Alexandre
III da Macedônia, dito o Grande ou Magno foi um príncipe e rei da Macedônia, e
um dos três filhos do rei Filipe II e de Olímpia do Épiro – uma fiel e ardente
mística do deus grego Dioniso. Alexandre foi o mais célebre conquistador do
mundo antigo. Em sua juventude, teve como preceptor o filósofo Aristóteles.
Tornou-se o rei aos vinte anos, na seqüência do assassinato do seu pai.
A
sua carreira é sobejamente conhecida: conquistou um império que ia dos Balcãs à
Índia, incluindo também o Egito e a Báctria (aproximadamente o atual
Afeganistão). Este império era o maior e mais rico que já tinha existido.
Existem várias razões para esses grandes êxitos militares, um deles é que
Alexandre era um general de extraordinária habilidade e sagacidade, talvez o
melhor de todos os tempos, pois ele nunca perdeu nenhuma batalha e a expansão
territorial que ele proporcionou é uma das maiores da história, a maior
expansão territorial em um período bem curto de tempo. Além disso era um homem
de muita coragem pessoal e de reconhecida sorte.
Ele
herdou um reino que fora organizado com punho de ferro pelo pai, que tivera de
lutar contra uma nobreza turbulenta que freqüentemente reclamava por mais
privilégios, as ligas lideradas por Atenas, e Tebas (a batalha de Queronéia
representa o fim da democracia ateniense e por arrastamento das outras cidades
gregas e de uma certa concepção de liberdade), revolucionando a arte da guerra.
A sua personalidade é considerada de formas diferentes segundo a percepção de
quem o examina: por um lado, homem de visão, extremamente inteligente, tentando
criar uma síntese entre o oriente e ocidente (encorajou o casamento entre oficiais
seus e mulheres persas, além de utilizar persas ao seu serviço), respeitador
dos derrotados (acolheu bem a família de Dario III e permitiu às cidades
dominadas a manutenção de governantes, religião, língua e costumes) e admirador
das ciências e das artes (fundou, entre algumas dezenas de cidades homônimas,
Alexandria, que viria a se tornar o maior centro cultural, científico e
econômico da Antiguidade por mais de trezentos anos, até ser substituída por
Roma); por outro lado, profundamente instável e sanguinário (as
destruições das cidades de Tebas e Persepólis, os assassinatos de Clito e de
Parménio, dois de seus melhores generais, a sua ligação com um eunuco),
limitando-se a usar o pessoal de valor que tinha à sua volta em proveito
próprio.
De
qualquer modo, fez o que pôde para expandir o helenismo: criou cidades com o
seu nome com os seus veteranos feridos por todo o território e deu nome para
cidade homenageando seu inseparável e famoso cavalo Bucéfalo. Abafou uma
rebelião de cidades gregas sob o domínio macedônio e preparou-se para
conquistar a Pérsia. Em 334 a.C.
empreendeu sua primeira campanha contra os persas na Batalha de Granico que
deu-lhe o controle da Ásia Menor (atual Turquia). No ano seguinte, derrotou o
rei Dario III da Pérsia na Batalha de Issus. Mais um ano depois, conquistou o
Egipto e Tiro, em 331 a.C.
Completou a conquista da Pérsia na Batalha de Gaugamela, onde derrotou
definitivamente Dario III, o que lhe conferiu o estatuto de Imperador Persa.
