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Panacéia dos Amigos
terça-feira
A Consciência e seus veículos - Parte II
Outras funções do corpo mental são as de desenvolver os poderes da memória e imaginação, servir oportunamente como veículo independente da consciência no plano mental, servir à consciência como veículo do pensamento concreto bem como expressá-lo no corpo físico através do corpo astral, cérebro etérico e sistema cérebro-espinal, coordenar movimentos do corpo físico para a ação, etc... É importante compreender, pelo menos parcialmente, que, segundo a Tradição-Sabedoria, o corpo físico, o duplo etérico, o corpo astral e o corpo mental são todos mortais formando, em conjunto, o eu inferior ou personalidade - palavra que provém da palavra grega "persona" (literalmente: fonte de onde vem o som) que era o nome da máscara usada pelos atores nos teatros da Grécia Antiga sendo indicativa do papel que representavam. Assim, o eu inferior, quaternário inferior ou personalidade seria a "camada" mais exterior de nosso Ser, a "máscara" com que o Eu Superior, a Tríade Superior ou Ego se manifestaria no teatro da vida.
A última função do corpo mental inferior, ou simplesmente corpo mental, que precisamos citar seria a de assimilar os resultados das experiências vividas, e passar a sua essência, antes de sua morte, para o Ego Imortal, o Homem Real vivendo em seu corpo mental superior, o Pensador, como analisaremos melhor em nossa próxima lição. Esses resultados de experiências vividas são os "tesouros" que Jesus aconselha ajuntar "no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam" (5).Porém esse "cofre espiritual" que é o corpo mental superior ou corpo causal, como é mais freqüentemente chamado por acumular as "causas" do futuro, sendo constituído da matéria sutilíssima dos 3 subplanos superiores do plano mental só pode acumular a essência das mais sublimes experiências de nossas vidas, sendo a imensa maioria de nossas ações grosseiras demais para atingí-lo.
O corpo causal é também o veículo do pensamento abstrato, em contrapartida ao corpo mental que é o do pensamento concreto. O pensamento é meramente estabelecido de relações entre as imagens presentes em nossa mente, caso essas imagens sejam nomes e formas por um lado, ou conceitos, leis e princípios por outro, teremos, respectivamente, pensamentos concretos e abstratos. Logo, é natural que o corpo causal, chamado 'Vijnámayakosha' pelos vedantinos, que acumula a essência das experiências, trabalhe no nível das leis e princípios que se ocultam das formas mais concretas. Platão chama-o de alma inteligível.
Os outros dois componentes da Tríade Superior são de natureza ainda mais sutil.
O veículo búdico é aquele responsável pela compreensão que ilumina o pensamento, dele provém a luz de 'buddhi' ou intuição que dissolve as dúvidas e desperta a compaixão por todos os seres, visto que no plano búdico já se pode sentir como absolutamente real a unidade de tudo que vive. Esse veículo, comparado freqüentemente a uma estrela de luz cujos raios tudo penetram e tudo abrangem, tem se identificado com o Cristo Interno, referido diversas vezes na tradição Cristã. Talvez o apóstolo Paulo tenha legado a nós a mais bela dessas referências: "Cristo em vós, a esperança de glória." (7) Por sua vez, entre os vedantinos o veículo búdico era chamado de 'ãnandamayakosha', ou seja, veículo ou envoltura de bem-aventurança. Aquele que consegue focar sua consciência nele atinge um êxtase elevadíssimo, somente inferior ao do veículo átmico.
