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Panacéia dos Amigos
terça-feira
Canto gregoriano
segunda-feira
O Cravo Bem Temperado
O Cravo Bem Temperado (no original alemão: Das wohltemperirte Clavier é uma coleção de música para teclado solo, composta por Johann Sebastian Bach. Ele inicialmente deu esse título a um livro de prelúdios e fugas escritos nos 24 tons maiores e menores que apareceu em 1722, composto "para o proveito e uso dos jovens músicos desejosos de aprender e, especialmente, para o entretenimento daqueles já experientes com esse estudo". Mais tarde, Bach compilou um segundo livro da mesma espécie que apareceu em 1744, mas o intitulou apenas "Vinte e quatro Prelúdios e Fugas". Atualmente, os dois volumes são agora citados como "Livro I" e "Livro II do Cravo Bem Temperado".
O primeiro livro foi compilado durante a designação de Bach em Köthen; o segundo livro se seguiu 22 anos depois, enquanto ele estava em Leipzig. Ambos foram amplamente divulgados na forma manuscrita, mas cópias impressas não foram feitas senão em 1801. O estilo de Bach caiu no desfavor das pessoas por volta da data de sua morte e a maior parte da música produzida no início do período clássico não tinha nem a complexidade contrapontística , nem uma grande variedade de tonalidades. Mas com o amadurecimetno do estilo Clássico, por volta dos anos 1770, O Cravo Bem Temperado começou a influenciar a história da música, tendo Haydn e Mozart estudado detalhadamente a obra. Segundo as palavras de Howard Goodall, "a publicação de O Cravo bem Temperado de Bach, em 1722, é um dos marcos da história da música européia. Mesmo durante a vida de Bach, sua influência foi rápida e dramática, mais tarde, tanto Mozart como Beethoven pagaram tributo ao brilhantismo e à importância da coleção". (Goodall, p. 122f.)
Cada livro tem vinte e quatro pares de prelúdios e fugas. O primeiro par é em Dó maior, o segundo em Dó menor, o terceiro em Dó sustenido maior, o quarto em Dó sustenido menor e assim por diante. O padrão cromático ascendente continua até que todas as tonalidades tenham sido representadas, concluindo com uma fuga em Si menor.
Bach reciclou alguns dos prelúdios e fugas de fontes anteriores; o Pequeno livro de Teclado de Wilhelm Friedemann Bach, por exemplo, contém 11 dos prelúdios. O prelúdio e fuga em Dó sustenido maior do livro um, era originalmente em Dó maior – Bach acrescentou a armadura de sete sustenidos e ajustou alguns acidentes para convertê-lo à tonalidade requerida. O longo alcance de influência da música de Bach é evidente no fato do sujeito da fuga da Fantasia e Fuga em Dó maior, K. 394, de Mozart ser isomórfo da fuga em Lá bemol maior do livro I de O Cravo Bem Temperado. Este padrão também aparece no sujeito da fuga em Dó maior, do Livro II. Outro tema semelhante é o sujeito da fuga que integra o terceiro movimento do Concerto para Dois Cravos, BWV 1061.
Embora O Cravo Bem Temperado tenha sido a primeira coleção de peças plenamente acabadas em todas as 24 tonalidades, idéias semelhantes já haviam ocorrido anteriormente: Ariadne musica neo-organoedum, do organista Johann Caspar Ferdinand Fischer. Publicado em 1702 e re-publicado em 1715, é um conjunto de 20 prelúdios e fugas em 10 tonalidades maiores, nove menores e no modo frígio, mais 5 ricercare sobre corais. Mais tarde, Bach aproveitou o sujeito da fuga em Mi maior de Fischer, para sua própria fuga em Mi maior do livro II. O Exemplarische Organisten-Probe de Johann Mattheson, de 1719, também incluiu exercícios de baixo contínuo em todas as tonalidades. Bach também pode ter tido contacto com a Fantasia do Labyrinthus Musicus, de 1722, uma longa e repetida composição, composta para um teclado enarmônico (um tipo de teclado em que os sustenidos e os bemóis não têm equivalência exata), com 31 notas por oitava e terças maiores puras. Apesar de algumas semelhanças quanto à apresentação, os objetivos estéticos de Bach estavam muito distantes dos de Suppig.
O título dado por Bach á obra, sugere que ele escreveu para um sistema de afinação bem temperado, de doze notas, no qual todas as notas soam em consonância (também conhecido como temperamento circular). O sistema oposto, nos dias de Bach, era o temperamento mesotônico nos quais as tonalidades com muitos acidentes na armadura soam fora do tom (ver também afinação ). Supõe-se, algumas vezes, que a intenção de Bach era o temperamento igual, a afinação moderna dos instrumentos de tecla que se tornou popular depois da sua morte, mas os estudiosos modernos sugerem que em seu lugar, Bach pretendia uma forma de bom temperamento. Encontra-se em discussão se Bach pretendia uma faixa de temperamentos similares, talvez até sendo um pouco alterado, na prática, de peça para peça, ou se pretendia uma solução única, específica, bem temperada para todos os casos.
