Trata-se de um dos magos mais
famosos. Contemporâneo de Paracelso, Agrippa estudou as obras dos místicos
judeus sobre a Cabala na Universidade de Praga. Partindo dos textos caldeus,
árabes e gregos, remontou às origens da disciplina mágica, aventurando-se nos
segredos mais tenebrosos dessa fascinante arte. Suas obras são até hoje
conhecidas por todos os iniciados e pelos estudiosos da magia, sendo
particularmente útil "A filosofia oculta ou a magia".
Foi um intelectual polemista e
influente escritor do esoterismo da Renascença. Interessou-se pela magia,
ocultismo, alquimia, astrologia e demais curiosidades esotéricas. Pelo que
deixou escrito, é considerado o primeiro intelectual feminista. Esteve ao
serviço de Maximiliano I devotando o seu tempo ao estudo das ciências ocultas.
Foi citado por Mary Shelley em Frankenstein, e no conto O Mortal Imortal surge
como uma das personagens.
Cornelius Agrippa foi o autor do
livro mais abrangente e mais conhecido sobre magia e todas as artes ocultas: De
occulta philosophia libri tres / Três Livros de Filosofia Oculta. Mais para o
fim da sua vida voltou-se contra as curiosidades e práticas esotéricas, mas
também contra as mais respeitáveis e estabelecidas formas de conhecimento
científico: De incertitudine et scientiarum vanitate et Artium, atque
Excellentia Verbi Dei, declamatio invectiva. Uma declamação invectiva sobre a
incerteza e vanglória das ciências, 1526. Proclamou-se a favor do cepticismo e
da simples devoção fideísta. Em 1529 escreve: De Nobilitate e Praecellentia
Foeminei Sexus, onde argumenta que o sexo feminino é superior e não meramente
igual ao masculino.
Em seu próprio século, foi muitas
vezes denunciado como perigoso e herético. De occulta philosophia foi muito
lida por estudantes dos mais recônditos e menos respeitáveis ramos da filosofia
natural e ciências ocultas. Alguns deles buscaram alternativas para a filosofia
aristotélica natural ensinada nas universidades. Outros procuraram caminhos
menos convencionais, como o sucesso em operações alquímicas ou a capacidade de
usar segredos mágicos para controlar tanto o mundo natural como o mundo dos
espíritos. É intrigante como este autor assumiu posições tão antagónicas.
Inicialmente muito crédulo em relação à magia, alquimia e astrologia, e
posteriormente um grande céptico, incluindo em relação ao seu próprio trabalho
mágico.
Cornelius Agrippa fornece uma
demonstração clara da grande agitação intelectual que se tinha apoderado dos
humanistas da Renascença, ao recuperarem as obras dos antigos. Isto incluía não
apenas os autores clássicos considerados "respeitáveis" pelos
modernos, mas também um vasto corpo de antigos (ou pseudo-antigos) textos que
alegadamente ofereciam a sabedoria das origens, de uma alegada civilização
humana chamada prisca theologia. Eram textos herméticos do antigo Egito,
Oráculos Caldeus, escritos de Zaratustra, ensinamentos atribuídos a Pitágoras e
supostamente repassado dele para Platão e seus seguidores. Agrippa foi um dos
principais especialistas de seu século sobre este tipo espiritual e teosófico
da sabedoria antiga..
Fonte: Sites diversos e Wikipédia
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