Panacéia dos Amigos

segunda-feira

ROMA X CRISTIANISMO



Texto  interessante que encontrei e copiei:

O Cristianismo não foi criado pelo Império Romano, muito menos pelo Concílio de Niceia.

No início Roma não queria que ninguém virasse Cristão. O Cristianismo tornou-se Religião Oficial do Império Romano no ano 380 d.C por ordem do imperador Teodósio I. Note que o Cristianismo foi legalizado 294 anos depois de seu início e durante esse período maior parte dele foi marcado por grandes perseguições e Martírio Cristão.

Constantino apenas legalizou o Cristianismo. O Cristianismo nunca foi imposto por Constantino, foi apenas legalizado. Após a legalização Romanos poderiam seguir suas religiões pagãs sem nenhum problema.

Dentro do Império Romano vivia uma sociedade cosmopolita e heterotópica, com intenso fluxo de ideias, filosofias e pessoas, cada cidadão poderia aderir àquilo que mais lhe servisse. O contexto da Pax Romana favoreceu o alargamento das fronteiras das religiões estrangeiras. De um modo geral, é fato que o cristianismo foi favorecido pela facilidade de contato entre as províncias romanas e difundiu-se em meio ao livre trânsito de pessoas pelo Império. Este foi um dos fatores naturais que ajudaram o cristianismo desenvolver-se.

A princípio, o Império Romano não se mostrou interessado nos cristãos, até porque, politicamente, além da baixa capacidade de resistência dessa religião ao poder de Roma, não se tem notícia de qualquer “ideologia” de inspiração cristã que tenha estimulado algum tipo de ação subversiva contra o governo imperial (SILVA, GUTEMBERG;)

O governo de Roma considerava os seguidores de Cristo pertencentes a uma das muitas correntes religiosas judaicas palestinas (CHEVITARESE,2006). Até o governo de Nero (54-68) Romanos achavam que Cristãos eram Judeus era a mesma coisa.

Roma via o cristianismo sem muita expressão política. Entretanto, essa “despreocupação” não garantiu a aceitação do movimento. Ao longo do século II, o poder eclesiástico foi grandemente perseguido e muitos mártires foram feitos. Em certo momento da história é explícito que Roma estava contra o cristianismo, se como muitos alegam, tivesse sido criado por Roma, desde o início Roma teria apoiado para o crescimento ainda maior, já que por essência o cristianismo teve sua propagação proselitista. Seria até mesmo mais fácil para Roma, antes de dominar um país torná-lo Cristão, pois por volta do ano 57 d.C o Apóstolo Paulo, em sua carta para a comunidade de Roma já revelava seu anseio de que os cristãos não se rebelassem contra as autoridades instituídas.

Nos primeiros 200 anos, o cristianismo expandiu-se gradativamente, favorecido pela clemência imperial (SILVA, GUTEMBERG;) de poderem transitar. Entretanto, algumas mudanças ocorreram no Império ao longo do século III. A anarquia militar (235-284) foi instaurada, fruto de uma grande instabilidade, desencadeando uma série de perseguições aos cristãos.

Antes deste contexto de perseguição a maior hostilidade nos primeiros séculos provinha,em grande parte, não das autoridades romanas, mas da população local.

O cristianismo era visto como uma religião exótica pelos adeptos das outras religiões do Império. Isto se deu tanto por seu monoteísmo inflexível quanto pelo fato de as reuniões terem um caráter secreto, o que fazia a população em geral conjeturar que ocorressem atos como canibalismo, relações promíscuas, práticas necromânticas e a invocação do espírito de um criminoso supliciado (SILVA, GUTEMBERG;).

Da ascensão de Décio ao poder, no início do século III, até o início do século IV, quando o Império esteve sob o comando de Diocleciano, com exceção do período chamado de “Pequena Paz da Igreja” (260-303), qualquer ameaça à ordem imperial passou a ser combatida vigorosamente, inclusive o cristianismo. Como uma religião apoiada e criada por Roma seria perseguida como grupo de desordem social?

No século III, com a promulgação do Edito de Caracala, a vida dos cristãos sofreu um impacto tangível e duradouro, mudando drasticamente. A partir desse decreto, os cristãos tornaram-se muito mais livres para transitar pelo Império. No entanto, foram muito mais perseguidos, pois, como cidadãos de Roma, não podiam mais apelar aos tribunais do Império como humiliores (não cidadãos) e, por isso, integrantes de uma religião estrangeira, nem mesmo como a antítese de honestiores (cidadãos) dignos de privilégios. (KERESZTES, 1970). Isso significa que ainda no século III mesmo com a liberdade de transitar eles ainda eram perseguidos e não tinham nem direito de recorrer ao tribunal. Com o passar do tempo, Roma tornou-se inimiga do Cristianismo, como teria ela dado origem a “mitologia de Jesus” como muito erroneamente afirmam?

