Panacéia dos Amigos

terça-feira

A Consciência e seus veículos - Parte II

 


Outras funções do corpo mental são as de desenvolver os poderes da memória  e imaginação, servir oportunamente como  veículo  independente  da  consciência  no plano mental, servir à consciência como veículo do pensamento concreto  bem  como expressá-lo no corpo físico através do corpo astral, cérebro  etérico  e  sistema cérebro-espinal, coordenar movimentos do corpo físico para a ação, etc...         É  importante  compreender,  pelo  menos   parcialmente,   que,   segundo   a Tradição-Sabedoria, o corpo físico, o duplo etérico, o corpo  astral  e  o  corpo mental são todos mortais formando, em conjunto, o eu inferior ou personalidade  - palavra que provém da palavra grega "persona" (literalmente: fonte de onde vem  o som) que era o nome da máscara usada pelos atores nos teatros  da  Grécia  Antiga sendo indicativa do papel que representavam. Assim, o  eu  inferior,  quaternário inferior ou personalidade  seria  a  "camada"  mais  exterior  de  nosso  Ser,  a  "máscara" com que o Eu Superior, a Tríade Superior  ou  Ego  se  manifestaria  no teatro da vida.

         A última função do corpo mental inferior, ou simplesmente corpo  mental,  que  precisamos citar seria a de assimilar os resultados das experiências  vividas,  e passar a sua essência, antes de sua morte, para  o  Ego  Imortal,  o  Homem  Real vivendo em seu corpo mental superior, o Pensador,  como  analisaremos  melhor  em nossa próxima lição. Esses resultados de experiências vividas são  os  "tesouros" que Jesus aconselha ajuntar "no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem,  e onde os ladrões não minam nem roubam" (5).Porém esse "cofre espiritual" que é o corpo mental superior ou corpo  causal, como é mais freqüentemente chamado por acumular  as  "causas"  do  futuro,  sendo constituído da matéria sutilíssima dos 3 subplanos superiores do plano mental  só  pode acumular a essência das mais sublimes experiências de nossas vidas, sendo  a imensa maioria de nossas ações grosseiras demais para atingí-lo.

         O corpo causal é também o veículo do pensamento abstrato, em contrapartida ao corpo  mental  que  é  o  do  pensamento  concreto.  O  pensamento  é   meramente estabelecido de relações entre as imagens presentes em nossa  mente,  caso  essas imagens sejam nomes e formas por um lado, ou conceitos,  leis  e  princípios  por outro, teremos, respectivamente,  pensamentos  concretos  e  abstratos.  Logo,  é natural que o  corpo  causal,  chamado  'Vijnámayakosha'  pelos  vedantinos,  que acumula a essência das experiências, trabalhe no nível das leis e princípios  que se ocultam das formas mais concretas. Platão chama-o de alma inteligível.

         Os outros dois componentes da Tríade Superior  são  de  natureza  ainda  mais  sutil.

         O veículo  búdico  é  aquele  responsável  pela  compreensão  que  ilumina  o pensamento, dele provém a luz de 'buddhi' ou intuição que dissolve as  dúvidas  e desperta a compaixão por todos os seres, visto que no plano  búdico  já  se  pode sentir como absolutamente  real  a  unidade  de  tudo  que  vive.  Esse  veículo, comparado freqüentemente a uma estrela de luz cujos raios tudo  penetram  e  tudo abrangem, tem se identificado com o Cristo Interno, referido  diversas  vezes  na tradição Cristã. Talvez o apóstolo Paulo tenha legado a nós a  mais  bela  dessas referências: "Cristo em vós, a esperança de glória." (7) Por sua  vez,  entre  os vedantinos o veículo búdico era chamado de 'ãnandamayakosha', ou seja, veículo ou envoltura de bem-aventurança. Aquele que  consegue  focar  sua  consciência  nele atinge um êxtase elevadíssimo, somente inferior ao do veículo átmico.


         O veículo átmico, centro da vontade espiritual que nos conduz inexoravelmente pela eternidade através de todas as limitações,  constituindo-se  da  ainda  mais sutil matéria  do  plano  nirvânico.  Foi  comparado  com  "um  círculo  com  sua circunferência em nenhum lugar e seu centro em toda a parte". Como facilmente se nota esses conceitos são demasiados abstratos para que  as palavras possam expressá-los de fato. Tentaremos fazê-lo através de uma alegoria. Como já vimos, a mente do indivíduo poderia ser comparada a uma película de filme constantemente a projetar imagens mentais-emocionais sobre  os  átomos  do  mundo físico. Se  levássemos  essa  alegoria  sobre  os  átomos  do  mundo  físico.  Se levássemos essa alegoria mais adiante, teríamos a luz de buddhi,  proveniente  do veículo búdico, representada pela luz que anima o filme projetando-o na tela,  ou seja, a luz que anima as imagens mentais. A lâmpada que projeta essa luz seria  o veículo átmico. Seguindo o conceito básico  da  Tradição-Sabedoria  que  é  o  da unidade  da  vida,  diríamos  que  embora  existam  diversas  mentes   projetando diferentes películas existe uma lâmpada que projeta a luz  que  as  anima.  Logo, aquele que penetrasse no  centro  de  sua  consciência  "sintonizaria-se"  com  a energia que está condensada em toda a matéria do Universo e, conseqüentemnte,  se sentiria "dentro" de todos os seres. Amaria aos outros como a si mesmo, de fato!

         A energia elétrica que anima a lâmpada  seria  a  Mônada  (proveniente  do  grego  "monos": um), da qual Pitágoras tratou, centro último de nossa consciência que  é também conhecido como a "centelha divina". A Mônada é o centro  eterno  de  nosso Ser, mas ela não é humana porque é  pré-existente  a  tal  condição.  Sobre  essa "alma" foi dito. "A alma do homem é imortal, e o seu futuro  é  o  de  algo  cujo crescimento e esplendor não tem limites" (8).  Ou,  se  preferirmos  o  profético símile da tradição Cristã, nas palavras de Paulo, sobre o futuro do  ser  humano: "Até que todos nós cheguemos à unidade da fé, e do conhecimento do Filho de Deus, o homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" (9).

       Talvez agora nós possamos compreender  melhor  a  profundidade  existente  na inscrição do pórtico de Delfos que, como dissemos no início  da  lição,  Sócrates tomou por divisa. Gostaríamos  de  encerrar  essa  lição  com  a  própria  versão socrática daquela inscrição que merece nossa reflexão e que é a seguinte: "Homem: conhece-te a ti mesmo. Assim conhecerás o Universo e os deuses."

