Panacéia dos Amigos

terça-feira

Phantasy Star– Aquele jogo genial de Master System

Phantasy Star foi um jogo de Master System, muito interessante pois, na verdade, se tratava de um RPG e dos primeiros a vir inteiramente traduzido para o português. No ano de 92, quando justamente começava a conhecer o RPG de mesa, me deparei com este jogo, por sinal, bastante complexo para a época.

A história fala do Sistema Algol que continha três planetas habitáveis: Palma, o planeta verde; Motavia, o planeta da areia e Dezori, o planeta do gelo. Todos dominados pelo imperador Lassic, um tirano que estava afundando todo o sistema em uma profunda decadência. O poder de Lassic, era enorme e combate-lo era tido como loucura.

Todavia, alguns modestos movimentos do povo comum começavam a acontecer. Um destes que ousaram desafiar o poder de Lassic era Nero, sua tentativa fracassou. Antes de morrer, ele aconselhou sua irmã, Alis, a procurar um poderoso guerreiro de nome Odin que, como eles, tencionava derrubar o tirano, para continuar a luta. Alis jura derrotar Lassic e vingar a morte do seu irmão lançando-se solitariamente numa aventura quase suicida para libertar o sistema Algol.

Este enredo inicial nos lança para uma aventura complexa, longa em que atingir o objetivo levará a obtenção de artefatos, solução de enigmas, e claro, combates com poderosos antagonistas.

Primeiramente, era necessário encontrar os outros membros do grupo que se proporiam a auxiliar Alis: Odin, o guerreiro, Myau, o felino místico, e Noah, o mago (indicado pelo Governador de Motavia, um nobre que auxilia, sutilmente, na luta contra Lassic). Alis se enquadraria como uma clériga, uma guerreira com poderes de cura e muita fé.

Depois, o passo seguinte era encontrar o meio de se locomover pelos planetas com a construção de uma espaçonave, o que gera custo, necessidade de um construtor e piloto adequados.

Vencer Lassic exigia as armas místicas adequadas feitas com Laconian, o material mais resistente do sistema Algol. Obtê-las dependia de procura-las pelos planetas. Transporte adequado é necessário para vencer os obstáculos naturais tais como lava de vulcão e monstros, e para poder se averiguar os lagos, mares e oceanos atrás de locais secretos.

Além das armas, artefatos com o poder de localizar a fortaleza de Lassic, leva-los até ela e proteger-se em parte, da feitiçaria e poder do inimigo mortal teriam,também, de ser buscados.

Em tudo isto, só era possível obter um sucesso satisfatório se conseguíssemos o nível de experiência , dinheiro, armas e equipamentos necessários o que não era nada fácil e gerava, muitas vezes, verdadeiras "campanhas de extermínio" contra os monstros que infestavam os mundos, mas que, em compensação, possuíam arcas de tesouros.

Felizmente, podíamos salvar os jogos em até 05 fases e continuar a jogar depois. Eram necessárias muitas horas, muitas mesmo, para resolver o jogo. Tudo isto para trazer o fim da Era de Lassic sobre o sistema Algol. Mas, como toda a campanha de RPG, realmente valia a pena. Encerrar satisfatoriamente uma história tão longa é sempre empolgante.

Hoje, parece incrível, mas jogos de RPG em videogame eram raros e Phantasy Star, como já expliquei, era traduzido para o português o que era mais raro ainda. Além de tudo isto, a complexidade desta aventura era maior e a definição de seus gráficos bastante superiores a outros jogos daqueles tempos.

Na verdade, acostumados a jogos de fases longos, como Strider, Forgotten Worlds, Castle of Illusion, Ghouls and Ghosts etc, porém bem menos complexos do que um RPG, muitos jogadores simplesmente não entenderam a aventura. Quando encontrei o jogo, ele era um dos menos alugados de uma locadora de cartuchos (na época, não tínhamos Lan Houses para jogar em PCs, tínhamos estas locadoras com várias TVs para jogar ou alugar jogos de Master System, Nintendo, etc).

Curiosamente, passados dezesseis anos, tive a oportunidade de jogar novamente através de um emulador de jogos de Master System. Pena, que não é possível salvar as fases, o que torna difícil encerrar o jogo novamente, apesar da nostalgia.

Na última vez que tentei, fiquei quatro horas e meia jogando. Foi ótimo, mas o cansaço falou mais alto. Ainda assim, tentarei mais algumas vezes, vale a pena relembrar os combates, enigmas, dificuldades e buscas desta aventura tão divertida quanto nostálgica.

