Panacéia dos Amigos

terça-feira

THE BEATLES

Em outro post da Panacéia Essencial falamos sobre esta banda fundamental e atemporal, porém, é um texto que sempre me incomodou. A função dele era informar sobre os Beatles e o faz com eficiência, mas, sempre me deixou com a incômoda sensação de ser insuficiente. Afinal, é dos BEATLES que estamos falando! Assim, resolvi escrever este post para aprofundarmos mais sobre a importância dos fab four.

"E no ínicio não havia nada, então Deus criou os fab four e viu que era bom...".

Brincadeira à parte, uma vez li que a música pop/rock pode ser dividida em AB e DB, antes e depois dos Beatles e, realmente, os fatos concordam com esta afirmação. The Beatles influenciou musicalmente a tudo e a todos. De Frank Sinatra a Radiohead, de Tom Jobim a Skank.

Nada se equipara ao fenômeno Beatles na história da música. De "Please please me " até ''Abbey Road" a banda trilhou uma trajetória de brilhantismo e revolução musical até então nunca sonhados.

O ritmo vibrante, a ousadia de estilo com as letras diretas românticas e otimistas do ínicio de carreira que melhoravam a cada disco. De " Please please me" a "Help", as letras mais profundas e o uso da cítara indiana em "Rubber Soul", as inovações eletrônicas e utilização de intrumentos de música clássica a partir de "Revolver", a genialidade de "Sgt. Pepper Lonely Hearts Club Band" com diversas influências tais como Música clássica, psicodelismo, música indiana, e inovações eletrônicas inéditas com maior número de canais e efeitos, a capa referencial com inúmeras figuras importantes da cultura moderna, e o marco histórico deste disco de ser o primeiro da música a trazer as letras no encarte para que todos pudessem trilhar os caminhos psicodélicos das intrincadas composições. Muitos, como Phil Collins, concordam que Sgt. Foi o pontapé inicial do mais tarde chamado Rock progressivo.

Todos os avanços de Sgt. Aprofundam-se ainda mais em "Magical Mistery Tour" com canções fenomenais como "I am the Walrus " e "A Fool on the Hill". Chega a vez do "Álbum Branco", o disco duplo mais conhecido do mundo com suas mais de 30 canções que vão do rock básico ao psicodelismo, somente o Pink Floyd repetiria tal força com "Wall". Após o lançamento da trilha sonora de "Yellow Submarine", os Beatles retornam ao rock sem os efeitos do psicodelismo com "Let it Be", e então, com seu maior sucesso em que toda a sua trajetória parece ter sido resumida lançam o último disco intitulado "Abbey Road".

Além da música The Beatles foram referenciais sob vários aspectos. Foram os primeiros a ousar usar cabelos compridos, impulsionaram a calça jeans e foram os primeiros ídolos a venderem de tudo: camisetas, bonés, bonecos, perucas, bottoms, enfim inventaram o mercado pop que hoje existe.

Foram a primeira banda a se apresentar em grandes estádios, no que seriam copiados pelas bandas que viriam a seguir.

Foram os responsáveis pela criação dos primeiros videoclips a rodar pelo mundo, porque como não excursionariam mais a partir de 66 passaram a valorizar o uso da imagem.

Falando em imagem seus filmes são considerados cult, especialmente o primeiro A Hard Day´s Night e Yellow Submarine um desenho psicodélico que é um forte registro da época que o concebeu.

A primeira transmissão via satélite contou com os Beatles enviando para o mundo a mensagem pacifista de All You Need is Love.

The Beatles são uma influência e referência constante na música. Até mesmo dentro do heavy metal e hard rock, bandas como Black Sabbath, Judas Priest, Kiss e Queen não deixaram de proclamar sua admiração.

A banda foi a única a colocar 05 músicas simultaneamente no top 10 americano.

É a banda que mais vendeu discos em toda a história: 03 bilhões até aqui.

Definitivamente, The Beatles entrou para a história como uma banda que marcou profundamente a música e os costumes de uma época ou várias. Um fenômeno não repetido por nenhuma banda até hoje. Como disse Lennon uma vez todo o barco dos anos 60 estava indo na mesma direção, mas o Beatles ficavam no topo da vigia e eram os primeiros a gritar "Terra a vista"!

Enfim, meus caros, ao encerrar este texto, após todos estes fatos vamos repetir a matéria anterior, dizendo novamente: The Beatles é pura panaceia essencial!

segunda-feira

No Suprises - Radiohead

A heart that's full up like a landfill

Um coração que se encheu como um aterro

A job that slowly kills you

um trabalho que te mata lentamente,

Bruises that won't heal

feridas que não cicatrizam.

You look so tired and unhappy

Você aparenta estar tão cansado-infeliz,

Bring down the government

Derrube o governo,

They don't, they don't speak for us

eles não, eles não falam por nós.

I'll take a quiet life

Eu vou levar uma vida tranqüila,

A handshake of carbon monoxide

Um aperto de mão de monóxido de carbono,

No alarms and no surprises

Sem nenhum susto e nenhuma surpresa,

No alarms and no surprises

sem sustos e sem surpresas,

No alarms and no surprises

sem sustos e sem surpresas.

Silent, silent

Silêncio, silêncio.

This is my final fit, my final bellyache with

Este é meu ajuste final, minha dor de barriga final.