A
tendência de fusão da cultura dos macedônios com a grega provocou nestes temor
quanto a um excessivo afastamento dos ideais helênicos por parte de seu
monarca. Todavia, nada impediu Alexandre de continuar seu projeto imperialista
em direção ao oriente. Durante cerca de dois anos Alexandre manteve-se ocupado
em várias campanhas de curta duração para a consolidação do seu império. Mas,
em 327 a.C.,
conduzindo as suas tropas por cima das montanhas Hindu Kush para o vale do rio
Indo, para conquistar a Índia, país mítico para os gregos, foi forçado a
regressar à Babilônia devido ao cansaço das suas tropas, e instalaria aí a
capital do seu império. Deixou atrás de si novas colônias, como Nicéia e
Bucéfala, esta erigida em memória de seu cavalo, às margens do rio Hidaspes. Ele
tinha a intenção de fazer ainda mais conquistas. Sabe-se que planejava invadir
a Arábia e, provavelmente, as regiões ao norte do Império Persa. Poderia também
ter planejado outra invasão da Índia ou a conquista de Roma, Cartago e do
Mediterrâneo ocidental. Infelizmente nenhuma das fontes contemporâneas
sobreviveu (Calístenes e Ptolomeu), nem sequer das gerações posteriores: apenas
possuímos textos do século I que usaram fontes que copiaram os textos
originais, de modo que muitos dos pormenores da sua vida são bastante
discutíveis.
Alexandre
morreu depois de doze anos de constante campanha militar, sem completar os
trinta e três anos, possivelmente como resultado de malária, envenenamento,
febre tifóide, encefalite virótica ou em conseqüência de alcoolismo.Com a sua
morte, os seus generais repartiram o seu império e a sua família acabou por ser
exterminada. Os Epígonos iriam gastar gerações seguidas em conflitos. Apenas
Seleuco esteve prestes a reunificar o império por um curto espaço de tempo. Os
seus sucessores fizeram o que puderam para manter o helenismo vivo: gregos e macedônios
foram encorajados a emigrar para as novas cidades. Alexandria no Egito teve um
destino brilhante devido aos cuidados dos ptolomaicos (o Egito, apesar da sua
monumentalidade, nunca possuíra grandes metrópoles): tornou-se um porto
internacional, um centro financeiro e um foco de cultura graças à biblioteca;
mas outras cidades como Antioquia, Selêucida do Tigre e Éfeso também brilharam.
Reinos no oriente, como os greco-bactrianos (Afeganistão) e greco-indianos,
expandiram o helenismo geograficamente mais do que Alexandre o fizera. Quando
os partas (um povo indo-europeu aparentado com os citas) ocuparam a Pérsia,
esses reinos subsistiram até ao século I a.C., com as ligações cortadas ao
ocidente..
Nó Górdio
Conta-se
que o rei da Frígia (Ásia Menor) morreu sem deixar herdeiro e que, ao ser
consultado, o Oráculo anunciou que o sucessor chegaria à cidade num carro de
bois. A profecia foi cumprida por um camponês, de nome Górdio, que foi coroado.
Para não se esquecer de seu passado humilde ele colocou a carroça, com a qual
ganhou a coroa, no templo de Zeus. E a amarrou com um nó a uma coluna, nó este
impossível de desatar e que por isso ficou famoso..
Górdio
reinou por muito tempo e quando morreu, seu filho Midas assumiu o trono. Midas
expandiu o império, porém, ao falecer não deixou herdeiros. O Oráculo foi
ouvido novamente e declarou que quem desatasse o nó de Górdio dominaria toda a
Ásia Menor. O único motivo de fama de Frigia se residia nesta carroça especial
estacionada em um dos pátios. A carroça estava presa a uma canga pelo nó
górdio. Durante mais de 100 anos, o nó górdio desafiara todos os esforços de
inteligentes reis e guerreiros.
Até
que em 334 a.C
Alexandre, o Grande, ouviu essa lenda ao passar pela Frígia. Intrigado com a
questão foi até o templo de Zeus observar o feito de Górdio. No dia designado,
o pátio encheu-se de curiosos. Todos haviam falhado, pensavam, e dessa forma,
com que novo método poderia Alexandre ter êxito ?
Após
muito analisar, desembainhou sua espada e cortou o nó facilmente em dois,
desatando-o. Lenda ou não o fato é que Alexandre se tornou senhor de toda a
Ásia Menor poucos anos depois..
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