Panacéia dos Amigos

terça-feira

LISTEN, COME DOWN TO THE WORLD (AND SCREAMING)!



Listen, 

Listen,


Come to the inside of the cave of time

Come down, slipping in the stones

Hey you know, somehow all fall come from sky

Falling to the world, a angel cry for someone


Listen, come down...

Listen, come down...


City is screaming, great scape isn't good plan

Peoples alive, almost dying, nothing to say

Thoughts bleeding, wound of mind, nothing to change

Darkness on the street in a eternal night, eternal way..


(to me!)


Listen, come down to the world!

(And screaming!)

(And screaming!)

(And screaming!)


by Oto Sales

domingo

LOVING ALL




Come to ground, you now it´s like me, on my own pride

kiss your faults receive it all

and forget all your live now


Come to thorn, you will come down with me

Come down , strange scream, you will be free

Loving all


A flower, free in the wind

A face, a brave, as you are

A only chance, a one fight, and you'll believe


by Oto Sales

quinta-feira

LEIBINIZ E O MELHOR DOS MUNDOS POSSÍVEIS

 



Leibniz é mais conhecido por seu otimismo, por sua conclusão de que nosso universo é, num sentido restrito, o melhor de todos os mundos possíveis que Deus poderia ter criado. Essa ideia muitas vezes foi satirizada por outros filósofos, como Voltaire. Leibniz, juntamente com René Descartes e Baruch Spinoza, foi um dos três grandes defensores do racionalismo no século XVII. O trabalho de Leibniz antecipou a lógica moderna e a filosofia analítica, mas sua filosofia também remete à tradição escolástica, na qual as conclusões são produzidas aplicando-se a razão aos primeiros princípios ou definições anteriores, e não à evidências empíricas..

Leibniz admitia uma série de "causas eficientes" a determinar o agir humano dentro da cadeia causal do mundo natural. Essa série de causas eficientes dizem respeito ao corpo e seus atos. Contudo, paralela a essa série de causas eficientes, há uma segunda série, a das causas finais. As causas finais poderiam ser consideradas como uma infinidade de pequenas inclinações e disposições da alma, presentes e passadas, que conduzem o agir presente. Há, como em Nietzsche, uma infinidade imensurável de motivos para explicar um desejo singular. Nesse sentido, todas as escolhas feitas tornam-se determinantes da ação. Cai por terra a noção de arbitrariedade ou de ação isolada do contexto. Parece também cair por terra a noção de ação livre, mas não é o que ocorre. Leibniz acredita na ação livre, se ela for ao mesmo tempo "contingente, espontânea e refletida".

A contingência: a contingência opõe-se à noção de necessidade, não à de determinação. A ação é sempre contingente, porque seu oposto é sempre possível.

A espontaneidade: e ação é espontânea, quando o princípio de determinação está no agente, não no exterior deste. Toda ação é espontânea e tudo o que o indivíduo faz depende, em última instância, dele próprio.

A reflexão: qualquer animal pode agir de forma contingente e espontânea. O que diferencia o animal humano dos demais é a capacidade de reflexão que, quando operada, caracteriza uma ação como livre. Os homens têm a capacidade de pensar a ação e saber por que agem. 

As mônadas: a contribuição mais importante de Leibniz para a metafísica é a sua teoria sobre as mônadas, expostas em sua obra Monadologia. As mônadas equivalem para a realidade metafísica, o que os átomos equivalem para os fenômenos físicos. As mônadas são os elementos máximos do universo. As mônadas são "formas substanciais do ser com as seguintes propriedades: elas são eternas, incompostas, individuais, sujeita às suas próprias leis, sem interação mútua, e cada uma refletindo o próprio universo dentro de uma harmonia preestabelecida (historicamente um exemplo importante de pampsiquismo). Mônadas são centros de forças; substância é força, enquanto o espaço, extensão e movimento são meros fenômenos.

A essência ontológica das mônadas é sua simplicidade irredutível. Assim como os átomos, as mônadas não possuem nenhuma matéria ou caráter espacial. Elas ainda se diferenciam dos átomos por sua completa mútua independência, assim as interações entre as mônadas são só aparentes. Em vez disso por força do principio da harmonia preestabelecida, cada mônada, segue uma instrução pré-programada, peculiar para si, assim uma mônada sabe o que fazer em cada situação. Essas "instruções" podem ser análogas às leis científicas que governam as partículas subatômicas. Pelo princípio dessas instruções intrínsecas, cada mônada é como um pequeno espelho do universo. Mônadas não são necessariamente "diminutas": o ser humano, por exemplo, é constituído por uma mônada, na qual o tema do livre-arbítrio é problematizado. Deus, também, é uma mônada, e a existência de Deus pode ser inferida através da harmonia que se prevalece diante de todas as mônadas; Deus através de sua razão e vontade se afigura o universo através da harmonia preestabelecida.



