Panacéia dos Amigos

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terça-feira

FURACÃO ESPACIAL: EXISTÊNCIA COMPROVADA

 


Cientistas observaram um redemoinho de cerca de 1.000 km de largura a uma altura de centenas de quilômetros. Cientistas nunca viram um furacão como este. Furacões ocorrem nas camadas mais baixas da atmosfera, mas nunca haviam sido detectados na alta atmosfera.

Uma equipe internacional de cientistas liderada pelo professor Qing-He Zhang, da Universidade Shandong, no leste da China, fez a primeira observação desse fenômeno. "Estamos observando um fenômeno com características de furacão na atmosfera superior sobre o pólo norte magnético, que chamamos de furacão espacial", disse o professor Zhang à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC. Embora tenha havido teorias sobre a existência desses furacões nas camadas superiores da atmosfera terrestre, é a primeira vez que sua existência foi confirmada. 

O estudo sobre a descoberta foi publicado na revista Nature Communications. Elétrons em vez de água Os cientistas descreveram o furacão como um redemoinho de plasma com cerca de mil quilômetros de largura e localizado a centenas de quilômetros de altura. As observações de plasma foram feitas a cerca de 860 km da superfície da Terra.

"Até agora, não havia certeza da existência de furacões de plasma, então ser capaz de provar que eles existem com esta observação é incrível", disse Mike Lockwood, cientista espacial da Universidade de Reading, na Inglaterra, que também esteve envolvido no estudo. O plasma é um gás no qual, devido a fortes colisões em alta temperatura, os átomos se separaram e os elétrons negativos e os íons positivos se movem livremente.

 "O furacão espacial é caracterizado por uma estrutura espiral com múltiplos braços porque precipita elétrons em vez de água, uma forte circulação de plasma com fluxo horizontal zero no centro (o olho do furacão) e um enorme fluxo e deposição de energia e velocidade em direção à ionosfera polar." A ionosfera é uma parte muito ativa da atmosfera que se sobrepõe às camadas da atmosfera chamadas mesosfera, termosfera e exosfera. A ionosfera cresce e encolhe dependendo da energia que absorve do sol. Seu nome se deve ao fato de que os gases são agitados pela radiação solar e formam íons ou átomos eletricamente carregados. Partes da ionosfera se sobrepõem à magnetosfera da Terra, que é a área ao redor de nosso planeta na qual partículas carregadas experimentam o campo magnético da Terra..

Oito horas

O furacão espacial observado pela equipe durou cerca de oito horas. "Neste estudo, apresentamos a observação de um furacão espacial de longa duração, enorme e energético na ionosfera sobre o polo norte magnético, que depositou energia do vento solar e da magnetosfera na ionosfera ao longo de um período de várias horas", o estudo registra. O vento solar é a corrente de partículas carregadas liberadas da parte superior da atmosfera do Sol, chamada de coroa solar.

O estudo do furacão espacial ajudará a entender melhor as interações entre o vento solar, a magnetosfera e a ionosfera em condições de baixa atividade geomagnética, explicou o professor Zhang. "Geralmente, acredita-se que a transferência de energia do vento solar e plasma para a ionosfera é muito fraca quando a atividade geomagnética é baixa. Este estudo indica que mesmo em condições geomagnéticas extremamente calmas há deposição de energia comparável àquela que ocorre em super tempestades."

"Isso sugere que os indicadores de atividade geomagnética não representam adequadamente a atividade dramática dentro dos furacões espaciais, que estão mais ao norte do que os observatórios do índice geomagnético." Um melhor entendimento de furacões como o observado também é fundamental por seus efeitos nas comunicações de rádio de alta frequência, causando distúrbios nessa modalidade, e por conta de erros na navegação por satélite e nos sistemas de comunicação que também acarretam, disse o professor Zhang.

Fonte: www.uol.com.br/tilt/noticias/bbc

domingo

BURACOS NEGROS E VARIANTES: ATALHOS NO ESPAÇO TEMPO?


 


É muito frequente os escritores de ficção científica utilizarem buracos negros para viagens interstelares rápidas. Imagine-se um viajante intrépido a lançar-se num buraco negro e, subitamente, a encontrar-se numa região distante do universo. Normalmente recorre-se a soluções esfericamente simétricas das equações de Einstein para ilustrar tais buracos, por serem as mais fáceis de tratar. No entanto, podem fazer-se objecções muito sérias às viagens interstelares utilizando buracos negros esfericamente simétricos.

Em primeiro lugar, no caso mais simples, conhecido por buraco negro de Schwarzschild, as forças de maré na vizinhança do buraco podem produzir acelerações tão grandes que esmagariam qualquer viajante comprimindo-o transversalmente e esticando-o na direcção longitudinal. Em segundo lugar, a fronteira do buraco, conhecida por horizonte de acontecimentos, pode ser considerada como uma "membrana" com um só sentido através da qual os objectos entram, mas estão impossibilitados de sair. Logo, uma viagem nos dois sentidos é estritamente proibida a não ser que o buraco negro tenha carga eléctrica, sendo a sua geometria dada pela solução de Reissner-Nordstrom, e o objecto de saída seja um buraco branco. Os buracos brancos possuem anti-horizontes, que são superfícies instáveis face a pequenas perturbações e das quais apenas podem emergir objectos ou a luz, mas nada pode entrar. Como resultado dessa instabilidade o anti-horizonte pode converter-se num horizonte, num intervalo de tempo extremamente pequeno. Esta conversão, que ocorre pouco depois da criação do anti-horizonte, impede na prática uma travessia nos dois sentidos.

Uma outra solução das equações de Einstein, sem simetria esférica mas com simetria em torno de um eixo, é a solução de Kerr, que descreve buracos negros em rotação. Esta solução possui no seu interior túneis que ligam regiões assimptoticamente planas do espaço-tempo. Se aceitarmos a formação dos túneis de Kerr, estes não existiriam por muito tempo devido à presença de horizontes de Cauchy: superfícies nulas (i.e., luminosas) para além das quais a previsibilidade é quebrada. Estes horizontes de Cauchy também são instáveis relativamente a pequenas perturbações. Um pacote de ondas luminosas incidente sofreria um desvio para o azul, com um aumento exponencial da energia ao aproximar-se do horizonte de Cauchy, dando origem a campos gravitacionais intensos que fechariam os túneis, possivelmente convertendo-os em singularidades físicas. Logo, o interior de um buraco negro de Kerr possivelmente não possui túneis a ligarem outras regiões do espaço-tempo, mas singularidades que também esmagariam qualquer viajante.