No alarms and no surprises

Sem nenhum susto e nenhuma surpresa,

No alarms and no surprises

sem sustos e sem surpresas,

No alarms and no surprises please

sem sustos e sem surpresas, por favor.

Such a pretty house, such a pretty garden

Uma casa tão bonita , e um jardim tão bonito.

No alarms and no surprises (let me out of here)

Sem nenhum susto e nenhuma surpresa (Tire-me daqui)

No alarms and no surprises (let me out of here)

Sem nenhum susto e nenhuma surpresa (Tire-me daqui)

No alarms and no surprises please (let me out of here)

sem sustos e sem surpresas, por favor. (Tire-me daqui)

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=qqsyXdj_p_I

High and Dry - Radiohead

High and Dry

Numa pior

Two jumps in a week, I bet you think that's pretty clever don't you boy? Dois saltos numa semana, eu aposto como acha que isso é engenhoso, não acha garoto?

Flying on your motorcycle, watching all the ground beneath you drop. Voando em sua moto , observando todo chão abaixo de você desabar

You'd kill yourself for recognition, kill yourself to never ever stop. Você se mataria por reconhecimento Se mataria para nunca, jamais parar

You broke another mirror, you're turning into something you are not. Você quebrou outro espelho. Você está se transformando em algo que não é

Don't leave me high, don't leave me dry Não me deixe mal. Não me deixe sozinho

Don't leave me high, don't leave me dry Não me deixe mal. Não me deixe sozinho

Drying up in conversation, you will be the one WHO cannot talk. Calando-se na conversa, você será o único que não pode falar

All your insides fall to pieces, you just sit there wishing you could still make love Todo seu interior cairá em pedaços, você apenas sentado aí desejando que ainda possa amar

They're the ones who'll hate you when you think you've got the world all sussed out Eles são os únicos que te odiariam, quando você achar que decifrou o mundo

They're the ones who'll spit at you. You will be the one screaming out.

Eles são os únicos que cuspirão em você, você será o único que estará gritando

It's the best thing that you've ever had, the best thing that you've ever, ever had.

Essa é a melhor coisa que você já teve. A melhor coisa que você sempre, sempre teve.

It's the best thing that you've ever had, the best thing you've had has gone away. Essa é a melhor coisa que você já teve. A melhor coisa que você já teve se foi.

Don't leave me high, don't leave me dry Não me deixe mal. Não me deixe sozinho

Don't leave me high, don't leave me dry Não me deixe mal. Não me deixe sozinho

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=NCPDiEz-GcE

sexta-feira

Síntese das Antíteses

"Só temos consciência do belo,

Quando conhecemos o feio.

Só temos consciência do bom,

Quando conhecemos o mau.

Porquanto, o Ser e o Existir,

Se engendram mutuamente. O fácil e o difícil se completam. O grande e o pequeno são complementares. O alto e o baixo formam um todo. O som e o silêncio formam a harmonia. O passado e o futuro geram o tempo. Eis porque sábio age Pelo não - agir. E ensina sem falar. Aceita tudo e não fica com nada. O sábio tudo realiza e nada considera seu. Tudo faz - e não se apega à sua obra. Não se prende aos frutos da sua atividade. Termina sua obra, E está sempre no princípio. E por isto a sua obra prospera." Lao – Tse

Belly

Belly é uma banda do ínicio dos anos 90, liderada pela cantora compositora e guitarrista Tanya Donnely, que marcou o cenário musical com seu pop lírico de melodias doces e assobiáveis.
A história do Belly se confunde com o The Breeders, que ficou conhecida por aqui com a música Cannonball. Quando deixou sua primeira banda, a Throwing Muses(após quase dez anos), Tanya Donelly formou o Breeders com sua amiga Kim Deal, que tinha se afastado dos Pixies. Mesmo ainda atuante no Breeders, Donelly resolveu formar o Belly.
Abandonando o antigo grupo lançou em 93 o primeiro álbum do Belly, "Star" que teve boa recepção da crítica. O disco trazia grandes canções como Someone to die for, Angel e seu maior sucesso Feed the tree (uma canção bem feminista). O nome Belly segundo sua líder seria na verdade "Both pretty and ugly".
Conheci o Belly na mesma época que o Cocteau Twins. Eram bandas que para mim se diferenciavam de tudo o que havia ouvido antes. Canções melodiosas, doces e agradáveis. Outras com pegada e energia. Todas bem compostas.Especialmente marcante na época (95?), foi a canção "Swett Ride" que se tornou um espécie de clássico entre os que conheciam a banda.
O trabalho seguinte "King" foi menosprezado pela crítica, o que não concordo. "King" possuía boas músicas mas, talvez, não fosse tão melodioso como seu antecessor, contrariando expectativas o que gerou descontentamento com o público.Seja como for, este trabalho marcou o fim de Belly. Sendo a compositora, cantora e guitarrista continou uma carreira solo que, a meu ver, não repetiu o brilho do tempo da banda.
Sweet Ride: http://www.youtube.com/watch?v=IuM6ByWEHkw&feature=PlayList&p=57C21F566D771728&playnext=1&playnext_from=PL&index=14
Gepetto:(Vejam na Panacéia dos Vídeos)

