“To be or not To be, that´s the question! – Ser ou não ser, eis a
questão”!
Hamlet, Cena III – Will
Shakespeare
Quando Will Shakespeare
escreveu esta cena antológica certamente não poderia imaginar quão longeva e
estudada seria sua obra e provavelmente não se apercebeu o quanto se
aprofundava através desta poderosa imagem na psique da alma humana. Ou talvez,
sim. Pois, não devemos subestimar o genial bardo inglês.
Em primeiro lugar vejamos a
célebre frase: Ser ou não ser? A questão expressa pelo personagem é um símbolo
poderoso da escolha. Você pode imaginar que algumas vezes simplesmente não
temos escolha, mas analise que para chegar a esta situação antes você teve
diversas escolhas que o levaram até o beco sem saída. A vida que você tem com
toda a alegria e adversidade que estão nelas foi o que você escolheu ser, e
tudo o que sonha em ter e não tem foi o que você escolheu, mesmo
inconscientemente, não ser.
No momento em que Hamlet
confronta a caveira são colocadas na balança existencial muitos elementos para
sua angustiante decisão, assim como, ocorre conosco. Observem: A caveira
pertence à Yorick que era um bobo da corte e motivo de muita alegria do
príncipe Hamlet quando criança. Quantas vezes frente a uma decisão difícil para
o futuro você não sente vontade de voltar-se para o passado? Então aprofundemos
a questão para uma escolha entre o futuro e o passado.
Quanto tempo mais você vai
decidir que sua vida está enterrada em todos os medos do passado? O passado
passou, é uma caveira. A caveira representa o que morreu, acabou. Pode uma
caveira decidir o futuro? Não, isto pertence à cabeça. A sua cabeça! Qual será
a sua decisão hoje? A cabeça ou a caveira? A coragem ou o medo? Seguir adiante
ou cometer os mesmos erros? Ser ou não ser mais do que você é hoje?
Compreenda o simbolismo. O
passado não é necessariamente uma caveira assustadora, os medos que você
absorveu nele é que são, mas certamente estes medos não podem voltar ou
controlar sua vida hoje. Você tem um papel a cumprir com a sua capacidade de
decidir e viver. Com sua capacidade de escolher não se prender ao passado. Como
ensinou Buda toda a grande caminhada começa com um singelo e primeiro passo.
Não tenha medo do passo a ser dado, outros virão com naturalidade e o caminho
se tornará claro. O que importa é que você não ficou para trás.
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