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

(1) BLAVATSKY, H.P, A Doutrina Secreta. São Paulo, Pensamento, 1980. v. 2  p. 191.

(2) THE HOLY Bible. King James  Version,  1611.  New  York,  American  Bible Society, 1980. Luke 17:21. (Lucas 17:21)

(3) TAIMNI, I.K. Autocultura; À  luz  do Ocultismo. Rio de Janeiro, Grupo Annie Besant, 1980, p. 98.

(4) BLAVATSKY, H.P. A voz do Silêncio. São Paulo, Pensamento. p. 45 aforismo 4.

(5) THE HOLY, op.  cit, acima nota (2), (Mateus 6:20)

(6) Ibidem, (Colossenses 1:27)

(7)  BLAVATSKY,  op. cit. acima nota (4), p. 61 aforismo 116.

(8) COLLINS, Mabel. O  Idílio  do  Lótus Branco. São Paulo, Pensamento. p. 83.

(9) THE HOLY,  op.  cit.  acima  nota  (2), ,(Efésios 4:13)


Loja Teosófica Virtual – 1996-1998

segunda-feira

O mago Merlin




Os primeiros registros existentes onde consta Merlin (Armes Prydein, Y Gododdin) são do começo do século 10, nele consta que Merlin era um mero profeta, mas o papel dele foi evoluindo gradualmente como mago, profeta e conselheiro, ativo em todas as fases da administração do reinado do Rei Arthur. Ele foi aparentemente chamado ao nascer com o nome de Emrys num local chamado Caer-Fyrddin (Carmarthen). Só depois ele tornou-se conhecido como Merlin, uma versão latinizada da palavra gaulesa, Myrddin.

Merlin era o filho bastardo da Princesa Real de Dyfed. Porém, o Rei, pai da princesa, Meurig ap Maredydd ap Rhain, não é encontrado nas genealogias tradicionais deste reino e provavelmente era um sub-rei da região que limita Ceredigion. O pai de Merlin, é dito, era um anjo que tinha visitado a Princesa Real e tinha a deixado com a criança. Os inimigos de Merlin diziam que o pai dele era um incubus, um espírito mau que tem relacionamento com mulheres enquanto dorme. As pessoas suspeitavam que a criança "diabólica" (Merlin) veio para ser um contra peso à boa influência que Jesus Cristo teve na terra. Merlin, felizmente, foi batizado cedo em vida, é contado que este evento negou o mal na natureza dele, mas os poderes do lado esquerdos ficaram intactos nele. A história original foi inventada para salvar a mãe dele do escândalo que teria acontecido presumivelmente a ligação dela com Morfyn Frych (o Sardento), Príncipe secundário da Casa de Coel, ato de conhecimento público.

A lenda nos conta que a retirada romana da Inglaterra e a usurpação do trono dos herdeiros legítimos, fez com que Vortigern fugisse da saxônia e fosse para Snowdonia, em Gales, na esperanças de construir uma fortaleza em uma montanha em Dinas Emrys onde ele poderia estar seguro. Infelizmente, a construção vivia desmoronando e os feiticeiros da casa de Vortigern lhe falaram que um sacrifício de uma criança órfã resolveria o problema. Uma pequena dificuldade foi isto pois aquelas tais crianças eram bastante difíceis de serem encontradas. Felizmente para a fortaleza de Vortigern, Merlin era conhecido por não ter nenhum pai humano e o disponibilizaram.

Antes que o sacrifício pudesse acontecer, Merlin usou os grandes poderes visionários dele e atribuiu o problema estrutural a uma piscina subterrânea no qual viveu um dragão vermelho e um dragão branco. O significado disto, de acordo com Merlin, era que o dragão vermelho representou os Bretões, e o dragão branco, os Saxões. Os dragões lutaram, dragão branco levou a melhor, no princípio, entretanto o dragão vermelho empurrou o branco para trás. O significado estava claro. Merlin profetizou que Vortigern seria morto e o trono seria tomado por Ambrosius Aurelianus, depois Uther, depois o grande líder, Arthur. Caberia a ele empurrar os Saxões para trás.

De acordo com a profecia, Vortigern foi morto e Ambrosius tomou o trono. Depois, Merlin parece ter herdado o pequeno reino do avô dele, mas abandonou as terras dele em favor da vida mais misteriosa para a qual ele se tornou tão bem conhecido (a vida druídica). Depois que 460 nobres britânicos foram massacrados na conferência de paz, como resultado do artifício saxônio, Ambrosius consultou Merlin sobre erguer um marco comemorativo a eles. Merlin, junto com Uther, levou uma expedição para a Irlanda para obter as pedras do Chorea Gigantum, o Anel do Gigante. Merlin, pelo uso dos poderes extraordinários dele, devolveu as pedras para um local, um pouco a ocidente de Amesbury, e os reergueu ao redor da sepultura da massa dos nobres britânicos. Nós chamamos este lugar Stonehenge.

Após a sua morte, Ambrosius teve como sucessor o seu irmão, Uther, quem, durante a perseguição dele a Gorlois, conheceu a esposa irresistível de Gorlois, Igraine (Ygerna ou Eigr em alguns textos), Uther voltou para as terras em Cornwall, onde foi pedir para Merlin ajuda-lo a possuir Igraine, e para Merlin ajuda-lo, Uther teve que fazer um trato com Merlin de que a criança que nascesse da união de Uther com Igraine fosse dada a Merlin para ele se torna o tutor da criança, Uther aceitou e foi ajudado por Merlin que o transformou na imagem de Gorlois. Uther entrou no castelo de Gorlois e conseguiu enganar Igraine a pensar que ele era o marido dela, e engravidou-a, concebendo ela uma criança, Arthur. Gorlois, no entanto não sabendo no que iria acontecer, saiu para encontrar-se com Uther no combate, mas ao invés, foi morto pelas tropas de Uther, enquanto Uther se passava por Gorlois.

