Phillipus
Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, mais conhecido como Paracelso,
nasceu em Einsiedeln, na Suíça. Foi um excelente médico, filósofo, químico e
naturalista. Seu pai, Guilherme Bombast, era um descendente da antiga família
Bombast, parente do Grão-Mestre dos Cavaleiros da Ordem de São João.
A
fama de Paracelso aumentou rapidamente, mas em 1528, ele teve que deixar a
cidade de Basiléia, onde ensinava, devido às hostilidades causadas por suas
particulares concepções astrológicas e mágicas, sulcadas por um misticismo e
por uma intuição científica, sendo para aquela época, realmente extraordinária.
Paracelso
deixou-nos uma grande quantidade de escritos, que merecem uma leitura atenta
por parte dos leitores que pretendem aproximar-se da arte mágica. Seu país natal
é contínua meta de peregrinações. Segundo uma tradição, o corpo astral do
filósofo, que já durante a existência física tornou-se consciente de si e
independente, continua a viver em uma localidade secreta da Ásia, o mítico
Centro Iniciático de Agartha.
Seu
pseudônimo significa "superior a Celso (médico romano)". Entre todas
as figuras erráticas do renascimento, a de Paracelso está pontada pela agitação
da sua vida e pela a incoerência das suas opiniões e doutrinas. No estudo da
sua biografia, fato tem sido gradualmente separado da fantasia, mas nenhum
acordo foi alcançado no que respeita bem quanto à natureza e sentido de seu
ensino. Ele é considerado por muitos como um reformador do medicamento. Outros
elogiam suas realizações em Química e como fundador da Bioquímica. Ele aparece
entre cientistas e reformadores como Andreas Vesalius, Nicolau Copérnico e
Georgius Agricola, e, portanto, é visto como um moderno. Por outro lado, sempre
possuiu uma aura de místico e até mesmo obscura reputação de mágico.
Paracelso,
quando jovem, já instruido pelo pai, foi
enviado aos cuidados dos monges do mosteiro de Santo André, na Savônia. Lá ele
aprendeu sob a tutela dos monges e dos bispos Mathias Scheydt, de Rottgac e
Mathias Schacht, de Freisingen e, especialmente de Eberhardt Baumgartner, tido
como um dos alquimistas mais notáveis da época. Tendo concluido os estudos, e
já no seu décimo sexto ano de permanência no mosteiro, ele foi enviado à
Universidade de Basel e logo a seguir, foi instruído pelo abade de St. Jacob
(Spanheim), em Wurzburgo, um dos grandes e célebres intelectuais da época, de
nome Johann Trithemius.
Paracelso
foi um astrólogo, assim como muitos (se não todos) dos físicos europeus da
época. A Astrologia foi uma parte muito importante da Medicina de Paracelso. Em
um de seus livros, ele reservou várias seções para explicar o uso de talismãs
astrológicos na cura de doenças. Criou e produziu talismãs para várias
enfermidades, assim como talismãs para cada signo do Zodíaco. Ele também
inventou um alfabeto chamado "Alfabeto dos Reis Magos" e esculpiu nos
talismãs nomes angelicais.
Visão
e doutrina
A
distinta natureza da filosofia de Paracelso é conseqüência da visão
cosmológica, teológica, filosofia natural e medicina à luz de analogias e
correspondências entre macrocosmos e microcosmos. As especulações acerca dessas
analogias tinham seriamente empenhado a mente humana desde o tempo
pré-Socrático e Platônico e durante toda a Idade Média. Paracelso foi o
primeiro a aplicar essas especulações para o conhecimento da natureza
sistemática.
Isso
associado com a singular posição que ele assume no que diz respeito à teoria e
à prática de aquisição de conhecimentos em geral, quebrou longe do ordinário
lógico, antigo e medieval e moderno, seguindo as suas próprias linhas, e é
nisto que muito do seu trabalho naturalista encontra explicação e motivação.
Segundo
Paracelso, se o homem, o clímax da criação, une em si mesmo todos os
componentes do mundo em torno dele como minerais, plantas, animais e corpos
celestes, ele pode adquirir conhecimento da natureza de modo muito mais direto
e "interno" do que a forma externa de consideração dos objetos pela
mente racional.
O
que é necessário é um ato de atração simpática entre o interior representativo
de um determinado objeto, na própria constituição do homem e o seu homólogo
externo. A união com o objeto é então o soberano meio de adquirir conhecimento
íntimo e total. Esta não é alcançada pelo cérebro, a sede da mente racional. E
é num nível mais profundo, à pessoa como um todo, que é dado o conhecimento.
É
o seu corpo astral que ensina o homem. Por meio do seu corpo astral o homem
comunica com a supraelementrariedade do mundo astral. Astrum é o contexto que
denota não só o corpo celestial, mas a virtude ou atividade essencial de
qualquer objeto. Isto, no entanto não é atingido num estado racional de
pensamento, mas sim em sonhos e transes fortificados por força de vontade e
imaginação.
O
que parece ser original em Paracelso, então, não é a teoria microcósmica em si
mesma, nem a busca da união com o objeto, mas o emprego consistente desses
conceitos como a ampla base de um elaborado sistema de correspondências na
filosofia e medicina natural.
Durante
a Renascença, o grande alquimista, considerado fundador da medicina moderna,
Paracelso, desenvolveu vários medicamentos, altamente bem-sucedidos, partindo
de minerais metálicos incluindo ouro. Um dos maiores alquimistas/químicos de
todos os tempos, fundou a escola de Iatroquímica, a química da medicina, a qual
é precursora da farmacologia.
Paracelso
voltou para Salzburgo em 1540, convidado pelo bispo da cidade. Faleceu em 24 de
setembro de 1541 com apenas 47 anos, em um hospital, sonhando ter fabricado o
Elixir da Vida. A causa de sua morte não foi esclarecida. Uma hipótese é que
teria sido assassinato em 1541, como foi evidenciado na exumação de seus ossos,
que mostrou uma fratura no crânio. O corpo foi velado na igreja de São
Sebastião e, de acordo com o seu último desejo, foram entoados os salmos
bíblicos 1, 7 e 30.
A
fama de Paracelso aumentou com as suas curas milagrosas e, após sua morte, a
sua fama cresceu ainda mais. Um século depois, centenas de textos paracelsianos
foram publicados, referindo-se quase todos a medicamentos químicos. No final do
século XVI, existia já uma imensa literatura sobre a nova matéria médica.
Devido
ao fato de a abordagem médica de Paracelso diferir tanto daquilo que era
aceitável até então, estabeleceu-se uma enorme confrontação entre os
paracelsianos e o sistema médico oficial em vigor até então, confrontação
aguçada pelo impacto provocado pelos humanistas, que desdenhavam das obras de
Dioscorides e de Plínio, ambos muito populares no final da Idade Média, e
enalteciam trabalhos menos conhecidos, especialmente os tratados de fisiologia e
anatomia de Galeno. Muitos médicos seguidores de Paracelso eram alemães; na
França, a confrontação foi mais agravada pelo fato de muitos médicos
paracelsianos serem huguenotes (protestantes, partidários de Calvino); na
Inglaterra, tal confrontação foi menos tempestuosa, tendo sido adotados os
medicamentos químicos, que eram utilizados simultaneamente com medicamentos
tradicionais galênicos..
Fonte: Sites diversos e Wikipédia
Fonte: Sites diversos e Wikipédia