Panacéia dos Amigos

terça-feira

A Loteria da Babilônia - Jorge Luís Borges

Como todos os homens da Babilônia, fui pro-cônsul; como todos, escravo; tam¬bém co¬nhe¬ci a onipotência, o opróbrio, os cárceres. Olhem: à minha mão direita falta-lhe o indicador. Olhem: por este rasgão da capa vê-se no meu estômago uma tatuagem vermelha: é o segundo símbolo, Beth. Esta letra, nas noites de lua cheia, confere-me poder sobre os homens cuja marca é Ghimel, mas sujeita-me aos de Alep, que nas noites sem lua devem obediência aos de Ghimel. No crepúsculo do ama¬nhe¬cer, num sótão, jugulei ante uma pedra negra touros sagrados. Durante um ano da Lua, fui declarado invisível: gritava e não me respondiam, roubava o pão e não me decapitavam. Conheci o que ignoram os gregos: a incerteza. Numa câmara de bronze, diante do lenço silencioso do estrangulador, a esperança foi-me fiel; no rio dos de¬lei¬tes, o pânico. Hera¬cli¬des Pôn¬tico conta com admiração que Pitágoras se lembrava de ter sido Pirro e antes Euforbo e antes ainda um outro mortal; para recordar vi¬cis¬si¬tu¬des análogas não preciso recorrer à morte, nem mesmo à impostura.

Devo essa variedade quase atroz a uma instituição que outras repúblicas des¬co¬nhe¬cem ou que nelas trabalha de forma imperfeita e secreta: a loteria. Não indaguei a sua história; sei que os magos não conseguem por-se de acordo; sei dos seus poderosos propósitos; o que pode saber da Lua o homem não versado em astrologia. Sou de um país vertiginoso onde a loteria é a parte principal da realidade: até o dia de hoje, pensei tão pouco nela como na conduta dos deuses indecifráveis ou do meu coração. Agora longe da Babilônia e dos seus estimados cos¬tu¬mes, penso com certo espanto na loteria e nas conjecturas blasfemas que ao crepúsculo mur¬mu¬ram os homens velados.

Meu pai contava que antigamente — questão de séculos, de anos? — a loteria na Babi¬lônia era um jogo de caráter plebeu. Referia (ignoro se com verdade) que os barbei¬ros trocavam por moedas de cobre, retângulos de osso ou de pergaminho ador¬na¬dos de símbolos. Em pleno dia verificava-se um sorteio: os contemplados recebiam, sem outra confirmação da sorte, moe¬das cunhadas de prata. O procedimento era ele¬men¬tar, como os senhores vêem.

Naturalmente, essas “loterias” fracassaram. A sua virtude moral era nula. Não se di¬ri¬giam a todas as faculdades do homem: unicamente à sua esperança. Diante da indife¬rença públi¬ca, os mercadores que fundaram essas loterias venais começaram a perder dinheiro. Alguém esboçou uma reforma: a intercalação de alguns números adversos no censo dos números fa¬vo¬ráveis. Mediante essa reforma, os compradores de retângulos numerados expunham-se ao duplo risco de ganhar uma soma e de pagar uma multa, às vezes vultosa. Esse leve perigo (em cada trinta números favoráveis havia um número aziago) despertou, como é natural, o interesse do público. Os babi¬lô¬nios entregaram-se ao jogo. O que não adquiria sortes era considerado um pusilâ¬ni¬me, um apoucado. Com o tempo esse desdém justificado duplicou-se. Eram despre¬zados aqueles que não joga¬vam, mas também o eram os que perdiam e abonavam a multa. A Com¬panhia (assim começou então a ser chamada) teve que velar pelos ga¬nha¬do¬res, que não podiam cobrar os prêmios se nas caixas faltasse a importância quase total das multas. Propôs uma ação judicial contra os perdedores: o juiz con¬denou-os a pagar a multa original e as custas, ou a uns dias de prisão. Todos optaram pelo cárcere, para defraudar a Companhia. Dessa bra¬vata de uns poucos nasce todo o poder da Companhia: o seu valor eclesiástico, metafí¬sico.

Pouco depois, as informações dos sorteios omitiram as referências de multas e limi¬taram-se a publicar os dias de prisão que designava cada número adverso. Esse la¬conis¬mo, quase inadvertido a seu tempo, foi de capital importância. Foi o primeiro apa¬recimento, na lo¬teria, de elementos não pecuniários. O êxito foi grande. Instada pelos jogadores, a Companhia viu-se obrigada a aumentar os números adversos.

Ninguém ignora que o povo da Babilônia é devotíssimo à lógica, e ainda à simetria. Era incoerente que se computassem os números ditosos em moedas re¬don¬das e os infaustos em dias e noites de cárcere. Alguns moralistas raciocinaram que a posse das moedas não determina sempre a felicidade e que outras formas de ventura são talvez mais diretas.

Inquietações diversas propagavam-se nos bairros desfavorecidos. Os membros do co¬légio sacerdotal multiplicavam as apostas e gozavam de todas as vicissitudes do terror e da esperança; os pobres (com inveja razoável ou inevitável) sabiam-se excluídos desse vaivém, notoriamente delicioso. O justo desejo de que todos, pobres e ricos, participassem por igual na loteria, inspirou uma indignada agitação, cuja me¬mó¬ria os anos não apagaram. Alguns obsti¬na¬dos não compreenderam (ou simularam não compreender) que se tratava de uma ordem nova, de uma necessária etapa histórica... Um escravo roubou um bilhete carmesim, que no sorteio lhe deu direito a que lhe queimassem a língua. O código capitulava essa mesma pena para o que roubava um bilhete. Alguns babilônios argumentavam que merecia o ferro candente, na sua qualidade de ladrão; outros, magnânimos, que se devia condená-lo ao carrasco porque assim o havia determinado o azar... Houve distúrbios, houve efusões la¬men¬tá¬veis de sangue; mas a gente babilônica finalmente impôs a sua vontade, contra a oposição dos ricos. O povo conseguiu ple¬na¬mente os seus generosos fins.