O veículo átmico, centro da vontade espiritual que nos conduz inexoravelmente pela eternidade através de todas as limitações, constituindo-se da ainda mais sutil matéria do plano nirvânico. Foi comparado com "um círculo com sua circunferência em nenhum lugar e seu centro em toda a parte". Como facilmente se nota esses conceitos são demasiados abstratos para que as palavras possam expressá-los de fato. Tentaremos fazê-lo através de uma alegoria. Como já vimos, a mente do indivíduo poderia ser comparada a uma película de filme constantemente a projetar imagens mentais-emocionais sobre os átomos do mundo físico. Se levássemos essa alegoria sobre os átomos do mundo físico. Se levássemos essa alegoria mais adiante, teríamos a luz de buddhi, proveniente do veículo búdico, representada pela luz que anima o filme projetando-o na tela, ou seja, a luz que anima as imagens mentais. A lâmpada que projeta essa luz seria o veículo átmico. Seguindo o conceito básico da Tradição-Sabedoria que é o da unidade da vida, diríamos que embora existam diversas mentes projetando diferentes películas existe uma lâmpada que projeta a luz que as anima. Logo, aquele que penetrasse no centro de sua consciência "sintonizaria-se" com a energia que está condensada em toda a matéria do Universo e, conseqüentemnte, se sentiria "dentro" de todos os seres. Amaria aos outros como a si mesmo, de fato!
A energia elétrica que anima a lâmpada seria a Mônada (proveniente do grego "monos": um), da qual Pitágoras tratou, centro último de nossa consciência que é também conhecido como a "centelha divina". A Mônada é o centro eterno de nosso Ser, mas ela não é humana porque é pré-existente a tal condição. Sobre essa "alma" foi dito. "A alma do homem é imortal, e o seu futuro é o de algo cujo crescimento e esplendor não tem limites" (8). Ou, se preferirmos o profético símile da tradição Cristã, nas palavras de Paulo, sobre o futuro do ser humano: "Até que todos nós cheguemos à unidade da fé, e do conhecimento do Filho de Deus, o homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" (9).
Talvez agora nós possamos compreender melhor a profundidade existente na inscrição do pórtico de Delfos que, como dissemos no início da lição, Sócrates tomou por divisa. Gostaríamos de encerrar essa lição com a própria versão socrática daquela inscrição que merece nossa reflexão e que é a seguinte: "Homem: conhece-te a ti mesmo. Assim conhecerás o Universo e os deuses."
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
(1) BLAVATSKY, H.P, A Doutrina Secreta. São Paulo, Pensamento, 1980. v. 2 p. 191.
(2) THE HOLY Bible. King James Version, 1611. New York, American Bible Society, 1980. Luke 17:21. (Lucas 17:21)
(3) TAIMNI, I.K. Autocultura; À luz do Ocultismo. Rio de Janeiro, Grupo Annie Besant, 1980, p. 98.
(4) BLAVATSKY, H.P. A voz do Silêncio. São Paulo, Pensamento. p. 45 aforismo 4.
(5) THE HOLY, op. cit, acima nota (2), (Mateus 6:20)
(6) Ibidem, (Colossenses 1:27)
(7) BLAVATSKY, op. cit. acima nota (4), p. 61 aforismo 116.
(8) COLLINS, Mabel. O Idílio do Lótus Branco. São Paulo, Pensamento. p. 83.
(9) THE HOLY, op. cit. acima nota (2), ,(Efésios 4:13)
Loja Teosófica Virtual – 1996-1998
segunda-feira
O mago Merlin
Os primeiros registros existentes
onde consta Merlin (Armes Prydein, Y Gododdin) são do começo do século 10, nele
consta que Merlin era um mero profeta, mas o papel dele foi evoluindo
gradualmente como mago, profeta e conselheiro, ativo em todas as fases da
administração do reinado do Rei Arthur. Ele foi aparentemente chamado ao nascer
com o nome de Emrys num local chamado Caer-Fyrddin (Carmarthen). Só depois ele
tornou-se conhecido como Merlin, uma versão latinizada da palavra gaulesa,
Myrddin.