Depois do nascimento de Arthur, Merlin se tornou o tutor do jovem menino, enquanto ele crescia com o seu pai adotivo, Senhor Ector (pseudônimo Cynyr Ceinfarfog). No momento definindo da carreira de Arthur, Merlin organizou uma competição da espada-na-pedra (a espada era Caliburnius e não a Excalibur, Excalibur veio após Arthur quebrar Caliburnius) pela qual o rapaz se tornou o rei. Depois, o mago conheceu a mística Dama do Lago na Fonte de Barenton (na Bretanha) e a persuadiu a presentear o Rei com a espada mágica, Excalibur. Nos romances, Merlin foi o criador da Távola Redonda, e esta sempre ajudando e dirigindo os eventos do rei e do reino Camelot. Ele é pintado por Geoffrey de Monmouth, ao término da vida de Arthur, acompanhando Arthur ferido para a Ilha de Avalon para a curar das feridas dele. Outros contam como tendo se apaixonado profundamente por Morgana, a meia irmã de Arthur, e ele concordou em lhe ensinar todos seus poderes místicos. Ela ficou tão poderosa que as habilidades mágicas dela "excederam" às de Merlin. Determinou que não seria escravizada por ele, e prendeu-o em um calabouço, uma caverna semelhantemente a uma prisão. Assim a ausência dele na Batalha de Camlann era no final das contas responsável pelo falecimento de Arthur.

As profecias de Merlin

Cruzadas:
“Depois que a coisa nascida anteriormente na parte de Jerusalém [o Cristianismo] tenha a idade de 1250 anos, grande multidão de cristãos irá além-mar combater contra os sarracenos, e tais cristãos serão quase todos mortos” [e não deu outra].


Descobrimento da América - Escravidão:
“Maior será a terra, porque na Terra haverá terras. Homens selvagens [nativos americanos] conhecerão os homens que virão do mar. E depois os navios levarão ouro [e como saquearam nossas riquezas...]. Escrava será a África. Mas a África dominada escrava, dominará.”


Revolução Francesa:
“Pouco antes que a coisa anteriormente nascida em Jerusalém tenha terminado a sua décima oitava idade (século 18), por mais que tenham sido as proezas de seus antepassados, nesse tempo os franceses serão mais odiados do que foram seus antepassados. O sangue cairá sobre a Gália (França) e a cabeça do rei será cortada. E a cabeça da rainha será cortada. E a cabeça do príncipe será cortada. E a cabeça de tantos amigos do rei serão cortadas. Será tempo de terror. Muitas pessoas derramarão seu sangue e o vento se deslocará por muitos céus; e do vento nascerão novas leis” [Ventos da liberdade inspirados na Revolução Francesa]


AS TRÊS POTÊNCIAS MUNDIAIS - A III GUERRA MUNDIAL - O GRANDE MONARCA
“O mundo será um gramado. E sobre o gramado brincarão três meninas [EUA,Europa + China-Rússia]. Mas sob a Terra eu vejo fogo. E, quando uma dessas meninas lançar a pedra, todas as três meninas serão atingidas. Sobre o gramado haverá fogo e sobre cada chama estará escrito um nome. Mas o nome foi escrito para ser esquecido”.

“Quando a Santa Mãe do Senhor aparecer em vários lugares [as aparições da Virgem] e quando Pedro [o Papa] tiver dois nomes [João Paulo], será o momento de se preparar, pois a sexta hora está próxima” [sexta hora é a hora da agonia].


A BABILÔNIA MODERNA
“Do mar virá grande luxúria, muitas mulheres e muitos homens serão arrastados, e esse será um dos sinais de que o mundo está mudando. Em todo lugar haverá Babilônia [degeneração], e a visão de muitos justos será ofuscada pela fumaça de Babilônia..." [a indústria do cinema e da pornografia espalhou-se já pelo mundo].


MUDANÇA DA IGREJA
“O Pastor [papa] condenará e depois abençoará a Bretanha [já houve o cisma da igreja anglicana; recentemente houve a reunião das duas]. Muitas coisas não serão como antes. Roma beberá no mesmo cálice. De Roma sairá uma excomunhão [cisão?], enquanto a guerra será cruenta em Jerusalém [Isso se aplica aos nossos dias]. Depois da festa haverá o saque. Paulo [a igreja] e Pedro [o papa] estarão afastados de Roma, e muitos serão condenados ao exílio. Na Grande Ilha do Mar [Inglaterra] chegará Paulo, quando em Jerusalém estiver mudado. Apenas uma parte do clero acompanhará Paulo [a igreja] a Ilha... O seu governo terá a marca da paz. E ensinarão uma nova maneira de viver.” [Outros profetas dizem que o papa terá que abandonar Roma; Merlin diz aqui que ele irá para a Inglaterra]

“Depois da festa haverá o saque”. E tudo coincide com o “canto” do outro Mago, o Ladino: “Mudam as bandeiras, muda a fanfarra, mas a história é sempre amarga... Pedro [o papa] retorna. Mas sobre a grande cúpula [Basílica de São Pedro] no lugar da cruz haverá um bastão.”


O FIM DOS TEMPOS
“O dragão [anticristo] aparecerá vitorioso, cheio de honrarias. Mas será bom que os homens mantenham seu olhar fixo sobre a Toscana [Itália], pois será desse lado que aparecerá o dragão [o anticristo dentro da igreja]. E ali serão sacrificadas as virgens [os inocentes pelos casos de pedofilia em todas as partes]. O litoral de Cartago [norte da África] será tragado pelo mar e outras terras serão desfiguradas [as primeiras catástrofes]. É o tempo do dragão [pleno domínio do anticristo] da Babilônia... Quando o dragão da Babilônia chegar ao fim [fim do materialismo ateísta], muitos sinais prodigiosos surgirão no céu. E muitos sinais prodigiosos brotarão da terra africana [surgimento de novas terras]. As cidades dos seguidores do dragão serão destruídas" [as grandes metrópolis do mundo].

“Perto do fim do mundo, quando o sol e a lua mudarem [chegada de Hercólubus], os grifos virão para comer o trigo. Os países serão cheios de lágrimas [doenças e carestia de alimentos e água]. O sol demorará no Oriente e a lua no Ocidente [os dias serão mais longos]; e não cumprirão mais o seu curso [haverá deslocamento de órbita da terra como predito por Nostradamus]. Na época em que os homens e mulheres terão filhos mais raramente [controle da natalidade - hoje em dia], as pessoas perderão a fé e o mundo será extremamente mau; os pequenos [crianças] serão esmagados [a vida humana hoje não vale nada e a violência virou banalidade]. Os grifos voarão sobre o Egito" [é no Oriente Médio que deve iniciar a III Guerra. Os Grifos de Merlin podem ser aviões de guerra e/ou mísseis]

“Perto do fim do mundo, o papa e os cardeais terão que fugir de Roma para um local onde passarão despercebidos, sob circunstâncias difíceis. Ele [o papa] morrerá de forma cruel em seu exílio [é o que muitos prevêem para o último papa]. Os sofrimentos da Igreja serão maiores do que em qualquer tempo passado de sua história” [karma pelas atrocidades cometidas no passado].