Em primeiro lugar, conseguiu que a Companhia aceitasse a soma do poder público. (Essa uni¬fi¬ca¬ção era indispensável, dada a vastidão e complexidade das novas operações.) Em segunda etapa, conseguiu que a loteria fosse secreta, gratuita e geral. Ficou abolida a venda mercenária de sortes. Iniciado nos mistérios de Bel, todo homem livre par¬ti¬ci¬pa¬va automaticamente dos sorteios sagrados, que se efetuavam nos labirintos do deus de sessenta em sessenta noites e que demarcavam o seu destino até o próximo exercício. As con¬se¬qüências eram incalculáveis. Uma jogada feliz podia motivar-lhe a elevação ao concílio dos magos ou a detenção de um inimigo (conhecido ou íntimo), ou a encontrar, nas pacíficas trevas do quarto, a mulher que começava a inquietá-lo ou que não esperava rever; uma jogada adversa: a mutilação, a infâmia, a morte. Às vezes, um fato apenas — o vil assassinato de C, a apoteose misteriosa de B — era a solução genial de trinta ou quarenta sorteios. Combinar as jogadas era difícil; mas convém lembrar que os indivíduos da Companhia eram (e são) todo-poderosos e astutos. Em muitos casos, teria diminuído a sua virtude o conhecimento de que certas felici¬da¬des eram simples fábrica do acaso; para frustrar esse inconveniente, os agentes da Companhia usavam das sugestões e da magia. Os seus passos e os seus manejos eram secretos. Para indagar as íntimas esperanças e os íntimos terrores de cada um, dispunham de astrólogos e de espiões. Havia certos leões de pedra, havia uma latrina sa¬grada chamada Qaphqa, havia algumas fendas no poeirento aqueduto que, con¬for¬me a opinião geral, levavam à Companhia; as pessoas ma¬lignas ou benévolas de¬po¬sita¬vam delações nesses sítios. Um arquivo alfabético recolhia essas notícias de veracidade variável.

Por incrível que pareça, não faltavam murmúrios. A Companhia, com a sua habitual dis¬crição, não replicou diretamente. Preferiu rabiscar nos escombros de uma fábrica de máscaras um argumento breve, que agora figura nas escrituras sagradas. Essa peça doutrinal observava que a loteria é uma interpolação da causalidade na ordem do mundo e que aceitar erros não é con¬tradizer o acaso: é confirmá-lo. Salien¬tava, da mesma maneira, que esses leões e esse reci¬piente sagrado, ainda que não desautorizados pela Companhia (que não renunciava ao direito de os consultar), funcionavam sem garantia oficial.

Essa declaração apaziguou os desassossegos públicos. Também produziu ou¬tros efeitos, talvez não previstos pelo autor. Modificou profundamente o espírito e as operações da Com¬panhia. Pouco tempo me resta; avisam-nos que o navio está para zarpar; mas tratarei de os explicar.

Por inverossímil que seja, ninguém tentara até então uma teoria geral dos jo¬gos. O babi¬lônio é pouco especulativo. Acata os ditames do acaso, entrega-lhes a vida, a esperança, o terror pânico, mas não lhe ocorre investigar as suas leis labirínticas, nem as esferas giratórias que o revelam. Não obstante, a declaração oficiosa que men¬cio¬nei instigou muitas discussões de ca¬rá¬ter jurídico-matemático. De uma delas nas¬ceu a seguinte conjectura: Se a loteria é uma inten¬si¬fica¬ção do acaso, uma periódica infusão do caos no cosmos, não conviria que a causalidade interviesse em todas as fases do sorteio e não apenas numa? Não é irrisório que o acaso dite a morte de alguém e que as circunstâncias dessa morte — a reserva, a publicidade, o prazo de uma hora ou de um século — não estejam subordinadas ao acaso? Esses escrúpulos tão justos provocaram, por fim, uma reforma considerável, cujas complexidades (agra¬va¬das por um exer¬cício de séculos) só as entendem alguns especialistas, mas que intentarei resumir, embora de modo simbólico.

Imaginemos um primeiro sorteio que decrete a morte de um homem. Para o seu cum¬pri¬mento procede-se a um outro sorteio, que propõe (digamos) nove exe¬cu¬to¬res possíveis. Desses executores quatro podem iniciar um terceiro sorteio que dirá o nome do carrasco, dois podem substituir a ordem infeliz por uma ordem ditosa (o encontro de um tesouro, digamos), outro exacerbará (isto é, a tornará infame ou a enriquecerá de torturas), outros podem negar-se a cumpri-la... Tal é o esquema sim¬bó¬li¬co. Na realidade o número de sorteios é infinito. Nenhuma decisão é final, todas se ramificam noutras. Os ignorantes supõem que infinitos sorteios re¬que¬rem um tempo infinito; em verdade, basta que o tempo seja infinitamente subdivisível, como o ensina a famosa parábola do Certame com a Tartaruga. Essa infinitude condiz admi¬ra¬vel¬men¬te com os sinuosos números do Acaso e com o Arquétipo Celestial da Loteria, que os platônicos adoram... Um eco disforme dos nossos ritos parece ter reboado no Tibre: Ello Lampridio, na Vida de Antonino Heliogábalo, refere que este imperador escrevia em conchas as sortes que destinava aos convidados, de forma que um recebia dez libras de ouro, e outro, dez moscas, dez leirões, dez ossos. É lícito lembrar que Heliogábalo foi educado na Ásia Menor, entre os sacerdotes do deus epônimo.

Também há sorteios impessoais, de objetivo indefinido; um ordena que se lance às águas do Eufrates uma safira de Taprobana; outro, que do alto de uma torre se sol¬te um pássaro, outro, que secularmente se retire (ou se acrescente) um grão de areia aos inumeráveis que há na praia. As conseqüências são, às vezes, terríveis.

Sob o influxo benfeitor da Companhia, os nossos costumes estão saturados de acaso. O comprador de uma dúzia de ânforas de vinho damasceno não estranhará se uma delas contiver um talismã ou uma víbora; o escrivão que redige um contrato não deixa quase nunca de intro¬duzir algum dado errôneo; eu próprio, neste relato apres¬sa¬do, falseei certo esplendor, certa atrocidade. Talvez, também, uma misteriosa mo¬no¬to¬nia... Os nossos historiadores, que são os mais perspicazes da orbe, inventaram um método para corrigir o acaso; é de notar que as operações desse método são (em geral) fidedignas; embora, naturalmente, não se divulguem sem alguma dose de engano. Além disso, nada tão contaminado de ficção como a história da Companhia... Um documento paleográfico, exumado num templo, pode ser obra de um sorteio de ontem ou de um sorteio secular. Não se publica um livro sem qualquer divergência em cada um dos exemplares. Os escribas prestam juramento secreto de omitir, de intercalar, de alterar. Também se exerce a mentira indireta.

A Companhia, com modéstia divina, evita toda publicidade. Os seus agentes, como é óbvio, são secretos; as ordens que distribui continuamente (talvez incessante¬men¬te) não diferem das que prodigalizam os impostores. Para mais, quem poderá gabar-se de ser um simples impos¬tor? O bêbado que improvisa um mandato absurdo, o sonhador que desperta de súbito e estran¬gula a mulher a seu lado, não executam, porventura, uma secreta decisão da Companhia? Esse funcionamento silencioso, comparável ao de Deus, provoca toda espécie de conjecturas. Uma insinua abo¬mi¬na¬vel¬men¬te que há séculos não existe a Companhia e que a sacra desordem das nossas vidas é puramente hereditária, tradicional; outra julga-a eterna e ensina que perdu¬ra¬rá até a última noite, quando o último deus aniquilar o mundo. Outra afiança que a Companhia é onipotente, mas que influi somente em coisas minúsculas: no grito de um pássaro, nos matizes da ferrugem e do pó, nos entressonhos da madrugada. Outra, por boca de heresiarcas mas¬ca¬rados, que nunca existiu nem existirá. Outra, não menos vil, argumenta que é indiferente afirmar ou negar a realidade da tenebrosa corporação, porque a Babilônia não é outra coisa senão um infinito jogo de acasos.