segunda-feira

Radiohead

Radiohead. A banda liderada por Thom Yorke é uma das principais bandas de rock do mundo. E, na minha opinião pessoal, a principal banda dos últimos tempos.
A razão para isto é que o Radiohead incorpora raros atributos ao seu trabalho. Qualidade musical, ousadia criativa, visão artística e critica do mundo e empatia. Seus discos são clássicos. Pablo Honey trazia a visceral "Creep", "Anyone can play guitar", "Pop is dead". Embora ainda cru, o som do Radiohead já apontava em 93 uma tendência que seria seguida anos mais tarde por bandas como Coldplay, Keane e influenciaria mesmo veteranos como o U2. Em 93, a música do Radiohead se elevava sobre o som simplório do grunge e se colocava à parte da ingenuidade do chamado "britpop" ainda por nascer. O ano de 95 trouxe "The Bends", a partir de então, para qualquer um mais atento, o Radiohead demonstrava um som muito mais elaborado do que seu próprio trabalho anterior e indo além da cena inglesa do momento (Oasis, Blur, Charlatans, Pulp e outros). Clássicos como "High and dry", "Just" e "Fake plastic trees" vieram a luz e acompanhados de videoclips muito bem elaborados e intrigantes (Uma marca registrada do Radiohead). Destaque para "Just" que conta uma história genial que nos prende em seu desenvolvimento tanto quanto a música. Os shows eram arrebatadores. O Radiohead não era apenas uma banda de estúdio, seus músicos eram excelentes e faziam um show do mesmo nível. O carisma, a voz e a empatia de Thom Yorke se mostravam, como é até hoje, formidáveis. O ano de 97 veio com a chegada de "OK, Computer!, considerado por muitos o mais importante disco de rock da década de 90. Elogiado pela crítica e público o disco trazia faixas como "Paranoid android", "No surprises" e "Karma Police". "OK, Computer" era um disco conceitual em que uma música se mesclava a outra criando uma atmosfera particular tão futurista quanto melancólica. Na época, apenas o "Spiritualized", se aproximava deste som, o que levou os apressados a criar um novo movimento o "Space Rock". Muitos caíram na tentação de compara-lo a outros discos históricos tais como "Ziggy Stardust and Diamond Dogs" e é claro "Sgt. Pepper and Lonely Hearts Club Band". Os membros da banda nunca esconderam que, entre outras diversas influências, o quarteto de Liverpool também foi referencial. Mas, eu particurlamente, não vejo tanto a influência musical e sim uma semelhança na atitude das duas bandas de jamais se entregar ao lugar comum e de buscar uma inovação real. Levando sua música a sério. Para os que gostam de coincidências uma interessante une os dois grupos. Os Beatles foram contratados pela Parlophone, uma subsidiária da EMI, ora , a mesma Parlophone contratou o Radiohead. Diante da veneração mundial, o Radiohead percebeu que o som que havia criado e marcado na história musical seria então, uma referência a ser copiada exaustivamente por várias outras bandas (o que de fato aconteceu), assim, a banda resolve mudar as regras do jogo. Chega então, o enigmático "Kid A". Foi um processo criativo tortuoso conduzido por Yorke que vivia um misto de inspiração e crise criativa num mesmo momento. Yorke batalhou para criar um novo caminho e isto o levou a diversos atritos com o restante da banda que não conseguia entender os rumos tomados por seu líder e isto quase resultou na dissolução do grupo. Mas, enfim, na montagem final, as coisas se tornaram mais claras e com a aprovação de todos o trabalho seguiu adiante. "Kid A" desconstrói o som do Radiohead, poucas guitarras, poucas palavras, influências de jazz e eletrônica. Basicamente, uma trilha sonora futurista, um som ambiente voltado à experimentação. A crítica e público se dividiram, mas, convergiram para a mesma opinião, o Radiohead não se renderia facilmente ao mesmismo do mainstream das grandes bandas. Sua ousadia criativa, quase uma rebeldia, continuaria. Na seqüência vieram "Ameniasic" e "Halt the thief". Neles a experimentação continua. Apesar disso a popularidade e as vendas do Radiohead sobem como nunca, apesar de seu som nem sempre ser bem compreendido. Enfim, seu mais recente lançamento foi "In Rainbows" que trouxe uma inovação em suas vendas. O CD foi disponibilizado na Internet faixa por faixa e cabe ao público pagar a banda o valor que quisesse. Um verdadeiro desafio a todo o sistema musical dominado pelas gravadoras e um ato de coragem e ousadia ao se expor ao julgamento público ou simplesmente de oferecer a todos sua música pelo preço que pudessem pagar. No trabalho do "In Rainbows", em si, o Radiohead concedeu um pequeno retorno às origens de seu som mais melodioso e menos experimental, mas se esta tendência irá continuar ou não somente a genial mente de Thom Yorke poderá responder.
E até lá, o pop e o rock aguardam os novos caminhos apontados por esta banda inventiva e sempre relevante.

Legião Urbana..

