Anos atrás, acho que no início de 2013, estava em uma padaria
próxima de minha casa e enquanto aguardava meu atendimento, observei um pouco a
TV ligada para distrair. Normalmente não dou grande atenção as imagens, mas,
desta vez fiquei atento: o que era aquilo? Uma espécie de navio flutuante em
imagens ora em preto e branco, ora coloridas, velejando por um céu estranho,
bizarro repleto de imagens totêmicas, monstruosas ou simplesmente estranhas. Não
dava para escutar o que, aparentemente, era uma canção, mas fiquei
imediatamente fisgado pela estranheza que para mim abriam-se em significados
curiosos. Assim vi, e não ouvi, a banda Of Monsters and Men pela primeira vez
com a canção “Little Talks”.
Já havia me esquecido desse
momento quando assistindo vídeo clips no you tube (um dos meus passatempos
favoritos: Clips de música) reencontrei o que tinha assistido, imaginei que
seria uma banda como Belle and Sebastian, no sentido de que evitava aparecer em
encartes de CD ou nos vídeos, mas em seguida encontrei uma apresentação “live
in the edge” e vi a apresentação ao vivo. Tratava-se de uma banda competente,
diferente e carismática. E com boa música, claro. Deixei as reservas de lado,
estava decididamente empolgado!
Daí em diante descobri cada um
dos músicos envolvidos, a trajetória da banda, assisti a shows e mais
videoclipes pela internet. “Dirty
Paws”, “Little Talks”, “Mountain Sound”, “Slow and Steady”, se tornaram fixos na minha playlist. A trajetória per si é a
seguinte:
A banda Of Monsters and Men foi
formada na Islândia em 2010. Tudo começou pela iniciativa da vocalista Nanna
Bryndís Hilmarsdóttir que após seu projeto solo Songbird, recrutou Ragnar
"Raggi" Þórhallsson (voz e violão), Brynjar Leifsson (guitarra) e
Arnar Rósenkranz Hilmarsson (bateria) para formar uma banda, e escolheram o
nome Of Monsters and Men, por sugestão de Raggi. Logo depois, Kristján Páll
Kristjánsson (baixo) e Árni Guðjónsson (teclado) foram adicionados à formação.
Começaram logo os ensaios e as composições de canções. Logo começaram a gravar
demos. O reconhecimento de seu trabalho começou quando venceram a competição anual de bandas Músíktilraunir,
que ocorre em Reykjavík, Islândia.
Em fevereiro de 2011, conseguiram
um contrato de gravação com a Record Records e começaram a gravação de seu
primeiro álbum. O álbum de estréia do Of Monsters and Men, recebeu o nome de My
Head Is an Animal, lançado em setembro de 2011 na Islândia. O single
"Little Talks" foi um sucesso nacional, e abriu as portas para uma
carreira internacional. My Head Is an Animal foi lançado mundialmente em abril
de 2012.
Entusiasmados, fizeram sua
primeira turnê mundial que durou 18 meses. No meio da turnê, em outubro de
2012, o pianista Árni resolveu deixar a banda, para voltar à faculdade. Durante
a turnê, o Of Monsters and Men tocou em vários países, incluindo o Brasil, como
parte do Lollapalooza Brasil. Encerraram o ano com a canção Silhouettes que
figurou na trilha da franquia “Jogos Vorazes”.
Em 2015, foi anunciado que o
segundo álbum da banda, Beneath the Skin, que foi lançado no dia 09 de junho de
2015, juntamente com o primeiro single do disco, "Crystals".
O segundo disco é sempre a prova
de fogo de uma banda. Renato Russo uma vez disse que o grande problema é que,
na maioria das bandas, o primeiro disco está pronto há muito tempo, mas o
segundo não. Então aguardei para ver. O single “Crystals” me conquistou nos
primeiros toques ritmados, então a letra me pareceu ótima e confesso que acho as
letras da banda muito interessantes, misturando sentimentos e realidade com
Lewis Carrol, Ray Bradbury e Edgar Allan Poe, pelo menos na minha percepção.
O
segundo trabalho, a mim não decepcionou, embora não tenha me empolgado
fantasticamente. Explico: Gosto de evoluções, de um passo mais a cada disco,
não senti isso. Foi mais do mesmo, a sorte é que o mesmo é bom. Aguardo a seqüência!
O que me importa é que se trata de uma banda jovem, inteligente e talentosa com
tudo ainda por fazer. O que me empolga porque não posso viver sempre ouvindo
meus papiros musicais das passadas eras!
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