Texto extraído do livro “Ficções”, Editorial “Livros do Brasil”  Lisboa, Portugal, 1969, pág. 65, traduzido do original “Ficciones” por Carlos Nejas.

segunda-feira

Rafael

Rafael (1483-1520), pintor renascentista italiano, considerado um dos maiores e mais importantes artistas de todos os tempos. Entre suas primeiras obras, realizadas em Perúgia, destacam-se duas grandes composições: O casamento da Virgem (1504) e a folha do retábulo de Cittá de Castello, que representa a Crucificação com dois anjos, a Virgem e os santos Jerônimo, Madalena e João Evangelista (1503). PERÍODO FLORENTINO Em 1504, transferiu-se para Florença. Nessa época, efetuou uma mudança estilística que abrange da composição geométrica (ver Geometria) e a ênfase na perspectiva até uma maneira mais natural e suave de pintar. As obras destacadas desse período são Madona do grão-duque(1504-1505), A bela jardineira (1507-1508), a Virgem do pintassilgo (1505) e a Madona do baldaquino (1508). Entre suas primeiras obras, realizadas em Perúgia, destacam-se duas grandes composições: O casamento da Virgem (1504) e a folha do retábulo de Cittá de Castello, que representa a Crucificação com dois anjos, a Virgem e os santos Jerônimo, Madalena e João Evangelista (1503). PERÍODO ROMANO Em 1508, a chamado do papa Julio II, foi para Roma, onde se encarregou da decoração mural de quatro pequenos aposentos do Palácio do Vaticano. Entre as pinturas de cavalete desse período romano destacam-se o retrato de Julio II (1511-1512), a Madonna Sistina (1514?) e a Transfiguração (1517-1520). Em 1508, a chamado do papa Julio II, foi para Roma, onde se encarregou da decoração mural de quatro pequenos aposentos do Palácio do Vaticano. Entre as pinturas de cavalete desse período romano destacam-se o retrato de Julio II (1511-1512), a Madonna Sistina (1514?) e a Transfiguração (1517-1520).

Cosmogênese, os Titãs e Zeus

No princípio, havia apenas o Caos. O Caos era o vazio, uma massa sem forma e confusa. Não existia tempo, nem amor, nem tristeza. O Caos produziu uma grande vibração e assim surgiu Nix, a Noite e seu irmão Érebo. Nix era a existência da escuridão absoluta superior, envolvendo tudo com seu manto de tecido leve e escuro, onde haviam lindas estrelas prateadas bordadas. Ela sozinha teve seis filhos: Perdição, Destino, Morte, Hypnos, Morfeu e Nêmesis. Érebo era a escuridão absoluta inferior, onde habitavam os mortos. Nix e Érebo se uniram. Desta união Nix pôs um ovo e dele nasceu o Amor, e de sua casca partida ao meio, surgiu Urano, o céu e Gaia, a terra. Gaia e Urano se apaixonaram e tiveram muitos filhos. Esses filhos eram os Hecatônquiros, os Ciclopes, os Titãs e as Titãnidas. Esses filhos eram gigantescos, estranhos e tinham a força do terremoto, do furacão e do vulcão Os Hecatônquiros eram muito grandes e feios. Possuíam cinqüenta cabeças e cem braços. Seus nomes eram Briareu, Coto e Giges. Urano não gostava desses filhos, e assim que nasciam, eram presos nointerior da terra. Sobre a terra ficavam apenas os Ciclopes e os Titãs. Os Ciclopes também eram muito grandes, e receberam esse nome, porque possuíam um único olho redondo como uma roda no centro da testa. Brontes, o trovão, Estéropes, o relâmpago e Arges, o raio. Os Titãs eram Oceano, Hipérion, Japeto, Céos, Créos e Cronos. E as Titãnidas eram Téia, Réia, Têmis, Mnemôsine, Febe e Téis. Cronos para libertar seus irmãos que estavam presos, com incentivo da mãe, castrou seu pai e do sangue dele nasceram os Gigantes e as Erínias, que perseguiam os que fizessem mal aos outros. Os outros monstros acabaram sendo expulsos da Terra, mas as Erínias permaneceram. Cronos tomou o poder como senhor do Universo juntamente com a rainha-irmã Réia. Os gregos acreditavam que a Terra era redonda e chata, como um disco de pizza e que a sua volta estava o titã Oceano, que a banhava e protegia. Oceano é o titã mais velho, filho de Urano e Gaia. Tem por esposa, Tétis, uma titânida, com quem teve cerca de mil ninfas chamadas Oceânidas, os rios, as fontes. Tétis, em grego, significa "ama, nutriz", é a deusa da água, matéria-prima quem entra na formação de todos os corpos. Possui um carro formado de uma linda concha branca como marfim, puxado por cavalos-marinhos, acompanhada de lindos delfins, que brincam ao seu redor, dos Tritões quem tocam corneta com suas conchas curvas e pelas Oceânidas coroadas de flores. Temis é a personificação da ordem do mundo. É a lei e o eterno equilíbrio. É representada tendo nas mãos uma balança e uma espada. Seus olhos vendados significam imparcialidade de suas sentenças. Teve três filhas com Zeus: Irene (paz), Eunomia (disciplina) e Dikê (justiça). Mnemôsine simboliza a memória. Foi amante de Zeus com quem teve 9 musas: Aoede (Canto); Calliope (Poesia Épica); Clio (História); Erato (Artes Líricas); Euterpe (Flauta); Melete (Prática); Melpomene (Tragédia); Mneme (Memória); Polymnia (Mímica); Terpsichore (Dança); Thalia (Comédia); Urania (Astronomia). Eurília e Crio casaram-se e tiveram os filhos Perses, Palas e Artreu. Japeto é considerado o avô dos mortais, pois é pai de Promoteu, quem os criou. Hipérion casou-se com sua irmã Téia, e juntos tiveram Hélio (o sol), Selene (a lua) e Eo (a aurora). Os mais importantes titãs são Cronos e Réia. Eles geraram cinco deuses: Héstia, Deméter, Hera, Hades e Possêidon. Gaia profetizou que Cronos perderia o trono para um de seus filhos e assim, Cronos com medo que a profecia se realiza-se, engolia os filhos assim que nasciam. Réia, grávida do sexto filho, estava desesperada, não agüentava mais ver seus filhos serem engolidos, armou um plano. Fugiu no dia do nascimento de Zeus, podendo assim esconder a criança na ilha de Creta aos cuidados das ninfas. Como deveria dar a criança para Cronos comer, ela, com muito medo que ele descobrisse, enrolou panos em uma pedra, como se esta fosse a criança, e logo que Cronos viu o embrulho, o engoliu, sem perceber que havia engolido uma pedra, e não seu filho. Zeus cresceu e foi encontrar com seu pai. Ele preparou uma poção para Cronos beber, e assim que bebeu, vomitou todos os filhos que havia engolido. Seus irmãos reuniram-se à volta de Zeus, e o elegeram como o novo Rei. A briga entre titãs e deuses havia começado, mas Zeus, muito esperto, libertou os Hecatônquiros e os Cíclopes, que lutaram ao seu lado. Com a vitória, Zeus recebeu dos Cíclopes o trovão e o raio divino e passou a ser o Deus dos Deuses e dos Homens.