Merlin era o filho bastardo da
Princesa Real de Dyfed. Porém, o Rei, pai da princesa, Meurig ap Maredydd ap
Rhain, não é encontrado nas genealogias tradicionais deste reino e
provavelmente era um sub-rei da região que limita Ceredigion. O pai de Merlin,
é dito, era um anjo que tinha visitado a Princesa Real e tinha a deixado com a
criança. Os inimigos de Merlin diziam que o pai dele era um incubus, um
espírito mau que tem relacionamento com mulheres enquanto dorme. As pessoas
suspeitavam que a criança "diabólica" (Merlin) veio para ser um
contra peso à boa influência que Jesus Cristo teve na terra. Merlin,
felizmente, foi batizado cedo em vida, é contado que este evento negou o mal na
natureza dele, mas os poderes do lado esquerdos ficaram intactos nele. A
história original foi inventada para salvar a mãe dele do escândalo que teria
acontecido presumivelmente a ligação dela com Morfyn Frych (o Sardento),
Príncipe secundário da Casa de Coel, ato de conhecimento público.
A lenda nos conta que a retirada
romana da Inglaterra e a usurpação do trono dos herdeiros legítimos, fez com
que Vortigern fugisse da saxônia e fosse para Snowdonia, em Gales, na
esperanças de construir uma fortaleza em uma montanha em Dinas Emrys onde ele
poderia estar seguro. Infelizmente, a construção vivia desmoronando e os
feiticeiros da casa de Vortigern lhe falaram que um sacrifício de uma criança
órfã resolveria o problema. Uma pequena dificuldade foi isto pois aquelas tais
crianças eram bastante difíceis de serem encontradas. Felizmente para a fortaleza
de Vortigern, Merlin era conhecido por não ter nenhum pai humano e o
disponibilizaram.
Antes que o sacrifício pudesse
acontecer, Merlin usou os grandes poderes visionários dele e atribuiu o
problema estrutural a uma piscina subterrânea no qual viveu um dragão vermelho
e um dragão branco. O significado disto, de acordo com Merlin, era que o dragão
vermelho representou os Bretões, e o dragão branco, os Saxões. Os dragões
lutaram, dragão branco levou a melhor, no princípio, entretanto o dragão vermelho
empurrou o branco para trás. O significado estava claro. Merlin profetizou que
Vortigern seria morto e o trono seria tomado por Ambrosius Aurelianus, depois
Uther, depois o grande líder, Arthur. Caberia a ele empurrar os Saxões para
trás.
De acordo com a profecia,
Vortigern foi morto e Ambrosius tomou o trono. Depois, Merlin parece ter
herdado o pequeno reino do avô dele, mas abandonou as terras dele em favor da
vida mais misteriosa para a qual ele se tornou tão bem conhecido (a vida
druídica). Depois que 460 nobres britânicos foram massacrados na conferência de
paz, como resultado do artifício saxônio, Ambrosius consultou Merlin sobre
erguer um marco comemorativo a eles. Merlin, junto com Uther, levou uma
expedição para a Irlanda para obter as pedras do Chorea Gigantum, o Anel do
Gigante. Merlin, pelo uso dos poderes extraordinários dele, devolveu as pedras
para um local, um pouco a ocidente de Amesbury, e os reergueu ao redor da
sepultura da massa dos nobres britânicos. Nós chamamos este lugar Stonehenge.
Após a sua morte, Ambrosius teve
como sucessor o seu irmão, Uther, quem, durante a perseguição dele a Gorlois,
conheceu a esposa irresistível de Gorlois, Igraine (Ygerna ou Eigr em alguns
textos), Uther voltou para as terras em Cornwall, onde foi pedir para Merlin
ajuda-lo a possuir Igraine, e para Merlin ajuda-lo, Uther teve que fazer um
trato com Merlin de que a criança que nascesse da união de Uther com Igraine
fosse dada a Merlin para ele se torna o tutor da criança, Uther aceitou e foi
ajudado por Merlin que o transformou na imagem de Gorlois. Uther entrou no
castelo de Gorlois e conseguiu enganar Igraine a pensar que ele era o marido
dela, e engravidou-a, concebendo ela uma criança, Arthur. Gorlois, no entanto
não sabendo no que iria acontecer, saiu para encontrar-se com Uther no combate,
mas ao invés, foi morto pelas tropas de Uther, enquanto Uther se passava por
Gorlois.