Fuga em Lá bemol maior do segundo livro de Das wohltemperirte Clavier (manuscrito)
Musicalmente, a regularidade estrutural de Cravo Bem Temperado engloba também uma gama extraordinariamente grande de estilos. Os Prelúdios são formalmente livres, embora individualmente muitos exibam formas melódicas tipicamente barrocas, freqüentemente vinculadas a uma coda estendida e livre (por exemplo, os prelúdios em Dó menor, Ré maior e Si bemol maior do livro I). A obra mais conhecida do Cravo Bem Temperado é o prelúdio nº 1 do livro I, uma progressão simples de acordes arpejados. A simplicidade técnica deste prelúdio tornou-o uma das obras para piano mais estudadas pelos que estão terminando a parte inicial de seu treinamento. Este prelúdio, escrito por Bach, luterano conservador, também serviu de base, mais de um século depois, para a Ave Maria de Charles Gounod. As fugas também exibem uma grande variedade de estilos e características. Cada fuga é marcada por um número de vozes que varia de dois a cinco. A grande maioria sendo composta de três e quatro vozes. As fugas empregam todos os recursos contrapontísticos da forma, exposição fugal, inversão do tema, stretto etc., mas geralmente são mais compactas do que as fugas de Bach para o órgão.
O Cravo bem Temperado é uma das obras musicais mais importantes da música ocidental, de grande envergadura, profundidade, diversidade musical, estética e psicológica e de grande complexidade que demonstrou tanto tecnicamente como por meio de sua grandiosidade, o potencial musical dos temperamentos musicais circulares. Tais temperamentos, permitiram infinitas modulações em tonalidades bastante diferentes, estabelecendo a base harmônica da música clássica de Bach em diante. Embora a obra de Bach não fosse a primeira composição pan-tonal (utilizando todas as tonalidades), de longe foi a mais influente. Beethoven, que fazia das modulações remotas o núcleo de sua música, foi tremendamente influenciado por O Cravo Bem Temperado, desde sua juventude quando a interpertação de peças dos dois volumes de Bach, em concertos, foi em parte responsável por sua fama e reputação. A possibilidade de modular até regiões harmônicamente remotas e, portanto, de criar efeitos psicológicos e estéticos que foi amplamente desenvolvida no período romântico e pós romântico, finalmente levou à dissolução do próprio sistema tonal na obra de Schoenberg e outros compositores atonais do início do século XX.
Fonte:Wikipédia
terça-feira
A Música e a Contra-Reforma
Na verdade, a Contra-Reforma foi uma Reforma, dogmática, dentro do possível, administrativa. Moral, do culto e da sua música. A liturgia romana foi um dos instrumentos mais poderosos da propaganda dos "soldados de Jesus" e a ela os protestantes só tinham a opor a interpretação da leitura da Bíblia. Na Igreja de Roma as imagens e pinturas e a música servia para assombrar os espíritos simples e elevar o espírito da elite, segundo Carpeaux.
Na música, a reforma não é apenas litúrgica: para a verdade religiosa ficar bem representada, os fiéis devem entender bem as palavras sagradas que o coro canta. São reduzidas a abundância e a suntuosidade das artes do contraponto e não se canta mais, simultaneamente, textos diferentes. A simplificação da polifonia torna dispensável o acompanhamento instrumental para o apoio do coro. Até o órgão pode ser calado ou serve apenas para uns pouicos acordes iniciais que criam um clima.
A música da Contra-Reforma é a capela e só a voz humana da criatura é digna de louvar o Criador. Aí está a base do estilo chamado "de Palestrina". Segue-se a palvra de São Jerônimo, para quem os servos de Cristo cantariam com a intenção de agradar pelas palavras e não pela voz. Suas origens estão na Espanha (assim como a reforma da Igreja espanhola, pela rainha Isabel e pelo cardeal Ximénez, precede a reforma da igreja universal e romana pelo Concílio de Trento).
O primeiro mestre desse estilo é Cristóbal Morales (15123 - 1553)., membro do coro da Capela Sistina (onde, ainda hoje, se canta o seu motete Lamentabatur Jacob. Ele foi o precursor de Palestrina. Giovanni Pierluigi de Palestrina (c. 1525 - 1594) tinha um sentido de equilíbrio perfeito, latino, e ocupa dentro da música da igreja romana a mesma posição de destaque que Bach ocupa dentro da música da igreja luterana.
Como diz Carpeaux, "para nós, numa época em que nem esta nem aquela Igreja dispõe de música viva, aquelas posições históricas não têm nenhuma importância ou significação". A diferença fundamental é que Bach é capaz de exercer a mais profunda influência sobre a música moderna, enquanto Palestrina trabalha dentro de um estilo extinto há séculos e cultivado por ninguém: é apenas um fenômeno histórico. A arte de Palestrina só existe para servir à liturgia. Segundo Carpeaux, ele não é um grande compositor que escreve música sacra: é um liturgista que sabe fazer grande música.