Lendas Nórdicas - Asgard - A Morada dos Deuses.

Asgard era a morada dos deuses e se ligava à Terra pela ponte do Bifrost, que nada mais era que o arco-íris.
Lá habitavam duas famílias de cunho divino: os Aesir e os Vanir, que após um período de hostilidade passaram a conviver harmoniosamente. Conta a lenda que os Vanir ainda no período em que não habitavam o Asgard enviaram a este uma poderosa feiticeira, conhecida pelo nome de Gullveig, detentora não só de grande conhecimento como também de enorme fortuna.. Os Aesir quiseram por tudo descobrir o segredo de tão grande riqueza; e como Guílveig se mantivesse irredutível, optaram por queimá-la viva. Porém, foi enorme a surpresa dos deuses, ao perceberem que a feiticeira renascia das próprias cinzas. Feita mais uma vez prisioneira, Gullveig foi terrivelmente torturada até a morte. Inconformados, os Vanir intimaram os Aesir a indenizar-lhes com enorme quantia de ouro.

Como estes últimos houvessem refutado a proposta, as duas famílias envolveram-se em longos e frustrantes embates que se prestavam apenas para desgastá-los. Dentro de algum tempo, os dois lados acabaram concordando com uma trégua. A divida seria perdoada, a paz retornaria e os Vanir seriam admitidos no Asgard. Assim, os Aesir seriam a mais importante família, caracterizada pela presença de deuses combativos e guerreiros, eram também empreendedores de grandes aventuras e detentores de singular interesse pela magia. Nesta família, destacamos especialmente a presença do deus Odin e de seu poderosíssimo filho, o deus Thor. Os Vanir, por sua vez, ocupavam-se da prosperidade financeira e bem-estar humano. Seriam deuses de temperamento pacífico e simpatizantes das riquezas, fecundidade e relações sociais.

Em nível arquetípico, podemos dizer que os Vanir seriam deuses que descenderiam de antigas divindades ligadas ao culto da terra e aos ritos orgiásticos, dos quais teriam surgido os rituais de fecundidade. Os representantes desta família que mais se destacam são os deuses Freyr e sua irmã Freya. Odin o deus pai possui o palácio Valaskjálf onde está o seu alto trono Hliðskjálf, o palácio Glaðsheimr onde fica o salão Valhalla outro lugar muito famoso e muito cobiçado pelos Odinistas, Thor possui seu lugar chamado Þrúðheimr no salão Bilskirnir. Heimdallr habita no Himinbjörg onde esta a ponte Bifröst, essa é a ponte que liga asgard à miðgard e a outros mundos e lugares, os deuses usam essa ponte também para chegar a outro importante lugar de Asgard a fonte de Urðr, onde as Nornes moram e os Deuses julgam, Baldr habita no Breiðablik, Viðarr habita em Viði, Njörðr habita no Nóatún, os vikings acreditavam que todos que morriam no mar habitariam a morada de njorð na vida-pós-morte. As deusas habitam seu próprio lugar em Asgard, Vingólf, Frigg habita em Fensalir, Freya habita Fólkvangr no palácio Sessrúmnir onde metade dos guerreiros mortos iam após a morte, a outra metade habita Valhalla.
Fonte: http://nibelungsalliance.blogspot.com

terça-feira

Monga, a verdadeira mulher-macaco

Com o corpo coberto de pêlos, a mexicana Julia Pastrana estrelou freak shows, virou múmia e inspirou uma das atrações mais populares dos parques de diversão
Nos anos 80, um fenômeno aterrorizou crianças de todo o Brasil. O pânico chegava na bagagem de um parque de diversões, o boca-a-boca amplificava a lenda e filas se formavam para testemunhar o horror: uma mulher bonita – geralmente de biquíni – ficava presa dentro de uma jaula enquanto um narrador explicava a tenebrosa transformação pela qual ela passaria. Pêlos cresciam, garras apareciam e dentes viravam presas. No clímax da metamorfose, o monstro destruía grades e atacava o público, que fugia apavorado. “Monga, a Mulher-Macaco” é atração tradicional até mesmo nos parques mais chinfrins que correm o país. Tudo ilusão, claro. Mas o jogo de espelhos que garante a transformação de uma garota em um macaco gigante (alguém dentro de uma fantasia quase sempre bem gasta) nasceu de uma história real: a da mexicana Julia Pastrana. Nascida em 1834, Julia desenvolveu uma forma severa de hipertricose, doença raríssima que atinge uma em cada 300 milhões de pessoas, deixando o corpo coberto de pêlos pretos. Também não ajudou muito o fato de Julia ter orelhas grandes, gengivas inchadas e mandíbulas estranhas – na época, chegaram a cogitar que ela teria duas fileiras de dentes, mas recentes exames de raios X na arcada dentária de seu corpo mumificado (calma, a gente chega lá) comprovaram que sua dentição era normal. Coloque essa aparência bizarra sob os cuidados de um homem explorador e você terá, na pior acepção da expressão, um show de horror. Descoberta pelo comerciante Theodor Lent (que depois se casaria com ela), Julia passou a ser exibida em freak shows, as caravanas de mulheres barbadas, pessoas deformadas e coisas estranhas que viajavam pela Europa e pelos EUA entre a 2a metade do século 19 e a 1a do 20. Tinha 20 anos quando estrelou seu primeiro espetáculo, A Incrível Híbrida ou Mulher-Urso. No show, além de dar o ar de sua graça, Julia dançava e cantava – tinha uma voz bonita, dizem. A grossa pelagem escondia uma moça educada e inteligente – Julia falava espanhol e inglês, adorava cozinhar e costurar. Morreu aos 26 anos, de complicações no parto, depois de dar à luz um filho que sofria de hipertricose (e que morreu 3 dias depois de nascer). Nem isso preocupou Lent: o empresário mandou mumificar os dois cadáveres e continuou a exibi-los até sua morte, em 1880. As múmias reapareceram em 1921 nas mãos de Haakon Lund, um showman norueguês que viajou com os cadáveres por duas décadas. Hoje, Julia e o filho descansam no Instituto Forense de Oslo, longe do público apavorado dos parques de diversão.
Curiosidades:
• Julia Pastrana foi citada até por Charles Darwin. O naturalista usou o exemplo da moça para investigar o excesso de pêlos e dentes em mamíferos. • Depois da morte de Julia, seu marido encontrou outra mulher com as mesmas características e se casou com ela! Antes de ser internado em um hospício, ele começou a dizer que as duas eram a mesma pessoa. • Quando os nazistas invadiram a Noruega, o “dono” da múmia de Julia convenceu os alemães a mostrar o cadáver no território ocupado. Os lucros da turnê foram revertidos ao 3º Reich.
Fonte: http://super.abril.com.br

