Varsóvia" morreu em 2008.


A líder sem roupa
QUEM
MARIE-MADELEINE FOURCADE

NASCIMENTO
MARSELHA (FRANÇA)

ONDE ATUOU
FRANÇA E INGLATERRA

POR QUE É HEROÍNA?
FOI A ÚNICA LÍDER FEMININA DA RESISTÊNCIA FRANCESA

Em tempos de guerra, o pudor não era prioridade. Marie-Madeleine Fourcade conseguiu escapar duas vezes de prisões nazistas - na última, já combatente veterana, saiu sem roupas. Sua história de luta começou em junho de 1940. A francesa, divorciada e mãe de dois filhos, não engoliu a rendição de seu país e abandonou o emprego em uma editora para ingressar na Resistência Francesa, na rede chamada Alliance. Quando o chefe da rede foi preso, em maio de 1941, assumiu o posto - foi a única líder mulher da Resistência. Sua unidade trabalhava com informação, observando e transmitindo para os ingleses movimentos e posições dos nazistas e colaboracionistas. Em agosto de 1941, impressionados com seus serviços, os ingleses supostamente enviaram um operador de rádio para auxiliá-la. Era uma armadilha: o operador era um agente nazista. Marie-Madeleine e vários membros de sua rede foram presos, mas ela conseguiu fugir em 10 de novembro de 1942 aproveitando uma distração dos nazistas. Depois disso, mandou os filhos para a Suíça e passou a viver na clandestinidade. Em 1943, os ingleses decidiram tirá-la da França em uma operação secreta, e ela passou a operar em solo britânico até pouco depois do Dia D, quando desembarcou de novo na França e voltou a espionar os nazistas. Foi presa novamente pela Gestapo, mas não se fez de rogada: tirou as roupas e, magra, conseguiu atravessar por entre as grades. Após a guerra, fundou associações de veteranos da resistência e participou dos julgamentos do colaboracionista Maurice Papon e do nazista Klaus Barbie.


Bala na faca
QUEM
ETA WROBEL

NASCIMENTO
LOKOV (POLÔNIA)

ONDE ATUOU
FLORESTAS POLONESAS

POR QUE É HEROÍNA?
ATUOU NA GUERRILHA POLONESA

Eta Wrobel atuou na resistência desde o início da invasão da Polônia. Começou criando passaportes falsos para judeus. Em 1942, quando o gueto de Lokov foi liquidado, conseguiu fugir com o pai para a floresta e ajudou a fundar uma brigada judaica. Dos 80 integrantes iniciais, só 7 eram mulheres. Eta se recusava a lavar e a cozinhar. Seu negócio era o combate. "Para nós, era difícil conseguir armas. Os russos tinham muitas, mas não queriam nos dar. Então nós roubávamos deles", contou. Um dia, recebeu um tiro na perna e arrancou a bala com uma faca. Viveu no fogo cruzado até 1944. No mesmo ano, casou-se e mudou para os EUA, onde morreu em 2008.


A predadora dos ares
QUEM
MARINA RASKOVA

NASCIMENTO
MOSCOU (RÚSSIA)