Muito bem. Como se descreve ou definem as impressões, histórias de toda uma fase da sua vida? Legião Urbana para muitos da minha geração fez parte da trilha sonora de muitos momentos, e na verdade, mais que isso, se tornaram leituras precisas e de uma identificação imediata da mensagem com nosso pensamento.Dentre as que foram importantes para mim na época (Porque, hoje, elas se perderam pelo caminho, sendo apenas lembranças da trajetória. O tempo, amigos é benéfico e eficaz para transformar montanhas em grãos de areia) destaco "Metal contra as nuvens" (Ah, esta letra medieval com bem boladas alusões aos sentimentos, e a ligação com os meus primeiros tempos como jogador de RPG –Role Playing Game – a torna muito especial), "Pais e Filhos" (Especialmente, com a versão em que se toca Stand by me, cantei muito isto em várias rodas de violão regadas a vinho. Desde os "vinhos-vinagre" aos melhores da casta!), "Teatro de Vampiros", "Quase sem querer", "Índios", "Há tempos" (O clipe da música, ainda que simples é muito interessante pelas referências que podemos tirar prestando atenção aos livros na estante atrás de Russo e a carta "justiça" do tarô colocada num momento chave da canção), "Monte Castelo" (adoro as referências literárias e bíblicas), "Perfeição (Detesto a melodia-quase-rap, mas, aprecio demais a letra e as referências as lendas gregas).

Metal contra as nuvens merece um aparte. Vejo muito pouco ser dito sobre ela. Não sei se a maioria dos fãs não a compreendeu ou ignorou simplesmente. Mas, tudo nela é genial a começar pela ousadia do texto medieval muito longe do "lugar-comum" da maioria dos jovens da época (Dos de hoje, então, nem pensar. A capacidade de referencial histórico está bem reduzida).Além do que, trata-se de uma canção longa, um verdadeiro épico, começo, meio e fim de uma história poética de temor e coragem, descrença e fé, desespero e esperança. (Sei que "Faroeste Caboclo" também se encaixa nisto, e gosto muito desta música, porém, "Metal" é mais sofisticada e rica, enquanto considero "Faroeste" mais crua e direta ao ponto, além de não dar a menor margem alguma esperança) Se puderem, ouçam com atenção "Metal contra as nuvens" e tentem decifrar as várias camadas de entendimento desta música.

É um texto de desencanto, um lamento de nobreza diante das sombras do mundo tais como a inveja e a traição. Na época, a música gerou entre nosso grupo de jogadores um debate de horas e horas sobre a identidade do narrador (embora, provavelmente, Renato não tenha nem sequer pensado em personagens da fantasia medieval, mas, como jogadores de RPG gostávamos de conjecturas) que poderia ser um paladino em desencanto ou talvez um bardo, provavelmente um elfo, com saudades de seu povo.Um texto sobre a coragem de não se render ante as piores adversidades: "Não me entrego sem lutar, tenho ainda coração. Não aprendi a me render, que caia o inimigo, então!".E sobre esperança: "Tudo passa, tudo passará... e nossa história não estará pelo avesso assim... sem final feliz. Teremos coisas bonitas para contar! E até lá, vamos viver temos muita ainda por fazer, não olhe para trás, apenas começamos! O mundo começa agora! Apenas começamos!".
Trechos sensacionais considerando que valiam tanto para fundo musical de nossos personagens, como valeram, em várias ocasiões, para nós mesmos.Afinal, pensando bem, o que pode o "Metal contra as nuvens?" Se percebemos bem se trata de outra imagem abstrata. O metal é forjado pelos homens, em geral, as forjas ficavam nos subterrâneos dos castelos e com ele busca-se a dominação dos outros pela guerra. Mas, as nuvens pertencem ao céu, estão num patamar distante da engenhosidade do homem, pertencem à criação de um ponto mais cósmico e divino. Metal contra as nuvens é um ato de agressão inútil porque o metal não pode ferir as nuvens que são e continuaram sendo. E no fim, todo o ato de agressão é, em si, inútil. Renato pensou nisso tudo? Não sei, talvez. Mas, o artista é uma antena de mensagens abstratas e pode não as traduzir, mas as transmite. E podemos cada um, nos entregar as leituras de acordo ao que compreendemos.
Vocês vêm como é. O que deveria ser um texto sobre a Legião, praticamente se tornou um "tratado" de "Metal contra as nuvens", mas, enfim, Legião é essencialmente isto. Uma série de canções, muitas vezes crônicas de nossa vida, mais cruas ou mais simbólicas, porém, sempre significativas.Alguma mais, outra menos dependendo de quem ouve. Mas, Legião tem o mérito de jamais ser irrelevante. Você pode questionar a capacidade musical dos integrantes (pois, afinal eram herdeiros do punk e não da música erudita), mas, não a relevância, pois ninguém é indiferente ao trabalho da Legião Urbana. Se deixar uma mensagem é o papel do artista, se não passar "em branco" pela sua geração é o que traz grandeza a sua trajetória. Então, a Legião cumpriu seu papel, com sinceridade e no fim, isto é tudo o que importa. Assim foi, assim é.

Há tempos:

http://www.youtube.com/watch?v=h3zzDSpYPR8&feature=PlayList&p=50E5E66D3D8F0A04&index=0&playnext=1

Metal contra as nuvens:

http://www.youtube.com/watch?v=nW6qKn6VSco

quinta-feira

Watson Portela

Tive o primeiro contato com o trabalho de Watson Portela (Recife, PE, 18 de outubro de 1950) através de algumas edições de "Paralelas", aonde este estranho universo era publicado. Foi surpreendente entrar em contato com aquelas histórias em que não havia barreiras de cenários ou temas.