Segundo Mário de Andrade, Palestrina deu ao coro-a-capela a solução histórica mais perfeita, dispensando os instrumentos musicais que viviam na companhia do povo pela própria ausência de virtuosidade vocal, o que obrigava que fossem acompanhados para marcar o ritmo e sustentar o som cantado. Palestrina, chamado no seu tempo de Príncipe da Música, tinha paixão pelo cultivo de rosas, a quem dedica sua música mais célebre, a Missa Pape Marcelli que, segundo a lenda, impediu que os cardeais, bispos e doutores reunidos no Concílio de Trento proibissem toda a música polifônica. (É esse o enredo para a ópera Palestrina, de Pfitzner, cuja música não tem o menor ponto de contato com a palestrina.)
Nas grandes igrejas da cidade de Roma ainda é possível ouvir as missas de Palestrina, porque elas fazem parte do repertório permanente: Alma Redemptoris, Beatus Laurencius, Ecce Johannes, Super Voces. O admirabile commercium, O Magnum mysterium, Quem dicut homines, Tu es pastor, Tu es Petrus, Vire Galilaei, assim como a missa de Natal Hodie Christus natus est e a belíssima Missa pro defuntis. Durante a Semana Santa, na Capela Sistina, cantam-se os motetes Pueri hebreorum, Fratres ego enim, Lamentationes, Improperia e depois das cerimônias de abertura da Páscoa a Missa Pape Marcelli, que não é a sua melhor mas é a mais famosa, com "puríssima eufonia e de solenidade sóbria", no dizer de Carpeaux.
Sua obra-prima é, provavelmente, a missa Assumpta (de 1583). Mas muitos dos seus motetes são apreciados e cantados em todo o mundo católico, como o Salve Regina, Surge Iluminare, os Magnificats, Stabat Mater. A tradição palestrina ficou viva em Roma por mais de um século e influenciou músicos em todo o mundo católico.
Fonte:http://www.tvebrasil.com.br/agrandemusica/historia_musica/a_contra-reforma.asp
Andrés Segovia
A introdução de Segovia à guitarra foi aos quatro anos de idade. Quando era pequenino, o seu tio entoava-lhe canções enquanto ele tocava uma guitarra imaginária. Isso incitou Segovia a elevar a guitarra para o status do piano e do violino. Em particular, ele queria que a guitarra fosse tocada e estudada em todos os países e universidades do mundo, e passar o seu amor por ela para as gerações futuras. A primeira apresentação de Segovia foi na Espanha, quando tinha 16 anos. Poucos anos depois, fez o seu primeiro concerto profissional em Madrid, tocando transcrições de Francisco Tárrega e algumas obras de Bach, que ele próprio transcreveu e arranjou. A sua primeira turnê foi pela América do Sul em 1916. Em 1924, apresentou-se em Paris e em Londres. Seguiu depois por várias outras cidades na Europa e na Rússia.
Embora não fosse aprovado pela família, ele prosseguiu os estudos em guitarra. A sua técnica diferencia-se das técnicas de Tárrega e dos seus sucessores, como Emilio Pujol. Como Miguel Llobet (que pode ter sido seu professor por um curto período), Segovia atacava as cordas com uma combinação da unha com a carne da ponta dos dedos, produzindo um som mais preciso do que os seus contemporâneos. Com esta técnica, foi possível criar uma paleta de timbres maior, em comparação com o uso da carne ou das unhas sozinhas. Muitos músicos proeminentes acreditaram que a guitarra de Segovia não seria aceite pela comunidade da música erudita, porque nas suas mentes, a guitarra não poderia ser usada para música erudita. Apesar disso, a excelente técnica de Segovia e o seu toque único atordoaram plateias. Consequentemente, a guitarra não foi mais vista estritamente como um instrumento popular, mas sim como um instrumento apto para tocar música erudita.
Como progredia na sua carreira e tocava para audiências cada vez maiores, Segovia constatou que as guitarras existentes não eram suficientes para tocar em grandes salas de concerto, porque não conseguiam produzir volume de som suficiente. Isso estimulou-o a procurar inovações tecnológicas que poderiam melhorar a amplificação natural da guitarra. Trabalhando a par com o luthier Hermann Hauser, ajudou na construção da que hoje é conhecida como guitarra clássica, de melhores madeiras e cordas de nylon. O formato da guitarra também foi mudado para melhorar a acústica. A nova guitarra podia produzir notas com maior volume sonoro do que os modelos anteriores, usados em Espanha e noutras partes do mundo, embora fosse ainda baseado no modelo básico desenvolvido por Antonio Torres quase 50 anos antes de Segovia nascer. Depois de uma viagem de Segovia pelos Estados Unidos em 1928, Heitor Villa-Lobos compôs e dedicou-lhe os "12 Estudos". Segovia também transcreveu muitas peças eruditas e reescreveu obras transcritas por outros (como Tárrega). Muitos guitarristas nas Américas, entretanto, já tinham tocado as mesmas obras antes de Segovia chegar.