Tempos depois, com o advento do Playstation e outros, que trouxeram clássicos como as séries Resident Evil, Final Fantasy em jogos bastante detalhados e com tramas bastante complexas, o RPG se identificou totalmente com o videogames e é , hoje, um lugar comum ter jogos do gênero entre os preferidos de nove entre dez jogadores.

Mas, na época, o jogo Phantasy Star foi uma revolução que marcou os da minha geração que tiveram a oportunidade de solucionar esta aventura. Uma feliz lembrança de horas bastante divertidas!

Comercial japonês do jogo:

http://www.youtube.com/watch?v=3XcMbT9pGeo&feature=related

Apresentação do final da aventura no You Tube:

http://www.youtube.com/watch?v=ogrABs4EfUE&feature=related

Para novo registro (04/08/2010), eu finalmente consegui, há alguns meses, um novo emulador que salva as fases do jogo! Portanto, tenho jogado e curtido muito e neste momento estou finalizando mais uma aventura, muito bom!

sábado

Patlabor

Patlabor é um mangá criado por Masami Yuuki e lançado em março de 1988, na revista Shonen Sunday com o nome de Patlabor - The Mobile Police.

É um mangá com histórias repletas de investigação, humor, romance e logicamente muita ação com direito a vários combates entre robôs gigantes. Estes ingredientes equilibrados de forma competente transformou Patlabor em sucesso e conseqüentemente tornou-se anime numa série de 47 capítulos de 25 minutos cada.

A trama situa-se no ano de 1997 (pois é, o futuro já passou...), e foram criados os "LABORS", ou seja robôs de serviço pilotados. Porém, eles passaram a ser objeto de uso de bandidos que com esta tecnologia, obviamente, se tornaram ainda mais perigosos. A reação do Departamento da Polícia Metropolitana de Tóquio é a criação da Seção nº 02 de Veículos Especiais. A seção está repleta de LABORS, equipados com armas de última geração para combater e deter o crime mecanizado.

Tais LABORS são chamados de LABORS de Patrulha, ou, simplesmente "PATLABORS" , daí o nome da série.

A Seção nº2 se torna um sucesso em eficiência de combate o que leva a criação do pelotão nº 02. Os Labors utilizados eram do novo modelo o AV-98 INGRAM. Extremamente poderosos, sua principal falha consistia nisso, o uso inadequado provavelmente mais causaria destruição do que auxilio a população. Os antagonistas da história são os membros da Schaft Enterprises esta é uma poderosa organização de espionagem que o Pelotão tem que combater. O plano da Schaft Enterprises é monopolizar o mercado de Labors, para isso é necessário a eliminação de sua principal concorrente a S.H.I.(Shinohara Heavy Industry), e evidentemente, do modelo AV-98 INGRAM.

Honestamente, estou mais apto a falar da série e do filme Patlabor 2. Patlabor é um anime que diverte e cativa os que assistem de uma maneira curiosa. Primeiro não é uma história épica, nada que recorde tramas complexos da sobrevivência do mundo como Yamato, ou sagas cósmicas como Five Star Stories, não, é história policial, urbano, interesses corporativos, ou seja, algo próximo de nossa realidade.

Esta "simplicidade", digamos, como está ancorada em histórias competentes e divertidas acaba tornando Patlabor uma série "simpática" é quase impossível assistir e não se envolver. Os "policiais" das duas equipes são personagens carismáticos, especialmente a protagonista. O dia-a-dia tenso e muitas vezes cômico da relação dos membros da equipe é outro trunfo. Rapidamente tomamos gosto pelas suas manias e excentricidades e acabamos escolhendo um ou outro como favorito. A afinidade é estabelecida rapidamente.

As tramas , como coloquei antes,são competentes histórias policiais, com investigação, combates e missões complexas, isto aliado a um humor divertido e bem-feito e um pouco de romance.

Patlabor não é um épico, mas é um anime que deve ser conhecido e que irá conquistar pela excelência de sua simplicidade competente.

quinta-feira

Amadeus

Este filme, produzido em 1984, é um espetáculo, um drama biográfico dirigido por Milos Forman e com o roteiro de Peter Shaffer.

Creio que o assisti pela primeira vez na escola, provavelmente como um trabalho a ser desenvolvido em aula. E, lembro-me, de que todos ficamos impressionados pela história do músico, que me pareceu um tanto quanto louco e que gargalhava tão facilmente.