De uma história para outra poderíamos estar numa sociedade futurista aonde era proibido pensar (ilustrada com balões vazios e balões repletos de informação), histórias de assombração e cangaceiros, tiras de humor e muitas outras.

Sempre me chamou a atenção o estilo particular de Watson Portela. Já vi seu traço em capas especiais para personagens americanos, histórias de humor para revistas dos trapalhões, tiras de humor e nas paralelas. Seu traço tem uma capacidade camaleônica de se adaptar talentosamente a cada linguagem.

Uma curiosidade interessante é que Watson chegou, em sua trajetória, a pintar capas de LPs. Nos anos 70 para o álbum Até a Amazônia? (1978) do grupo Quinteto Violado. Nestes tempos, Watson Portela trabalhava como um datilógrafo.

Em paralelas, Watson criava roteiros adultos, intensos e instigantes. Temas complexos se misturavam a toques entre o erotismo e o bizarro, humor negro e o simplesmente hilário. Por vezes, me parecia estar assistindo alguns capítulos de "Acredite se quiser" e "Além da imaginação".

Alguns dos conceitos das histórias ainda marcam minha memória. A sociedade do não-pensamento, a nova vinda de um messias, a alma penada do cangaceiro, os justiceiros futuristas, enfim diversos enredos surpreendentes.

Em uma dessas histórias, Portela tratou do preconceito de forma sensacional. Na trama, um garoto, afro, foi acusado injustamente de abusar e matar uma jovem no metrô, na verdade, a moça não estava morta e sim "travada" de tão bêbada e estava seminua porque estava vendendo o corpo por doses de bebida. Mas, sem se preocupar em saber a verdade uma multidão enlouquecida persegue o jovem para lincha-lo. A maneira como Watson encerra esta história é um tapa na cara na hipocrisia da sociedade que finge não ser racista ou não notar o racismo inerente em nossas menores atitudes subconscientes.

Aos que desconhecem o trabalho genial desse artista insano (no melhor sentido da palavra), não percam tempo e procurem por aí. Vale a pena!

Obras:

* Chet, inspirado em Tex (Chet era uma brincadeira com Tex ao contrário). Era escrita por seu irmão Wilde Portela.

* Paralelas

* Paralelas II

* Vôo Livre

* Spektro

* Pesadelo

* Também desenhou Velta

* Aventura & Ficção (Editora Abril)

* Jovem Radical (Editora Abril)/1988

segunda-feira

História do RPG

Um pouco da história do RPG que levantei na internet e outras reminiscências:

Pré - 1974

• 1970: Dave Arneson e amigos começam a jogar um proto-D&D no jogo Twin Cities

• 1971: Surge Chainmail

• 1972: Chainmail recebe os elementos de fantasia em forma de um suplemento

• 1973: Gygax une o jogo de Arneson com as regras de Chainmail

1974

• Dungeons&Dragons, o primeiro jogo de RPG como conhecemos hoje, é publicado em janeiro

1975

• D&D começa a angariar jogadores vindo dos jogos de guerra. Greyhwak é o cenário que mostra sinais de expansão. Todos os outros RPGs da época são derivações de D&D

• Surge Boothill, o primeiro RPG de Western e Em Garde! O primeiro de espadachins

• Greyhawk, o primeiro suplemento oficial de D&,D surge seguido de Blackmoor, que traz o primeiro cenário

• Tunnels&Trolls e Emprire of the Petal Throne leva as regras de D&D a níveis mais elaborados de campanha

1976

• D&D continua crescendo e atraindo cada vez mais jogadores, surgindo então os primeiros jogadores iniciantes, ou seja, que não vieram de um background dos jogos de guerra

1977

• Começam a surgir cenários "stand alone" e sistemas de jogos mais complexos

• Traveller faz o gênero de ficção científica decolar

• Sinais do primeiro boom no mercado, o de "fantasia genérica"

• Suprhero: 2044 é oprimeiro jogo baseado em super heróis.

• Surge o D&D Basic set

• Chivalry & Sorcery é o primeiro livro de regras para o Advanced D&D

• Surge o Monster Manual que é usado como suplemento de D&D até que os outros livros de AD&D apareçam

1978

• Surge Runequest

• Começam a aparecer os elementos de apoio ao mestre e jogador ( escudo, folhas de personagem e cenários)

• Gamma World é o primeiro RPG pós apocalíptico

• D&D é o primeiro jogo a ter uma distribuição maciça , invadindo até mesmo a Europa. Mas a TSR começa a se debruçar em seu novo e promissor produto, o AD&D

• AD&D Players Handbook aparece

• Starships&Spaceman é o primeiro jogo no estilo trekkie

1979

• Este é um importante ano para o RPG pois D&D é agora conhecido nacionalmente nos EUA, começam a surgir os profissionais do mercado e as convenções. A mídia está maravilhada com este novo jogo e as vendas são estratosféricas.