Se fosse possível a formação e a estabilização dos túneis de Kerr, estes possuiriam singularidades em forma de anel. Se a física fosse puramente clássica e o buraco negro suficientemente grande e com uma rotação elevada, um viajante facilmente atravessaria a singularidade. No entanto, a teoria quântica de campo prevê que as singularidades quebram o estado de vácuo (quântico), irradiando um fluxo intenso de partículas de altas energias que certamente mataria qualquer viajante.

Os wormholes oferecem um mecanismo menos problemático para viagens interestelares rápidas. Um wormhole pode ligar dois universos diferentes ou então duas regiões distantes do mesmo universo. Ambos os tipos de wormholes são descritos pela mesma solução das equações de campo de Einstein, mas diferem nas suas topologias. É importante salientar que as equações de campo não impõem restrições à topologia das soluções. O modelo mais simples de um wormhole é o de Schwarzschild. Mas também existe uma série de objecções às viagens interestelares utilizando os wormholes de Schwarzschild. As forças de maré de origem gravitacional na garganta destes wormholes têm a mesma ordem de grandeza das do horizonte do buraco negro de Schwarzschild.

Um wormhole de Schwarzschild é dinâmico. Expande-se ao longo do tempo a partir de uma circunferência nula (dois universos desligados) até um valor máximo na garganta, depois contrai-se novamente para um valor nulo. Este processo de expansão e contracção é tão rápido que é impossível efectuar uma viagem sem ser esmagado pela contracção. Tal como o buraco branco, o wormhole de Schwarzschild também possui um anti-horizonte e é altamente instável relativamente a pequenas perturbações.

Em 1986 foi descoberta uma solução das equações de campo de Einstein, por Kip Thorne e Michael Morris, que descreve um wormhole transitável no espaço-tempo. É uma solução relativamente simples, inspirada em parte por um desafio lançado por Carl Sagan sobre a possibilidade real de viagens interestelares rápidas, ideia que é utilizada no seu livro Contacto e que deu origem ao filme com o mesmo nome.

As propriedades de um wormhole transitável são:

1.     A solução é esfericamente simétrica e estática, uma condição imposta para simplificar os cálculos, e deve obedecer às equações de campo de Einstein.

2.     Para ser um wormhole, a solução deve conter uma garganta (um estreito fragmento do espaço-tempo, extremamente curvo) que liga duas regiões assimptoticamente planas de espaço-tempo.

3.     A ausência de horizontes permite a viagem nos dois sentidos, e as forças de maré sentidas por um viajante devem ser pequenas.

4.     Um viajante deve atravessar o wormhole num tempo próprio razoável, tal como o tempo medido por um observador colocado numa região plana do espaço-tempo, ou seja, muito afastado do campo gravítico.

5.     A solução deve ser estável para pequenas perturbações durante a passagem do viajante.

6.     Deve ser possível construir um wormhole com uma quantidade de matéria finita num intervalo de tempo finito.


Fontes: http://www.portaldoastronomo.org/tema61.php#sthash.arcI2NZT.dpuf

http://hypescience.com/viajantes-do-tempo/


quinta-feira

PASSADO,PRESENTE E FUTURO AO MESMO TEMPO

 



A Caixa, é uma teoria do universo que descreve o “agora” como um lugar arbitrário no tempo e afirma que o passado, o futuro e o presente existem todos simultaneamente.

O Dr. Bradford Skow, professor de filosofia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, sugere que se “olhávamos para o universo” como se estivéssemos olhando para uma folha de papel, veríamos o tempo em todas as direções, exatamente da mesma maneira que vemos o espaço em algum momento.

Então, o que isso realmente significa? Bem, isso sugere que o tempo como o conhecemos está incorreto, em outras palavras, não é linear como sempre pensamos. De fato, tudo ao nosso redor está sempre presente.

Dr. Skow não é o primeiro cientista a questionar a maneira como todos percebemos o tempo.

Em 1915, Einstein introduziu uma teoria do espaço e tempo unificados. Em sua teoria geral da relatividade, ele propõe que o espaço-tempo toma forma de maneira múltipla ou contínua. E que, se visualizado, você verá os dois como um espaço vetorial quadridimensional. E esse vetor é conhecido como “teoria dos blocos”.

“A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.”

O autor argumenta que ele “não gostaria de acreditar nisso, a menos que eu visse bons argumentos a favor”.

“Eu estava interessado em ver que tipo de visão do universo você teria se levasse essas metáforas sobre a passagem do tempo muito, muito a sério”, diz Skow.

Dr. Skow dá mais detalhes:

“A teoria do universo de blocos diz que você se espalhou no tempo, algo como a maneira como se espalha no espaço. Não estamos localizados de uma só vez. “

O Dr. Skow concorda que, enquanto as coisas mudam e vemos o tempo como se estivesse passando, estamos em ‘condições dispersas’ e que diferentes partes do tempo podem estar espalhadas pelo universo infinito.

Viagem no tempo

Depois de tentar entender essa teoria, você começará a perceber que ela também pode mudar a maneira como pensamos na viagem no tempo.

Se essa teoria for real, não podemos simplesmente viajar no tempo e alterá-lo. Se tudo estiver acontecendo simultaneamente – seu passado, presente, futuro disposto no espaço -, seria impossível criar “paradoxos do avô”.

Em vez disso, você apenas viajará no tempo e experimentará como é e como sempre seria.

A Dra. Kristie Miller, diretora conjunta do Center for Time da Universidade de Sydney, explicou a teoria em um artigo publicado pela ABC Science. Miller descreveu como todos os momentos que existem são relativos entre si em três dimensões espaciais e em uma única dimensão temporal.

A teoria do universo de blocos também é conhecida em alguns círculos científicos como Eternalismo, em que o passado, o presente e o futuro coexistem ‘agora’. Isso se opõe ao presentismo, que afirma que o passado não existe mais e está desaparecendo constantemente graças a essa noção traquina de tempo ‘presente’.


domingo

QUINTA DIMENSÃO E A MATÉRIA ESCURA


 




Havia propostas de encontrar a quinta dimensão estudando a gravidade. Agora ela pode explicar a matéria escura.