Em 1935, fez a estreia da "Chaconne" de J. S. Bach, uma peça difícil para qualquer instrumento (original para violino solo). Mudou-se para Montevideo, fazendo muitos concertos na América do Sul nas décadas de 30 e 40. Depois da II Guerra, Segovia começou a gravar mais frequentemente e a fazer digressões regulares pela Europa e EUA, uma agenda que ele manteria pelos 30 anos seguintes da sua vida. Segovia ganhou o prémio Grammy pelo Melhor Trabalho Erudito - Instrumental em 1958, pela sua gravação Segovia Golden Jubilee. Em reconhecimento à sua enorme contribuição cultural, foi elevado para a nobreza espanhola em 1981, com o título de Marquês de Salobreña. Andrés Segovia continuou a apresentar-se já idoso e viveu uma semi-reforma durante os anos 70 e 80 na Costa del Sol. Dois filmes foram feitos sobre a sua vida e obra - um quando tinha 75 anos e outro 9 anos depois. Estão disponíveis no DVD Andres Segovia - in Portrait.
Segovia teve muitos alunos durante a sua carreira, incluindo alguns guitarristas hoje famosos como Steve Hackett, John Williams, Rouland Solarese, Eliot Fisk, Oscar Ghiglia, Charlie Byrd, Christopher Parkening, Michael Lorimer, Michael Chapdelaine, Virginia Luque e Alirio Diaz. Muitos outros guitarristas, como Lily Afshar, foram também influenciados pelas históricas master-classes. Estes alunos, entre muitos outros, carregam a tradição de Segovia de expandir a presença, o repertório e o reconhecimento da guitarra.
Morreu em Madrid, vítima de ataque cardíaco, aos 94 anos, tendo completado o desejo de transformar a guitarra (outrora um instrumento de dança cigana) num instrumento de concerto..
Fonte: Wikipédia
quinta-feira
Agustín Barrios
Quando criança, Barrios começou a desenvolver gosto pela música e pela literatura, duas áreas importantes para sua família. Barrios-Mangoré aprendeu a falar duas línguas: (espanhol e guarani), e a ler mais três: (inglês, francês e alemão).
Antes de alcançar a adolescência, Barrios começou a demonstrar interesse em instrumentos musicais, particularmente o violão. Ele foi para Assunção em 1901, aos treze anos de idade, para freqüentar a universidade (Colégio Nacional de Assunção) com bolsa em música, tornando-se assim um dos mais jovens estudantes universitários na história do Paraguai. Além de tornar-se um músico no departamento de música, Barrios-Mangoré foi também bem estimado pelos membros dos departamentos de matemática, jornalismo e literatura.
Depois de deixar o colégio, Barrios dedicou sua vida a escrever poemas e a praticar sua música. Ele fez arranjos para mais de 300 canções as quais ele as escrevia em poemas e depois tocava em seu violão. Barrios-Mangoré fez muitos amigos durante suas múltiplas viagens pela América do Sul; ele era conhecido por dar aos seus amigos e fãs cópias autografadas dos seus poemas. Por causa disto, uma grande quantidade de diferentes versões de sua obra foi espalhada pelo continente e por esta razão muitos dos seus fãs atuais advertem potenciais compradores de cópias a serem cautelosos ao comprar um poema com rumor de ter sido escrito por Barrios-Mangoré.
Barrios ficou famoso pelas suas fenomenais apresentações ao vivo e em gravações para gramofone — a primeira música clássica para violão a ser gravada em disco. Por alguns anos foi costume seu tocar em concertos com roupas paraguaias tradicionais (ele era parcialmente de origem guarani).
De forma geral sua obra era de caráter romântica, apesar de suas músicas terem sobrevivido bem no século vinte. Muitas delas são também adaptações ou são influências da música popular da América do Sul ou da América Central, e muitas das quais são de natureza virtuosa.
Inspirada em Bach, La Catedral (1921) é freqüentemente considerada a sua obra mais impressionante, até mesmo ganhando a aprovação de Andrés Segovia, que em outra época parecia ter pouca consideração por suas composições. A ascensão póstuma das críticas ao trabalho de Barrios, tanto como compositor como violonista, é visto por alguns como vindo às custas de Segovia, originalmente um ícone intocável deste instrumento.
Barrios morreu e foi enterrado em São Salvador, El Salvador em 7 de agosto de 1944.
Barrios-Mangoré ainda é reverenciado no Paraguai, onde ele ainda é visto por muitos como um dos maiores músicos de todos os tempos. Sua obra foi advogada por John Williams, entre outros, como uma das maiores no repertório de violão clássico. Williams disse sobre Barrios: "Como um violonista/compositor, Barrios é o melhor de todos, independente do ouvido. Sua música é melhor estruturada, é mais poética, é mais tudo! E é mais de todas as coisas em um modo atemporal. Assim penso eu que ele é um compositor mais significativo que Sor ou Giuliani, e um compositor mais significativo — para o violão — que Villa-Lobos."
Muitos outros violonistas gravaram a música de Barrios, incluindo Laurindo Almeida, Manuel Barrueco, Antigoni Goni, Iakovos Kolanian, Wulfin Lieske, Angel Romero,Berta Rojas,Turíbio Santos, David Russell, João Rabello e Enno Voorhorst.