sexta-feira

“TÉCNICA PARA FORMAR EGRÉGORAS” – Parte 2

4 - Pensamento Positivo: - Nós somos o que nós pensamos, e um pensamento positivo cria um egrégora positivo, que aliado ao egrégora criado pela yoga do Globo Azul, atrai forças positivas que ajudam no dia a dia, no aperfeiçoamento pessoal, social e profissional. Gradativamente nosso destino é mudado para melhor pela transformação pessoal, e o que falamos ou desejamos como mérito e direito passa a acontecer, e assim nossos objetivos são sempre conseguidos. Saúde, emprego, felicidade, equilíbrio, paz, sucesso, amor, entre outros, são objetivos perfeitamente atingíveis, se criarmos um egrégora forte e se nossa mente realmente conduzir o processo com todo o seu potencial. 4.1 - Exercício: Toda a manhã ou sempre que julgar necessário, cerre os punhos com força e encolha os dedos dos pés, concentre-se ao máximo que puder, e diga com todas as suas forças internas para você mesmo(a) olhando-se em um espelho ou olhando-se internamente:
"SOU PERFEITO(A), ALEGRE E FORTE, TENHO AMOR E MUITA SORTE, SOU FELIZ, INTELIGENTE, VIVO POSITIVAMENTE! TENHO PAZ, SOU UM SUCESSO, TENHO TUDO O QUE EU PEÇO! ACREDITO FIRMEMENTE, NO PODER DA MINHA MENTE, PORQUE É DEUS NO SUBCONSCIENTE!" Lauro Trevisan
Os seguintes Salmos são indicados para os problemas mais comuns que afligem nossa vida, e quando cantados ajudam muito na criação de um egrégora positivo, mas vale lembrar que existe sempre um Salmo para cada tipo especifico de problema Referência numeração e textos da Biblia Thompson: N. 091 - Para proteção contra forças do mal. "Tu que habitas à sombra do Altíssimo, na proteção........" N. 006 - Para todas as doenças. "Senhor, não vos revolteis contra mim. Que o vosso furor não caia ....." N. 009 - Para doenças incuráveis. "Eu vos louvarei Senhor, de todo o meu coração ....." N. 056 - Para alma desamparada. "Tende piedade de mim, tende piedade de mim, ó Senhor, porque ...." N. 089 - Fraqueza humana e obtenção de trabalho. "Senhor vós sois o refugio de todos os homens....." N. 106 - Angustias e desgostos na vida. "Louvai ao Senhor porque Ele é bom e misericordioso ....." N. 104 - Prosperidade e saúde. "Louvai ao Senhor invocando o seu nome ......" N. 114 - Pelo verdadeiro amor. "Eu amei porque o Senhor exaltou o eco de minha prece ..." N. 126 - Proteção da família. "Se o Senhor visitou uma casa ......." Se você considerar os nossos ensinamentos sobre egrégoras e as leis do astral, e se você fizer com assiduidade a yoga do Globo Azul e o exercício do pensamento positivo, você construirá um egrégora positivo, que poderá alterar em curto espaço de tempo a sua vida e o seu destino. Nunca desista, integre os ensinamentos dados e os exercícios propostos em sua vida, não deixe a preguiça, duvidas ou o que for, atrapalharem a sua felicidade e o seu bem estar. Você comprovará usando seu corpo e sua mente, as verdades ocultas, que poderão abrir caminhos para a compreensão de verdades maiores.Um forte abraço, e conte sempre comigo no caminho da busca da verdade e do auto conhecimento. ADHEMAR RAMOS

