Creio que o assisti pela primeira vez na escola, provavelmente como um trabalho a ser desenvolvido em aula. E, lembro-me, de que todos ficamos impressionados pela história do músico, que me pareceu um tanto quanto louco e que gargalhava tão facilmente.
O roteiro de Peter Shaffer, foi baseado numa peça teatral que chegou a ser interpretada por Mark Hammil (Luke Skywalker no filme...bah!), mas Deus teve piedade do mundo e não permitiu que ele repetisse a sua interpretação no cinema, e saibam que não faltou vontade de Hammil em retomar o papel.
Os melhores filmes são um conjunto de qualidades e não uma ou outra em destaque. Fico mesmo impressionado porque, em geral, o público parece não exigir dos filmes que eles apresentem uma qualidade mínima em todas as suas características. Não basta que o filme tenha uma boa história (embora, admito, seja meio caminho andado), é necessário uma direção inspirada, interpretações vigorosas e precisas, uma fotografia belíssima, uma trilha sonora envolvente e uma produção primorosa. Isto, no mínimo, para que eu possa chamar de filme.
Felizmente, Amadeus encerra todas estas qualidades (hmm, ou quase. Não acho a fotografia do filme um grande mérito) e não à toa, recebeu diversos prêmios da indústria americana , européia e asiática.
A história trata da vida de Amadeus Wolfgang Mozart e seu suposto conflito com o maestro Antonio Salieri (suposto porque há somente boatos, mas a história da peça e do filme sobre a participação de Salieri, não foram comprovados. O boato é de que no manicômio, Salieri admitiu ter prejudicado Mozart, mas, bem, ele estava num manicômio...). Salieri sempre sonhou em fazer música , mas só pode se entregar a sua paixão, após a morte do pai. Salieri, muito religioso, acredita que a música é a linguagem de Deus e deseja ser o mensageiro desta mensagem sagrada ao mundo (e obviamente, ser admirado e amado por isto). O maestro Salieri era talentoso, mas não brilhante. Ainda assim, conseguiu um lugar de destaque na corte do imperador Imperador José II.
Os problemas começam com a chegada de Mozart, famoso desde a infância quando se apresentava aos nobres nas cortes européias. Salieri fica aterrorizado com a perspectiva de perder sua posição e, mais ainda, por acreditar que é Mozart e não ele, o "mensageiro" da voz "musical" de Deus. Inicia-se um conflito velado entre eles , com Salieri manipulando intrigas nos bastidores da vida social com o intuito de prejudicar Mozart, embora mantenha-se ao seu lado como o mais fiel dos amigos.
Contar mais seria atrapalhar o divertimento de quem ainda não assistiu este clássico, procurem e assistam. Uma obra fascinante que merece realmente ser chamada de filme.
Elenco:
F. Murray Abraham .... Antonio Salieri
Tom Hulce .... Wolfgang Amadeus Mozart
Elizabeth Berridge .... Constanze Mozart
Simon Callow .... Emanuel Schikanaeder
Roy Dotrice .... Leopold Mozart
Christine Ebersole .... Catherina Cavalieri
Jeffrey Jones .... Imperador José II
Charles Kay .... conde de Orsini-Rosenberg
Barbara Bryne.... Sra. Weber
Martin Cavani .... jovem Salieri
Roderick Cook .... conde Von Struck
Milan Demjanenko .... Karl Mozart
Peter DiGesu .... Francesco Salieri
Vídeo no You Tube:
http://www.youtube.com/watch?v=Du-rD2QL1Pc
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