Depois do nascimento de Arthur,
Merlin se tornou o tutor do jovem menino, enquanto ele crescia com o seu pai
adotivo, Senhor Ector (pseudônimo Cynyr Ceinfarfog). No momento definindo da
carreira de Arthur, Merlin organizou uma competição da espada-na-pedra (a
espada era Caliburnius e não a Excalibur, Excalibur veio após Arthur quebrar
Caliburnius) pela qual o rapaz se tornou o rei. Depois, o mago conheceu a
mística Dama do Lago na Fonte de Barenton (na Bretanha) e a persuadiu a
presentear o Rei com a espada mágica, Excalibur. Nos romances, Merlin foi o
criador da Távola Redonda, e esta sempre ajudando e dirigindo os eventos do rei
e do reino Camelot. Ele é pintado por Geoffrey de Monmouth, ao término da vida
de Arthur, acompanhando Arthur ferido para a Ilha de Avalon para a curar das
feridas dele. Outros contam como tendo se apaixonado profundamente por Morgana,
a meia irmã de Arthur, e ele concordou em lhe ensinar todos seus poderes
místicos. Ela ficou tão poderosa que as habilidades mágicas dela
"excederam" às de Merlin. Determinou que não seria escravizada por
ele, e prendeu-o em um calabouço, uma caverna semelhantemente a uma prisão.
Assim a ausência dele na Batalha de Camlann era no final das contas responsável
pelo falecimento de Arthur.
As profecias de Merlin
Cruzadas:
“Depois que a coisa nascida
anteriormente na parte de Jerusalém [o Cristianismo] tenha a idade de 1250
anos, grande multidão de cristãos irá além-mar combater contra os sarracenos, e
tais cristãos serão quase todos mortos” [e não deu outra].
Descobrimento da América -
Escravidão:
“Maior será a terra, porque na
Terra haverá terras. Homens selvagens [nativos americanos] conhecerão os homens
que virão do mar. E depois os navios levarão ouro [e como saquearam nossas
riquezas...]. Escrava será a África. Mas a África dominada escrava, dominará.”
Revolução Francesa:
“Pouco antes que a coisa
anteriormente nascida em Jerusalém tenha terminado a sua décima oitava idade
(século 18), por mais que tenham sido as proezas de seus antepassados, nesse
tempo os franceses serão mais odiados do que foram seus antepassados. O sangue
cairá sobre a Gália (França) e a cabeça do rei será cortada. E a cabeça da
rainha será cortada. E a cabeça do príncipe será cortada. E a cabeça de tantos
amigos do rei serão cortadas. Será tempo de terror. Muitas pessoas derramarão
seu sangue e o vento se deslocará por muitos céus; e do vento nascerão novas
leis” [Ventos da liberdade inspirados na Revolução Francesa]
AS TRÊS POTÊNCIAS MUNDIAIS - A
III GUERRA MUNDIAL - O GRANDE MONARCA
“O mundo será um gramado. E sobre
o gramado brincarão três meninas [EUA,Europa + China-Rússia]. Mas sob a Terra
eu vejo fogo. E, quando uma dessas meninas lançar a pedra, todas as três
meninas serão atingidas. Sobre o gramado haverá fogo e sobre cada chama estará
escrito um nome. Mas o nome foi escrito para ser esquecido”.
“Quando a Santa Mãe do Senhor
aparecer em vários lugares [as aparições da Virgem] e quando Pedro [o Papa]
tiver dois nomes [João Paulo], será o momento de se preparar, pois a sexta hora
está próxima” [sexta hora é a hora da agonia].
A BABILÔNIA MODERNA
“Do mar virá grande luxúria,
muitas mulheres e muitos homens serão arrastados, e esse será um dos sinais de
que o mundo está mudando. Em todo lugar haverá Babilônia [degeneração], e a
visão de muitos justos será ofuscada pela fumaça de Babilônia..." [a indústria
do cinema e da pornografia espalhou-se já pelo mundo].