A música popular do Paraguai (incluindo a polca paraguaia e valsa) forneceu ao jovem Barrios o seu primeiro contato com a música. Em 1898, Barrios foi formalmente apresentado ao repertório de violão clássico de Gustavo Sosa Escalada. Naquele tempo, Barrios já havia composto obras para violão e também apresentou peças estritas pelo seu primeiro professor, aliás, como La Chinita e La Perezosa. Sob influência do seu novo professor, Barrios prosseguiu apresentando e estudando as obras de Tárrega, Vinas, Sor e Aguado. Sosa Escalada ficou tão impressionado com seu novo aluno que ele convenceu os pais de Barrios a deixá-lo se mudar para Assunção para dar continuidade à sua educação. Já tendo superado a habilidade técnica e de apresentação da maioria dos violonistas, Barrios começou a compor seriamente por volta de 1905.
As composições de Barrios podem ser divididas em três categorias básicas: folclórica, imitativa e religiosa. Barrios homenageou a música e o povo de sua terra natal compondo peças modeladas a partir de canções populares da América do Sul e da América Central. Imitar o estilo de composição e as técnicas dos períodos barroco e romântico era outro lado another side to his craftsmanship. La Catedral pode ser visto como a imitação de Bach. Acredita-se que La Catedral foi inspirada em uma experiência religiosa por Barrios; por isso esta peça também pode ser categorizada como religiosa. As crenças e experiências religiosas tiveram um papel importante no processo de composição de Barrios. Una Limosna por el Amor de Dios (Uma Esmola pelo Amor de Deus) é outro exemplo de trabalho inspirado pela religião. Dividir o trabalho de Barrios nestas três categorias ajuda o entusiasta de violão a entender a intenção musical de Barrios.
Vários registros, que podem facilmente ser encontrados na internet, indicam que sua belíssima obra "una limosna por el amor de Dios" recebeu este título após sua morte, por sugestão de um aluno que estava justamente ouvindo o mestre mostrar-lhe a música, ainda em fase de conclusão, quando uma anciã bateu à porta, pedindo uma esmola. Após dar-lhe algumas moedas, o mestre afirmou que iria acrescentar aqueles toques na porta à música. Ao morrer, cerca de um mes depois do encontro com a esmoler, o aluno sugeriu o título. Por isto, uma outra corrente de opinião acha pouco provável que a música tenha sido criada por influência religiosa. Perguntado de onde havia vindo a inspiração para compor aquela emocionante poesia musical, ele afirmou que "não foi deste mundo".
Fonte: Wikipédia
quarta-feira
Música Renascentista
sexta-feira
A história do violão
terça-feira
Um pouco da história do piano..
A mais antiga referência que tenha algum relacionamento com o actual piano remonta ao ano de 2650 A.C.. O KE era um instrumento chinês de corda beliscada. Consistia num conjunto de cordas esticadas sobre uma caixa de ressonância em madeira com aproximadamente 170 cm de comprimento. Os primeiros "KE" tinham 50 cordas de seda, cada corda constituída por 81 fios entrelaçados. Mais tarde o numero de cordas foi reduzido para 25, organizadas em grupos de 5, cada grupo de cor diferente para melhor visualização e foi introduzido também o sistema de pestanas ( ou pontes ) móveis em todas as cordas para melhor afinação do som de cada uma separadamente.
Os chineses da época consideravam o KE um instrumento sofisticado capaz de proporcionar óptimas performances. É um instrumento que ainda se usa no folclore chinês.
Outra referência que tenha algum relacionamento com o actual piano remonta ao ano de 582 A. C. Nesse ano Pitágoras usa um pequeno instrumento de corda com o nome de MONOCÓRDIO. Essa utilização não tinha qualquer ambição artística, era apenas um banco de ensaio que o matemático usou para quantificar a altura do som.
O MONOCÓRDIO consistia numa caixa de madeira com apenas uma corda, presumivelmente feita de tripa de gato. Pressionando a corda em pontos diferentes e depois beliscando-a conseguia-se produzir sons de alturas diferentes.
O MONOCÓRDIO foi divulgado principalmente através dos gregos e, mais tarde, dos romanos que o usavam também como instrumento de apoio aos coros das igrejas, apenas para dar a nota inicial.
Apesar de haver algumas dúvidas, há historiadores que defendem ter sido um aluno de Pitágoras que conseguiu quantificar devidamente o fenómeno da altura do som e aperfeiçoar o temperamento de intervalos iguais. Chama-se temperamento à correcta diferença de altura entre os 13 sons de uma oitava.
O temperamento de intervalos iguais esteve no esquecimento até Bach escrever os 24 prelúdios de " O Cravo Bem Temperado", em 1722 . Essa obra foi a primeira a exigir de facto uma afinação desse tipo porque percorria todas as tonalidades em modo Maior e Menor. O sistema que prevalecia anteriormente era o temperamento de meios tons, que dava uma maior aproximação da afinação natural que o temperamento de intervalos iguais, para o tom de Dó Maior ( por exemplo ) e os outros tons relacionados de perto com ele, mas afastava-se de tal maneira dos tons afastados de Dó que se tornava praticamente impossível tocá-los visto que a sonoridade se tornava desagradável. Esse fenómeno obrigava a que para um espectáculo musical fosse quase obrigatório escolher repertório só de uma tonalidade: aquela para a qual a afinação estivesse prevista.