Fonte: Wikipédia

quarta-feira

O FULLONICHE: LAVANDERIA ROMANA

 


O fullo era quem lavava os tecidos e a fullonica era a lavanderia romana, uma atividade comercial muito lucrativa.

O átrio foi dominado pelo implúvio central transformado em cuba de lavagem, com o acréscimo de uma moldura elevada. Esta banheira provavelmente era usada para tecidos mais delicados ou com pouca cor. Já as roupas com manchas mais resistentes eram literalmente “pisoteadas” pelos trabalhadores, em banheiras nos fundos das instalações. 

Fullonica pode ser comparada a uma verdadeira indústria moderna: havia também uma cantina onde os trabalhadores podiam ficar e comer durante o expediente. 

Os fullonics eram usados ​​tanto para o acabamento dos tecidos que precisavam ser desengraxados após a fiação e a tecelagem, quanto para a limpeza simples dos tecidos usados. Além do implúvio, onde a maior parte da água para a lavagem era recolhida, existiam outros tanques e bacias comunicantes que serviam para enxaguar a roupa ou qualquer corante.


 

Pulpers "amassava" os tecidos com água, soda (o sabonete importado da Gália era praticamente desconhecido em Pompéia) e urina, animal e humana - havia banhos públicos específicos usados ​​como "coletores de urina", os Vespasianos, que levam o nome dos Imperador que emitiu o decreto-. A urina era usada em abundância graças ao amoníaco que contém, para desengordurar e limpar os tecidos.. 

Depois de tratados, os tecidos eram lavados com argila fullonic ou terra umbric, batidos e cardados. Roupas brancas ou tingidas precisavam ser enxofre para adquirir brilho. A fase final foi a passagem a ferro, realizada graças às prensas de pedra. Alguns fullonics também foram equipados, no piso superior, com um terraço, onde as roupas eram colocadas para secar. 



Nas imagens, nos quartos e nos afrescos da Fullonica Stephani em Pompéia. 

Fonte: Nogueira Almeida, arqueólogo; Odi Profanum Vulgus

domingo

EUROPA: VIDA EXTRATERRESTRE?

 


Estudo reforça hipótese de que oceano de lua de Júpiter pode ter vida.

Um novo modelo desenvolvido por cientistas da Nasa apoia a teoria de que o oceano interior de Europa, uma das luas de Júpiter, seria capaz de sustentar vida como a que conhecemos. Eles também calcularam que essa água, que se acredita ser um oceano sob a camada de gelo da superfície, poderia ter sido formada pela decomposição de minerais contendo água devido a forças das marés ou à deterioração radiativa..

Esse trabalho, ainda não revisado por pares, é apresentado pela primeira vez na conferência Goldschmidt e pode ter implicações para outros satélites naturais no Sistema Solar. Organizada pela Sociedade Geoquímica e pela Associação Europeia de Geoquímica, a conferência Goldschmidt é o principal evento de geoquímica do mundo e é realizada anualmente. Este ano, ela ocorr.e em formato virtual de 21 a 26 de junho.

Europa é uma das maiores luas do Sistema Solar. Com um diâmetro de 3.100 km, ela é um pouco menor que a nossa Lua. Europa orbita Júpiter a cerca de 780 milhões de quilômetros do Sol. A temperatura da sua superfície nunca sobe acima de 160 graus Celsius negativos. A temperatura do oceano ainda é desconhecida. Galileu Galilei descobriu Europa e as outras três luas maiores de Júpiter, em 8 de janeiro de 1610.

Desde os sobrevoos das naves espaciais Voyager e Galileo, os cientistas sustentam que a crosta da superfície de Europa flutua acima de um oceano subterrâneo. No entanto, as origens e composição desse oceano não são claras.

Modelos de composição e propriedades químicas

Os pesquisadores, baseados no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, na Califórnia, modelaram reservatórios geoquímicos no interior de Europa usando dados da missão Galileo. O pesquisador principal, Mohit Melwani Daswani, disse: “Conseguimos modelar a composição e as propriedades físicas do núcleo, da camada de silicato e do oceano. Descobrimos que diferentes minerais perdem água e elementos voláteis em diferentes profundidades e temperaturas. Adicionamos esses elementos voláteis que se estima terem sido perdidos e descobrimos que são consistentes com a massa prevista do oceano atual. Isso significa que eles provavelmente estão presentes no oceano.”