MUDANÇA DA IGREJA
“O Pastor [papa] condenará e
depois abençoará a Bretanha [já houve o cisma da igreja anglicana; recentemente
houve a reunião das duas]. Muitas coisas não serão como antes. Roma beberá no
mesmo cálice. De Roma sairá uma excomunhão [cisão?], enquanto a guerra será
cruenta em Jerusalém [Isso se aplica aos nossos dias]. Depois da festa haverá o
saque. Paulo [a igreja] e Pedro [o papa] estarão afastados de Roma, e muitos
serão condenados ao exílio. Na Grande Ilha do Mar [Inglaterra] chegará Paulo,
quando em Jerusalém estiver mudado. Apenas uma parte do clero acompanhará Paulo
[a igreja] a Ilha... O seu governo terá a marca da paz. E ensinarão uma nova
maneira de viver.” [Outros profetas dizem que o papa terá que abandonar Roma;
Merlin diz aqui que ele irá para a Inglaterra]
“Depois da festa haverá o saque”.
E tudo coincide com o “canto” do outro Mago, o Ladino: “Mudam as bandeiras,
muda a fanfarra, mas a história é sempre amarga... Pedro [o papa] retorna. Mas
sobre a grande cúpula [Basílica de São Pedro] no lugar da cruz haverá um
bastão.”
O FIM DOS TEMPOS
“O dragão [anticristo] aparecerá vitorioso,
cheio de honrarias. Mas será bom que os homens mantenham seu olhar fixo sobre a
Toscana [Itália], pois será desse lado que aparecerá o dragão [o anticristo
dentro da igreja]. E ali serão sacrificadas as virgens [os inocentes pelos
casos de pedofilia em todas as partes]. O litoral de Cartago [norte da África]
será tragado pelo mar e outras terras serão desfiguradas [as primeiras
catástrofes]. É o tempo do dragão [pleno domínio do anticristo] da Babilônia...
Quando o dragão da Babilônia chegar ao fim [fim do materialismo ateísta], muitos
sinais prodigiosos surgirão no céu. E muitos sinais prodigiosos brotarão da
terra africana [surgimento de novas terras]. As cidades dos seguidores do
dragão serão destruídas" [as grandes metrópolis do mundo].
“Perto do fim do mundo, quando o
sol e a lua mudarem [chegada de Hercólubus], os grifos virão para comer o
trigo. Os países serão cheios de lágrimas [doenças e carestia de alimentos e
água]. O sol demorará no Oriente e a lua no Ocidente [os dias serão mais
longos]; e não cumprirão mais o seu curso [haverá deslocamento de órbita da
terra como predito por Nostradamus]. Na época em que os homens e mulheres terão
filhos mais raramente [controle da natalidade - hoje em dia], as pessoas
perderão a fé e o mundo será extremamente mau; os pequenos [crianças] serão
esmagados [a vida humana hoje não vale nada e a violência virou banalidade]. Os
grifos voarão sobre o Egito" [é no Oriente Médio que deve iniciar a III
Guerra. Os Grifos de Merlin podem ser aviões de guerra e/ou mísseis]
“Perto do fim do mundo, o papa e
os cardeais terão que fugir de Roma para um local onde passarão despercebidos,
sob circunstâncias difíceis. Ele [o papa] morrerá de forma cruel em seu exílio
[é o que muitos prevêem para o último papa]. Os sofrimentos da Igreja serão
maiores do que em qualquer tempo passado de sua história” [karma pelas
atrocidades cometidas no passado].
O LEVANTE MUÇULMANO
“Antes que a coisa nascida em
Jerusalém tenha 20 anos, o Oriente se inflamará entre o Eufrates e o Nilo e
muita gente morrerá [guerra do Iraque]. Haverá um papa que não se atreverá a
olhar para Roma [João Paulo II não olhou para Roma; olhou para o mundo]. Uma
coisa parecida que os romanos têm que saber é que antes desse papa falecer,
Nosso Senhor lhe fará sofrer uma tal vergonha que não terá paralelo [isso bem
poderá ser aplicado a Bento XVI]. É necessário que os romanos
[católicos-cristãos] saibam, entre outras coisas, que a partir de então
começará sua destruição passo a passo, e que será por seus pecados...” [Sem
dúvida, a igreja romana cavou a própria sepultura...]
