Procuravam servir à
Deus, auxiliando o próximo, sem imolações no altar e sem cultuar imagens. Eram
livres, trabalhavam em comunidade, vivendo do que produziam. Os Essênios não
tinham criados, pois acreditavam que todo homem e mulher era um ser livre.
Tornaram-se famosos pelo conhecimento e uso das ervas, entregando-se
abertamente ao exercício da medicina ocultista.
Em seus ensinos, seguindo o
método das Escolas Iniciáticas, submetiam os discípulos à rituais de Iniciação,
conforme adquiriam conhecimentos e passavam para graus mais avançados.
Mostravam então, tanto na teoria quanto na prática, as Leis Superiores do
Universo e da Vida, tristemente esquecidas na ocasião. Alguns dizem que eles preparavam
a vinda do Messias.
Eram uma seita aberta aos necessitados e desamparados,
mantendo inúmeras atividades onde a acolhida, o tratamento de doentes e a
instrução dos jovens eram a face externa de seus objetivos. Não há nenhum
documento que comprove a estada essênia de Jesus, no entanto seus atos são
típicos de quem foi iniciado nesta seita. A missão dos seguidores do Mestre
Verdadeiro foi a de difundir a vinda de um Messias e nisto contribuíram para a
chegada de Jesus.
O Messias seguiria a tradição da linhagem sacerdotal dos grandes mártires. Sua morte
representaria a redenção do povo e todo o sofrimento e humilhação por que teria
que passar em vida seria previamente traçado por Deus. O Messias-Sacerdote
se mostraria resignado com seu destino, dando a vida em sacrifício. Faria
purgar os pecados de todos e a conduta de seus atos seria o exemplo da fé que
leva os homens à Deus.
Vivendo em comunidades distantes, os essênios sempre procuravam
encontrar na solidão do deserto o lugar ideal para desenvolverem a
espiritualidade e estabelecer a vida comunitária, onde a partilha dos bens era
a regra. Rompendo com o conceito da propriedade individual, acreditavam ser
possível implantar no reino da Terra a verdadeira igualdade e fraternidade
entre os homens.
Consideravam a escravidão um ultraje à missão do homem dada
por Deus. Todos os membros da seita trabalhavam para si e nas tarefas comuns,
sempre desempenhando atividades profissionais que não envolvessem a destruição
ou violência. Não era possível encontrar entre eles açougueiros ou fabricantes
de armas, mas sim grande quantidade de mestres, escribas, instrutores, que
através do ensino passavam de forma sutil os pensamentos da seita aos leigos.
O
silêncio era prezado por eles. Sabiam guardá-lo, evitando discussões em público
e assuntos sobre religião. A voz, para um essênio, possuía grande poder e não
devia ser desperdiçada. Através dela, com diferentes entonações, eram capazes
de curar um doente. Cultivavam hábitos saudáveis, zelando pela alimentação,
físico e higiene pessoal. A capacidade de predizer o futuro e a leitura do
destino através da linguagem dos astros tornaram os essênios figuras
magnéticas, conhecidas por suas vestes brancas.
Eram excelentes
médicos também. Em cada parte do mundo onde se estabeleceram, eles receberam nomes
diferentes, às vezes por necessidades de se proteger contra as perseguições ou
para manter afastados os difamadores. Mestres em saber adaptar seus pensamentos
às religiões dos países onde se situavam, agiram misturando muitos aspectos de
sua doutrina a outras crenças.
O saber mais profundo dos essênios era velado à
maioria das pessoas. É sabido também que liam textos e estudavam outras
doutrinas. Para ser um essênio, o pretendente era preparado desde a infância na
vida comunitária de suas aldeias isoladas. Já adulto, o adepto, após cumprir
várias etapas de aprendizado, recebia uma missão definida que ele deveria
cumprir até o fim da vida. Vestidos com roupas brancas, ficaram conhecidos em
sua época como aqueles que "são do caminho".
Foram fundadores dos
abrigos denominados "beth-saida", que tinham como tarefa cuidar de
doentes e desabrigados em épocas de epidemia e fome. Os beth-saida anteciparam
em séculos os hospitais, instituição que tem seu nome derivado de
hospitaleiros, denominação de um ramo essênio voltado para a prestação de
socorro às pessoas doentes.
Fizeram obras
maravilhosas, que refletem até os nossos dias. A notícia que se tem é de que a
seita se perdeu, no tempo e memória das pessoas. Não sabemos da existência de
essênios nos dias de hoje(não que seja impossível), é no mínimo, pelo lado
social, é uma pena termos perdido tanto dos seus preceitos mais importantes. Se
o que nos restou já significa tanto, imaginem o que mais poderíamos vir a ter
aprendido. Como sempre, é o máximo que podemos dizer: "uma pena".
Estudos recentes
comprovam que Sodoma e Gomorra está onde hoje é o Mar morto..
Fonte: http://www.misteriosantigos.com/essenios.htm
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