O roteiro de Peter Shaffer, foi baseado numa peça teatral que chegou a ser interpretada por Mark Hammil (Luke Skywalker no filme...bah!), mas Deus teve piedade do mundo e não permitiu que ele repetisse a sua interpretação no cinema, e saibam que não faltou vontade de Hammil em retomar o papel.

Os melhores filmes são um conjunto de qualidades e não uma ou outra em destaque. Fico mesmo impressionado porque, em geral, o público parece não exigir dos filmes que eles apresentem uma qualidade mínima em todas as suas características. Não basta que o filme tenha uma boa história (embora, admito, seja meio caminho andado), é necessário uma direção inspirada, interpretações vigorosas e precisas, uma fotografia belíssima, uma trilha sonora envolvente e uma produção primorosa. Isto, no mínimo, para que eu possa chamar de filme.

Felizmente, Amadeus encerra todas estas qualidades (hmm, ou quase. Não acho a fotografia do filme um grande mérito) e não à toa, recebeu diversos prêmios da indústria americana , européia e asiática.

A história trata da vida de Amadeus Wolfgang Mozart e seu suposto conflito com o maestro Antonio Salieri (suposto porque há somente boatos, mas a história da peça e do filme sobre a participação de Salieri, não foram comprovados. O boato é de que no manicômio, Salieri admitiu ter prejudicado Mozart, mas, bem, ele estava num manicômio...). Salieri sempre sonhou em fazer música , mas só pode se entregar a sua paixão, após a morte do pai. Salieri, muito religioso, acredita que a música é a linguagem de Deus e deseja ser o mensageiro desta mensagem sagrada ao mundo (e obviamente, ser admirado e amado por isto). O maestro Salieri era talentoso, mas não brilhante. Ainda assim, conseguiu um lugar de destaque na corte do imperador Imperador José II.

Os problemas começam com a chegada de Mozart, famoso desde a infância quando se apresentava aos nobres nas cortes européias. Salieri fica aterrorizado com a perspectiva de perder sua posição e, mais ainda, por acreditar que é Mozart e não ele, o "mensageiro" da voz "musical" de Deus. Inicia-se um conflito velado entre eles , com Salieri manipulando intrigas nos bastidores da vida social com o intuito de prejudicar Mozart, embora mantenha-se ao seu lado como o mais fiel dos amigos.

Contar mais seria atrapalhar o divertimento de quem ainda não assistiu este clássico, procurem e assistam. Uma obra fascinante que merece realmente ser chamada de filme.

Elenco:

F. Murray Abraham .... Antonio Salieri

Tom Hulce .... Wolfgang Amadeus Mozart

Elizabeth Berridge .... Constanze Mozart

Simon Callow .... Emanuel Schikanaeder

Roy Dotrice .... Leopold Mozart

Christine Ebersole .... Catherina Cavalieri

Jeffrey Jones .... Imperador José II

Charles Kay .... conde de Orsini-Rosenberg

Barbara Bryne.... Sra. Weber

Martin Cavani .... jovem Salieri

Roderick Cook .... conde Von Struck

Milan Demjanenko .... Karl Mozart

Peter DiGesu .... Francesco Salieri

Vídeo no You Tube:

http://www.youtube.com/watch?v=Du-rD2QL1Pc

Zillion


Zillion foi um anime de sucesso nos anos 80, que passou pelas telas brasileiras nos anos 90 e ficou apenas relativamente conhecido, isto em razão dos malabarismos de horários e certa confusão na transmissão dos capítulos pela Globo e depois pela Gazeta.Curiosamente, o anime foi transmitido para divulgar e vender brinquedos, no caso, brinquedos e jogos da SEGA. Especificamente, o jogos do videogame Master System, na época uma revolução em termos de videogame (Que saudades dos bons tempos...). Ele vinha com uma pistola (a Light Phaser) e um sensor eletrônico que também era utilizado pelos personagens de Zillion. A SEGA resolveu criar um anime e assim, fizeram um contrato com a Tatsunoko Productions produzindo, então, a série ZILLION. Seu nome original é "Akai Koudan - Zillion" (Projétil de Luz Vermelha - Zillion). Sua estréia no Japão aconteceu no dia 12 de abril de 1987, na Nippon Television. O final da série foi ao ar no dia 13 de dezembro de 1987. A série começou a ser exibida pela Rede Globo nas manhãs de domingo e mais tarde pela Rede Gazeta.

A história em si, se passa no ano de 2387. No mundo conhecido como Maris, as condições do planeta o tornam habitável para uma grande colônia de seres humanos. Maris é considerado um segundo planeta Terra.