GRANDE PERSEGUIÇÃO CONTRA A
RELIGIÃO
“O culto da religião [católica]
será destruído completamente, e a ruína das igrejas [construções] estará clara
para todos verem. A raça que é oprimida prevalecerá no fim, porque resistirá à
selvageria dos invasores... Se levantará o Verme Alemão. O Lobo do Mar exaltará
o Verme... A religião [o catolicismo] será destruída pela segunda vez e os
olhares dos primazes serão movidos para outros lugares". [Raça oprimida
hoje são os árabes, que tem sofrido sucessivos ataques e invasões no último
século]..
sexta-feira
Sócrates e a Arte de Viver
Sócrates (469-399 a. C.), um dos maiores
filósofos da humanidade, ao examinar o que significa tornar-se humano, tinha
por objetivo não mais a ciência ou a natureza, mas o homem. Ele ensinou que
pecar é ignorar, e que a purificação da alma passa necessariamente pelo auto
conhecimento do homem. Ele introduziu o homem interior na filosofia. Conforme
Sócrates o único meio de realizar a mais importante missão do homem: o
conhecimento de si mesmo. Ao identificar a virtude com o conhecimento, Sócrates
formularia a sua mais polemica reflexão, a de que ninguém erra -ou faz mal –
voluntária ou conscientemente. Explica-se: não sendo nenhuma irracionalidade
deliberada, se alguém pratica o mal, isso se deve á ignorância dos valores
éticos. Mas o homem deve considerar que a virtude (sem a qual a ignorância e o
mal triunfam) dificilmente pode ser ensinada por estar latente na alma; portanto,
só é alcançável pelo exame rigoroso que cada pessoa deve fazer de si mesma,
condição básica para sua existência ser considerada digna.
O método socrático de
argumentação – ou se preferir, de ensino – significa a tentar extrair das
pessoas as respostas que elas (supostamente) não tem, fazendo-as encarar a
própria ignorância, pode levá-las ao paradoxo socrático de, conformando-se com
ela, se sentirem sábias. Por isso é que, ao declarar-se ignorante – só sei que
nada sei é o seu mote predileto. Nada em excesso e Conhece-te a ti mesmo são
conceitos básicos da filosofia do Sócrates. O mais sábio é sábio justamente por
ter consciência da própria ignorância.
Em seguida algumas citações sobre
Dez lições do socratismo;
01- Cuide da alma
A alma, imortal, indestrutível e
sempre renascida, razão moral, espírito pensante e sede da consciência, é a manifestação
do divino no homem. Preocupar-se com a alma sem descuidar do corpo, mantendo-o
saudável e ágil, é afastá-la do perigo dos prazeres mundanos, fáceis e enfermos
que embotam sentidos. O cuidado da alma só é perfeito com o auto conhecimento.
O conhecimento purifica a alma, liberta-a das ilusões fáceis, do julgamento
precipitado e passional do próximo.
02- Tome conta da sua vida
Tomar conta da própria vida é
estar em harmonia com a vontade divina, que concedeu a cada pessoa a noção de
deveres éticos perante si e perante a sociedade em que vive. A arte de viver
passa necessariamente pela incansável missão de ver a vida como uma dádiva
preciosa demais para ser descuidada.
03- A liturgia da amizade
O bom amigo é solidário na dor,
mas principalmente cúmplice entusiasmado na alegria. nenhuma outra forma de
dialogo é mais elevada como a que ocorre entre amigos, mas só pode ser amigo
verdadeiro quem se despe de tudo que superficial e passageiro nas relações
humanas. O individuo isolado, sem amigos, indiferente ás relações humanas,
pouco ou nada contribui para o aperfeiçoamento da sociedade em que vive.
