Panacéia dos Amigos

quarta-feira

Harmonias da música e do crescimento

Por Harmonia geralmente entendemos um ajuste, uma junção ordenada e agradável dos diferentes que em si já carregam muitos contrastes. Nesse sentido, Harmonia é uma relação dinérgica na qual elementos diferentes e muitas vezes contrastantes complementam-se ao juntar-se. Que tal junção dinérgica está no núcleo de todas as harmonias é sugerido pela origem da palavra harmonia, do grego harmos, juntar. O conceito de Harmonia remonta a Pitágoras que, de acordo com a lenda, o descobriu ao ouvir o som do martelar das diversas bigornas em uma ferraria. Essa observação levou-o por analogia a outros instrumentos, como as cordas em vibração de uma lira. Descobriu que duas cordas tangidas ao mesmo tempo soam melhor quando são iguais ou quando tem 1/2, 2/3 ou 3/4 do comprimento da outra. Em outras palavras, quando o comprimento das cordas tangidas se relaciona em proporções que se expressam nos menores números inteiros: 1, 2, 3 e 4.

A proporção 1:1, que é a identidade, é chamada de uníssono. A proporção 1:2, que produz o mesmo som da corda inteira, apenas mais agudo, é chamada de oitava porque alcança os oito intervalos da escala (as oito teclas brancas do teclado). Os gregos chamavam a essa proporção diapason: dia, “através”; pason, de pas ou pan significando “tudo”. O som agradável da proporção 2:3 era chamado diapente (penta, cinco), hoje em dia é chamado quinta, por abranger cinco intervados. A consonância da proporção 3:4 era chamada diatessaron (tessares, “quatro”) ou quarta.

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