 

Os pesquisadores descobriram que mundos oceânicos como Europa podem ser formados por metamorfismo. Ou seja: o aquecimento e o aumento da pressão causados ​​por decaimento radiativo precoce ou movimento posterior das marés subterrâneas provocariam o colapso de minerais que contêm água e a liberação dessa água.

Eles também descobriram que esse oceano teria sido levemente ácido no início, com altas concentrações de dióxido de carbono, cálcio e sulfato. “De fato, pensava-se que esse oceano ainda pudesse ser bastante sulfúrico”, disse Daswani. “Mas nossas simulações, juntamente com dados do Telescópio Espacial Hubble, mostrando cloreto na superfície de Europa, sugerem que a água provavelmente se tornou rica em cloreto. Em outras palavras, sua composição se tornou mais parecida com os oceanos da Terra. Acreditamos que esse oceano possa ser bastante habitável.”

Processos semelhantes

Ele continuou: “Europa é uma das nossas melhores chances de encontrar vida no Sistema Solar. A missão Europa Clipper da Nasa será lançada nos próximos anos e, portanto, nosso trabalho visa preparar a missão, que investigará a habitabilidade de Europa. Nossos modelos nos leva a pensar que os oceanos de outros satélites, como Ganimedes, vizinho de Europa, e Titã, lua de Saturno, também podem ter se formado por processos semelhantes. Ainda precisamos entender vários pontos, como a forma como os fluidos migram pelo interior rochoso de Europa”.

Os pesquisadores agora se uniram a grupos em Nantes (França) e Praga (República Checa) para identificar se os vulcões do fundo do mar podem ter contribuído para a evolução da água rica em cloretos na Europa. A Nasa divulgou recentemente novas fotos de alta resolução de Europa, mostrando possíveis locais de exploração para testar essas descobertas.

Steve Mojzsis, professor de geologia da Universidade do Colorado (EUA) que não participou do estudo, comentou: “Uma questão de longa data sobre se um mundo de ‘oceano encoberto’ como Europa pode ser habitável se resume a se ele pode sustentar um fluxo de elétrons que pode fornecer energia para alimentar a vida. O que permanece incerto é se essas luas geladas poderiam gerar calor suficiente para derreter rochas. Certamente, uma química interessante ocorre dentro desses corpos, mas que fluxo confiável de elétrons poderia ser usado pela vida alienígena para se alimentar nas profundidades frias e escuras? Um aspecto essencial que torna um mundo ‘habitável’ é a capacidade intrínseca de manter esses desequilíbrios químicos. Indiscutivelmente, as luas geladas não possuem essa capacidade. Portanto, isso precisa ser testado em qualquer missão futura em Europa”.

Fonte: Planeta/terra.com.br

quinta-feira

SANTO SUDÁRIO: IMAGEM NO MANTO É DE UMA PESSOA VIVA SE LEVANTANDO!

 


 “Não é imagem de morto, mas de vivo se levantando”

"O Sudário de Turim mostra a imagem impressa de uma pessoa quando estava viva"

O Dr. Bernardo Hontanilla Calatayud, da Universidade de Navarra, na Espanha, publicou na revista Scientia et Fides um artigo inédito sobre a misteriosa figura que, de modo nunca explicado pela ciência, ficou estampada no Sudário de Turim. A tese do especialista é que a figura não corresponde à de uma pessoa inerte, como se pensava tradicionalmente, mas à de uma pessoa viva que está se levantando.

“Neste artigo são expostos vários sinais de vida que o Sudário de Turim representa. Com base no desenvolvimento da rigidez cadavérica, analisa-se a postura do corpo impressa no Sudário. A presença de sulcos faciais indica que a pessoa está viva. O Sudário de Turim mostra sinais de morte e vida de uma pessoa que deixou a sua imagem impressa num momento em que estava viva”.

Esta afirmação se encaixa de modo notável com a doutrina sobre a Ressurreição de Cristo e as proposições de outros especialistas sobre o momento em que a imagem teria ficado gravada no pano, como se correspondesse a uma radiação desconhecida, emitida pelo corpo que até então estava ali coberto.