Uma nova teoria que vai além do Modelo Padrão da física de partículas promete não apenas explicar a matéria escura, como também comprovar a existência da quinta dimensão.

Com todo o seu sucesso explicativo, o Modelo Padrão da física deixa muitas questões em aberto, das hierarquias das massas das partículas elementares à composição da matéria escura, sem falar em uma boa explicação para a gravidade.

O elemento central da nova teoria é uma dimensão extra no espaço-tempo, a quinta dimensão, que viria se somar à altura, largura, profundidade e o tempo.

 

Teorias da quinta dimensão

 

Já na década de 1920, em uma tentativa de unificar as forças da gravidade e do eletromagnetismo, Theodor Kaluza e Oskar Klein especularam sobre a existência de uma dimensão extra, além das familiares três dimensões espaciais e do tempo, que na física são combinadas em um espaço-tempo quadridimensional. Se ela realmente existe, essa nova dimensão teria de ser incrivelmente pequena e imperceptível ao olho humano.

No final dos anos 1990, a ideia passou por um renascimento notável, quando se percebeu que a existência de uma quinta dimensão poderia resolver algumas das profundas questões em aberto da física de partículas. Em particular, Yuval Grossman (Universidade de Stanford) e Matthias Neubert (então na Universidade Cornell) mostraram que aplicar o Modelo Padrão da física de partículas em um espaço-tempo de 5 dimensões poderia explicar os padrões misteriosos até agora vistos nas massas das partículas elementares.

Mas o renascimento não foi tão comemorado porque, de novo, as previsões da teoria não indicavam nenhum meio para que ela pudesse ser testada experimentalmente.

Outros 20 anos depois, o grupo do professor Matthias Neubert (Universidade Johannes Gutenberg em Mainz, Alemanha) fez outra descoberta inesperada: Que as equações de campo pentadimensionais preveem a existência de uma nova partícula pesada com propriedades semelhantes às do famoso bóson de Higgs, só que com uma massa muito mais pesada - tão pesada, na verdade, que ela não pode ser produzida nem mesmo no colisor de partículas de mais alta energia do mundo: o Grande Colisor de Hádrons (LHC).

"Foi um pesadelo," lembra Javier Ruiz, membro da equipe, "Estávamos entusiasmados com a ideia de que nossa teoria prediz uma nova partícula, mas parecia impossível confirmar essa previsão em qualquer experimento vislumbrável".

 

Matéria escura pode se originar na quinta dimensão.

 

Outras ideias multidimensionais indicam que nosso Universo pode estar em uma bolha que se expande em outra dimensão.

Partícula de outra dimensão

Agora, a mesma equipe encontrou uma solução espetacular para esse dilema: Eles finalmente fizeram uma previsão que torna possível testar a existência da quinta dimensão e, de quebra, resolver um dos grandes enigmas da ciência, a matéria escura. A equipe descobriu que a partícula que sua teoria propõe mediaria necessariamente uma nova força entre as partículas elementares conhecidas (nosso universo visível) e a misteriosa matéria escura. Em outras palavras, a partícula oriunda da quinta dimensão poderia explicar toda a massa da matéria escura, cuja gravidade impede que as galáxias se esfacelem, dada a velocidade com que giram. Mesmo a abundância da matéria escura no cosmos, conforme observada em experimentos astrofísicos, pode ser explicada pela teoria. Isso abre novas maneiras de pesquisar os constituintes da matéria escura, justamente em um momento em que todas as tentativas de detectar as partículas da matéria escura estão falhando.

A nova teoria manda procurar literalmente por meio de um "desvio" pela dimensão extra, o que poderia ainda obter pistas sobre a física em um estágio muito inicial na história do nosso Universo, quando a matéria escura foi produzida.

"Depois de anos em busca de possíveis confirmações das nossas previsões teóricas, estamos agora confiantes de que o mecanismo que descobrimos pode tornar a matéria escura acessível para os próximos experimentos, porque as propriedades da nova interação entre a matéria comum e a matéria escura - que é mediada pela partícula que propomos - pode ser calculada com precisão dentro da nossa teoria," disse o professor Matthias Neubert. "No final - assim esperamos - a nova partícula pode ser descoberta primeiro por meio de suas interações com o setor escuro..”


segunda-feira

A MENOR UNIDADE DE MEMÓRIA ATÔMICA DO MUNDO


    Engenheiros da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveram a menor unidade de memória atômica do mundo, reduzindo ainda mais o tamanho do dispositivo ultrafino que havia sido criado em 2018. A novidade foi apresentada em um estudo científico publicado na Nature Nanotechnology, no último dia 9 de novembro.

    Neste novo trabalho, conduzido pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade do Texas Deji Akinwande, os pesquisadores conseguiram diminuir a área da seção transversal para apenas um nanômetro quadrado.

    Além de torná-lo mais fino que o dispositivo original, apelidado de atomristor, a nova técnica permitiu construí-lo com uma área transversal menor. “O Santo Graal científico para o dimensionamento está caindo a um nível em que um único átomo controla a função da memória, e isso é o que realizamos no novo estudo”, comentou Akinwande.

    O novo dispositivo é ainda menor e mais fino que o atomristor.

    Esta versão criada agora foi classificada na categoria de “memristores”, uma área da pesquisa de memória centrada em componentes elétricos que têm a capacidade de modificar a resistência entre seus dois terminais, sem a utilização de um terceiro. Assim, ela pode ter um tamanho menor se comparada aos dispositivos atuais, além de apresentar maior capacidade de armazenamento.

    Dispositivos menores, mais rápidos e econômicos

    Construída nas instalações do Laboratório Nacional de Oak Ridge, a menor memória atômica do mundo possui capacidade de armazenamento de aproximadamente 25 terabits por centímetro quadrado. Essa quantidade é cerca de 100 vezes maior que a densidade de memória por camada dos dispositivos de memória flash atuais.

    Além de criar memórias menores e de maior capacidade utilizando o dissulfeto de molibdênio, nanomaterial que foi a base do estudo, os pesquisadores acreditam ser possível aplicar a mesma tecnologia a centenas de outros materiais atomicamente finos.

    A nova tecnologia pode trazer grandes avanços para a informática e outras áreas.

    Dessa forma, teríamos chips menores, mais rápidos, inteligentes e de baixo gasto energético, favorecendo a indústria de eletrônicos de consumo, big data e sistemas de inteligência artificial, entre outras áreas.