O LEVANTE MUÇULMANO
“Antes que a coisa nascida em Jerusalém tenha 20 anos, o Oriente se inflamará entre o Eufrates e o Nilo e muita gente morrerá [guerra do Iraque]. Haverá um papa que não se atreverá a olhar para Roma [João Paulo II não olhou para Roma; olhou para o mundo]. Uma coisa parecida que os romanos têm que saber é que antes desse papa falecer, Nosso Senhor lhe fará sofrer uma tal vergonha que não terá paralelo [isso bem poderá ser aplicado a Bento XVI]. É necessário que os romanos [católicos-cristãos] saibam, entre outras coisas, que a partir de então começará sua destruição passo a passo, e que será por seus pecados...” [Sem dúvida, a igreja romana cavou a própria sepultura...]


GRANDE PERSEGUIÇÃO CONTRA A RELIGIÃO
“O culto da religião [católica] será destruído completamente, e a ruína das igrejas [construções] estará clara para todos verem. A raça que é oprimida prevalecerá no fim, porque resistirá à selvageria dos invasores... Se levantará o Verme Alemão. O Lobo do Mar exaltará o Verme... A religião [o catolicismo] será destruída pela segunda vez e os olhares dos primazes serão movidos para outros lugares". [Raça oprimida hoje são os árabes, que tem sofrido sucessivos ataques e invasões no último século]..

sexta-feira

Sócrates e a Arte de Viver




Sócrates (469-399 a. C.), um dos maiores filósofos da humanidade, ao examinar o que significa tornar-se humano, tinha por objetivo não mais a ciência ou a natureza, mas o homem. Ele ensinou que pecar é ignorar, e que a purificação da alma passa necessariamente pelo auto conhecimento do homem. Ele introduziu o homem interior na filosofia. Conforme Sócrates o único meio de realizar a mais importante missão do homem: o conhecimento de si mesmo. Ao identificar a virtude com o conhecimento, Sócrates formularia a sua mais polemica reflexão, a de que ninguém erra -ou faz mal – voluntária ou conscientemente. Explica-se: não sendo nenhuma irracionalidade deliberada, se alguém pratica o mal, isso se deve á ignorância dos valores éticos. Mas o homem deve considerar que a virtude (sem a qual a ignorância e o mal triunfam) dificilmente pode ser ensinada por estar latente na alma; portanto, só é alcançável pelo exame rigoroso que cada pessoa deve fazer de si mesma, condição básica para sua existência ser considerada digna.

O método socrático de argumentação – ou se preferir, de ensino – significa a tentar extrair das pessoas as respostas que elas (supostamente) não tem, fazendo-as encarar a própria ignorância, pode levá-las ao paradoxo socrático de, conformando-se com ela, se sentirem sábias. Por isso é que, ao declarar-se ignorante – só sei que nada sei é o seu mote predileto. Nada em excesso e Conhece-te a ti mesmo são conceitos básicos da filosofia do Sócrates. O mais sábio é sábio justamente por ter consciência da própria ignorância.

Em seguida algumas citações sobre Dez lições do socratismo;

01- Cuide da alma
A alma, imortal, indestrutível e sempre renascida, razão moral, espírito pensante e sede da consciência, é a manifestação do divino no homem. Preocupar-se com a alma sem descuidar do corpo, mantendo-o saudável e ágil, é afastá-la do perigo dos prazeres mundanos, fáceis e enfermos que embotam sentidos. O cuidado da alma só é perfeito com o auto conhecimento. O conhecimento purifica a alma, liberta-a das ilusões fáceis, do julgamento precipitado e passional do próximo.

02- Tome conta da sua vida
Tomar conta da própria vida é estar em harmonia com a vontade divina, que concedeu a cada pessoa a noção de deveres éticos perante si e perante a sociedade em que vive. A arte de viver passa necessariamente pela incansável missão de ver a vida como uma dádiva preciosa demais para ser descuidada.

03- A liturgia da amizade
O bom amigo é solidário na dor, mas principalmente cúmplice entusiasmado na alegria. nenhuma outra forma de dialogo é mais elevada como a que ocorre entre amigos, mas só pode ser amigo verdadeiro quem se despe de tudo que superficial e passageiro nas relações humanas. O individuo isolado, sem amigos, indiferente ás relações humanas, pouco ou nada contribui para o aperfeiçoamento da sociedade em que vive.

04- A natureza do amor
O amor é a experiência que mais aproxima o homem do divino. Compreender a natureza do amor espiritual livra os amantes de desgostos, levando-os assim a usufruí-lo em toda a alegria e plenitude. Ao desejar o amor do outro, deve conhecer-se profundamente e não pretender privá-lo de nada que o impeça de ser ele mesmo. Amor também é renuncia, e ela deve existir quando ocorre as despersonalização dos amantes, quase sempre resultado da busca obsessiva pelo prazer físico, em vez do espiritual.Para que a relação amorosa não se transforme em fonte de frustrações e ódio, os amantes precisam tomar diversas cautelas – e é aí que entra o exercício da razão, dominando o jugo da paixão. Entre elas, a principal é afastar a inveja quando um deles está numa posição intelectual, social ou financeira mais alta, pois a inveja é o veneno que destrói os mais sólidos relacionamentos. Alguma coisa misteriosa lateja neles, sempre voltada a destruí-los – e é contra ela que os apaixonados precisam lutar incansavelmente. É ela que leva o amante a sentir alegria com a desgraça de quem ama, e igual tristeza com suas conquistas: um sentimento inexplicável que, nascido num lugar sombrio da alma, está além da inveja.

05- O que é ser livre
A liberdade implica o domínio das paixões, sempre à espreita para desvirtuar a conduta moral que brota no interior do individuo. O prazer sensual e a intemperança são outros inimigos da liberdade.

06- Quando transgredir é salvar-se
Nenhuma lei deve ser obedecida se for injusta, nenhuma regra deve ser obedecida se desprezar a virtude, nenhum regime político deve ser obedecido se for tirânico e assassino. O transgressor não é um inimigo da ordem social, mas amigo da sabedoria e da verdade. Portanto, aquele que transgride o que impede de viver bem está no caminhocorreto da salvação de si mesmo.