04- A natureza do amor
O amor é a experiência que mais
aproxima o homem do divino. Compreender a natureza do amor espiritual livra os
amantes de desgostos, levando-os assim a usufruí-lo em toda a alegria e plenitude. Ao
desejar o amor do outro, deve conhecer-se profundamente e não pretender
privá-lo de nada que o impeça de ser ele mesmo. Amor também é renuncia, e ela
deve existir quando ocorre as despersonalização dos amantes, quase sempre
resultado da busca obsessiva pelo prazer físico, em vez do espiritual.Para que
a relação amorosa não se transforme em fonte de frustrações e ódio, os amantes
precisam tomar diversas cautelas – e é aí que entra o exercício da razão,
dominando o jugo da paixão. Entre elas, a principal é afastar a inveja quando um
deles está numa posição intelectual, social ou financeira mais alta, pois a
inveja é o veneno que destrói os mais sólidos relacionamentos. Alguma coisa
misteriosa lateja neles, sempre voltada a destruí-los – e é contra ela que os
apaixonados precisam lutar incansavelmente. É ela que leva o amante a sentir
alegria com a desgraça de quem ama, e igual tristeza com suas conquistas: um
sentimento inexplicável que, nascido num lugar sombrio da alma, está além da
inveja.
05- O que é ser livre
A liberdade implica o domínio das
paixões, sempre à espreita para desvirtuar a conduta moral que brota no interior
do individuo. O prazer sensual e a intemperança são outros inimigos da
liberdade.
06- Quando transgredir é salvar-se
Nenhuma lei deve ser obedecida se
for injusta, nenhuma regra deve ser obedecida se desprezar a virtude, nenhum regime
político deve ser obedecido se for tirânico e assassino. O transgressor não é
um inimigo da ordem social, mas amigo da sabedoria e da verdade. Portanto, aquele
que transgride o que impede de viver bem está no caminhocorreto da salvação de si mesmo.
07- O individuo e o cidadão
Na mesma pessoa, cidadão e
individuo podem ter uma convivência pacifica e enriquecedora – desde que o individuo
desempenhe criticamente o papel de cidadão, ou seja, ultrapasse-o ao não se
sujeitar às expectativas da comunidade, e principalmente ao se preservar de
tudo que possa desviá-lo do caminho das virtudes de autocontrole, da coragem,
da intuição e da sabedoria.
08- Não se leve a sério
Viver com seriedade e ao mesmo
tempo não se levar a sério são conceitos complementares. Viver com seriedade significa
ter caráter firme e incorruptível, ter opinião própria, amparada por argumentos
racionais, e um profundo sentimento de vergonha que impeça a pratica de atos
contrários à dignidade humana. É fácil reconhecer quem se leva a sério superior
aos demais: é incapaz de um gesto de humildade, é arrogante e presunçoso não
admite os seus erros.
09- Tenha somente o necessário
O homem que se conhece
verdadeiramente mediante o exame e a pratica da virtude está livre da tentação
de possuir bens materiais além dos estritamente necessários para viver. Se não,
quanto mais tem, mais sente vontade de possuir, numa ânsia ilimitada de
satisfazer-se sem o conseguir.
10- Viva a arte de morrer
Só quem não dedicou a vida a ver
na morte a libertação da alma do corpo se atormenta com a sua chegada. Quem
durante a vida se dedicou a examiná-la a cada dia vê na morte a suprema
purificação: ela o separa sempre do corpo, fonte de sentimentos impuros contra
os quais não mais precisará lutar, e tudo aquilo que o molestava. Por isso é
que somente depois da morte, livre do entorpecimento do corpo, o homem atingirá
o verdadeiro conhecimento: é a alma que o guiará, de forma pura,em direção ao
discernimento da verdade.Morrer exige aquela sabedoria que, brotando da coragem,
anula o terror de mergulhar no desconhecido e de saber que com o fim dos
infortúnios também se extinguira a memória das coisas terrenas. Preparar-se para
a morte é o contrario da sua negação: é transformá-la numa companhia, tendo-a
sempre presente na vida diária.
por J. C. Ismael, 2004, Editora
Agora
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