    Quem também pode se beneficiar com a técnica usada na memória atômica é o Departamento de Defesa dos EUA, que financiou o estudo, ganhando equipamentos mais compactos, inteligentes e eficientes.

Fonte: TecMundo 

terça-feira

TEORIA QUÂNTICA, MÚLTIPLOS UNIVERSOS, E O DESTINO DA CONSCIÊNCIA HUMANA APÓS A MORTE (BIOCENTRISMO, ROBERT LANZA)

 

 



Desde que o mundo é mundo discutimos e tentamos descobrir o que existe além da morte.

Desta vez a ciência quântica explica e comprova que existe sim vida (não física) após a morte de qualquer ser humano.

Um livro intitulado “O biocentrismo: Como a vida e a consciência são as chaves para entender a natureza do Universo” “causou” na Internet, porque continha uma noção de que a vida não acaba quando o corpo morre e que pode durar para sempre. O autor desta publicação o cientista Dr. Robert Lanza, eleito o terceiro mais importante cientista vivo pelo NY Times, não tem dúvidas de que isso é possível.

Além do tempo e do espaço

Lanza é um especialista em medicina regenerativa e diretor científico da Advanced Cell Technology Company. No passado ficou conhecido por sua extensa pesquisa com células-tronco e também por várias experiências bem sucedidas sobre clonagem de espécies animais ameaçadas de extinção.

Mas não há muito tempo, o cientista se envolveu com física, mecânica quântica e astrofísica. Esta mistura explosiva deu à luz a nova teoria do biocentrismo que vem pregando desde então. O biocentrismo ensina que a vida e a consciência são fundamentais para o universo.

É a consciência que cria o universo material e não o contrário.

Lanza aponta para a estrutura do próprio universo e diz que as leis, forças e constantes variações do universo parecem ser afinadas para a vida, ou seja, a inteligência que existia antes importa muito. Ele também afirma que o espaço e o tempo não são objetos ou coisas mas sim ferramentas de nosso entendimento animal. Lanza diz que carregamos o espaço e o tempo em torno de nós “como tartarugas”, o que significa que quando a casca sai, espaço e tempo ainda existem.

 

A teoria sugere que a morte da consciência simplesmente não existe. Ele só existe como um pensamento porque as pessoas se identificam com o seu corpo. Eles acreditam que o corpo vai morrer mais cedo ou mais tarde, pensando que a sua consciência vai desaparecer também. Se o corpo gera a consciência então a consciência morre quando o corpo morre. Mas se o corpo recebe a consciência da mesma forma que uma caixa de tv a cabo recebe sinais de satélite então é claro que a consciência não termina com a morte do veículo físico. Na verdade a consciência existe fora das restrições de tempo e espaço. Ele é capaz de estar em qualquer lugar: no corpo humano e no exterior de si mesma. Em outras palavras é não-local, no mesmo sentido que os objetos quânticos são não-local.

Lanza também acredita que múltiplos universos podem existir simultaneamente. Em um universo o corpo pode estar morto e em outro continua a existir, absorvendo consciência que migraram para este universo. Isto significa que uma pessoa morta enquanto viaja através do mesmo túnel acaba não no inferno ou no céu, mas em um mundo semelhante a ele ou ela que foi habitado, mas desta vez vivo. E assim por diante, infinitamente, quase como um efeito cósmico vida após a morte.

Vários mundos

Não são apenas meros mortais que querem viver para sempre mas também alguns cientistas de renome têm a mesma opinião de Lanza. São os físicos e astrofísicos que tendem a concordar com a existência de mundos paralelos e que sugerem a possibilidade de múltiplos universos. Multiverso (multi-universo) é o conceito científico da teoria que eles defendem. Eles acreditam que não existem leis físicas que proibiriam a existência de mundos paralelos.

O primeiro a falar sobre isto foi o escritor de ficção científica HG Wells em 1895 com o livro “The Door in the Wall“. Após 62 anos essa ideia foi desenvolvida pelo Dr. Hugh Everett em sua tese de pós-graduação na Universidade de Princeton. Basicamente postula que, em determinado momento o universo se divide em inúmeros casos semelhantes e no momento seguinte, esses universos “recém-nascidos” dividem-se de forma semelhante. Então em alguns desses mundos que podemos estar presentes, lendo este artigo em um universo e assistir TV em outro.

Na década de 1980 Andrei Linde cientista do Instituto de Física da Lebedev, desenvolveu a teoria de múltiplos universos. Agora como professor da Universidade de Stanford, Linde explicou: o espaço consiste em muitas esferas de insuflar que dão origem a esferas semelhantes, e aqueles, por sua vez, produzem esferas em números ainda maiores e assim por diante até o infinito. No universo eles são separados. Eles não estão cientes da existência do outro mas eles representam partes de um mesmo universo físico.

A física Laura Mersini Houghton da Universidade da Carolina do Norte com seus colegas argumenta: as anomalias do fundo do cosmos existe devido ao fato de que o nosso universo é influenciado por outros universos existentes nas proximidades e que buracos e falhas são um resultado direto de ataques contra nós por universos vizinhos.

Alma

Assim, há abundância de lugares ou outros universos onde a nossa alma poderia migrar após a morte, de acordo com a teoria de neo biocentrismo.

Mas será que a alma existe? Existe alguma teoria científica da consciência que poderia acomodar tal afirmação? Segundo o Dr. Stuart Hameroff uma experiência de quase morte acontece quando a informação quântica que habita o sistema nervoso deixa o corpo e se dissipa no universo. Ao contrário do que defendem os materialistas Dr. Hameroff oferece uma explicação alternativa da consciência que pode, talvez, apelar para a mente científica racional e intuições pessoais.

A consciência reside, de acordo com Stuart e o físico britânico Sir Roger Penrose, nos microtúbulos das células cerebrais que são os sítios primários de processamento quântico. Após a morte esta informação é liberada de seu corpo, o que significa que a sua consciência vai com ele. Eles argumentaram que a nossa experiência da consciência é o resultado de efeitos da gravidade quântica nesses microtúbulos, uma teoria que eles batizaram Redução Objetiva Orquestrada.