07- O individuo e o cidadão
Na mesma pessoa, cidadão e individuo podem ter uma convivência pacifica e enriquecedora – desde que o individuo desempenhe criticamente o papel de cidadão, ou seja, ultrapasse-o ao não se sujeitar às expectativas da comunidade, e principalmente ao se preservar de tudo que possa desviá-lo do caminho das virtudes de autocontrole, da coragem, da intuição e da sabedoria.

08- Não se leve a sério
Viver com seriedade e ao mesmo tempo não se levar a sério são conceitos complementares. Viver com seriedade significa ter caráter firme e incorruptível, ter opinião própria, amparada por argumentos racionais, e um profundo sentimento de vergonha que impeça a pratica de atos contrários à dignidade humana. É fácil reconhecer quem se leva a sério superior aos demais: é incapaz de um gesto de humildade, é arrogante e presunçoso não admite os seus erros.

09- Tenha somente o necessário
O homem que se conhece verdadeiramente mediante o exame e a pratica da virtude está livre da tentação de possuir bens materiais além dos estritamente necessários para viver. Se não, quanto mais tem, mais sente vontade de possuir, numa ânsia ilimitada de satisfazer-se sem o conseguir.

10- Viva a arte de morrer
Só quem não dedicou a vida a ver na morte a libertação da alma do corpo se atormenta com a sua chegada. Quem durante a vida se dedicou a examiná-la a cada dia vê na morte a suprema purificação: ela o separa sempre do corpo, fonte de sentimentos impuros contra os quais não mais precisará lutar, e tudo aquilo que o molestava. Por isso é que somente depois da morte, livre do entorpecimento do corpo, o homem atingirá o verdadeiro conhecimento: é a alma que o guiará, de forma pura,em direção ao discernimento da verdade.Morrer exige aquela sabedoria que, brotando da coragem, anula o terror de mergulhar no desconhecido e de saber que com o fim dos infortúnios também se extinguira a memória das coisas terrenas. Preparar-se para a morte é o contrario da sua negação: é transformá-la numa companhia, tendo-a sempre presente na vida diária.

por J. C. Ismael, 2004, Editora Agora

O Burlesco e o Vaudeville




 O que é o Burlesco?   

Ao contrário do que se pode pensar, o Burlesco não se trata de um grupo de strippers que se apresentam num palco, muito pelo contrário. O Burlesco é um direto descendente da chamada Commedia dell'arte, uma forma de teatro de improviso que se realizava em Itália, muito popular entre os séculos XV e XVII. Eram pequenas companhias compostas no máximo por 10 elementos que viviam das contribuições populares vinda das suas performances ao ar livre.Versavam temas convencionais da época como o ciúme, o adultério, os afetos e mesmo alguns peças de comédias romanas e gregas perdidas no tempo. Muitas dessas peças romanas e gregas tinham personagens que satirizavam escândalos locais, eventos da altura, gostos regionais, piadas variadas de caráter cultural, etc.. Ainda hoje conseguimos identificar muitas dessas personagens que se foram afirmando na Commedia dell'arte, como o Arlequim, a Columbina, o Brighella, entre outros.

(...)Sendo Commedia dell'arte uma das fontes principais de muitas das artes perfomativas modernas ( ballet, marionetas, stand-up comedy, sátira, pantomina, strip-tease, dança erótica, entre muitas outras) naturalmente ela acabou por ter expressão num país recente como os Estados Unidos da América.

O Burlesco surge assim no século XIX nos chamados Music Hall dos EUA e do Canadá, sendo estes espaços um conceito inglês, onde em resultado da urbanização e da industrialização, se criou uma espécie de teatro britânico de entretenimento popular composto essencialmente por música, comédia e performances especiais (muitas vindas do circo, como trapezistas, ventríloquos, comedores de fogo, marionetistas, entre muitos outros). Esses espaços surgiam como contraposição à ‘ordem dos teatros tradicionais’, sendo que nos ‘Music Hall’ se podia consumir álcool, estar em pé, sentarem-se em mesas, muito mais próximo da cultura popular da época e conseqüentemente menos elitista.

Estes espaços foram muito populares entre 1850 e 1960 em Inglaterra, E.U.A. e Canadá. Após a II Guerra Mundial entram em declínio com a afirmação da televisão nas práticas culturais e com uma nova linguagem musical radicalmente diferente que surgia e encontra outros espaços para se afirmar: o rock’n’roll. No entanto, deixou um legado muito relevante na produção artística, desde a música ao teatro, sendo que o seu apogeu é considerado no período entre as duas Grande Guerras.

O Burlesco trata-se assim de uma rica forma de arte musical e cômica nos Estados Unidos da América que remonta aos anos de 1830/40 e que se foi redefinindo ao longo de décadas até essencialmente 1960. No seu inicio, no século XIX, o Burlesco teve um papel fundamental na mudança de costumes, principalmente na visão sexual da mulher. Pela primeira vez a mulher norte-americana podia mostrar o seu corpo, fato esse que iria marcar decisivamente toda a cultura popular associada ao gênero feminino, e posteriormente desenvolvida pelas chamadas Indústrias Culturais. Expressava igualmente o confronto entre a cultura aristocrata da época Vitoriana e a nova cultura operária que surgia em massa.

Assim, no século XIX o termo burlesco era ainda usado para um conjunto de espetáculos cômicos, que pretendia satirizar o modo de vida das elites socioeconômicas dos E.U.A. e da Inglaterra. O seu sucesso junto das classes mais desfavorecidas e da classe média em muito deve a essa linguagem de crítica social em forma de comédia. A história mostra claramente isso quando olhamos para os enormes sucessos no século XIX das peças de burlesco produzidas e protagonizadas por atores da época como William Mitchell, John Brougham e Laura Keene.