• Bushido RPG é o primeiro jogo de fantasia oriental

• Gangster! Chega como o primeiro jogo detetivesco, e Commando é o primeiro a usar a temática militar

• AD&D Dungeon Master Guide conclui a trilogia sagrada do RPG

• Villains&Vigilantes surge com a inovação de se montar personagens com as características dos jogadores

1980

• Este ano é considerado o que teve o pico de interesse da mídia no RPG

• Dallas é o primeiro RPG licensiado

• Rolemaster chega ao mercado

• A primeira mega campanha de Greyhawk World of Greyhawk. Os jogadores passam a descartar sistemas mais simples em prol dos mais complexos ( e complicados)

1981

• É fundada a RPGA – o primeiro clube de jogadores – pela TSR

• Outras editoras descobrem o RPG

• Call of Cthulhu é o primeiro jogo de horror

• Mechanoid Invasion (da Palladium) é o primeiro jogo baseado em robôs gigantes

• Cai a popularidade das aventuras solo que até aqui seguiam um caminho estável

1982

• Star Trek RPG

• Champions RPG

• Curiosidade: Alma Mater (um jogo de humor mas de gosto duvidoso) foi o primeiro jogo banido da GenCon.

1983

• Palladium RPG

• Primeira campanha baseada na Terra-Média

• Surge na Europa as aventura-solo que foram traduzidas aqui no Brasil

1984

• Rolemaster RPG

• Mekton ( primeiro "mecha/mangá" RPG)

• Marvel Super Heroes

• Twighlight 2000 o melhor RPG militar

• Chill RPG ( horror com pitada de bom humor)

• Toon

• Paranóia

1985

• O mercado se contrai e muitas editoras pequenas desaparecem

• Battletech a versão em caixa que também foi traduzida no Brasil desponta como sucesso

• Pendragon RPG

• DC Heroes

1986

• GURPS aparece nos EUA

• Warhammer (famoso jogo britânico de fantasia e que trouxe os jogos de miniaturas)

• Battletech RPG

• Car Wars

1987

• Star Wars RPG

• Talislanta

• O mercado segue com AD&D na liderança, seguido por Warhammer, GURPS e Rolemaster

1988

• Cyberpunk

• Ars Mágica

• Curiosidade: Bullwinkle and Rocky RPG. O jogo era tão simples que quase não tinha regras (mas tinha marionetes)

1989

• Space 1889

• Shadowrun

• Começa o mix entre cenários de fantasia e ficção

1990

• TORG

• RIFTS

• Até então nada foi escrito que fosse mais engraçado que Paranóia

1991

A partir de 1991 surge o RPG no Brasil, com GURPS e AD&D. Em 1992 acontece o I USPCON e lá estava eu. Era tudo muito empolgante. Encontrar outras pessoas envolvidas com a mesma novidade, compartilhando as experiências mais alucinadas de jogo e vivência de grupo de jogo.

Na ocasião, conheci meu amigo Alex Sunder, (Veja entrevista na "Panacéia das Entrevistas" que entre outras qualidades como artista plástico, e desenhista de Hqs, ainda por cima, um grande mestre de jogo e jogador notável) devidamente trajado com roupas vampirescas (Afinal, ele mestrava a última novidade na época o sistema "Vampire") e cabelo vermelho. Talvez, devesse citar ainda o bom aproveitamento que ele deu a lousa do local, na qual gravava o número de jogadores mortos em ação em suas aventuras. Os jogadores não eram muito bons e o mortos já ocupavam boa parte do espaço! Ah, os velhos e bons tempos.

Além disto, pude jogar pela primeira vez o sistema "Call of Chtulu" (não joguei mal, mas o fim foi inglório) e à tarde, uma aventura de AD&D (nesta, diga-se de passagem, joguei muito bem), na qual, entre mais de seis personagens restarão dois e um terceiro do qual tivemos clemência.

Depois deste evento, o RPG se estabeleceu de vez em nosso país. Alea jacta est. E como dizem: O resto é história!

sexta-feira

Operação Cavalo de Tróia - J.J. Benitez


Há muito tempo eu ouvia a respeito da série "Cavalo de Tróia" de J.J.Benítez, mas, no mais das vezes, evitava a leitura. O conceito me parecia absurdo demais. Viajantes no tempo observando os passos de Jesus. Além do que, haviam vários livros em série já lançados, eu não tinha nenhum e a biblioteca municipal tinha apenas a primeira e segunda edições e a possibilidade de conseguir todos os outros...enfim, criava obstáculos e obstáculos. Tudo tem o seu tempo.

Após ouvir relatos dos mais assombrosos sobre inúmeras coisas, e mesmo assistir a uma entrevista de Benítez (que não me pareceu tão alucinado como julgava que deveria ser), resolvi que não poderia haver nada ali que me ultrajasse de maneira irreversível e quanto a conseguir os outros livros...bem eu os conseguiria com o tempo. Não havia pressa.

Então, emprestei os dois primeiros livros e os li rapidamente. Meses depois, consegui todos as outras edições da série. Aguardei concluir a leitura de todas as obras lançadas para comentar a respeito aqui no blog. Antes, deixarei aqui trechos de resumos (encontrados nas contra-capas dos livros) para servir de guia aos que se interessem pela leitura.

A série relata uma operação secreta da força aérea americana que, ao descobrir um modelo seguro de viagem no tempo, cria, em 1973, uma operação para acompanhar os últimos dias de Jesus Cristo na Terra.

A partir daí um major que adota o codinome de Jasão e um piloto, chamado no diário de Elizeu voltam no tempo até a época de Jesus Cristo e presenciam os fatos mais marcantes da Sua vida. Fornecem, também, dados da sociedade da época: costumes, leis (principalmente as leis do judaísmo), crenças (judaicas e pagãs, geografia, ambiente, etc).