Porém, Maris é invadida por extraterrestres do Império Noza que empreende um devastador ataque contra a população do planeta. Seu objetivo é conquistar Maris e se estabelecer nele para perpetuar sua espécie, que perdeu seu mundo original, antes que a última geração pereça. Trata-se de uma guerra desesperada pela sobrevivência. E os Nozas não pretendem demonstrar piedade iniciando um sistemático genocídio.


A maré da guerra começa a mudar quando são encontradas três pistolas com alto poder de fogo. Estas pistolas recebem o nome de Zillion. Sua tecnologia não é humana, mas seus mecanismos são compreendidos e então, forma-se uma equipe especial com três agentes de elite cuja a missão é combater os invasores.



A equipe é formada por Champ, Apple e J.J., Dable (Dave), Amy (Emi) e o robô Bongo .O esquadrão liderado pelo chefe Gordon (Gord) recebe o nome de White Knights . O império Noza era comandado pela rainha Adamis (Admiss) e pelo Barão Ricks.

Era um anime com boas histórias e personagens bem divertidos.


J.J era o personagem principal e típico anti-herói, irresponsável, mulherengo, guloso. Mas, sua grande vantagem é que possuía algum tipo de conexão especial com o verdadeiro poder da arma Zillion, isto o tornava imprescendível para a vitória do planeta Maris.


Champ era o personagem que mais parecia o "herói" da história que J.J e esta era parte divertida. Ele era um atirador perito, confiante, e disciplinado e até bem-humorado (um personagem com hobby de fazer tricô, obviamente, não se leva a sério), mas vive tendo que conter as confusões de J. J com Apple.



A personagem Apple é uma excelente e disciplinada combatente. Vive uma relação de amor e ódio com J. J que, infalivelmente, tenta canta-la em quase todos os episódios. São brigas cômicas e ferozes e cabe a Champ o papel de reconcilidador do grupo.


O principal antagonista é o Barão Ricks, General-comandante dos Nozas. Após sofrer tantos reveses diante do grupo acaba por se interessar profundamente pelos combatentes inimigos especialmente pela extraordinária habilidade de combate de J.J.


Confesso que, na época, tive uma dificuldade inicial para aceitar o desenho. Não me lembro bem a razão, mas desde o princípio adorei as canções (Todo o bom fã de anime tem uma queda pelos temas musicais originais) e com o passar dos capítulos passei a me interessar mais. A transmissão no Brasil, não ajudou muito especialmente, na Gazeta.



Seja como for, Zillion é anime clássico de grata lembrança para muitos de minha geração, apesar de sua curta duração em função de um desentendimento entre a SEGA e a Tatsunoko Productions. Há boatos sobre uma nova produção, espero que sejam verdadeiros.


You Tube:

terça-feira

O País dos Hiperbóreos (Hiperbórea)

A Atlântida de Platão, que nós situamos entre a América do Sul e o trópico de Câncer , é, indubitavelmente, o mais célebre dos continentes desaparecidos. Na mesma linha de idéias , desde a antiguidade (Heródoto, Diodoro, Plínio, Virgílio), o homens acreditaram numa outra ilha sem dúvida lendária: o país dos hiperbóreos, situado na zona ártica.

É certo que numa era geológica muito recuada, o equador e os pólos mudaram de lugar, tanto assim que as regiões polares gozaram de um clima tropical e de uma flora luxuriante: será este gênero de recordação primi-histórica que os homens transmitiram uns aos outros?

A verdade é que a tradição fala de uma ilha de gelo rodeada por altas montanhas onde vivem os homens quase transparentes : os hiperbóreos. Navegadores gregos e babilônios teriam visto a ilha circundada pela sua corola diamantina, visão tão maravilhosa que eles ajoelharam e rezaram aos seus deuses.

O fulgor, sobre o gelo, provocava uma claridade irreal, e no interior do país reinava um calor doce, propício a uma vegetação verdejante. Não parecia existir o menor contato entre a ilha e o resto do mundo; no entanto, uma passagem secreta (subterrânea?) conduziria até ao sul da Alemanha. As mulheres hiperbóreas eram de uma beleza inigualável, e as que tinham nascido em cada família possuíam extraordinários dons de clarividência.