Vaudeville
Ao Burlesco (que era essencialmente composto pela sátira, performances e espetáculos de adultos), nos E.U.A. e Canadá, junta-se uma linguagem especifica, mas mais alargada, o Vaudeville (termo que foi adulterado do francês, “voix de ville”, a voz da cidade), que era uma forma de arte que se afirmou essencialmente desde o inicio de 1800 até 1930 e foi buscar as suas origens aos espetáculos que se realizavam nos saloons, freak shows e nos chamados Dime Museums (instituições criadas para o entretenimento e educação moral das classes pobres norte-americanas), bem como à literatura burlesca. O Vaudeville foi um das formas de arte mais populares nos E.U.A. nos fins do século XIX. Todos os dias nos já referidos Music Hall eram apresentados uma série de performances sem qualquer relação entre eles, incluindo salas de concerto, apresentações de cantores populares, "circos de horror", museus baratos e literatura burlesca, o vaudeville tornou-se um dos mais populares tipos de empreendimento dos Estados Unidos. A cada anoitecer, uma série de números era levada ao palco, sem nenhum relacionamento direto entre eles. Entre outros, músicos (tanto clássicos quanto populares), dançarina(o)s, comediantes, animais treinados, mágicos, imitadores de ambos os sexos, acrobatas, peças em um único ato ou cenas de peças, atletas, palestras dadas por celebridades, cantores de rua e filmetes.

O declínio do Vaudeville e do Burlesco inicia-se com a afirmação do cinema no inicio do século XX e com a utilização daqueles espaços populares usualmente utilizados por esses espetáculos, para a apresentação de películas cinematográficas. A competição com os preços baixos do cinema e o caráter claramente popular do mesmo deixavam pouca margem de manobra para uma expressão artística que se tinha afirmado no século anterior. A redução dos grandes circuitos que tinham sido construídos no século XIX para a apresentação destas novas expressões de arte popular contribuiu para uma lenta decadência dessas mesmas expressões artísticas. O seu fim acelerou-se no período pós II Guerra Mundial, com o surgimento da televisão, redefinindo por completo as práticas culturais dos ingleses, norte-americanos e canadenses.


O Vaudeville e o Burlesco acabaram por fazer a sua migração para outras plataformas de exposição pública, como a rádio e a televisão, sendo que muitos dos programas da televisão devem a este conceito o seu sucesso, como foi o caso nos E.U.A. do The Ed Sullivan Show. Hoje assiste-se a um “revival” do Burlesco e do Vaudeville, que se iniciou nos anos 90 com alguns grupos interessados em renovar e revitalizar esta expressão de arte, essencialmente em Nova York e em Los Angeles. Essas iniciativas nos anos 90 de permitiram inspirar toda uma nova geração de performers nos E.U.A. e no Canadá, constituindo-se hoje como uma verdadeira expressão de cultural popular, à semelhança da sua origem. Hoje o novo Burlesco é composto por muitas artes perfomativas, inter-disciplinares, incluindo desde o striptease (de uma forma muito mais sensual e menos sexual que no seu inicio), adereços vistosos, humor negro, cabaret, magia, entre muitas outras expressões de arte perfomativa.

Nova York, Los Angeles e São Francisco são hoje das cidades que mais contribuem a revitalização deste conceito, sendo a primeira cidade aquela que mais contribuí para isso, com a sua vida noturna e os seus equipamentos de entretenimento e culturais.É neste contexto que surgem novas propostas artísticas, espetáculos e festivais de Burlesco, como o Tease-O-Rama, New York Burlesque Festival, The Great Boston Burlesque Exposition, Lucent Dossier Vaudeville Cirque, Yard Dogs Road Show, Miss Exotic World Pageant, etc. Inclusive, esta centenária linguagem artística que hoje se renova, encontra expressão mundial plataformas, como a utilização de todo o conceito do Burlesco na banda norte-americana Panic! at The Disco, onde participaram os Lucent Dossier Vaudeville Cirque."


Fonte: Wikipédia
www.smog.pt

quinta-feira

Joelmir Beting




Em idos de novecentos e noventa e um, adolescente e estudante de ginásio fui encarregado com outros dois colegas para cuidarmos de um artigo do jornal que estava sendo criado pela classe, o lendário “V8, a Voz da Juventude” (que ainda guardo um exemplar comigo!). Mas, eu não podia acreditar na má sorte que se fazia minha. Foi nos legado um artigo sobre Economia. Economia! Como trataríamos disso? Os outros redigiram um texto que era simplesmente muito chato, insuportável e aí me entregaram para colaborar nele.

Fiquei lendo aquilo e achando terrível. O que eu poderia fazer? Eu não gostava de economia, aliás tudo o que envolve números me causa dificuldades, o pouco de economia que era capaz de entender era quando Joelmir Beting explicava algo pela TV. Era isso. Não preciso dizer que a maneira simples, direta e ao mesmo tempo tão bem informada de Joelmir Beting serviu de astrolábio para seguir em uma direção segura neste impulso jornalístico juvenil amador. O resultado? Peguei o texto dos meus colegas e joguei no lixo e escrevi um texto simples, bem humorado falando de economia. Quando leram aquilo quiseram me trucidar, mas em classe após ler todos os artigos, a professora chamou a atenção da classe questionando quem havia feito o texto de economia, achamos que era o fim, mas com a confirmação, ela não só parabenizou o texto como o estabeleceu como referência para todos os outros.

Lembrei-me desta história ao saber da passagem do genial jornalista Joelmir Beting e deixo aqui minha homenagem a alguém capaz de simplificar o complexo em prol da população que não era obrigada a fazer faculdade de economia para entender o assunto tão primordial a suas vidas.

Como dizia Joelmir ao final do seus artigos televisivos nas altas madrugadas “E para pensar na cama”:

"Que fala de mim na minha ausência,
é porque respeita a minha presença..."
Bob Marley

Joelmir José Beting (Tambaú, 21 de dezembro de 1936 — São Paulo, 29 de novembro de 2012) foi um jornalista e sociólogo brasileiro.. Profissional de grande contribuição para o jornalismo, a economia e a comunicação, foi pioneiro na tradução dos difíceis termos técnicos da economia para a vida cotidiana.Nascido em Tambaú, interior de São Paulo, começou a trabalhar nas plantações da propriedade de sua família aos sete anos. "A minha origem é, de certa forma, de boia-fria", lembraria o jornalista em entrevista à revista Imprensa em julho de 2012.Depois de ser coroinha na igreja da cidade, o padre Donizetti Tavares de Lima arrumou-lhe o primeiro emprego, na rádio de Tambaú, aos quinze anos.