Consciência ou pelo menos proto consciência é teorizada por eles para ser uma propriedade fundamental do universo, presente até mesmo no primeiro momento do universo durante o Big Bang. “Em uma dessas experiências conscientes comprova-se que o proto esquema é uma propriedade básica da realidade física acessível a um processo quântico associado com atividade cerebral.”

Nossas almas estão de fato construídas a partir da própria estrutura do universo e pode ter existido desde o início dos tempos. Nossos cérebros são apenas receptores e amplificadores para a proto-consciência que é intrínseca ao tecido do espaço-tempo. Então, há realmente uma parte de sua consciência que é não material e vai viver após a morte de seu corpo físico.

Dr. Hameroff disse ao Canal Science através do documentário Wormhole: “Vamos dizer que o coração pare de bater, o sangue pare de fluir e os microtúbulos percam seu estado quântico. A informação quântica dentro dos microtúbulos não é destruída, não pode ser destruída, ele só distribui e se dissipa com o universo como um todo.” Robert Lanza acrescenta aqui que não só existem em um único universo, ela existe talvez, em outro universo.

Se o paciente é ressuscitado, esta informação quântica pode voltar para os microtúbulos e o paciente diz: “Eu tive uma experiência de quase morte”.

Ele acrescenta: “Se ele não reviveu e o paciente morre é possível que esta informação quântica possa existir fora do corpo talvez indefinidamente, como uma alma.”

Esta conta de consciência quântica explica coisas como experiências de quase morte, projeção astral, experiências fora do corpo e até mesmo a reencarnação (...). A energia de sua consciência potencialmente é reciclada de volta em um corpo diferente em algum momento e nesse meio tempo ela existe fora do corpo físico em algum outro nível de realidade e possivelmente, em outro universo.

COMBUSTÍVEL TÉRMICO - SOLAR




"Cada 1kg do combustível pode armazenar 250 watts, o dobro do que uma bateria Tesla Powerwall

"O sol dá vida às plantas e microrganismos, fornece calor e luz do dia e é uma fonte inesgotável de energia renovável. Por todas as contas, a energia solar deve ser a nossa primeira escolha para aquecer nossa água e casas e abastecer nossos carros, mas há apenas um problema que atrapalha a indústria solar há algum tempo – a questão do armazenamento. Os cientistas têm se esforçado para encontrar uma maneira barata e eficiente de armazenar a energia gerada pela energia solar a longo prazo.

Isto é, até agora. Uma equipe da Universidade de Tecnologia de Chalmers, na Suécia, desenvolveu um combustível solar térmico especializado que pode armazenar energia do sol por até dezoito anos

Moléculas liquefeitas
Esse combustível térmico é na verdade uma molécula, chamada norbornadieno na forma líquida, e a equipe da Chalmers trabalha para melhorá-lo desde 2018

Até agora, o melhor método que encontramos para armazenar energia solar está na forma de uma bateria. A Tesla lidera a tarefa de desenvolver essa tecnologia e, embora seja muito eficaz, é cara. Para instalar o novo sistema Powerwall da empresa em sua casa, custaria aproximadamente 20 mil dólares. Não é de surpreender que esse custo seja proibitivo para a maioria das pessoas que desejam alimentar suas casas com energia renovável.

A equipe da Suécia espera que essa nova tecnologia dê a mais pessoas a oportunidade de alimentar suas casas com a luz solar . ”Um combustível solar térmico é como uma bateria recarregável, mas, em vez de eletricidade, você coloca a luz do sol e retira o calor, acionada demanda ”, diz Jeffrey Grossman, que lidera um laboratório do MIT que trabalha com esses materiais

Interruptor fotoelétrico para armazenamento de energia solar
Essa nova tecnologia usa um processo chamado fotoisomerização para converter norbornadieno (NBD) em seu isômero, quadriciclano (QC)

Antes de prosseguir, vamos esclarecer algumas coisas:

Isômeros são duas moléculas que são compostas dos mesmos átomos (digamos, eles têm os mesmos “ingredientes”), mas esses átomos são organizados de maneira diferente no espaço. Pense nos isômeros como um par de luvas: ambas as luvas têm quatro dedos e um polegar, mas uma luva da mão direita serve apenas para a mão direita e uma luva da mão esquerda apenas para a mão esquerda. Nesse caso, nossos dois isômeros são norbornadieno (NBD) e quadriciclano (QC), ambos compostos de hidrogênio, carbono e nitrogênio, mas esses átomos estão em diferentes seqüências

A fotoisomerização ocorre quando as moléculas de um isômero (NBD) absorvem a luz solar e ficam excitadas. Isso faz com que elas se reorganizem para se tornarem um novo isômero, neste caso QC. Quando o NBD é convertido em seu isômero QC, a energia fica presa na molécula. Essa nova molécula energizada é estável e possui fortes ligações químicas, razão pela qual pode armazenar essa energia por um período tão longo. O aspecto importante desse processo é que ele pode ser revertido.

Liberando a energia
A capacidade de armazenar essa energia é incrivelmente importante, mas uma vez armazenada, qual é o sentido de tê-la se você não conseguir recuperá-la? É como trancar algo em um cofre e depois perder a chave.

Para obter a energia que ficou presa na molécula de CQ, você deve convertê-la novamente em NBD. Para fazer isso, a equipe de Chalmers passou a molécula de CQ através de um catalisador para reorganizar as moléculas de volta ao seu estado original

Esse processo faz com que a molécula libere energia na forma de calor. Os cientistas que trabalham no projeto descobriram que, quando a molécula era passada através de um catalisador, aquecia o combustível em 63 graus Celsius ou 113 graus Fahrenheit.

Esse calor líquido pode ser usado para aquecer residências, escritórios, espaços públicos e muito mais.

Energia renovável e econômica
Esse combustível solar pode ser armazenado em tanques não isolados dentro de casas ou fábricas, ou pode até ser transportado por caminhão ou canalizado entre cidades e fazendas solares. Kasper Moth-Poulson, um dos membros da equipe que trabalha no projeto, explica que o combustível e o catalisador sofrem muito pouco dano durante o processo, o que lhes permite executar o sistema em um circuito fechado, captando a luz do sol e diminuindo o calor repetidamente.

“Nós rodamos em 125 ciclos sem nenhuma degradação significativa”, diz Moth-Poulsen.

Por quilograma, esse combustível pode armazenar até 250 watts / hora de energia, que é o dobro da capacidade da bateria Tesla Powerwall

O futuro da energia solar
Embora este trabalho seja muito empolgante, ainda não está pronto para ser comercializado.