“Ao longo deste artigo, vamos analisar uma série de sinais impressos na Síndone de Turim que poderiam justificar que essa pessoa envolta no sudário estava viva no momento de imprimir a sua imagem”.

Rigidez e postura da figura

A primeira característica estudada na análise é a presença ou não de “rigidez cadavérica ou rigor mortis“. Tal rigidez é constatada nos defuntos “inicialmente na mandíbula e na musculatura ocular; depois afetará o rosto e passará para o pescoço. Posteriormente, se estenderá ao tórax, aos braços, ao tronco e, por último, às pernas”, expôs o catedrático. Este efeito chega à máxima expressão após 24 horas da morte e começa a desaparecer paulatinamente, em ordem inversa, cerca de 36 horas após o falecimento, levando 12 horas para deixar de ser notável. A gravidade dos traumas padecidos pelo Homem do Sudário e a sua perda de sangue teriam provocado uma rigidez precoce, desde 25 minutos após a morte, e ela chegaria à máxima expressão entre três e seis horas. “No entanto, os aparentes sinais de rigidez que aparecem na imagem poderiam não corresponder aos sinais de rigidez post mortem classicamente atribuídos”.

 

O especialista registrou “semiflexão do pescoço e semiflexão assimétrica das articulações do quadril, dos joelhos e dos tornozelos”. As características da posição registrada no Sudário não correspondem à rigidez que o corpo deveria ter ao ser descido da cruz.

Posição de levantar-se

As análises envolveram testes com “homens entre 30 e 40 anos com fenótipo atlético, entre 1,70m e 1,80m de altura”. Solicitados a se levantarem de uma posição semelhante à do Homem do Sudário, eles mostraram “um deslocamento das mãos para os órgãos genitais ao flexionarem o tronco, uma elevação e semiflexão da cabeça e o apoio de uma planta do pé com menos flexão da perna e algum grau de rotação interna, como a observada no Sudário”.

Uma análise mais detalhada da posição evidencia que, na imagem, não haveria rigidez cadavérica nos membros superiores, o que é contraditório, já que os músculos dos braços suportaram mais pressão durante a crucificação.

“Uma postura rígida de um crucificado implicaria antebraços e articulações carpianas em semiflexão típica, como observado em muitos cadáveres”, recordou Hontanilla, detalhando ainda que a posição dos dedos não corresponde ao esperado de um cadáver. “É razoável que também a ausência dos polegares no Sudário possa ser atribuída a sinais de vida e não apenas à paralisia de um cadáver rígido”.

Rosto vivo

Uma evidência de vitalidade na imagem poderia ser percebida na face, com a “presença de sulcos nasogenianos e nasolabiais”, linhas de expressão causadas pela ação dos músculos e que desaparecem em pacientes com paralisia facial ou após a morte. “Num cadáver recente, a musculatura facial relaxa e os sulcos desaparecem e a boca se abre. Esse é o momento inicial da flacidez post mortem“, expôs o especialista, que conclui:

“A postura assimétrica de semiflexão observada nas pernas, a semiflexão da cabeça e, principalmente, a presença dos sulcos nasogenianos e a colocação das mãos na região genital poderiam indicar que estamos diante de uma pessoa iniciando um movimento de levantar-se”.

Uma análise dos textos evangélicos em coerência com as evidências do Sudário situaria o momento do registro da imagem “entre a primeira vigília do domingo (19 às 21 horas do sábado) e a segunda vigília (21 horas à meia-noite), ou, quando muito, no início da terceira vigília do domingo (meia-noite até 3 da madrugada) do terceiro dia da morte”.

Autenticidade do Sudário

Se o Sudário fosse falso, os sinais de sangue e as outras características nele verificáveis requereriam “uma verdadeira obra de arte realizada por alguém com minuciosos conhecimentos médicos, forenses e de processamento de imagens em tecidos antigos”, e que ainda fosse capaz de realizar uma falsificação perfeita com as técnicas disponíveis no século XIV.

“Uma segunda opção, levando em conta o relato evangélico, é que se trata de um pano que pertenceu a um rabino, que foi enterrado segundo a tradição judaica após ter sido crucificado e flagelado conforme a prática romana. E podemos acrescentar que a imagem foi registrada quando ele estava vivo, já que contém sinais estáticos próprios de uma pessoa morta, mas também sinais dinâmicos de vida em contradição com a sequência natural da aparição dos sinais de rigidez cadavérica”.

O especialista vê em tais sinais a aparente vontade de Cristo de registrar o milagre.

