Panacéia dos Amigos

quarta-feira

Um escândalo na Boêmia e outras histórias - Sir Arthur Conan Doyle

Desde o primeiro contato em desenhos animados, ou com o filme "Enigma da Pirâmide", ainda criança eu fique impressionado com o personagem Sherlock Holmes e procurei seguir suas aventuras. O estilo, a inteligência, e a fleuma britânica me cativaram imediatamente. Um escândalo na Boêmia é nostálgico porque foi o primeiro livro que li e nele havia outras tantas histórias fascinantes.
Esta foi precisamente a edição que li.
Por que um envelope contendo cinco sementes de laranja inspira terror e provoca a morte dos destinatários? Qual o segredo por trás de uma estranha entidade que dá dinheiro a homens ruivos simplesmente pelo fato de seres ruivos? Que vilania pode explicar o desaparecimento, quase no altar, de um homem que até então se mostrara muito cortês e apaixonado pela noiva? E o que dizer da bela e inteligente Irene Adler, que desafia deliciosamente os talentos investigativos de Sherlock Holmes?
Cena de "O escândalo na Boêmia.
Este livro reúne seis célebres histórias com Holmes e seu amigo dr. Watson, que foram do genial Sir Arthur Conan Doyle.

O personagem em si é fascinante. Sherlock Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica criado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle. Holmes é um investigador do final do século XIX e início do século XX . O que tornou o personagem célebre foi sua habilidade peculiar de utilizar, na resolução dos seus mistérios, o método científico e a lógica dedutiva.

Segundo Conan Doyle, inventor do personagem, Sherlock Holmes viveu em Londres, num apartamento na 221B Baker Street, entre os anos 1881 e 1903, durante o último período da época Victoriana, onde passou muitos anos na companhia do seu amigo e colega, Dr. Watson. Durante algum tempo, muitos acreditaram que "alguém" que tivesse relação com o personagem de fato, vivesse lá e isso gerava muita visitação ao endereço, consequentemente este se tornou um museu dedicado a Sherlock Holmes.

Holmes demonstra, ao longo das suas histórias, extraordinária capacidade de dedução e senso de observação embasados por uma cultura geral extensa e variada (ele é capaz de identificar a marca de um tabaco somente pelo seu cheiro e pela cor de suas cinzas). Químico e físico, adora fumar cachimbo e usa frequentemente a cocaína para estimular as suas faculdades intelectuais ou matar o tédio entre um problema e outro (a cocaína só se tornará uma substância proibida em 1930), além de tocar esporadicamente violino. Quando envolvido com algum problema, pode passar noites sem dormir ou comer, o que inquieta o seu amigo Watson. Mestre na arte do disfarce, maneja com habilidade a espada e daria, segundo Watson, um bom pugilista.

Sherlock Holmes descreve-se como um "detetive consultor" (um dos exemplos é o ínicio do livro "O Signo dos Quatro"), o que significa que as pessoas vêm-lhe pedir conselhos sobre os seus problemas, ao invés de se dirigir a elas. Doyle conta-nos que Holmes é capaz de resolver os problemas a ele propostos sem sair do seu apartamento, apesar de este não ser o caso em diversas de suas mais interessantes histórias, que requerem a sua presença in situ. A sua especialidade é resolver enigmas singulares, que deixam a polícia desnorteada, usando a sua extrema faculdade de observação e dedução. Certamente, os leitores também ficam desnorteados. Uma das coisas que mais aprecio quando leio Sherlock é o desafio proposto pelo mistério que ele vai investigar. É muito interessante tentar desvendar o mistério junto com o personagem, ou então observar a brilhante dedução do seu raciocínio lógico. As histórias são todas muito bem escritas o que demonstra a habilidade invulgar do escritor. Afinal, é muito díficil escrever uma história de um personagem tão brilhante. Criar os mistérios, as pistas, demonstrar os meios de dedução...acreditem é um trabalho fantástico e sempre agradável de ler. Curiosamente uma de suas marcas registradas, a frase: "Elementar, meu caro Watson", foi criada no teatro, e não nos livros, e também outra particularidade como o cachimbo curvo do detetive foram criaçãoes não literárias mas que vieram somar na construção do mito. Tive momentos ótimos lendo "Um escândalo na Boêmia e outras histórias", pois na época se passava na televisão um programa sobre música clássica , creio que o nome era "Grandes Concertos", e eu me permitia ler um conto por semana, no tempo do programa, o que dava quase exatamente. E com o fim do livro encerrou-se o programa precisamente. Tão preciso e lógico quanto uma aventura de Sherlock Holmes. Eventualmente, estarei falando de outros livros de Sherlock, todos devem ser lidos, não percam a oportunidade.
E lembrem-se: Quem lê um livro comunga com a alma deste e desta comunhão renova a sua própria!

2 comentários:

  1. N COISA IMPRESTATIVA... o.O

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  2. Acho muito boas as histórias desse grande e espetacular Sherlock Holmes...tbm penso em seguir carreira como Detetive consultor.

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