“Fizemos muito progresso”, diz Moth-Poulsen, “mas ainda há muito a descobrir.”

Até agora, a equipe desenvolveu várias variantes de combustível; portanto, o próximo passo é criar um único combustível que tenha uma vida útil longa, alta densidade de energia e boa capacidade de reciclagem

No momento, a eficiência do combustível é bastante baixa, pois responde apenas aos comprimentos de onda mais curtos (ultravioleta e azul) do sol, que representam apenas cinco por cento da energia solar disponível para nós. A equipe está trabalhando para aumentar a sensibilidade do combustível para responder a uma ampla gama de comprimentos de onda

Quando se trata de produção de eletricidade, mais quente é sempre melhor, e Moth-Poulson pretende aumentar seu nível de temperatura para 80 graus Celsius (176 graus Fahrenheit) ou mais

A esperança é que essa nova tecnologia esteja disponível nos próximos dez anos [1].

“Quando comecei, havia realmente apenas um grupo de pesquisa trabalhando nesses tipos de sistemas”, lembra Moth-Poulsen. Mas o progresso atraiu outros para o desafio. “Agora existem equipes nos EUA, na China, na Alemanha – cerca de 15 em todo o mundo”, diz ele

Com tantos grupos trabalhando no projeto, podemos estar aquecendo nossas casas com luz solar até 2030.

Fonte: theheartysoul.com

quarta-feira

CIENTISTAS CRIAM A "BATERIA QUÂNTICA"



A bateria seria preparada dentro de um "estado escuro", onde não é possível trocar energia com o ambiente.

Uma equipe de cientistas das universidades de Alberta e Toronto esboçaram uma "bateria quântica" que jamais perderia sua carga. A tecnologia ainda não foi produzida, mas caso eles consigam montar a teoria na prática, seria uma inovação revolucionária no armazenamento de energia.

"As baterias com as quais estamos familiarizados - como a bateria de íons de lítio que alimenta seu smartphone - baseiam-se em princípios eletroquímicos clássicos, enquanto as baterias quânticas dependem apenas da mecânica quântica", disse Gabriel Hanna, químico da Universidade de Alberta.

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado no Journal of Physical Chemistry C. em julho deste ano. Ele explica que a bateria funciona aproveitando o poder da "energia excitônica", que é o estado em que um elétron absorve fótons suficientemente carregados.

Os pesquisadores, então, descobriram que o modelo de bateria resultante deve ser "altamente robusto às perdas de energia", graças ao fato da bateria ser preparada dentro de um chamado "estado escuro", no qual não é possível trocar energia com o ambiente, seja absorvendo ou liberando fótons.

Ao quebrar a rede quântica do estado escuro, os pesquisadores afirmaram que a bateria poderia descarregar e liberar energia no processo. No entanto, a equipe ainda não encontrou soluções viáveis para tornar isso possível. Eles também estão tentando descobrir uma maneira de escalar a tecnologia para aplicativos do mundo real..


Fonte: Olhar digital

segunda-feira

GOOGLE E O COMPUTADOR QUÂNTICO



Empresa anuncia oficialmente ter atingido a supremacia quântica; entenda o que significa a conquista.

Conforme antecipamos no fim do mês passado, o Google agora anuncia oficialmente ter atingido a chamada supremacia quântica. O anúncio marca um novo capítulo na história da computação.

O Google conseguiu fazer um de seus computadores quânticos realizar, em alguns segundos, algo que o mais potente computador do mundo demoraria cerca de 10 mil anos para fazer. O chip quântico da empresa, chamado de Sycamore, conseguiu desvendar em 200 segundos o segredo por trás de um gerador de números aleatórios, algo que o Summit - supercomputador da IBM - levaria milhares de anos para fazer.

Os detalhes da pesquisa, publicados na renomada revista científica 'Nature', serão anunciados hoje (23) pelo Google em Santa Bárbara, na Califórnia, EUA.

O feito da empresa abre portas para revolucionar como os computadores operam e amplia as possibilidades na criação de novos materiais, desenvolvimento de medicamentos e até a expansão da inteligência artificial.

Na computação tradicional, usada por PCs e celulares na atualidade, toda e qualquer informação é armazenada ou processada na forma de bits, que sempre serão representados por 0 ou 1. Já na computação quântica, os chamados qubits - bits quânticos - podem assumir inúmeros estados, num fenômeno conhecido como superposição. Isso aumenta drasticamente a quantidade de informações que pode ser processada ao mesmo tempo, superando, por muito, o funcionamento de computadores tradicionais, mesmo os mais potentes.

No passo em que um par de bits tradicionais expressa um tipo de informação de cada vez, dois bits quânticos podem expressar quatro 'estados' ao mesmo tempo. Estima-se que 300 qubits expressem um número de estados maior do que o número de átomos no universo. O chip Sycamore possui 53 qubits. A IBM, principal concorrente na busca pelo computador quântico, já havia anunciado chips com a mesma capacidade, mas ainda não havia apresentado resultados de sua utilização em operações complexas, como fez o Google.

A novidade foi reconhecida, porém, relativizada pela IBM, que publicou um artigo sobre o marco atingido pelo Google: "O experimento do Google é uma excelente demonstração do progresso da computação quântica baseada em supercondutores, mostrando a fidelidade de uma porta de última geração em um dispositivo de 53 qubit, mas não deve ser visto como prova de que os computadores quânticos são 'supremos' em relação aos computadores clássicos".

Eles ainda pedem que a comunidade científica receba com "boa dose de ceticismo" a alegação de que um computador quântico fez algo que um computador clássico não pode.

Apesar de extremamente poderoso, o computador quântico também pode ser estável. A alta quantidade de qubits contidos em um chip quântico como o do Google, pode fazer com que essas partículas muito pequenas gerem uma perturbação capaz de desalinhar o sistema e torná-lo inútil.

Para superar esse possível problema, computadores quânticos desenvolvidos pela IBM e pelo próprio Google, usam supercondutores que operam a baixíssimas temperaturas, perto de -273ºC. Para diminuir consideravelmente a possibilidade de erros, o Google adicionou ao Sycamore, um design diferenciado, como explicam John Martinis, cientista-chefe da divisão de hardware do Google Al Quantum, e Sergio Boixo, cientista-chefe de computação teórica quântica, em nota conjunta:

"Nós atingimos essa perfomance usando um novo tipo de botão de controle que pode desligar as interações entre qubits vizinhos. Com a primeira computação quântica que não pode ser emulada razoavelmente em um computador clássico, nós abrimos um novo domínio da computação a ser explorado".