Curiosamente não se sabe o nome do tal aluno de Pitágoras .
Cerca do ano 1000 em Itália começaram as primeiras experiências de adaptação de teclas a vários instrumentos musicais de sopro. Dessas experiências nasceram os primeiros ÓRGÃOS. Um ORGÃO na sua versão "original" é um instrumento em que o ar comprimido por um sistema de foles passa através de tubos que irão produzir o som de cada nota. A função da tecla é simplesmente abrir a passagem de ar para o tubo que se pretende, tal como acontece, por exemplo no acordeão. Timbres diferentes são conseguidos usando bocais diferentes: com palheta livre (tipo acordeão ou harmónica), com diversos tipos de bisel, etc.
É claro que também foi adaptada uma tecla ao MONOCÓRDIO. Rapidamente o numero de cordas foi sendo aumentado e durante os séculos XII e XIII muitas experiências foram feitas no sentido de se construir um instrumento de cordas com teclado que pudesse produzir correctamente todas as notas de uma escala. Essas experiências conduziram ao CLAVICYTHERIUM. Este era um instrumento muito rudimentar onde as cordas estavam dispostas num chassis de forma triangular e de estrutura muito simples. As cordas eram de tripa de gato e em cada tecla havia um tangente metálico que tocava na corda produzindo o som.
Aqui há divergências de opinião, visto que para alguns historiadores o CLAVICYTHERIUM seria o nome que os ingleses davam a um instrumento de cordas do tipo do cravo, mas com as cordas na vertical, embora, para outros, esse instrumento seja o VIRGINAL .
Outros defendem que o CLAVICYTHERIUM terá sido inventado em Itália cerca do ano 1300 e que terá sido copiado e aperfeiçoado por alemães. Esse aperfeiçoamento terá conduzido ao CLAVICÓRDIO.
Por Manuel Chagas
sexta-feira
Violino em poucas palavras..
Na verdade, porém, a partir das inovações introduzidas por Antonio Stradivarius, por volta de 1700, o instrumento passou por pequenas mas significativas mudanças estruturais, para que pudesse atender às necessidades das sucessivas gerações de compositores e intérpretes. No século XIX, o surgimento das grandes salas de concerto e o aparecimento da figura do “virtuose” levaram às alterações que lhe deram a feição definitiva e que redundaram num timbre mais volumoso e brilhante.
De aparência simples, é um instrumento de extraordinária complexidade, composto de quase 70 peças diferentes. Constitui-se basicamente de 4 cordas, afinadas em quintas (mi4, lá3, ré3 e sol2) e que atingem mais de 4 oitavas e meia, uma caixa de ressonância em forma de oito e um braço preso à caixa por um cepo. No interior da caixa, há há uma prancheta chamada “cadeira” e um pequeno cilindro vertical denominado “alma”. Ambos têm por finalidade melhorar a sonoridade, além de dar mais solidez à parte superior da caixa de ressonância, o “tampo harmônico”, em cuja parte central encontra-se o “cavalete”, por onde passam as cordas.
O violino, o mais agudo e versátil instrumento de cordas, é indispensável na orquestra sinfônica e no quarteto de câmara.
quarta-feira
Harmonias da música e do crescimento
A proporção 1:1, que é a identidade, é chamada de uníssono. A proporção 1:2, que produz o mesmo som da corda inteira, apenas mais agudo, é chamada de oitava porque alcança os oito intervalos da escala (as oito teclas brancas do teclado). Os gregos chamavam a essa proporção diapason: dia, “através”; pason, de pas ou pan significando “tudo”. O som agradável da proporção 2:3 era chamado diapente (penta, cinco), hoje em dia é chamado quinta, por abranger cinco intervados. A consonância da proporção 3:4 era chamada diatessaron (tessares, “quatro”) ou quarta.
terça-feira
Fundamentos da música..
Melodia
Sucessão de sons musicais combinados.
Harmonia
Combinação de sons simultâneos.
Ritmo
É a duração e acentuação dos sons e pausas.
Propriedades Físicas dos Sons
Altura
É propriedade do som ser grave médio ou agudo.
Intensidade
É a propriedade do som ser grave médio ou agudo.
Timbre
É a propriedade que nos permite identificar sua origem .
Ritmo
Compasso
É a divisão da música em pequenas partes com séries regulares de tempo.
Compasso Binário, Ternário e Quaternário
Intervalo
É a distância entre duas notas.
Tom, Semi-tom
Semi-tom é o menor intervalo entre dois sons.
Tom é o intervalo formado por dois semitons.