Ainda há quem diga que o Cristianismo foi criado no Concílio de Niceia (324 d.C). Nesse período o Cristianismo já estava bem formulado em sua teologia e filosofia, contestavam até os Greco-Romanos utilizando de Platão e Sócrates para explicar contextos Divinos.
O Cristianismo ainda não era Religião Oficial do Império Romano, era apenas legalizado.

Antes do Concílio de Nicéia já haviam grandes Teólogos que massivamente estudavam a Bíblia, mandavam cartas para Igrejas e praticavam o proselitismo.

Inácio de Antioquia (Nascido em 35 d.C e morto em 108 d.C de acordo com Eusébio de Cesaréia) Grande Teólogo no início da Igreja, que propagava o Evangelho enviando cartas para Igrejas. Inácio Foi preso por ordem do imperador Trajano e transportado para Roma, onde foi condenado à morte no Coliseu, martirizado por leões.

Tertuliano (155-240 d.C) Romano de uma província da África. Antes do Concílio de Nicéia, Tertuliano já participava do movimento teológico Trinitarismo. Já no segundo Século ele diz: “Não há nenhuma cidade no Império em que não há várias comunidades Cristãs” Obviamente isso é uma hipérbole pois ele era retórico. A frase remete que já no segundo século existiam muitas comunidades Cristãs.

Justino Mártir (100-165 d.C) Filósofo, Cristão Apologeta que usava de Socrates e Platão para explicar o Conceito filosófico de Logos e encarnação de Cristo em homem, sendo o Logos Primordial.

Ireneu de Lyon (130-202 d.C) Teólogo e Escritor. Defendia a Trindade e lutava com todas a forças contra as Heresias e deturpações do Cristianismo, Para lutar contra seitas cristãs Gnosticistas e Místicas por perderem a essência do Cristianismo escreveu o livro Contra Heresias – Ireneu de Lyon.

Há muitos outros. A personalidade e filosofia dos que eu citei são facilmente encontradas em sites.
Todos os citados são antes do Concílio de Niceia que mesmo em meio a perseguição estavam dando origem á uma formulada teologia bíblica sem a influência do império romano sendo até mesmo muitos deles mortos pelo próprio Império Romano.
Antes da legalização com Constantino, Oficialização com Teodósio e Concílio de Nicéia em 324 d.C, houveram significativas expansões e propagações Teológicas do Cristianismo sem o controle do Império Romano.
Enquanto o Cristianismo estava desenvolvendo sua teologia e propagando as Fé Cristã, o Romanos estavam aniquilando-os, Impedindo de propagar a Fé e desenvolver sua Filosofia. Não há nem mesmo bases lógicas para fazer uma afirmação dessa.

Como muitas das afirmações têm como parâmetro a data dos acontecimento e os fatos, elas podem passar pela pesquisa de maneira fácil e rápida utilizando das palavras-chave.

Muitas informações foram retiradas de artigos científicos da Dra. Ludmila Caliman Campos.

“Dra. Ludimila Caliman Campos é professora e pesquisadora nas áreas de História, Arqueologia, Antropologia e Educação, com ênfase em História Antiga e Medieval, História e Etno-história Indígena e Afrobrasileira, Arqueologia Pública, Educação Patrimonial e Antropologia Cultural.”

Dra. Ludimila Caliman Campos é pesquisadora Secular e afirma que o culto à Maria Mãe de Jesus é feito em substituição do Panteão de Deusas Femininas pagãs como Afrodite/Vênus Greco-Romana, Inana e Ishtar dos Sumérios entre outras, no qual aconteceram quando Roma substituiu o Paganismo pelo Cristianismo, com o desejo de preencher lacunas de adoração feminina deram origem a tais adorações.

Além de substituir festas pagãs pelo Natal Cristão (Isso é um fato histórico e sou eu quem digo de acordo com meus estudos).

Apresento tais afirmações para não dizerem que a Dra. Ludimila Caliman Campos é Cristã e tendenciosa.

(Não tem como negar que no fim da Igreja Primitiva, Roma tomou conta do Cristianismo de maneira que deturpou a doutrina teológico, impediu a sociedade de ter acesso e leitura das escrituras, implementou adoração a Santos e a Maria.
O Cristianismo como é exposto na Bíblia nunca teve por objetivo ser uma religião de controle Estatal e Eclesiástico, era simplesmente cada um aprender e propagar ao próximo, não havia a necessidade de tornar-se uma Instituição Romana, Roma que decidiu ter o controle.)

Fonte: Internet

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