Quando a ilha se tornou inabitável " devido ao resfriamento dos pólos", escreve Sylvain Bailly, os seus habitantes emigraram para a Europa e a América, e – sempre segundo a tradição – as hiperbóreas conservaram os seus dons hereditários de beleza e vidência, escolheram maridos de alto valor e engendraram uma descedência feminina de elite, que ainda atualmente seria reconhecível pela sua excepcional inteligência aliada a uma grande beleza.

Ferecides de Ciros, iniciador de Pitágoras, teria sido descendente dos hiperbóreos.

Convém assinalar também que, numa segunda-feira, 13 de junho de 1961, partiu de Cuxhaven uma expedição arqueológica para procurar no fundo do mar , nas águas de Helgoland, os vestígios de Atlântida.

Era uma estranha idéia , essa de procurar a Atlântida sob o paralelo 54 (seria mais plausível a Hiperbórea) , mas certo do fato por ter decifrado, dizia, inscrições hieroglíficas no Alto Egito, as quais mencionavam que o império submergira nesse local. Já em 1953 Jurgen Spanuth julgara distinguir, sob as águas, os alicerces de uma cidade da qual chegara a tirar fotografias. O egiptólogo francês Émile Briollay, cinco homens – rãs e doze escanfandristas formavam o grupo que trabalhou em vão durante várias semanas: a Atlântida – ou Hiperbórea – não foi encontada.

O continente de Gondwana ou terra de Gond, no Antártico, é o equivalente da lendária ilha nórdica. É um continente copiado, decalcado sobre o mito hiperbóreo. Segundo certos tradicionalistas, nos nossos colégios e nas nossas grandes escolas encontra-se sempre um descendente de uma família de Gondwana: o aluno mais brilhante.

Fonte: História desconhecida dos homens - Robert Charroux

sexta-feira

Apolônio de Tiana

Apolônio praticamente é um desconhecido da maioria das pessoas, mesmo daquelas que têm uma boa formação religiosa. Parece estranho que uma figura tão relevante não seja citada nos livros que versam sobre religião, somente aparecendo o seu nome em documentos secretos e em alguns poucos livros de ocultismo. Quem foi e que é Apolônio? – Apolônio é uma misteriosa figura que "apareceu" neste ciclo de civilização no início da era cristã (no século I). Os documentos que falam dele geralmente nunca mencionam a palavra "nasceu", e sim ,"apareceu". Isto porque Ele, quando esteve diretamente na terra, manifestava natureza divina. Entre os atributos desta natureza ele apenas tinha um corpo aparente, se apresentava na terra com corpo etéreo, tal como o de Jesus. Em muitos pontos, a vida de Apolônio se assemelha à de Jesus. Até mesmo a sua vinda a Terra foi anunciada pelo Espírito Santo. Alguns documentos antigos afirmam que ele, certo dia, surgiu na terra sem ascendentes, mas, também há documentos que dizem ser ele filho de uma virgem. O sobrenome Tiana é mesmo nome da cidade onde ele primeiro se apresentou na Terra, que ficava na Capadócia. Dotado de uma palavra fácil, eletrizante e convincente, logo depois, se transformou num tribuno. Ao mesmo tempo em que sua fama se popularizava, caminhava pelo resto do mundo dando um exemplo justo, bom e perfeito. Foi um espontâneo defensor dos injustiçados, capaz de praticar os mais arrojados e difíceis atos de bravura. Sua firmeza e energia de propósitos, mesmo diante do perigo, causavam a todos uma coragem estóica. "Ele fora um Deus em forma de Homem!". Apolônio viajou muito no tempo em que esteve na Terra, desde o Egito até a Mongólia, sempre sendo iniciado nas Ordens as quais ele encontrava. Não que precisa-se ser iniciado, pois, já era um Iniciado, mas sim como o próprio afirmou para um sacerdote quando pediu para ser iniciado: "Bem sabes porque não queres iniciar-me. Se o dizes, revelá-lo-ei: o meu crime é justamente conhecer bem melhor do que tu o rito da iniciação. Vim pedir-te por um ato de modéstia, submissão e simplicidade, a fim de que passasses por mais sábio do que eu. Apenas isto!". Logo depois que saiu da sua cidade natal Ele ficou conhecido como um neo-pitagórico. Em Nínive, na Babilônia, encontrou Damis, seu inseparável e fiel discípulo. De lá ambos foram para a terra dos encantos, a Índia, e, percorreram a Mongólia e o Tibet, até que atingiram as colinas do Himalaia. Lá, Apolônio deixou Damis e partiu só para um mosteiro onde Ele tornou-se o "Senhor portador dos oito poderes da Yoga", que era o mais alto Grau dos mosteiros daquela época. neste momento, dizem, uma áurea de Luz Lhe emergiu a cabeça de modo permanente. Depois voltou e se encontrou com Damis e voltaram para a Grécia, onde começou a fase mais intensa de curar doentes, desde do corpo a alma, paralíticos, cegos e até ressuscitar mortos, como aconteceu com uma moça em Roma. (...) O poder dele era tamanho que aonde chegava as guerras eram interrompidas e os exércitos enterravam as suas armas. Também pregava e para ouvi-Lo vinham pessoas de lugares distantes (...) Mostrou o poder das cores, mostrou que tudo na natureza é vibração, fez ver que existe uma polaridade em tudo quanto há, que as coisas podem ser manipuladas pela luz, pelo som e coisas assim. Ensinou o valor das cores, portanto como usa-las nos templos para obtenção de estados especiais de consciência. Ensinou como usar a música, que tipo de música é adequado nas diferentes situações, (...) Ensinou simbolismo, ensinou a linguagem simbólica por meio da qual uma pessoa pode entrar em sintonia com planos superiores, com mundos hiperfísicos. Ensinou como se processam as transmutações na natureza e como conseguir isso, como intervir no astral visando certos resultados. Disse do como captar o poder inerente a cada coisa, a cada cor, a cada forma. Ensinou o poder dos cristais e dos aromas e o como usa-los nos diferentes níveis. Assim estabeleceu formas de ampliação da consciência permitindo que as pessoas possam ter acesso a níveis superiores de consciência independentemente da interferência de forças espúrias. E também trouxe ensinamentos de morais o que atingia em cheio a maioria dos governantes dos locais onde Ele passou. (...)Apolônio sofreu perseguições terríveis culminando com varias condenações, como uma vez em que ele foi preso e a julgamento e falou para Damis e Demétrio esperarem-no em tal dia e tal hora na praia e quando chegou o dia e a hora marcada ele simplesmente apareceu na praia ao lado dos dois, e outra vez foi a de ser estraçalhado por uma matilha de cães ferozes, quando ia ser atacado pelos cães Ele simplesmente sumiu diante da vista de toda uma multidão. Tamanho fenômeno contribuiu ainda mais para fazer crescer o mito sobre a pessoa de Apolônio.Depois da Sua partida, foi escrito um livro com Sua história e com grande parte dos seus ensinamentos, apresentado em forma de um evangelho com oito capítulos.
Fonte: Sites de pesquisa na Internet.