Escala
É uma série de sons ascendentes ou descendentes na qual a última será uma repetição do primeiro. Existem na música ocidental três tipos básicoas de escalas: Maior natural, e menores que são denominadas de Melódica ou Harmônica.
segunda-feira
Melodia - Elementos Musicais
Podemos entender melodia como:
- Melodia: Uma série de notas musicais dispostas em sucessão, num determinado padrão rítmico, para formar uma unidade identificável. É um fenômeno humano universal que remonta à pré-história: em sua origem, serviram de modelo a linguagem, o canto dos pássaros e outros sons dos animais, bem como o choro e outras brincadeiras infantis.O conceito de melodia varia bastante entre diferentes culturas.
- Melodia: Conjunto organizado de notas musicais, de diferentes freqüências (sons graves e agudos) a melodia de uma canção é aquilo que seria cantado se substituíssemos todas as sílabas regulares pela sílaba "lá". A melodia é a variação na voz do cantor, sem acompanhamento. Está presente na música popular em diversos momentos: a melodia principal (cantada pelo vocalista), as melodias de acompanhamento (cantadas pelos outros membros do grupo ou por cantoras de acompanhamento).
Para termos uma melodia é preciso movimentar o som em diferentes altitudes (freqüências). Isto é chamado de mudança de altura. Ela (a melodia) é um sistema de relação entre notas e é também o elemento mais misterioso da música. Não se sabe ao certo por que certas melodias nos despertam tantos sentimentos diferentes, nem por que uma melodia tem um caráter emocional diferente de outra, nem ao menos por que há melodias boas e outras não. O que faz uma boa melodia? Ninguém, nem os teóricos, nem os músicos, nem os compositores sabem responder essa pergunta.
Associamos a idéia de melodia a uma emoção íntima. Não podemos dizer com alguma segurança o que constitui uma boa melodia. Uma boa melodia deve nos dar a impressão de ser completa, e de que não poderia ser feita de outro modo. Ela deve ser capaz de provocar uma resposta emocional no ouvinte.
As cadências ou, pontos provisórios tornam a linha melódica mais inteligível, dividindo-a em frases que podem ser mais inteligíveis. As alturas e durações fixas funcionam em determinados momentos como pontos de ancoragem para o cérebro poder perceber as unidades estruturais de uma música.
Porém, nós, ouvintes, sabemos exatamente quando uma melodia nos agrada ou não. É algo inconsciente. Provavelmente, muito de nosso gosto melódico vem de berço - aquilo que crescemos habituados a ouvir é o nosso padrão de melodia.
Mas não se tem certeza. A melodia continua como um fenômeno bastante obscuro e, por isso mesmo, fascinante.
O que é melodioso está intimamente relacionado àquilo que pode ser cantado. O cantabile da música instrumental desenvolveu-se como uma adaptação livre do modelo vocal.
O consenso é que belas melodias têm o poder misterioso de nos comover. A melodia é aquilo que nos prende a certas músicas. Existem melodias que "grudam" em nossos ouvidos. Outras não são tão fáceis de serem memorizadas, mas quando surgem, podem deixar qualquer um arrepiado de emoção. A melodia é, dos elementos musicais, o que mais nos toca e o que mais está ligado a nossos sentimentos íntimos.
Fonte: Sites da Internet
quinta-feira
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
A música de Bach para órgão inclui o Orgelbüchlein (Pequeno Livro de órgão;1708-17)_ , mais de 140 prelúdios corais , prelúdios e fugas , tocatas e fugas , incluindo a Tocata e Fuga Dórica (1708-17) , fantasias , sonatas e trios . Suas obras orquestrais e de câmara incluem os seis Concertos de Brandenburgo (1721) concertos para violino e cravo , quatro suítes orquestrais , A Oferenda Musical (1747) , sonatas para vários instrumentos , seis partitas para violino e seis suítes para violoncelo sem acompanhamento . Das muitas e importantes coleções de música para teclado de Bach , talvez a mais significativa seja O Cravo Bem Temperado (48 prelúdios e fugas ,1722-1742);entre suas outras obras para teclado estão seis Suítes Francesas (1720) , seis Suítes Inglesas (1725) , a Fantasia Cromática e Fuga (1730) , o Concerto Italiano (1735) para cravo , as Variações Goldberg (1742) , A Arte da Fuga (possivelmente para cravo) , prelúdios e fugas , tocatas e fantasias . Na música de igreja – incluindo algumas de suas maiores criações- ,destacam-se a Paixão Segundo São Mateus (1729), a Paixão Segundo São João(1724) , a Missa em Si Menor (1733-38), o Oratório de Natal (1734) , o Oratório da Páscoa (1725) , mais de 200 cantatas e seis motetos .
As obras de J.S.Bach forma catalogadas por Wolfgang Schmieder usando números BWV.
terça-feira
Duo Siqueira Lima
Fiquei imediatamente impressionado pela habilidade e pelo repertório: MPB, Música Latina e Clássica.
Ficamos, eu e minha esposa, assistindo a apresentação até o seu final, auspicioso, com a apresentação da canção “Tico-tico no Fubá” tocado a quatro mãos.
Duo é formado pela uruguaia Cecília Siqueira e o brasileiro Fernando Lima, casados, que uniram-se na vida e na música apresentando um trabalho elaborado, virtuoso e emocionante.