Aos dezenove anos de idade, Beting foi para São Paulo onde estudou Sociologia na Universidade de São Paulo, na mesma turma de nomes como Ruth Cardoso e Francisco Weffort.Em 1957, durante o período universitário, iniciava sua carreira jornalística, como repórter esportivo nos jornais O Esporte e Diário Popular. Deixou a área esportiva dois anos depois, quando deixou sua paixão pelo Palmeiras falar mais alto na transmissão de um Derby Paulista pela Rádio Panamericana e quase foi agredido pela torcida corintiana.Foi contratado em 1966 pela Folha de S. Paulo para lançar a editoria de Automóveis, fruto da repercussão de sua tese do curso de Sociologia ("Adaptação da mão de obra nordestina na indústria automobilística de São Paulo"), que fora publicada pelo Diário Popular na íntegra. Dois anos depois lançou a editoria de Economia do mesmo jornal, lançando uma coluna diária a partir de 1970.[2] A coluna tornou-se célebre por desmistificar a economia numa época de inflação astronômica e reiteradas medidas desastradas do governo. É de lá que nasceram alguns dos "bordões" de Joelmir, como "Quem não deve não tem" e "Na prática, a teoria é outra".

Paralelamente à coluna na Folha (que transferiu para O Estado de S. Paulo em 1991), Joelmir passou, ainda em 1970, a participar de programas de rádio, na Jovem Pan, e de televisão, na Record, onde se tornaria conhecido do grande público, com suas participações nos telejornais da Rede Globo, onde permaneceu entre agosto de 1985 e julho de 2003. O início na TV foi em 1970, com o programa Multiplicação do Dinheiro, que funcionava como uma mesa-redonda sobre assuntos econômicos, com participação dos economistas Eduardo Suplicy e Miguel Colassuono. Em 1974 foi contratado pela Rede Bandeirantes, onde ficaria até a sua estreia na Globo. Na Band, ancorou o Jornal Bandeirantes, ao lado de Ferreira Martins, além de fazer comentários de economia e reportagens especiais.O mesmo aconteceu na Rádio Bandeirantes, onde fazia um comentário diário no programa O Trabuco, de Vicente Leporace. Com a morte deste, em abril de 1978, juntou-se a José Paulo de Andrade e Salomão Ésper para apresentar o Jornal Gente, criado no dia seguinte ao acontecido. O trio voltaria a reunir-se em 2003, quando Joelmir foi novamente contratado pela Bandeirantes. Entre os anos 1980 e 1990 foi também comentarista das rádios Excelsior e CBN. No início do canal por assinatura Globonews, em 1996, foi um dos apresentadores do programa Espaço Aberto.

Alguns de seus mais célebres trabalhos na TV são o primeiro debate entre candidatos a eleições, na Band, e a entrevista com os membros da equipe econômica de Fernando Collor em março de 1990, quando Zélia Cardoso de Mello e Ibrahim Eris, entre outros, foram surpreendidos por Joelmir, Lilian Witte Fibe e Paulo Henrique Amorim, então especialistas em economia da emissora. Quando Amorim detalhou uma das principais medidas do Plano Collor, o confisco, Joelmir teve uma curiosa reação, como descrita pela revista Imprensa: "Encarando a câmera, [ele] arregalou os olhos e escancarou a boca, como se informasse, bem didaticamente, a reação apropriada para a medida: espanto." A imagem seria usada pelo Jornal do Brasil no dia seguinte, sob a manchete "A cara da nação".É atribuída a Joelmir a ideia de premiar Pelé com uma placa comemorativa em homenagem a um de seus mais belos gols, feito no Maracanã contra o Fluminense. Desse fato surgiu a expressão "Gol de Placa", sempre dita pelos profissionais de futebol do país quando descrevem um gol de rara beleza e muito difícil de ser feito.Joelmir morreu em 29 de novembro de 2012 em São Paulo, em decorrência de um AVC Hemorrágico, no Hospital Albert Einstein, após passar mais de um mês internado para tratar de doença autoimune. Tinha dois filhos, Gianfranco, publicitário e especialista em aviação, e Mauro, jornalista e comentarista esportivo da Rede Bandeirantes. Sua morte foi anunciada aos ouvintes da Rádio Bandeirantes pelo filho Mauro, durante a cobertura pós-jogo da partida entre São Paulo e Universidad Católica, pela Copa Sul-Americana.

Quando morreu, exercia a função de editor e comentarista econômico do Jornal da Band, apresentado por Ricardo Boechat, participava do Jornal Gente e do Jornal Três Tempos, da Rádio Bandeirantes, além do programa esportivo Beting&Beting, com seu filho Mauro e seu sobrinho Erich, no canal fechado BandSports. Fazia também comentários para o Primeiro Jornal e o Jornal da Noite, na Band, e para o canal de notícias BandNews. Joelmir também apresentava o Canal Livre.

Fantasma no banheiro



Estudantes vietnamitas desmaiam por causa de banheiro mal-assombrado

Muitos estudantes da província de Phu Yen, no Vietnã, afirmam estarem sendo assombrados por fantasmas. Segundo Phan Van Tho, diretor da escola Son Hoa, vários alunos desmaiaram ou tiveram ataques de pânico durante a noite no último mês.

Os estudantes alegam que o banheiro coletivo do dormitório onde vivem está assombrado. Todos os dias, entre as 20h e 23h, os alunos começam a passar mal.

Tudo começou quando o estudante K Pa Ho Luon foi encontrado caído no chão, falando coisas sem sentido e raspando as mãos na parede. Ele conta que encontrou um fantasma no banheiro.

O mesmo aconteceu com vários outros alunos nos dias seguintes. Durante uma das noites de pânicos, 12 estudantes desmaiaram ao mesmo tempo. Por causa da situação, vários alunos estão com medo e não conseguem mais dormir sozinhos.

O diretor Tho já se reuniu com os pais dos alunos e diz que está investigando o caso. De acordo com os médicos que cuidaram dos estudantes que desmaiaram, alguns alunos passaram mal porque estão com níveis baixos de cálcio no sangue.

Fonte:http://noticias.uol.com.br/tabloide/ultimas-noticias/tabloideanas/2011/12/05/estudantes-vietnamitas-desmaiam-por-causa-de-banheiro-mal-assombrado.htm

quarta-feira

Nouvelle vague




A Nouvelle vague (Nova onda) foi um movimento artístico do cinema francês que se insere no movimento contestatário próprio dos anos sessenta. No entanto, a expressão foi lançada por Françoise Giroud, em 1958, na revista L’Express ao fazer referência a novos cineastas franceses. Sem grande apoio financeiro, os primeiros filmes conotados com esta expressão eram caracterizados pela juventude dos seus autores, unidos por uma vontade comum de transgredir as regras normalmente aceitas para o cinema mais comercial.