“Se o Sudário cobriu o corpo de Jesus, é razoável pensar que Ele estaria interessado não apenas em nos mostrar os sinais da morte, mas também os da ressurreição, no mesmo objeto. Analisando os tempos transcorridos desde a morte até a ressurreição, e seguindo o relato evangélico, parece que Jesus Cristo queria morrer naquele momento, coincidindo com o sacrifício dos cordeiros no povo judeu, calculando tempo suficiente para que seu cadáver suportasse a corrupção. Insistimos no verbo ‘queria’, pois o próprio Pilatos se surpreendeu por Ele ter morrido tão cedo”.

 

Fontes: Aleteia, Gaudium Press.

terça-feira

FURACÃO ESPACIAL: EXISTÊNCIA COMPROVADA

 


Cientistas observaram um redemoinho de cerca de 1.000 km de largura a uma altura de centenas de quilômetros. Cientistas nunca viram um furacão como este. Furacões ocorrem nas camadas mais baixas da atmosfera, mas nunca haviam sido detectados na alta atmosfera.

Uma equipe internacional de cientistas liderada pelo professor Qing-He Zhang, da Universidade Shandong, no leste da China, fez a primeira observação desse fenômeno. "Estamos observando um fenômeno com características de furacão na atmosfera superior sobre o pólo norte magnético, que chamamos de furacão espacial", disse o professor Zhang à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC. Embora tenha havido teorias sobre a existência desses furacões nas camadas superiores da atmosfera terrestre, é a primeira vez que sua existência foi confirmada. 

O estudo sobre a descoberta foi publicado na revista Nature Communications. Elétrons em vez de água Os cientistas descreveram o furacão como um redemoinho de plasma com cerca de mil quilômetros de largura e localizado a centenas de quilômetros de altura. As observações de plasma foram feitas a cerca de 860 km da superfície da Terra.

"Até agora, não havia certeza da existência de furacões de plasma, então ser capaz de provar que eles existem com esta observação é incrível", disse Mike Lockwood, cientista espacial da Universidade de Reading, na Inglaterra, que também esteve envolvido no estudo. O plasma é um gás no qual, devido a fortes colisões em alta temperatura, os átomos se separaram e os elétrons negativos e os íons positivos se movem livremente.

 "O furacão espacial é caracterizado por uma estrutura espiral com múltiplos braços porque precipita elétrons em vez de água, uma forte circulação de plasma com fluxo horizontal zero no centro (o olho do furacão) e um enorme fluxo e deposição de energia e velocidade em direção à ionosfera polar." A ionosfera é uma parte muito ativa da atmosfera que se sobrepõe às camadas da atmosfera chamadas mesosfera, termosfera e exosfera. A ionosfera cresce e encolhe dependendo da energia que absorve do sol. Seu nome se deve ao fato de que os gases são agitados pela radiação solar e formam íons ou átomos eletricamente carregados. Partes da ionosfera se sobrepõem à magnetosfera da Terra, que é a área ao redor de nosso planeta na qual partículas carregadas experimentam o campo magnético da Terra..

Oito horas

O furacão espacial observado pela equipe durou cerca de oito horas. "Neste estudo, apresentamos a observação de um furacão espacial de longa duração, enorme e energético na ionosfera sobre o polo norte magnético, que depositou energia do vento solar e da magnetosfera na ionosfera ao longo de um período de várias horas", o estudo registra. O vento solar é a corrente de partículas carregadas liberadas da parte superior da atmosfera do Sol, chamada de coroa solar.

O estudo do furacão espacial ajudará a entender melhor as interações entre o vento solar, a magnetosfera e a ionosfera em condições de baixa atividade geomagnética, explicou o professor Zhang. "Geralmente, acredita-se que a transferência de energia do vento solar e plasma para a ionosfera é muito fraca quando a atividade geomagnética é baixa. Este estudo indica que mesmo em condições geomagnéticas extremamente calmas há deposição de energia comparável àquela que ocorre em super tempestades."

"Isso sugere que os indicadores de atividade geomagnética não representam adequadamente a atividade dramática dentro dos furacões espaciais, que estão mais ao norte do que os observatórios do índice geomagnético." Um melhor entendimento de furacões como o observado também é fundamental por seus efeitos nas comunicações de rádio de alta frequência, causando distúrbios nessa modalidade, e por conta de erros na navegação por satélite e nos sistemas de comunicação que também acarretam, disse o professor Zhang.

Fonte: www.uol.com.br/tilt/noticias/bbc