Não é difícil você encontrar
este tipo de “figura” em qualquer ambiente. Estou falando daquele que se acha
“a última bolacha do pacote”, ou seja, como comumente se pensa trata-se daquele
que se acha insubstituível, extraordinário ou superior aos outros.
Muitas vezes, por causa
desta confiança nas alturas a pessoa se coloca acima de tudo e de todos. Suas
atitudes são impositivas, seu diálogo é apenas uma exposição de sua
superioridade, ao saudar as pessoas o faz como se tivesse 15 metros de altura.
E muitas vezes nem cumprimenta porque nem ao menos quer enxergar quem está a
sua volta.
Certa vez, conversei com um
amigo que teve oportunidade de encontrar uma autoridade extraordinária em seu
segmento. Era Will Eisner, uma lenda das Histórias em Quadrinhos, tão
referencial, que o maior prêmio internacional da categoria levava o seu nome.
Pois, a descrição que tive foi de uma pessoa afável, generosa e simpática que
em momento nenhum demonstrava arrogância por ser o artista ímpar que era.
Se analisarmos histórias
semelhantes com outros grandes ídolos, mas eu falo dos realmente excepcionais
veremos que em comum são todos muito generosos e acessíveis. Esta generosidade
vem porque não são inseguros, sabem quem são e não tem necessidade de afrontar
os outros. Estes sim, graças ao seu enorme talento e simpatia são as
verdadeiras últimas bolachas do pacote.
Agora cabe uma observação
aqui. Observem que ser “a última bolacha do pacote” só é bom se for um pacote
de bolachas de qualidade. Ou seja, que tipo de pessoa você é, como age, como
enfrenta as dificuldades dizem em qual qualidade de bolachas você pertence. Os
pedantes que são aqueles que comem moscas e arrotam elefantes pertencem a
bolachas de péssima qualidade em pacotes realmente desagradáveis.
Não vale a pena se achar a
última bolacha do pacote. Vale à pena fazer parte de um pacote. Vale à pena
agregar, construir e não se isolar supondo-se superior. Que tipo de pacote você
faz parte? Isto faz toda a diferença porque ser a “última bolacha do pacote” de
péssima qualidade significa apenas que você é a última escolha e bem aquela que
ninguém quer e foi deixado lá.
É bem possível que alguém
esteja sendo mesmo “ a última bolacha...” mas é “a última bolacha murcha e
bolorenta do pacote!”
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