quarta-feira

“TÉCNICA PARA FORMAR EGRÉGORAS” - Prof. Adhemar Ramos - Parte 1

O objetivo desta técnica é usar os conhecimentos ocultos e as recomendações que fazemos sobre egrégoras, e indicações práticas para a criação de um egrégora de proteção, para atrair energias positivas e que repelir energias negativas. Existem egrégoras do bem milenares, como formas pensamento poderosíssimas, constantemente alimentadas pelos pensamentos e forças psíquicas dos que mentalizam o egrégora, permitindo a sua existência e garantindo o seu poder, que passa a ser refletido e canalizado para as pessoas ligadas ao egrégora, proporcionando proteção, bons sentimentos e pensamentos, e condições para crescimento espiritual e contatos com seres das hierarquias que acompanham a evolução humana.
1 - Egrégora: - Nós vivemos no mundo das formas, e tudo o que nós percebemos pelos nossos cinco sentidos têm forma. Os nossos sentidos superiores e supra sensíveis, através das clarividências etérica, astral e mental, mostram que respectivamente o mundo etérico, o mundo astral e o mundo mental, que interpenetram o mundo físico, também têm formas. No plano etérico as formas dos corpos vitais dos seres vivos, dos reinos vegetal, animal e hominal, assim como as formas dos elementais, como as dos gnomos, fadas, salamandras, ondinas, duendes, silfos e outros, são bem definidas e conhecidas no ocultismo. No plano astral os desejos, vícios, sentimentos e emoções possuem formas coloridas que lembram formas de animais, que se juntam às formas de almas de encarnados e de desencarnados, e às formas de seres e entidades típicas do astral. No plano mental, os pensamentos de objetos e coisas concretas possuem formas definidas similares às do plano físico, e pensamentos abstratos são vistos por símbolos típicos que podem ser interpretados pela linguagem simbólica superior estudada e pesquisada na Iniciação. Estas explicações são necessárias para entendimento do egrégora, e principalmente para permitir a criação de egrégoras pessoais e coletivos. - Egrégora é uma forma pensamento que é criada por pensamentos e sentimentos, que adquire vida e que é alimentada pelas mentalizações e energias psiquicas. É uma entidade autônoma que se forma pela persistência e intensidade de correntes emocionais e mentais. Pensamentos e sentimentos fracos criam egrégoras mal definidos e de pouca vida ou duração, porém pensamentos e sentimentos fortes criam egrégoras poderosos e de longa duração. - Existem egrégoras positivos que protegem, atraem boas energias e afastam cargas negativas, e egrégoras negativos que fortalecem o mal, canalizam forças negativas e repelem forças positivas. O egrégora pode ser coletivo ou pessoal. Locais sagrados como Aparecida, Lourdes e Fátima, têm egrégoras poderosíssimos, formados pela fé e mentalizações dos devotos, que acumulam as energias psíquicas dos fiéis, e quando alguém consegue canalizar para si as energias psíquicas acumuladas no egrégora, provoca o conhecido milagre. Esta é a explicação oculta da realização de grande parte dos milagres que acontecem. Os locais possuem egrégoras formados pelas energias psíquicas de seus frequentadores. O egrégora pessoal é formado pelas energias psíquicas da pessoa e principalmente pelos seus pensamentos. Assim, uma pessoa psiquicamente equilibrada e com pensamentos positivos, cria um egrégora positivo. Do mesmo modo, uma pessoa desequilibrada emocionalmente e negativa cria um egrégora negativo. 2 - Leis do Astral: - No mundo físico as cargas opostas se atraem, como na ciência e na vida, existe uma atração entre positivo e negativo, próton e elétron, cátion e ânion, sol e lua, homem e mulher, e outros. No astral as leis são diferentes, o semelhante atrai o semelhante. Quando morremos, se nossa alma é negativa ela será atraída para regiões negativas do astral, e nessa região atrairá mais entidades negativas, ficando mais negativa e atraindo mais ainda entidades negativas, e assim continuamente, fazendo acontecer o que é conhecido como inferno. Pelo contrário, se a alma é positiva ela será atraída para regiões positivas do astral, e nessas regiões atrairá entidades positivas, ficando mais positiva, atraindo mais energias positivas e assim sucessivamente criando o que conhecemos como céu ou êxtase em felicidade. Se a alma é uma mistura de bastante positivo e bastante negativo, será atraída para uma região do astral que atrairá ora entidades positivas e ora entidades negativas, criando uma situação de conflito e sofrimento moderado conhecido como purgatório. Nossa alma, nosso psicomental agregado ao nosso corpo físico, está sujeito à esta mesma lei. Uma alma boa, alegre e positiva, atrai mais alegria, felicidade e sorte. Uma alma rancorosa, triste e negativa, por outro lado, atrai mais rancor, tristeza, sofrimento e azar. Observe os acontecimentos na vida: desgraça pouca é bobagem, uma desgraça atrai outra desgraça em seguida; uma pessoa negativa só atrai pessoas problemáticas; para quem é realmente positivo tudo dá certo; dinheiro atrai dinheiro; amor atrai amor, quando amamos alguém mais pessoas aparecem atraíidas pelo nosso amor; azar atrai mais azar, intrigas mais intrigas, brigas mais brigas, e assim por diante. Nós possuímos dentro de nós o dínamo gerador de todas nossas alegrias e tristezas, a mente. A Mente é o limite de nossas possibilidades, poderemos ser o que a mente determinar que sejamos. Poderemos ter saúde, alegria, felicidade, sorte e amor, basta usar o poder da mente. Nós somos primeiro o que pensamos ser, e depois o que sentimos e o que agimos na vida. Esta é a chave que abre as portas para uma vida plena de sucessos e evolução. 3 - Yoga do Globo Azul: - A yoga do globo azul é um exercício indicado, para formar um egrégora pessoal de proteção contra energias negativas, que harmoniza a mente e as emoções. Possibilita a ligação com um egrégora milenar criado pelas escolas de Iniciação e por Adeptos e Mestres ligados às hierarquias espirituais que acompanham e orientam a evolução humana, em busca do bem, do belo e da verdade. 3.1 - Preparação: Fique em pé ou sentado(a), com as mãos pendendo para os lados sem obstruir as regiões do tronco, voltado-se para o norte (apontando o braço direito aberto para o nascer do sol, o norte fica à frente), e com os olhos suavemente fechados para evitar que imagens exteriores perturbem a mentalização. Sinta-se confortável com roupas frouxas, relaxe os músculos mantendo sempre o tronco ereto, e respire de forma cadenciada e tranqüila sem forçar os pulmões. A prática do Pranayama neste caso é ideal (vide outro exercício que já preparamos). O melhor horário é às 6 h. da manhã, seguindo-se 12 e 18 h. Às 6 h. da manhã, todos os Adeptos, Mestres e Iniciados estão emitindo fortes vibrações para a humanidade e nesta hora começa a vibrar o tattwa ou energia do dia, e fazendo yoga neste horário entra-se em sintonia com a energia do dia da semana e sua tônica correspondente, o que possibilita um verdadeiro equilíbrio de energias. Se não for possível, deve-se fazer a yoga em qualquer horário, das 3 às 22 horas. 3.2 - Globo Azul: Mentalize durante 2 minutos, um globo azul envolvendo externamente a região da cabeça, com a palavra PAX em amarelo ouro na forma triangular em seu interior, pronunciando ao mesmo tempo a silaba sagrada "OM", longa e repetidamente e de forma a sentir a vibração do "OM" na boca, narinas e no peito. Para potencializar em muito o efeito, durante a mentalização e a pronuncia do "OM" faça tocar o acorde perfeito, o Do-Mi-Sol (as três notas da região central do piano ou órgão tocadas ao mesmo tempo), ao vivo pela própria pessoa, ou usando uma fita gravada. Outra possibilidade menos adequada é tocar as notas em separado com instrumentos de sopro ou de corda, e até diapasão de bolca (tipo de gaita circular de notas). Observações: Mentalizar significa criar uma imagem e não simplesmente ver. O globo azul deve ser criado mentalmente como sendo algo vivo, vibrando como se tivesse viva própria e envolvendo a cabeça e se expandindo envolvendo todo o corpo e depois o ambiente. O azul é o azul índigo vivo, similar ao de descargas elétricas e relâmpagos. O PAX em amarelo ouro na forma triangular é o P acima do AX formando um triângulo. PAX tem o significado latino de paz ou o mesmo na língua sânscrita Pakshm, e sintetiza o nome oculto de três divindades expressão de Deus Trino. Procure fazer que alguém grave o acorde perfeito, para potencializar a yoga, mas se não conseguir, não deixe de fazer a yoga e compense o efeito repetindo-a maior numero de vezes e com maior poder mental. A cor azul visa dar a atividade de Rajas e a amarelo ouro a vibração e harmonia de Sattwa. Rajas e Sattwa são gunas ou qualidades da matéria. o "OM" é o mantram dos mantrans, é um som primordial, uma evocação que nos põe em contato com nosso Deus Interno, com Potestades cósmicas e atrai presenças e forças espirituais. Assim, nas primeiras práticas da yoga, podem ocorrer arrepios e algumas vezes tonturas e calor. Estes efeitos são naturais e normais, não devem causar medo, e se equilibram gradativamente com a mentalização mais profunda e demorada do Globo Azul. O "OM" atrai forças ocultas, e por isso não deve ser pronunciado em estados de ódio, rancor, inveja ou semelhantes, para não atrair forças negativas. O globo azul pode, após meses de prática para não causar dor de cabeça, ser mentalizado sobre pessoas que necessitam, e mesmo ser enviado a qualquer distância, sendo que neste caso é necessário mentaliza-lo com duas asas para enviá-lo mentalmente.
Fonte: www.adhemarramos.com.br/