Jasão é escolhido para a operação pelo seu ceticismo e imparcialidade, mas quando encontra Jesus– o Mestre – é tocado profundamente por sua mensagem e a narrativa ganha um tom delicado e humano. A diferença entre os acontecimentos presenciados pelo Major e os narrados nos textos sagrados é enorme, mas compreensível.

Segundo as próprias observações da personagem, os evangelistas nem sempre estavam presentes aos acontecimentos que narraram anos depois e, mesmo quando estiveram, sua formação cultural não permitia que compreendessem totalmente os acontecimentos.

Um dos pontos mais polêmicos vem do próprio autor. Ele jura ,de maneira veemente, que o diário das memórias do Major acabaram em suas mãos através de uma amiga e que são absolutamente reais , e sendo bem guardados. Narra, inclusive, no primeiro volume seu encontro com Jasão e a luta que foi conseguir os originais do Diário em suas viagens por México e EUA.
Eis o resumo dos livros:

Operação Cavalo de Tróia I – Jerusalém
Em seu refúgio no México, no fim da vida, um militar e cientista da Força Aérea norte-americana confia ao autor deste livro documentos que, surpreendentemente, revelam a execução de uma experiência que lhe permitiu voltar no tempo quase dois mil anos e ser testemunha ocular e participante dos últimos dias de Jesus Cristo na Terra, desde sua entrada em Jerusalém até sua prisão, julgamento, crucificação e ressurreição. Esta prodigiosa experiência, batizada pela NASA de "Operação Cavalo de Tróia", teria sido realizada sigilosamente em 1973, em pleno coração de Israel. O que se segue é um relato, no mínimo impressionante pelos detalhes e minúcias, dos acontecimentos daqueles dias. Testemunha ocular? Imaginação ou realidade? Usando as palavras do próprio autor: "… só o futuro poderá dizer se este relato foi ou não verídico".

Operação Cavalo de Tróia 2 – Massada
Desta vez, o "berço" parte de Massada, ao sul de Israel, levando Jasão e Eliseu novamente de volta ao ano 30, ao encontro de Jesus de Nazaré. Nesta segunda exploração, o diário do Major registra fatos acontecidos após a Ressurreição do Mestre e revela o conteúdo da "gravação" realizada durante a Última Ceia com os apóstolos. Quantas surpresas e quantos fatos não revelados pelos quatro evangelistas!

Operação Cavalo de Tróia 3 – Saidan
Em Operação Cavalo de Tróia 3, o cenário é a Galiléia, região de pescadores, onde o Nazareno acolheu seus apóstolos e onde pregou e viveu por muitos anos.Jamais foi feita uma narração com tanta riqueza de detalhes sobre suas aparições às margens do Tiberíades, o Kennereth. Sobre a infância de Jesus - uma época totalmente omitida pelos evangelistas - ficamos sabendo como era sua vida em Nazaré com os pais, irmãos, quem eram seus amigos, sua sensibilidade para as artes e como se passou o episódio de sua discussão com os doutores do Templo. A minuciosa descrição do "Corpo Glorioso", ou seja, a constituição do corpo ressuscitando de Jesus, segundo a análise feita por cientista, é outra instigante surpresa.

Operação Cavalo de Tróia 4 – Nazaré
Operação Cavalo de Tróia 4 abrange os chamados "anos ocultos" do Mestre. Até o presente momento, nenhuma outra obra descreve a aldeia de Nazaré e seus habitantes como este documento. Neste livro, o Major da USAF investiga a Encarnação de Cristo na Terra e reconstrói uma das etapas mais ocultas e fascinantes de Sua passagem. Foi carpinteiro, chefe de um armazém que abastecia caravanas, trabalhou na forja e foi viajante. Um período - dos quatorze aos vinte e seis anos - decisivo para compreender em sua justa medida a experiência humana do Filho de Deus.

Operação Cavalo de Tróia 5 – Cesaréia
Jasão, preso num subterrâneo, sem a "vara de Moisés", estava enterrado vivo. Teria encontrado seu fim? Durante seis anos o leitor ficou imaginando o que lhe aconteceria.
Não só escapa, mas segue com sua missão, na Palestina do ano 30, nas pegadas de Jesus de Nazaré.

Operação Cavalo de Tróia 6 – Hermon

Este sexto volume da série Cavalo de Tróia, continuando o diário do major norte-americano, traz, entre milhares de dados técnicos e históricos rigorosamente comprovados, novos capítulos que foram ocultados pelos evangelistas.
• Aparições de Jesus de Nazaré depois de sua Ressurreição: você sabia que foram muitas mais do que as relatadas nos Evangelhos?
• O primeiro cisma entre aos discípulos: por quem ninguém falou disso?
• Análise do DNA: outra demolidora "surpresa"…
• O reencontro com o Mestre, no terceiro "salto" no tempo.
Um livro duro, valente e terno, no qual o Filho do Homem aparece de novo, fascinando com suas palavras e sua irresistível humanidade.
"Se algum dia contar a verdade sobre Cavalo de Tróia, ninguém acreditará em mim: sou um transmissor", adverte o escritor.

