A luta moderna se trava entre o tipo biológico hoje em maioria e a lei de evolução. O primeiro parece que pretende fazer tudo quanto possa para impedir a realização desse novo mundo; a segunda tudo põe em condições de torná-lo realidade. Trata-se de dois sistemas opostos; um ilusório e falaz; o outro, lógico e seguro.
Com o método atualmente em voga, somos obrigados a reconhecer que o homem, apesar das conquistas e vitórias, não alcançou a felicidade e se agita como presa de insatisfação contínua.
E como acima dissemos em relação ao indivíduo, também a coletividade não procura dentro de si mesma, mas fora, as causas de seus males. As causas, porém, residem no método. É fácil entrar no mundo novo; as portas acham-se abertas de par
A Lei, sábia e boa, desejaria exatamente o contrário, quer dizer, o bem; mas a Lei respeita a vontade humana. O homem prefere viver em estado de tensão, de recíproca desconfiança e, por isso, de contração, a viver em estado de calma, de confiança e, em conseqüência, de expansão.
Os bens da terra bastam demais para todos. A psicologia da insaciabilidade, generalizando-se, em plena abundância nos torna miseráveis. A avidez de lucro subtrai dos bens a função de instrumento útil à vida, transformando-os em instrumento de especulação, acumulando-os apenas para que apodreçam, sacrificando a vida à potência econômica. Assim se determinam as desproporções que justificam a revolta das classes pobres contra as dos capitalistas, impedindo-as de gozar dos bens acumulados.
O efeito atinge de novo a causa; não podemos gozar o que não é fruto da justiça, mas do abuso; toda posição de desequilíbrio se destina à queda. Para que serve empregar meios ilícitos e usurpar, se mais tarde a Lei nos constrange ao pagamento? E, de fato, não faz o homem outra coisa senão pagar.
O método atual de busca da felicidade representa verdadeira falência. Não se deve culpar a Lei, mas o sistema escolhido pelo homem.
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