terça-feira

Lendas Urbanas - Caixão Flutuante

"Perto de minha casa há um rio aonde muito pessoas vão se banhar, esse rio é chamado de 'Cachoeirinha'. Certo dia estava lá um grupo de pessoas passando o dia, quando se depararam que a criança que estava com eles havia desaparecido. Todos desesperados foram em busca da criança. O Bombeiro foi chamado, até então acharão o corpo. Desde então durante a noite quem passa por lá envolta do rio, vê um caixãozinho branco flutuando, e segue a pessoa até um determinado local, e o caixão desaparece, e a criança aparece sentada na beirada do barranco e acompanha a pessoa até a porteira. Dizem que a criança não fala nada quando aparece..

segunda-feira

George Ivanovich Gurdjieff

Georgiǐ Ivanovič Gǐurdžiev foi um místico e mestre espiritual armênio. Ensinou a filosofia do autoconhecimento profundo, através da lembrança de si, transmitindo a seus alunos, primeiro em São Petersburgo, depois em Paris, o que aprendera em suas viagens pela Rússia, Afeganistão e outros países. Georgii Ivanovich Gurdzhiev, mestre espiritual greco-armênio, era uma figura enigmática e uma força influente no panorama dos novos ensinamentos religiosos e psicológicos, mais como um patriarca do que como um místico Cristão, era considerado, por aqueles que o conheceram, como um incomparável “despertador” de homens. Trouxe para o Ocidente um modelo de conhecimento esotérico e deixou atrás de si uma metodologia específica para o desenvolvimento da consciência. O ensinamento de Gurdjieff foi transmitido de forma clara para o Ocidente por seu discípulo, Peter Ouspensky, a quem o Mestre permitiu que fossem tomadas notas de suas conferências em Moscou, São Petersburgo e outras cidades da Rússia. O fruto deste trabalho resultou no livro Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido - Em Busca do Milagroso, que traça de forma didática as principais lições do mestre greco-armênio, então residente na Rússia. Mesmo separado posteriormente de seu instrutor, P.D. Ouspensky jamais deixou de orientar-se pelas lições tomadas pelo Mestre, particularmente em seu próprio círculo em Londres, onde desenvolvia o "trabalho". Após sofrer um grave acidente automobilístico nos Estados Unidos em meados dos anos 30, Gurdjieff dedicou-se a escrever seus livros, dando origem à trilogia composta por Relatos de Belzebu a seu Neto, Encontros com Homens Notáveis e O Mundo só é Real quando eu Sou. O segundo livro foi adaptado como um filme nos anos 80 por Peter Brooks - assessorado pela Sra. De Salzmann, sendo chamado, em inglês Meetings with Remarkable Men (em português, "Encontros com Homens Notáveis"). A princípio, pode-se dizer que Gurdjieff pretende investigar o que chama de "máquina humana" sob o ponto o de vista da totalidade de seus centros - o motor, o instintivo, o emocional e o intelectual - harmonizando os diversos aspectos do ser. Neste ponto, é fundamental desenvolver o "conhecimento de si", por meio da "observação de si", o que ajuda o homem a conhecer a si mesmo. Para tanto, Gurdjieff não se limita à palavra escrita, mas operava em seu "trabalho" com danças sagradas (trazidas de suas viagens pelo Oriente, em particular de seu contato com os "dervixes" de Istambul e de outros países) e a música (mais tarde, transformadas em composições com a ajuda de seu discípulo De Hartmann). O próprio Gurdjieff se auto-denominava um "instrutor de dança". O sistema de Gurdjieff parte do pressuposto de que os homens estão dormindo, são máquinas ambulantes que não sabem o que fazem. Isto porque o que geralmente achamos que é o "eu" é, na realidade, um conjunto de "eus" que povoam nossa mente, por isso temos que controlá-los através dos "eus-de-trabalho" e assim evitar cair na imaginação que, segundo Gurdjieff, nos afasta da presença. O homem "desperto", aquele que tem consciência de si, é raro. Muitos pensam que têm consciência, porém sequer imaginam do que isso se trata. Sempre que indagado sobre a reencarnação, Gurdjieff desviava a conversa para outro foco. Um aforisma que sempre repetia era de que a "alma é um luxo". Em outras palavras, temos que conquistar níveis superiores do ser através de uma profunda busca pelo autoconhecimento e de uma contínua busca pelo equilíbrio das energias positiva e negativa da própria natureza. O homem dotado de consciência ou vontade é muito raro. Gurdjieff costumava lançar mão nestas ocasiões de uma alegoria oriental: a alegoria da carruagem. Nesta representação simbólica a carruagem é o corpo físico, os cavalos são os sentimentos, o cocheiro é a mente, e dentro da carruagem está o verdadeiro habitante, que é o EU Interior. No indivíduo comum estas partes estão dissociadas e muitas vezes o cocheiro não consegue empregar muito bem os arreios, conduzindo os cavalos. Além disto, o passageiro dentro da carruagem não consegue dar ordens ao cocheiro da direção a ser tomada, e deste modo a carruagem segue parcialmente descontrolada para um rumo que ninguém previu, terminando sempre, é claro, na morte (do passageiro). Outra representação usual de Gurdjieff era o dos diversos corpos do homem, que se assemelha e segue a tradição do oriente. Atingir a perfeita harmonia em cada nível constituía um processo de conquista (o corpo físico, o corpo causal, o corpo astral e o corpo mental). Além desses corpos, havia outros ainda mais sutis e aquele que atingisse a consciência do último seria infinito nos limites do universo, e uno com todas as coisas. Todas as possibilidades do homem, para G.(como lhe chamavam os discípulos), estavam inscritas em um símbolo trazido do Oriente: O eneagrama. O eneagrama também poderia ser expresso como oitavas da escala musical (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si) e se importância se traduz na idéia do choque, um princípio universal. Entre os tons da escala convencional há semi-tons, entre os intervalos mi-fá e si-dó que que devem ser preenchidos por "choques externos", caso contrário o ciclo não se complementaria. No caso da máquina humana (dividida em três compartimentos: cabeça, parte intemediária (tronco) e membros) estes choques externos eram dados pelos alimentos, ou seja: o ar (tórax), o alimento (abdómen) e as impressões (cabeça/mente). Destes choques o mais importante era as impressões, daí o axioma: "para se fazer ouro, é preciso ouro". O pensamento de G. englobava, antes de mais nada, uma profunda Cosmogonia que partia do "raio de criação". Este descendia do absoluto, passando pelos diversos mundos até atingir o planeta Terra. À medida que avançasse, os mundos eram sujeitos a maior número de leis e maiores eram as restrições à liberdade humana. Na Lua, que vem após a Terra, o número de leis seriam ainda maiores que em nosso planeta (que conta com 48 delas). Sujeitos que somos a tão grande número de leis, somos escravos, autômatos em nosso próprio "lar" terrestre. No absoluto, por outro lado, não há leis.

