Como diz o ditado popular
“Quem ri de si mesmo é sábio”. Se assim for uma revisão de nossa história sob
uma perspectiva bem humorada só pode ser uma leitura proveitosa. E de fato é.
Para além de algumas risadas com as tiradas certeiras (outras nem tanto) e
sarcásticas da autora Ângela Dutra de Menezes obtemos ainda informações muito
interessantes sobre nossos antepassados portugueses e sobre o descobrimento do
Brasil que são mais profundas e desmistificadoras do que aprendemos mormente em
salas de aula.
A autora é escritora e
jornalista. Nasceu no Rio de Janeiro, onde mora. Enquanto exerceu a profissão
de jornalista, trabalhou no jornal O Globo e foi editora da revista Veja.
Abandonou as redações para se dedicar a sua verdadeira paixão: a literatura. Em
1995 recebeu o prémio de revelação na Bienal do Livro, com Mil anos menos
cinquenta, considerado pelo jornal madrileno La Cultura como um dos quatro
melhores lançamentos de 1997, ano da sua publicação na Europa. A pesquisa
histórica e o humor são marcas registadas da autora, que também publicou Santa
Sofia e O avesso do retrato, Livro do apocalipse segundo uma testemunha e Todos
os dias da semana.
Em capítulos tão
interessantes quanto divertidos aprendemos que temos muito em comum com nossos
antepassados portugueses (incluso alguns defeitos, ora, pois!) e a influência
dos cristãos novos e da cultura árabe que fundamental na cultura portuguesa não
poderia deixar de nos influenciar. Entre outras curiosidades, descobrimos que
as cores da bandeira nacional não o são exatamente o quê nos explicaram, algumas
expressões corriqueiras partem de princípios religiosos e que muitas futricas
de família causam confusões monumentais quando os familiares usam coroas ou
querem usá-las..!
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