Panacéia dos Amigos

quinta-feira

Astro B...OPS! O Menino Biônico!


Como as coisas são curiosas! Eu estava decidido a escrever sobre o Astro Boy, anime, que assisti durante os anos 80 e até hoje povoa meu imaginário. Mas, era estranho porque quando relançaram o desenho nos últimos anos eu senti uma estranheza...uma não afinidade que eu considerava fruto da maturidade ou pelos anos em que eu não assisti.
 
Ledo engano. Pesquisando algumas informações técnicas sobre o anime é que vim descobrir que eu nunca  assisti Astro Boy! Está explicado! Eu me confundi, como muitos se confundem! O desenho que fez parte da minha infância foi O MENINO BIÔNICO!
 

A confusão é justificável já que o Menino Biônico foi inspirado em Astro Boy! Eu não sabia! O projeto foi uma co-produção do estúdio de Tezuka com a Toei Animation. Pesquisando sobre o desenho finalmente revi o personagem que me ofereceu muitas aventuras repletas de dinanismo e ao mesmo tempo uma rara sensibilidade.
 
A história é a seguinte: Construído em 2015 (um futuro distante na época em que o desenho foi produzido) por um severo cientista chamado Prof. Yama (Yamanoue) a fim de proteger o Japão e o mundo contra qualquer tipo de ameaça, Jet Marte é um garoto-robô capaz de voar. Dotado de grande força, resistência, coragem, tem um espírito curioso e emotivo. Sua melhor amiga é Milly, uma andróide com um profundo senso de justiça que lhe ensina muito sobre os valores sociais e humanos. 


Agindo também como um conselheiro, temos o criador de Milly, o professor Kawashita, que auxilia na educação do poderoso e ingênuo herói. Kawashita é um feroz antagonista do militarismo de Yamanoue e os dois vivem às farpas, principalmente no tocante à educação de Marte.
 
Atendendo aos pedidos de seu pai, Marte enfrenta de criminosos comuns a supervilões que ameacem a segurança do país. Mesmo com sua força descomunal, ele é incentivado a freqüentar a escola normalmente, o que gera muitas situações divertidas, graças à sua extrema ingenuidade e impulsividade.
 
A vida do pequeno guerreiro, porém, sofre uma reviravolta quando seu pai morre em um acidente. Em seu lugar, entra um ainda mais severo e por vezes insensível diretor no instituto de ciências onde Marte vive. Antes de morrer, porém, o Professor Yama deixara pronto um irmãozinho para Marte: o travesso bebê-robô Mélki (Melch), que só sabe dizer bakaruti (sem tradução). Forte e obviamente desastrado, Mélki é uma atração à parte, engatinhando e causando estragos por onde passa.


Nos anos 80, foi na TV Record que os da minha geração acompanharam as aventuras do garoto cibernético chamado JET MARTE com a série chamada "O MENINO BIÔNICO".  Uma obra de Osamu Tezuka, o pai do moderno mangá e pioneiro dos seriados de animê para a televisão. O animê contava com todo o encantamento, drama e aventura infanto-juvenil típico dos anos 70.  Devo dizer que era uma época em que os roteiros eram levados à sério. Vejam exemplos como a Patrulha Estelar (Yamato)! E o Menino Biônico também misturava o humor e drama com aventuras muito bem escritas considerando o seu público infanto-juvenil. Até hoje, me recordo da aventura em que a cidade enfrentava um vampiro e um combate dramático  aconteceu em que o menino biônico se transforma numa cruz improvisada para com toda uma atmosfera grandiosa vencer o inimigo. A questão não é o fim em si, mas a grandiosidade com que foi retratada a cena, alimentando mitos, histórias e sabor por aventuras em cada um de nós, além de transmitir valores como o bem e o mal, honra, amizade e coragem.


Pesquisando encontrei outras histórias que não me lembrava, por exemplo: A aventura em que uma garota-robô espiã chamada Agnes aproxima-se de Marte a pedido de seu diabólico mestre. Ela, no entanto, apaixona-se pelo herói e trai seu criador, sendo destruída por ele. A cena da morte é de causar pesadelos: para libertar Marte, que estava cativo, ela caminha em chamas rumo ao controle que o libertaria. Morre puxando a alavanca que salva o herói. Tudo em câmera lenta e com um canto gregoriano ao fundo. No final do episódio, Marte olha para o céu, vê o rosto da menina e grita seu nome.
 
Eu não me lembrava, mas depois de ler sobre o episódio tudo retornou a minha mente e, de fato, esta cena final é emocionante. Na verdade, na obra de Osamu existe sempre momentos de profunda força poética e solenidade.


Em outra aventura especial, assistimos quando Marte conhece o agente ciborgue Jam Bond, que o hostiliza quando ambos agem em conjunto. Tudo porque Bond, um humano com partes mecânicas, considerava-se superior a um robô como Marte. Quando foi duramente ferido em ação e sua parte humana foi destruída, o antigo ciborgue tornou-se 100% máquina e aprendeu uma dura lição de humildade.
 
Este animê foi marcante pela força de seus roteiros. Repletos de boas histórias com humor que nos faziam felizes, com aventuras que nos deixavam vidrados, com ternura, emoção e drama que aguçavam nossa sensibilidade nos dando até hoje uma base crítica que utilizamos de diversas maneiras em nosso arcabouço criativo.
 
Quem tiver a oportunidade e encontrar por aí, vale a pena conhecer respeitando sua época e compreendendo sua importância..

Fonte de pesquisa: www.omelete.com.br

4 comentários:

  1. gostei de mais do astro boy

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  2. Assistia todo dia nas tardes da Record, como não esquecer a musiquinha "marusuuuuuuu"? hehehe. Recentemente, encontrei o box num site e comprei, saudosismo total.

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  3. Kkkkkkk tive esse mesmo problema de confusão, via que algumas coisas não se encaixavam. Menino Biônico > Astro Boy ��

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  4. A abertura da Record dos anos 80 original era show pena que não passa mais o Boomerang bem podia comprar o desenho e matar a saudade de muitos

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