sábado

Mistério iniciático dos 7 Santos fundadores da Bretanha

Os 7 Santos fundadores da Bretanha (cristã) parecem ser uma cópia fiel dos originais 7 druidas que assistiam à cabeça da religião celta na mesma Bretanha. As suas vidas quase improváveis deram-se nos séculos V e VI na época da emigração bretã na Armórica, e a sua história é aquela da passagem da Gália Armórica à Bretanha. Supondo-se que esses religiosos tenham pertencido à aristocracia britto-romana, por serem portadores de nomes latinos gentílicos, como por exemplo Paulus Aurelianus (Saint Pol Aurélien), vieram a instalar-se em sete lugares distintos que já eram espaços de peregrinação e culto celta, tendo aí fundado as suas dioceses, e depois de mortos esses religiosos foram proclamados “santos” pelo povo devido aos milagres que ocorriam junto às suas sepulturas.

Tendo os sete santos fundado sete cidades episcopais, o itinerário de peregrinação a todos eles corresponde ao que a Tradição Iniciática das Idades apelida de Caminho da Iniciação, demarcado por sete etapas distintas onde em cada uma se adquire novo e mais amplo estado de consciência, correspondendo a determinado elemento da Natureza, rumo à Perfeição Divina assinalada pelo Centro Primordial, tanto no Homem como na Terra (o supremo estado interior simbolizado tradicionalmente pelo “túmulo milagroso” de algum santo falecido, ou então pela gruta ou a cripta simbólica do ônfalo, literalmente “umbigo”, indicativo do mesmo Centro Primordial).

Sendo o itinerário da peregrinação católica aos túmulos dos sete santos possível adaptação de igual roteiro sagrado pelos celtas, para todos os efeitos modalidade dinâmica ou móvel de encontro entre as duas tradições, as ditas cidades episcopais bretãs podem assim ser transpostas para os sete estados que demarcam o Caminho da Verdadeira Iniciação, que é sempre, seja sob que modalidade for, o da transformação da Vida Energia em Vida Consciência, tanto na Natureza como na sua partícula individualizada, o Homem.

1.ª Etapa – Quimper, fundada por Saint Corentin

Atributo: Peixe

Significado: Firmação da Fé

Estado e Elemento: Físico e Terra

2.ª Etapa – Vannes, fundada por Saint Patern

Atributo: Igreja

Significado: Afirmação da Fé

Estado e Elemento: Vital e Água

3.ª Etapa – Dol, fundada por Saint Samson

Atributo: Serpente

Significado: Vencer a heresia

Estado e Elemento: Emocional e Fogo

4.ª Etapa – Saint-Malo, fundada por Saint Malo (Melaine)

Atributo: Barca

Significado: Evangelização

Estado e Elemento: Mental Concreto e Ar

5.ª Etapa – Saint-Brieuc, fundada por Saint Brieuc

Atributo: Lobo

Significado: Dons dos sacramentos

Estado e Elemento: Mental Superior e Éter

6.ª Etapa – Tréguier, fundada por Saint Tugdual

Atributo: Pomba e pergaminho

Significado: Sabedoria da Palavra

Estado e Elemento: Intuicional e Subatômico

7.ª Etapa – Saint-Pol-de-Léon, fundada por Saint Pol Aurélien

Atributo: Dragão

Significado: Posse da Sabedoria

Estado e Elemento: Espiritual e Atômico

A fama dos sete santos originou a criação do Tro-Breizh, a “peregrinação aos Sete Santos”, devido aos numerosos milagres produzidos em torno dos seus túmulos, o que veio a popularizar este primitivo itinerário iniciático contribuindo fortemente para a identidade religiosa bretã.

Esta tradição dos “Sete Santos fundadores da Bretanha” tem origem nessas outras bizantina e muçulmana referentes aos “Sete Adormecidos de Éfeso” e aos “Sete Adormecidos da Caverna”. Na versão cristã, os “sete Adormecidos” eram sete nobres cristãos (Maximiano, Malchus, Marciano, Dinis, João, Serapião e Constantino) que escapando às perseguições de Décio, o imperador romano, refugiaram-se numa caverna da montanha próxima da cidade de Éfeso, e aí Deus adormeceu-os por tempo indeterminado. Na versão muçulmana, esses mesmos “Sete Adormecidos de Éfeso” são chamados Ahl-a-Kahf ou Ashâb-al-Kahf, literalmente, “as gentes da caverna ou a gruta”, citadas na 18.ª surata do Al Corão.

Será na tradição transhimalaia referente aos Sete Rishis ou “Reis Divinos” que desde o Mundo Subterrâneo de Agharta dirigem os destinos da Humanidade, que os cristãos e árabes terão recolhido e adaptado às suas doutrina o conceito dos “Sete Sábios e Santos Adormecidos na Caverna”, ideia também explanada por Platão, tendo a gruta secreta o significado de “oculta e inviolável”. O sentido de “adormecer” equivale ao estado de “inactivo”, o que, pegando ainda na tradição transhimalaia, significa que está “acordado” ou “activo” um determinado Rei Divino durante determinado ciclo, enquanto os outros “dormem”. No Final dos Tempos ou do Ciclo de Manifestação Universal, todos os Sete Reis estarão despertos e implantarão a Concórdia Universal sobre a Terra, tal é a mensagem derradeira desta mesma tradição espiritual comum às religiões cristã e islâmica. Nesta, é ainda um cão, chamado Qitmir, quem guia os peregrinos até à entrada da Caverna de acesso ao Paraíso Perdido onde estão os “Sete Adormecidos”. Posto assim e vendo que Saint Brieuc tem por atributo um lobo ou um cão, assim como Saint Malo a barca alusiva da mesma Agharta, ou até mesmo Saint Samson e Saint Pol tendo por atributos a serpente cuja expressão superior é o dragão, mas ambos expressivos do Fogo da Sabedoria oculta no seio da Terra, acaso não é tudo isto por demais significativo?

Fonte: http://lusophia.wordpress.com