Com a decadência, logo após a Segunda Guerra Mundial, do realismo poético francês, escola cinematográfica em que o roteirista ganha muito destaque em detrimento do papel do diretor, alguns jovens cinéfilos e críticos de cinema se reuniram para restabelecer o conceito de cinema de autor que vigorou na França até o início da década de 1930. O marco inaugural deste movimento é considerado o filme Nas Garras do Vício (Le Beau Serge), do diretor Claude Chabrol. Logo em seguida, surgiram filmes que se tornaram clássicos como O Acossado (A Bout de Souffle, 1959) e Alphaville (1965), de Jean-Luc Godard, e também Os Incompreendidos (Les Quatre Cents Coups, 1959) e Jules et Jim (1962) de François Truffaut.

Os cineastas mais relevantes desse movimento são Jean-Luc Godard, François Truffaut, Alain Resnais, Jacques Rivette, Claude Chabrol e Eric Rohmer, sendo que grande parte trabalhava com crítica de cinema na revista Cahiers Du Cinéma. São muitos os autores que a partir desse momento são "rotulados" com a “nouvelle vague”, apesar de muitos, depois, terem seguido caminhos mais académicos, como Roger Vadim que rapidamente passou de "autor de cinema" para director de filmes mais comerciais, ao revés das normas estabelecidas pelo estilo. Do mesmo é acusado Claude Chabrol (autor de obras importantes da vaga, como "Um Vinho Difícil" ou "Entre Primos")...

As características mais marcantes deste estilo são a intransigência com os moldes narrativos do cinema estabelecido, através do amoralismo, próprio desta geração, presente nos diálogos e numa montagem inesperada, original, sem concessões à linearidade narrativa. Os autores desta nova forma de filmar detestavam muitos dos grandes sucessos caseiros do cinema francês. Votaram ao anátema as obras de Jean Delannoy, Christian-Jacque, Gilles Grangier, Aurenche e Bost (argumentistas). Ao mesmo tempo elevaram à divindade os mestres do film noir americano, Jean Renoir, Robert Bresson, Jacques Tati e Jean Vigo

De fato, foram essencialmente os colaboradores da revista Cahiers du cinéma que, depois de teorizarem sobre a sétima arte e as exigências de um cinema de autor – postulando a importância decisiva do realizador na autoria do filme – se lançam na criação do que consideraram ser o cinema. A Nouvelle Vague, que não era considerada uma escola por seus idealizadores, fazia a construção cinematográfica tendo consciência do cinema enquanto aparato. A sátira sobre a própria linguagem cinematográfica (onde se firmam os clichês visuais) é percebida em filmes que se caracterizam como adeptos da Nouvelle Vague. As cenas focam o psicológico dos personagens, suas impressões cotidianas e banais. O sujeito sobrepõe a lógica das cenas.

Paulatinamente, desta energia de juventude, cada um seguirá o seu caminho, uns mais fiéis que outros àquilo que defenderam. Godard continua o seu cinema difícil e muitas vezes pretensioso, experimental até à exaustão: sempre tocando nos limites do que é o cinema. Truffaut segue pelo caminho de um classicismo que lhe grangeia uma grande quantidade de admiradores... Alain Resnais, parco no número de filmes, desde que apresenta "Hiroshima, mon amour" (no mítico ano de 1959), vai-se consolidando como um Guru respeitável, autor de alguns dos mais importantes filmes de sempre, no que diz respeito a esse tão desejado título de "Cinema de Autor" ("O Último Ano em Marienbad", "Providence").

Este estilo influenciou toda a cinematografia mundial. Mesmo nos Estados Unidos, os realizadores da "Nova Hollywood", como Robert Altman, Francis Ford Coppola, Brian de Palma, Martin Scorsese, George Lucas renderam homenagem à vaga que começou a frutificar com o "Bonnie and Clyde" de Arthur Penn, prolongando-se esta influência do final dos anos sessenta até aos anos setenta. Muitos dos cineastas, que iniciaram este novo estilo, reuniam-se em cineclubes para discutir as obras americanas e assim terem base para a forma antagonica que iriam aplicar em seus trabalhos. Os cineastas da Nouvelle Vague eram conhecidos como os novos turcos, geraram também a ruptura com o cinema totalmente de estúdio, que era o que imperava na França da década de 40. Incorporaram estilos e posturas da Pop Art ao teatro épico, textos de Balzac, Manet e Marx. Havia em seus, um questionamento novo, um erotismo pungente e até um romantismo tragicômico.

Fonte: Wikipédia

terça-feira

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender - Luís Fernando Veríssimo





1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria “reuniões”.

8. Há uma linha muito tênue entre “hobby” e “doença mental”.

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão… que o AMOR existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena!

sexta-feira

Alegria Alegria - Caetano Veloso


Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou...

O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou...

Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou...

Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou..

Por que não, por que não...
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento,
Eu vou...

Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou...

Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
No coração do Brasil...
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou...

Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou...

Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...

quarta-feira

What´s UP - 4 Non Blondes

Twenty-five years and my life is still
I'm trying to get up that great big hill of hope
For a destination
I realized quickly when I knew I should
That the world was made up for this
Brotherhood of man
For whatever that means

And so I cry sometimes when I'm lying in bed
Just to get it all out what's in my head
And I, I am feeling a little peculiar

And so I wake in the morning and I step outside
And I take deep breath
And I get real high
And I scream from the top of my lungs
What's going on?

And I sing hey-yeah-yea-eah, eah hey yea yea
I said hey! what's goin' on?
And I sing hey-yeah-yea-eah, eah hey yea yea
I said hey! what's going on?

And I try, oh my God do I try
I try all the time
In this institution
And I pray, oh my God do I pray
I pray every single day
For a revolution

And so I cry sometimes when I'm lying in bed
Just to get it all out what's in my head
And I, I am feeling a little peculiar

And so I wake in the morning and I step outside
And I take deep breath
And I get real high
And I scream from the top of my lungs
What's going on?

And I sing hey-yeah-yea-eah, eah hey yea yea
I said hey! what's goin' on?
And I sing hey-yeah-yea-eah, eah hey yea yea
I said hey! what's going on?

Twenty-five years of my life is still
I'm trying to get up that great big hill of hope
For a destination