Segundo informações do site oficial, eles iniciaram seu trabalho em 2002. Gravaram dois discos: “Tudo ConCorda” (2003), com repertório variado, do barroco ao século XX e “Lado a Lado” (2006), dedicado à música brasileira.
O duo se apresenta com frequência por quase toda Europa, já havendo visitado países como Espanha, Itália, Inglaterra, França, Irlanda, Áustria, Suíça, Hungria, Polônia, Ucrânia, Bielorússia e Rússia.
O endereço do site é: http://www.duosiqueiralima.com/index.php Recomendo a todos que procurem se informar mais sobre o trabalho deste sensacional duo. O site possui, inclusive, imagens de apresentações. Vale a pena conferir!
Leiam entrevistas exclusiva e vídeo na Panaceia das Entrevistas..!
Artur da Távola
O ex-senador e jornalista Paulo Alberto Monteiro de Barros, conhecido como Artur da Távola, morreu nesta sexta-feira,09/05/2008 , aos 72 anos no Rio de Janeiro, em sua casa. Ele sofria de problemas cardíacos desde agosto de 2007, quando esteve internado por longo período. Ele iniciou sua carreira política em 1960. Foi deputado estadual do PTN pelo antigo Estado da Guanabara. Dois anos depois se elegeu deputado constituinte pelo PTB. Cassado pelo regime militar, ele viveu na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968. No retorno ao Brasil assumiu o pseudônimo de Artur da Távola.
Foi um dos fundadores do PSDB, onde exerceu mandatos de deputado federal até 1995, e de senador (1995-2003). Em 1988, concorreu à Prefeitura do Rio de Janeiro, mas não foi eleito. Ele fazia o programa "Quem tem medo de música clássica", para a TV Senado. Também escrevia crônicas para o jornal "O Dia". O jornalista também teve programas na Rádio MEC e na TV Cultura.
Biografia: Artur da Távola
Artur da Távola, pseudônimo de Paulo Alberto Monteiro de Barros, (Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 1936 — Rio de Janeiro, 9 de maio de 2008) foi um político, escritor, jornalista brasileiro e um dos fundadores do PSDB[1]. Atualmente era apresentador de um programa de música erudita na TV Senado. Iniciou sua vida política em 1960, no PTN, pelo estado da Guanabara. Dois anos depois, elegeu-se deputado constituinte pelo PTB. Cassado pela ditadura militar, viveu na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968.
Tornou-se um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e líder da bancada tucana na assembléia constituinte de 1988, quando defenseu alterações nas concessões de emissoras de televisão para permitir que fossem criados canais vinculados à sociedade civil. No mesmo ano, concorreu, sem sucesso, à prefeitura do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi presidente do PSDB entre 1995 e 1997. Exerceu mandatos de deputado federal de 1987 a 1995 e senador de 1995 até 2003. Em 2001, foi por nove meses secretário da Cultura na cidade do Rio.
Como jornalista, atuou como redator e editor em diversas revistas, notavelmente na Bloch Editores e foi colunista de televisão nos jornais Última Hora[2], O Globo e O Dia, sendo também diretor da Rádio Roquette Pinto. Publicou ao todo 23 livros de contos e crônicas. Távola atualmente apresentava o programa Quem tem medo de música clássica?, na TV Senado onde demonstrava sua profunda paixão e conhecimento por música clássica e erudita. No encerramento de cada programa, ele marcou uma de suas mais célebres frases:
" Música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão."
Seu compositor preferido era Vivaldi, a quem dedicou quatro programas especiais apresentando Le quattro stagioni em sua versão completa e regida pela Orquestra Filarmônica de Berlim. Também exibiu com exclusividade execuções da Orquestra Sinfônica Brasileira no Festival de Gramado nos anos de 2003 a 2007.
Pesquisa: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Meu testemunho pessoal:
Foi através do programa "Quem tem medo da música clássica" que pude entrar em contato com os pensamentos e conhecimentos do admirável Artur da Távola. Tornei-me confesso admirador deste intelectual que com palavras simples numa didática formidável nos ensinava sobre o maravilhoso mundo da música clássica. Nos demonstrava com sua sensibilidade não apenas a música em si, mas nos decifrava e entregava a essência , o espírito criador impresso nela, sua alma, enfim.
Entrei em contato com ele, via mail, para lhe testemunhar minha admiração, sem esperar respostas,(e desconhecia que ele estava enfermo) mas em toda sua humildade, mesmo muito doente, ocupou-se de me responder em pouco tempo:
Estou a lhe dever uma resposta á altura das mensagens que envia. Fico à espera do tempo para "estar á altura", o dia a dia infrene me pega, o dito tempo passa e deixo gestos de solidariedade, afeto e afinidade soltos no ar.
No momento estou há mais de seis meses enfermo e agora apenas convalesço, com expressas ordens médicas de usar nada mais que meia hora diária o computador.
Por isso, esta mensagem rápida e sincera para dizer: escreva-me mesmo quando eu esteja em falta.
Fraternalmente AT
Assim era Artur da Távola: educado, culto, humilde, admirável!
Registro meu reconhecimento e admiração!