ONDE ATUOU
VÁRIOS FRONTS

POR QUE É HEROÍNA?
ORGANIZOU AS DIVISÕES FEMININAS DA FORÇA AÉREA SOVIÉTICA

Em 22 de junho de 1941, Hitler rompeu o pacto de não agressão com Josef Stálin e invadiu a União Soviética. Tinha início a Operação Barbarossa, que contava com 3 milhões de soldados alemães. Em agosto, as forças do Führer haviam capturado 3800 tanques e feito prisioneiros mais de 870 mil soldados soviéticos. Mas a URSS virou a mesa, e não só graças aos homens de suas tropas. Muitas mulheres tiveram sinal verde para combater inspiradas no exemplo da piloto Marina Raskova. Nos anos 30, ela havia se tornado a primeira navegadora da Força Aérea Soviética. E colecionava aventuras, como um voo ininterrupto de mais de 26 horas que quase acabou em tragédia - o mau tempo obrigou a tripulação a fazer um pouso forçado. Ela e duas colegas ficaram dias à espera de resgate. Em fins de 1941, organizou três esquadrões formados inteiramente por mulheres - das mecânicas às oficiais. O de número 588 voava em missões noturnas e gerava enormes danos às divisões alemãs. Sua máquina de guerra era o caça Yakovlev Yak-1, que levava 3 metralhadoras e tinha um raio de ação de 600 quilômetros. Raskova também comandou o Regimento de Aviação 125. Vários países tinham mulheres pilotos, mas, segundo Robert Jackson, autor de Air Aces of WWII, a URSS foi a única a usá-las em combate. Marina morreu em 1943, em um pouso forçado provocado por uma falha mecânica. Tinha 30 anos. Recebeu uma medalha póstuma por sua bravura, caso raro entre as soviéticas.

Fonte: Superinteressante

quarta-feira

Expedição Transantártica Imperial




 
 


A Expedição Transantártica Imperial (1914–17), também conhecida como Expedição Endurance, é considerada como a última grande expedição da Idade Heroica da Exploração da Antártida. Concebida por Sir Ernest Shackleton, o objectivo da expedição era efetuar a primeira travessia terrestre do continente Antártico. Depois da conquista do Pólo Sul por Roald Amundsen em 1911, restava esta travessia entre mares que, nas palavras de Shackleton, era o "principal objetivo das explorações da Antártida". A expedição não conseguiu alcançar o objetivo proposto, tendo ficado conhecida pela história de resistência dos seus membros.



 Sir Ernest Shackleton

Shackleton fez parte da tripulação da Expedição Discovery liderada por Robert Falcon Scott (1901–04), e comandou a Expedição Nimrod (1907–09). Nesta nova expedição, propôs rumar até ao Mar de Weddell e fazer desembarcar um grupo de homens perto da Baía de Vahsel para, seguidamente, efetuarem uma marcha através do continente Antártico até ao Mar de Ross. Entretanto, um grupo de apoio, o Grupo do Mar de Ross, viajaria para o lado oposto do continente, acampando no Estreito de McMurdo e, a partir daí, instalariam vários depósitos de mantimentos através da Barreira de gelo Ross até ao sopé do Glaciar Beardmore. Estes depósitos seriam essenciais para a sobrevivência do grupo transcontinental, pois estes não teriam capacidade para transportar provisões suficientes para todo o percurso. A expedição requeria dois navios: o Endurance, comandado por Shackleton, para o grupo do Mar de Weddell, e o Aurora, sob a liderança do Capitão Aeneas Mackintosh, para o Grupo do Mar de Ross.



O Endurance ficou preso no gelo do mar Weddell antes mesmo de chegar à baía de Vahsel, e mesmo depois de todo o esforço feito para o libertar, foi à deriva para norte, preso numa placa de gelo, durante todo o Inverno antárctico de 1915. O navio acabaria por ser esmagado pelo gelo e afundar-se-ia, deixando 28 homens para trás. Depois de vários meses passados num acampamento improvisado numa placa de gelo flutuante, à deriva para norte, o grupo decidiu pegar nos barcos salva-vidas e rumar para a Ilha Elefante, uma ilha inóspita e desabitada. Shackleton, e mais cinco homens, fizeram uma viagem num pequeno barco aberto, o James Caird, de cerca de 1 300 km, para chegar à ilha Geórgia do Sul. Daí, Shackleton esperava efetuar uma operação de resgate ao seus homens que ficaram na Ilha Elefante, e levá-los sãos e salvos para casa. Do outro lado do continente, o Grupo do Mar de Ross passou por grandes dificuldades para cumprir a sua missão. O Aurora foi arrancado do local onde estava atracado por uma forte tempestade e, ficando impossibilitado de regressar, deixou o grupo terrestre abandonado sem mantimentos e equipamento. Ainda assim, os depósitos foram instalados, mas, no final haveria três vítimas a lamentar.