História de Shanti Devi



Eis os fatos tal como se tornaram conhecidos na França:

Em 1953, professores das universidades de Benares e de Luckmar tiveram de se pronunciar a respeito de um caso característico de reencarnação.

Uma garota hindu chamada Shanti Devi , nascida em Delhi em 1943, apresentou desde a mais tenra infância faculdades intelectuais extraordinárias e a recordação muito nítida de uma vida anterior.

Assim que pôde falar , Shanti Devi disse que era a reencarnação da falecida esposa de um homem chamado Lugdit.

Tamanha segurança acabou por impressionar os meios religiosos, que procuraram por toda a Índia o suposto marido da garota. Graças à colaboração dos serviços de estado civil, descobriram em Mutta um comerciante viúvo com o nome de Lugdit, de 54 anos de idade.

O inquérito provou que o comerciante e os pais de Shanti Devi jamais se tinham encontrado e ignoravam até aquele dia as suas recíprocas existências. Levaram a pequena até Muttra e submeteram-na a experiências muito precisas.

Ela identificou imediatamente seu "marido" num grupo de homens, da mesma forma que Joana D´arc reconhecera o Rei Carlos VII, em Chinon.

Ela passeou pela aldeia , indicando antes de lá chegar as praças, ruas, becos e casas típicas, incluindo, naturalmente, aquela em que morara na sua vida anterior.

Reconheceu igualmente os amigos de seu "marido" e este último pediu-lhe que desse pormenores íntimos, que só ele conhecia, da sua defunta esposa. Shanti Devi recordou esses pormenores e o Sr. Lugdit declarou-se completamente satisfeito:

- Ela é, de fato, a reencarnação da minha esposa morta – declarou ele.

Ficou decidido que dali para o futuro a garota partilharia a vida entre o seu "marido" e os seus pais (É preciso notar que Shanti Devi estava na época com 13 anos). Estes fatos extraordinários foram confirmados pelos professores universitários encarregados do inquérito.

Fonte: História desconhecida dos homens- Robert Charroux