Operação Cavalo de Tróia 7 – Nahum
O sétimo volume narra os preparativos da vida pública de Jesus de Nazaré e desmistifica personagens fundamentais como Virgem Maria e Judas, que não entendiam a missão de Jesus e esperavam dele um homem revolucionário, o Messias que iria libertar o povo judeu dos Romanos.
Descreve quem foi de fato o revolucionário João Batista, pregador de um deus vingativo e cruel, tão diferente do Deus Pai de Jesus.
Revela ainda para quem foi feito o anúncio de seu nascimento, se operava milagres, se realmente foi o Anunciador de Jesus e se era um louco


Operação Cavalo de Tróia 8 – Jordão
Ninguém, até hoje, narrou com tantos detalhes o suposto batismo de Jesus de Nazaré. Assim como ninguém havia se atrevido a relatar, com semelhante crueza, o que aconteceu naquela histórica jornada em um dos afluentes do rio Jordão. Você sabia que o Mestre nunca se retirou para o deserto e nem foi tentado pelo diabo?


Resta a última edição.
Segundo Benítez, que alega não ser o autor do livro, a série conclui exatamente na nona (09) edição. Isto vêm se juntar a outra série de "coincidências" envolvendo a vida de Cristo e o nº 09 (que segundo a cabala representa a perfeição) que são relatadas na série.

Fontes: Wikipedia e Site do Autor

Li todos os livros publicados da série e aguardo o nono e último.
Admito que acreditar que seja verídico um projeto secreto que faz uso de uma máquina do tempo cuja missão foi nada menos do que investigar a vida de Jesus, é um conceito de difícil assimilação.
Para mim, também é. No entanto, o que me faz pensar é o fato de que há muitos relatos tão estranhos ou mais do que estes. E muitos indícios que notadamente reforçam que os governos e outras forças, que regem determinadas regras, controlam informações que não chegam ao domínio da massa populacional. Alguns exemplos podem ser vistos na Panacéia dos Mistérios.

Existe pelo menos um que me chama atenção. O relato de um ex-cardeal que era também um grande físico e, na década de 60, teria participado de um projeto secreto do Vaticano construindo um equipamento com o qual era possível resgatar sons do passado! Tal equipamento foi efetivamente construído e com ele teriam conseguido resgatar inteiramente todos os mais importantes discursos de Cristo. Segundo relata o ex-cardeal, quando abandonou o projeto já haviam conseguido aperfeiçoa-lo para resgate de imagens do passado e transmitiram ao presidente da Itália na época e ao Papa todo o registro de áudio e vídeo da santa ceia. Toda esta história está registrada em livro. O ex-cardeal afirma ter sido expulso porque resolveu revelar esta história.

Tal relato, vindo de um cardeal e cientista, não pode simplesmente ser ignorado sem se pensar um pouco a respeito das possibilidades.O fato é que, vivemos num mundo aonde é possível recriar em laboratório o fenômeno primal que causou a própria criação do universo! Se isso estivesse revelado num livro alegando ser um projeto secreto de vários governos, há mais de trinta anos, com cientistas de todo o mundo, você acreditaria neste relato?

E, no entanto, o acelerador de partículas é real! Bem, como tudo o que relatei, por mais fantástico que pareça e, a propósito, antes de ser revelado o projeto era ultra-secreto! Quantos mais projetos ainda estão ocultos das pessoas e quão fantásticos podem ser?

Recentemente, assistindo um antigo programa da série "COSMOS", Carl Sagan apresentou um projeto da NASA para criação de uma nave espacial que viajasse a velocidade da luz. Sagan alegou que, com a tecnologia da época, não seria possível a construção e quando fosse, provavelmente, chegar-se-ia a conclusão de que o projeto estava repleto de erros. Tudo bem, mas o fato é que nos anos 60 já havia um projeto de tal espaçonave! Alguém acredita que eles se deram ao trabalho apenas para dizer: "Muito bom, pena que não serve para nada!" ?

Portanto, eu não posso afirmar que a máquina do tempo relatada em Operação Cavalo de Tróia seja real, mas baseado em vários relatos e indícios, também não posso afirmar que não seja.

Este é o pensamento lógico. Mas, ainda me resta o intuitivo que, obviamente, só posso sentir e descrever, não havendo como defende-lo racionalmente.

Há muito busco a verdade entre as verdades. Aquela que, acredito, só pode estar na busca espiritual. Isto me levou a buscar vários caminhos, ler vários livros de espiritualismo, teosofia, ocultismo, poder da mente e outros.

Existe algo, na leitura da série, que é possível pressentir como, ao menos, parte da verdade. O mestre relatado ali, as coisas que dizem que ele diz, os atos que descrevem como dele...tem algo que é possível acreditar. Esta opinião é puramente pessoal e da minha intuição.

Cabe a cada um fazer a sua leitura e chegar as suas próprias conclusões. Independente de acreditar ou não no relato, com certeza, os que apreciam uma história fantástica repleta de informação histórica irá apreciar o livro que é de leitura agradável e empolgante.

Permitam-se por um instante, apesar de todos os dogmas, questionar-se ao menos uma vez: Por que não?..

E lembrem-se: "Quem lê um livro comunga com a alma deste e, desta comunhão renova a sua própria!"

ATENÇÃO! LEIAM O POST SOBRE O "CRONOVISOR" AQUI EM SUA PANACÉIA QUE RELATA SOBRE O EXPERIMENTO DA IGREJA CATÓLICA E O REGISTRO DE IMAGENS DO PASSADO..