Além dos pesquisadores da Google AI Quantum, diversos acadêmicos da Universidade da Califórnia participaram do estudo. O artigo descrevendo a experiência chegou a ser publicado no site da Nasa, mas foi removido rapidamente porque a empresa queria enviá-lo a uma revista científica para ser revisado.

A marca atingida pelo Google vai muito além da área de computação. A esperança, e até expectativa de muitos, é que os qubits possam ajudar a ciência a avançar em áreas ainda nebulosas, além de desenvolver inteligências artificiais bem mais precisas..

Fonte: Olhar digital

ANTIMATÉRIA: O INVERSO DA MATÉRIA



A antimatéria é o inverso da matéria. As antipartículas possuem as mesmas características das partículas elementares, mas apresentam carga elétrica oposta.

Literalmente, a antimatéria é o inverso da matéria. Cada partícula elementar que conhecemos possui uma partícula oposta que apresenta exatamente as mesmas características, exceto a carga elétrica, que é o inverso. O pósitron, por exemplo, é a antimatéria do elétron, portanto, possui a mesma massa, mesma rotação, mesmo tamanho, mas carga elétrica de sinal oposto.

A antimatéria não é produzida naturalmente na Terra. Tudo o que se sabe sobre essas antipartículas vem de experiências realizadas em aceleradores de partículas, que apresentam antipartículas como produto. A dificuldade de produzir e analisar esses materiais está no fato de que, no encontro da matéria com a antimatéria, sempre ocorre aniquilação, isto é, uma destrói a outra, e o resultado é uma grande quantidade de energia.

Em 1928, o físico britânico Paul Andrien M. Dirac revisou a equação da equivalência entre massa e energia proposta por Einstein e propôs que a massa deveria ser considerada com valores positivos e negativos. A proposta de Dirac permitiu considerar a possibilidade da existência de antimatéria.

Em 1932, Carl Anderson detectou a presença de elétrons positivos durante um experimento com raios cósmicos. O antielétron detectado foi chamado de pósitron e tem as mesmas características do elétron, mas apresenta carga elétrica de sinal positivo.

Em 1955, cientistas criaram o antipróton por meio de um acelerador de partículas. Desde então, os estudos relacionados com antimatéria vêm revelando antipartículas de nêutrons, quarks, léptons etc.

De forma prática, podemos citar o exame PET scan, que utiliza a emissão de pósitrons para formação de imagens tridimensionais usadas na detecção de tumores. Os elétrons do corpo humano sofrem aniquilação ao se depararem com pósitrons emitidos por uma determinada substância. O produto da aniquilação é a geração de radiação gama, que é utilizada para a formação de imagens 3D.

A aniquilação em larga escala existente no encontro de partículas e antipartículas pode gerar quantidades exorbitantes de energia. Uma quantidade de 10 quilos de antimatéria pode gerar a energia correspondente a seis anos de pleno funcionamento da Usina de Itaipu! O rendimento de 1 g de antimatéria em um carro teria uma autonomia aproximada de 10 mil quilômetros.

As forças armadas norte-americanas desenvolvem pesquisas para a criação de bombas feitas com antimatéria. A aniquilação gerada pelo contato da matéria com a antimatéria das bombas poderia gerar explosões com potencial destrutivo muito maior que o das ogivas nucleares.

As distâncias que nos separam de determinados corpos celestes no espaço tornam inviáveis quaisquer tentativas de aproximação. Uma viagem até a estrela Alpha Centauri, por exemplo, estrela que, depois do Sol, é a mais próxima da Terra, levaria cerca de 80 mil anos com as tecnologias atuais. Se as naves espaciais fossem movidas por antimatéria, o tempo dessa viagem seria significativamente reduzido, o que poderia tornar o “passeio” totalmente viável.

Ao acelerar átomos a altíssimas velocidades com um acelerador de partículas, elas podem ser colididas com um determinado alvo. As antipartículas resultam dessa colisão e são separadas pela ação de campos magnéticos. O armazenamento desses elementos é feito em uma espécie de garrafa magnética, que impede que a antimatéria entre em contato com a matéria, o que poderia ocasionar aniquilação e destruição das antipartículas. Por ano, apenas um trilionésimo de grama de antiprótons é produzido.

Fonte: JúNIOR, Joab Silas Da Silva. "O que é antimatéria?"; Brasil Escola.

EFEITO DO HÉLIO SUPERFLUIDO: A CAPACIDADE VIBRACIONAL CONSTANTE NO ZERO ABSOLUTO



A superfluidez decorre de regras contra intuitivas da mecânica quântica. E, ao contrário de outros fenômenos quânticos, o comportamento estranho do hélio superfluido é visível a olho nu.

Se você resfriar hélio líquido, por exemplo, a alguns graus abaixo do seu ponto de ebulição, de –269º C, ele bruscamente assume características diferentes de outros fluidos, como escorrer por micro rachaduras da espessura de moléculas, escalar as bordas de um recipiente até transbordar e permanecer imóvel enquanto o recipiente gira.

O hélio neste estado deixa de ser um simples líquido e se transforma em um superfluido – um líquido que flui sem atrito. “Se girarmos uma xícara até que o líquido nela contido passe a girar, você verá que alguns minutos depois, ele parou de se mover”, explica John Beamish, físico experimental da University of Alberta, em Edmonton, Canadá. Os átomos do líquido colidem uns com os outros e se desaceleraram, “mas se isso for feito com hélio a baixas temperaturas, um milhão de anos mais tarde ele ainda estará se movendo”.

As primeiras evidências desse comportamento do hélio foram observadas em 1911 pelo físico holandês, Heike Kamerlingh Onnes, premio Nobel de física em 1913 e um mestre da refrigeração. Ele foi o primeiro a liquefazer o hélio. Onnes descobriu que esse elemento passa a ser um bom condutor de calor abaixo de –270,92º C, temperatura também conhecida como o ponto lambda.,Somente em 1938 o físico russo Pyotr Kapitsa e, de forma independente, os britânicos John Allen e Don Misener, mediram a velocidade do fluxo de hélio abaixo dessa temperatura usando dois discos de vidro adaptados a um tubo de sucção e a um tubo fino de vidro. A viscosidade observada foi tão baixa que Kapitsa, vencedor do prêmio Nobel em 1978 por esse trabalho, o batizou de “superfluido” – inspirado em “supercondutor”, o termo para um material bom condutor de corrente elétrica com baixa resistência.

