Panacéia dos Amigos

terça-feira

Phantasy Star– Aquele jogo genial de Master System

Phantasy Star foi um jogo de Master System, muito interessante pois, na verdade, se tratava de um RPG e dos primeiros a vir inteiramente traduzido para o português. No ano de 92, quando justamente começava a conhecer o RPG de mesa, me deparei com este jogo, por sinal, bastante complexo para a época.

A história fala do Sistema Algol que continha três planetas habitáveis: Palma, o planeta verde; Motavia, o planeta da areia e Dezori, o planeta do gelo. Todos dominados pelo imperador Lassic, um tirano que estava afundando todo o sistema em uma profunda decadência. O poder de Lassic, era enorme e combate-lo era tido como loucura.

Todavia, alguns modestos movimentos do povo comum começavam a acontecer. Um destes que ousaram desafiar o poder de Lassic era Nero, sua tentativa fracassou. Antes de morrer, ele aconselhou sua irmã, Alis, a procurar um poderoso guerreiro de nome Odin que, como eles, tencionava derrubar o tirano, para continuar a luta. Alis jura derrotar Lassic e vingar a morte do seu irmão lançando-se solitariamente numa aventura quase suicida para libertar o sistema Algol.

Este enredo inicial nos lança para uma aventura complexa, longa em que atingir o objetivo levará a obtenção de artefatos, solução de enigmas, e claro, combates com poderosos antagonistas.

Primeiramente, era necessário encontrar os outros membros do grupo que se proporiam a auxiliar Alis: Odin, o guerreiro, Myau, o felino místico, e Noah, o mago (indicado pelo Governador de Motavia, um nobre que auxilia, sutilmente, na luta contra Lassic). Alis se enquadraria como uma clériga, uma guerreira com poderes de cura e muita fé.

Depois, o passo seguinte era encontrar o meio de se locomover pelos planetas com a construção de uma espaçonave, o que gera custo, necessidade de um construtor e piloto adequados.

Vencer Lassic exigia as armas místicas adequadas feitas com Laconian, o material mais resistente do sistema Algol. Obtê-las dependia de procura-las pelos planetas. Transporte adequado é necessário para vencer os obstáculos naturais tais como lava de vulcão e monstros, e para poder se averiguar os lagos, mares e oceanos atrás de locais secretos.

Além das armas, artefatos com o poder de localizar a fortaleza de Lassic, leva-los até ela e proteger-se em parte, da feitiçaria e poder do inimigo mortal teriam,também, de ser buscados.

Em tudo isto, só era possível obter um sucesso satisfatório se conseguíssemos o nível de experiência , dinheiro, armas e equipamentos necessários o que não era nada fácil e gerava, muitas vezes, verdadeiras "campanhas de extermínio" contra os monstros que infestavam os mundos, mas que, em compensação, possuíam arcas de tesouros.

Felizmente, podíamos salvar os jogos em até 05 fases e continuar a jogar depois. Eram necessárias muitas horas, muitas mesmo, para resolver o jogo. Tudo isto para trazer o fim da Era de Lassic sobre o sistema Algol. Mas, como toda a campanha de RPG, realmente valia a pena. Encerrar satisfatoriamente uma história tão longa é sempre empolgante.

Hoje, parece incrível, mas jogos de RPG em videogame eram raros e Phantasy Star, como já expliquei, era traduzido para o português o que era mais raro ainda. Além de tudo isto, a complexidade desta aventura era maior e a definição de seus gráficos bastante superiores a outros jogos daqueles tempos.

Na verdade, acostumados a jogos de fases longos, como Strider, Forgotten Worlds, Castle of Illusion, Ghouls and Ghosts etc, porém bem menos complexos do que um RPG, muitos jogadores simplesmente não entenderam a aventura. Quando encontrei o jogo, ele era um dos menos alugados de uma locadora de cartuchos (na época, não tínhamos Lan Houses para jogar em PCs, tínhamos estas locadoras com várias TVs para jogar ou alugar jogos de Master System, Nintendo, etc).

Curiosamente, passados dezesseis anos, tive a oportunidade de jogar novamente através de um emulador de jogos de Master System. Pena, que não é possível salvar as fases, o que torna difícil encerrar o jogo novamente, apesar da nostalgia.

Na última vez que tentei, fiquei quatro horas e meia jogando. Foi ótimo, mas o cansaço falou mais alto. Ainda assim, tentarei mais algumas vezes, vale a pena relembrar os combates, enigmas, dificuldades e buscas desta aventura tão divertida quanto nostálgica.

Tempos depois, com o advento do Playstation e outros, que trouxeram clássicos como as séries Resident Evil, Final Fantasy em jogos bastante detalhados e com tramas bastante complexas, o RPG se identificou totalmente com o videogames e é , hoje, um lugar comum ter jogos do gênero entre os preferidos de nove entre dez jogadores.

Mas, na época, o jogo Phantasy Star foi uma revolução que marcou os da minha geração que tiveram a oportunidade de solucionar esta aventura. Uma feliz lembrança de horas bastante divertidas!

Comercial japonês do jogo:

http://www.youtube.com/watch?v=3XcMbT9pGeo&feature=related

Apresentação do final da aventura no You Tube:

http://www.youtube.com/watch?v=ogrABs4EfUE&feature=related

Para novo registro (04/08/2010), eu finalmente consegui, há alguns meses, um novo emulador que salva as fases do jogo! Portanto, tenho jogado e curtido muito e neste momento estou finalizando mais uma aventura, muito bom!

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