Sobre a ira:
“Aprendi, graças a uma amarga experiência, a única suprema lição: controlar a ira.
E do mesmo modo que o calor conservado se transforma em energia, assim a nossa ira controlada pode transformar-se em uma função capaz de mover o mundo.
Não é que eu não me ire ou perca o controle.
O que eu não dou é campo a ira.
Cultivo a paciência e a mansidão e, de uma maneira geral, consigo.
Mas, quando a ira me assalta, limito-me a controla-la.
Como consigo...é um hábito que cada um deve adquirir e cultivar com uma prática assídua.”
Sobre a não-violência:
"A não-violência não consiste em renunciar a toda luta real contra o mal.
A não-violência, tal como eu a concebo, é, ao contrário,
uma luta contra o mal mais ativo e mais real que a da Lei de Talião,
cuja natureza própria é desenvolver, com efeito, a perversidade.
Considero que lutar contra o que é imoral pressupõe uma oposição mental e, consequentemente, moral.
Busco neutralizar completamente a espada do tirano, não a trocando por um aço melhor,
mas iludindo sua expectativa de encontrar em mim uma resistência física.
Ele encontrará em mim uma resistência de alma que escapará à sua força.
Tal resistência o deslumbrará e o obrigará a inclinar-se.
E o fato de inclinar-se não humilhará o agressor, mas o enaltecerá.
Podemos dizer que isto seria um estado ideal. E o é!"
Vida interior: "Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria aceso o sentimento de amor à vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que nos foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos, como sinais
para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável:
além do pão, o trabalho e a ação.
E, quando tudo mais faltasse, para você eu deixaria, se pudesse, um segredo.
O de buscar no interior de si mesmo a resposta para encontrar a saída."
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