  Endurance

Na viagem de regresso do glaciar, o grupo começou a sofrer de escorbuto; Arnold Spencer-Smith, o capelão e fotógrafo, acabou por morrer no gelo. O grupo restante chegou ao abrigo temporário de Hut Point onde ficou a recuperar. A 8 de Maio de 1916, Mackintosh e Victor Hayward decidiram caminhar sobre o instável gelo da água do mar até ao Cabo Evans, onde foram apanhados por uma tempestade e nunca mais foram vistos.

Resgate
Inicialmente pensada ser uma fotografia do regresso de Shackleton à ilha Elephant, mais tarde verificou-se que era uma fotografia da partida do James Caird de Frank Hurley, o fotógrafo.

A primeira ação tomada por Shackleton, quando chegou à estação de Stromness, foi tratar do resgate dos três companheiros que tinham ficado no Acampamento Peggoty. Um navio baleeiro deu a volta à costa, com Worsley a bordo para indicar o caminho e, na noite de 21 de Maio, todos os seis homens estavam a salvo.

Em relação ao grupo da ilha Elefante, só à quarta tentativa é que Shackleton conseguiu lá chegar e resgatá-los. Deixou a Geórgia do Sul apenas três dias depois de ter chegado Stromness, após ter garantido a utilização de um navio baleeiro de grande porte, o The Southern Sky, que estava atracado na Baía Husvik. Shackleton reuniu uma tripulação voluntária, que ficou pronta para partir na manhã de 22 de Maio. À medida que o navio se aproximava da ilha Elefante, constataram que se tinha formado uma barreira de placas de gelo a 113 km da ilha. O The Southern Sky não estava preparado para quebrar o gelo, e desviou-se para Port Stanley nas Ilhas Malvinas.

 Grupo da ilha Elefante


Quando chegaram a Port Stanley, Shackleton informou Londres, por cabo, da sua localização, e solicitou que enviassem um navio preparado para a operação de resgate. Foi informado pelo Almirantado de que não havia nenhum disponível antes de Outubro, o que, na sua perspectiva, era muito tarde. Então, com a ajuda do Ministro Britânico em Montevideu, Shackleton conseguiu obter o empréstimo de uma traineira do governo do Uruguai, o Instituto de Pesca No. 1, que zarpou para sul a 10 de Junho. De novo, a placa de gelo frustrou os seus planos. Na busca por outro navio, Shackleton, Worsley e Crean foram até Punta Arenas, no Chile, onde se encontraram com Allan MacDonald, o dono britânico da escuna Emma. McDonald equipou o navio para uma nova operação de salvamento, que partiu a 12 de Julho; novamente, o resultado foi negativo — o gelo impediu a sua progressão.Mais tarde, Shackleton daria o nome de McDonald a um glaciar na Plataforma de gelo Brunt, no Mar de Weddell. Depois de alguns problemas em identificar este glaciar, uma elevação de gelo na proximidade foi baptizada de Elevações de gelo McDonald.

Estava-se em Agosto, mais de três meses desde que Shackleton deixara a ilha Elefante. Shackleton pediu ao Governo Chileno que lhe emprestasse o Yelcho, um pequeno navio a vapor que deu apoio ao Emma durante a tentativa anterior. O Governo concordou e, a 25 de Agosto, o Yelcho, comandado por Luis Pardo, partiu para a ilha Elefante. Desta vez, escreveu Shackleton, a Providência ajudou-os. Os mares estavam navegáveis e o navio pode chegar até perto da ilha, no meio do nevoeiro. Às 11:40, do dia 30 de Agosto, o nevoeiro desapareceu, o acampamento foi avistado e, passado uma hora, todo o grupo de homens da ilha estava a salvo no navio, em direção a Punta Arenas.

Quanto aos sete sobreviventes do grupo do Mar de Ross tiveram que esperar em condições muito adversas, durante mais oito meses, até que, a 10 de Janeiro de 1917, o Aurora, agora modificado e reparado, chegou para os levar de volta para a civilização. Shackleton ia a bordo do Aurora, tendo-lhe sido negado o comando pelos governos da Nova Zelândia, Austrália e do Reino Unido, que tinham organizado o salvamento do Grupo..

Fonte: Wikipédia