Esse efeito se baseia na capacidade única do hélio de permanecer líquido até o zero absoluto (–273,15º C), a temperatura em que os átomos, em princípio, se imobilizam.

Quando a maioria dos líquidos é resfriada, a pequena atração entre os átomos no fluido finalmente supera as vibrações térmicas e as partículas se acomodam num padrão regular, ou seja, um sólido. Entretanto, os átomos de hélio são tão leves e fracamente atraídos por outros que, mesmo quando os movimentos atômicos comuns cessam, os átomos vibram com o movimento do ponto zero, um leve momentum imposto pelo princípio da incerteza da mecânica quântica; por isso, eles nunca formam um sólido.

O fato de o hélio continuar no estado líquido a baixas temperaturas o permite realizar uma transformação chamada condensação de Bose-Einstein, na qual as partículas individuais se agregam até exibirem um comportamento coletivo como uma única partícula. Átomos que se comportem como um condensado de Bose-Einstein perdem suas características individuais.

Normalmente o hélio superfluido é considerado como uma mistura de dois fluidos, um comum e um superfluido. Experimentos diferentes evidenciam as características contrastantes dos dois componentes. O experimento mais simples é observar um recipiente cheio de hélio líquido começar a transbordar enquanto o hélio é resfriado a temperaturas abaixo do ponto lambda. A componente superfluida começa a escorrer pelas frestas microscópicas onde a componente líquida normal não pode penetrar, gerando os supervazamentos.,À medida que a temperatura diminui, a componente superfluida começa a ter maior participação na mistura. Pesquisadores mediram a proporção entre as duas componentes inserindo uma amostra em um recipiente metálico suspenso por um fio. Ao girar o fio, o cilindro começa a rodar em um sentido e depois no outro. Mas apenas a componente normal gira junto com o cilindro, devido ao atrito entre ela e as paredes do cilindro. A componente superfluida resiste ao movimento do fluido normal e permanece imóvel. À medida que a porção superfluida aumenta, o cilindro gira mais rápido, como se estivesse perdendo peso, ou inércia.

A natureza dupla do hélio superfluido pode ser observada também quando escala as paredes de um recipiente. Um líquido comum é limitado pelas paredes do recipiente que o contem, graças à pequena atração entre os átomos, mas o atrito interno do líquido define até onde o líquido pode se espalhar. No hélio superfluido, a película – na qual não há atrito – recobre o recipiente inteiro, delimitando um volume onde o superfluido pode escoar.

Fonte: Scientific American Brasil

A TEORIA DAS CORDAS..VIBRAÇÃO UNIVERSAL



A Teoria das Cordas é uma tentativa de unificar a Teoria da Relatividade e a Mecânica quântica. Ela afirma que todas as partículas do universo são formadas por cordas.

O século XX foi extremamente marcante para o desenvolvimento da ciência e para a compreensão sobre a composição do universo. Isso ocorreu graças ao desenvolvimento das teorias mais completas já criadas para descrever a estrutura do universo: A relatividade geral, de Albert Einstein, e a Física Quântica.

Apesar do sucesso dessas teorias, elas deixaram algumas questões em aberto. Primeiramente, a Relatividade Geral não consegue explicar a teoria do Big Bang nem o comportamento dos buracos negros. Em segundo lugar, a Física Quântica não oferece uma explicação satisfatória para a gravitação.

A Teoria das Cordas foi desenvolvida na tentativa de unificar essas duas principais teorias da Física Moderna. Ela começou a ser desenvolvida em 1919, por Theodor Kaluza, e continua evoluindo. A última inovação foi proposta por Edward Witten entre 1994 e 1997.


O que é a Teoria das Cordas?

Se você observar um deserto, em certa altura, o que você verá será um espaço contínuo cuja cor dependerá da coloração da areia que o compõe. Mas se você chegar perto desse deserto, verá que ele é formado por minúsculos grãos de areia. Esses grãos, por sua vez, são constituídos por partículas ainda menores que são invisíveis a olho nu: os átomos. Estes têm sua estrutura formada por elétrons, prótons e nêutrons. Os prótons e nêutrons formam-se de partículas elementares chamadas de quarks. É até esse ponto que vai a Física convencional. A Teoria das Cordas vai um pouco mais além.



De acordo com a Teoria das Cordas, os quarks são formados por pequenos filamentos de energia semelhantes a pequenas cordas vibrantes, daí o nome dado à teoria. Essas cordas estariam vibrando em diferentes padrões, com frequências distintas, produzindo as diferentes partículas que compõem o nosso mundo. Observe o esquema da figura a seguir:

Para facilitar a compreensão, podemos fazer uma analogia entre essas cordas e as cordas de um violão: da mesma forma que as diferentes vibrações das cordas de violão produzem sons diferentes, as vibrações desses pequenos filamentos de energia produzem partículas diferentes.




Ao afirmar que tudo que forma o universo é constituído de uma única forma, a teoria das cordas consegue unificar todas as teorias da Física. Já que todas as partículas que formam a matéria são formadas por apenas uma entidade, todas elas podem ser explicadas por apenas uma teoria. É por isso que a teoria das cordas também pode ser chamada de teoria de todas as coisas (Theory of Everything - TOE).

A principal consequência da Teoria das Cordas está na sua demonstração matemática: ela não funciona em um universo com três dimensões espaciais, mas, sim, em um com dez dimensões de espaço e uma de tempo! Isso quer dizer que, se a teoria for comprovada, existem sete dimensões espaciais que não conseguimos perceber e que vão além da altura, comprimento e largura. Isso representa uma nova visão do universo bem diferente do que já conhecemos.

Apesar de todos os avanços já apresentados, a Teoria das Cordas é, ainda, apenas uma ideia e não pode ser demonstrada experimentalmente. Espera-se que, com o avanço das pesquisas em torno dos aceleradores de partículas, seja possível comprová-la nos próximos anos.

Por Mariane Mendes
Graduada em Física

Fonte: Brasil Escola