Panacéia dos Amigos

sexta-feira

THE STRUTS : "WE ARE THE CHAMPIONS"?



Outra banda interessante. Descobri por acaso no “YouTube” quando vi aquele vocalista com uma aparência de um Freddie Mercury no início do Queen tive que assistir o vídeo. No caso, foi “Body Talks”, depois com “Primadonna Like Me” vi que era uma banda talentosa fortemente influenciada pelos anos 70 e Queen, especificamente em “One night only” onde confirmei minhas impressões.



Estava revendo o mesmo caso de Skating Polly (Nirvana) e Greta Van Fleet(Led Zeppelin): um pessoal talentoso que ouviu todos os vinis ou cd´s dos pais e se acharam em condições de partir para cima do mundo trazendo de volta ecos de bons e velhos rocks do passado. E como sempre digo: No lugar deles, faria a mesma coisa!


Claro que não é a igual. Nunca será. Como brinco são as bandas “oasis” (relembrando que o oasis da Inglaterra veio com a proposta de retomar os Fab Four) que não chegam lá, mas produzem petardos próprios! Não são meros covers. “One night only”, “Body Talks”, “Primadonna Like me”, “Could have been me”, “Matter of time”, entre outras, tem qualidade!


No caso, para querer emular a sombra do Queen você, no mínimo, precisar gostar de palco. Queen foi uma das bandas que mais se sentiam a vontade diante de grandes multidões (também com aquele vocalista)! E, pelo que anda sendo visto por aí, o palco não é problema para os moleques. Eles abriram shows para Foo Fighters e Dave Grohl afirmou que foi uma das melhores bandas de abertura que tiveram. Shows do Lolapalloza por países da América do Sul indicam a mesma coisa e também fizeram abertura para o Greta Van Fleet acumulando uma boa reputação de performance ao vivo.



Membros:
Luke Spiller: Vocalista
Adam Slack: Guitarrista
Jed Elliott: Baixo
Gethin Davies: baterista


Discografia:
Kiss This EP (2014)
Everybody Wants (2014)
Young & Dangerous (2018)


                                                        
Agora, como no caso, das outras novas/velhas bandas é esperar para ver se manterão intensa a influência que trazem consigo ou com o passar dos anos de carreira apontaram novos caminhos (o que o oasis, por exemplo, não conseguiu atingir). Vai ser divertido acompanhar..



quarta-feira

GRETA VAN FLEET: LED ZEPELLIN REVIVAL?





Em pouco tempo a banda americana dos irmãos Kiszka e o baterista Wagner saiu do anonimato para o status de “salvadores do rock”. Mas, juntamente com o sucesso, uma parcela de rejeição também explodiu. Salvadores do Rock ou cópia do Led Zeppelin? That´s the question!

Essa história me lembra dos anos 90 quando surgiu o Britpop que trazia muitas bandas que emulavam uma releitura das bandas que os pais haviam ouvido nos anos 60 especialmente The Beatles e nessa especialidade os que mais se aproximaram foi o quinteto de Manchester: oasis! Logo se tornaram a grande banda do movimento com um sucesso estrondoso, especialmente no Reino Unido, entre 94-97.


Como FÃnático dos Beatles era de se esperar que eu detestasse o oasis, mas, logo percebi que na verdade o grupo era tão fã do quarteto de Liverpool quanto eu. Apenas tiveram a sorte de nascerem ingleses com o talento para montar uma banda.  E não pude negar as canções que eram boas, afinal. Era como retalhar o melhor das canções dos Beatles e misturar com uma ou outra coisa pessoal e seguir em frente. Sendo assim, como é que eu não iria gostar?




Além do mais, toda essa movimentação do oasis fez a juventude da época correr atrás para entender quem eram The Beatles que a banda venerava tanto a ponto de colocar uma imagem enorme do John Lennon durante a canção “Live Forever” e tocar “I am the Walrus” do Fabfour encerrando alguns dos shows!


Vejo um paralelo com a questão sobre o Greta Van Fleet. Também, são garotos que ouviram demais os ídolos dos pais ou avós e se tornaram tão fãs que resolveram trazer de volta aquela energia, aquele diferencial. Como o oasis , eles sentiram que podiam fazer e não pensaram duas vezes. Francamente, eu também não pensaria.


A influência é forte. Está no arranjo das músicas, no gestual do vocalista, no timbre e modo de cantar. Mas, apesar de tudo isso, não, não é uma mera cópia, um cover. São canções originais. Afinal, eles compõem material próprio, claro, muito influenciado, mas próprio. Greta Van Fleet é o oasis do Led Zeppelin, com todas as qualidades e defeitos que isso possa acarretar. E não é o único caso: situação semelhante acontece entre o Skating Polly e Nirvana, The Struts e Queen. Parece ser um momento de retorno ao que era bom..! Comparações incomodam e Greta Van Fleet tem tentado se desviar disso e fazem bem. Como no caso do Oasis, os verdadeiros fãs do Led e do Rock 70 devem mais é ficar felizes em curtirem novas canções no estilo que apreciam tanto. É como se fãs como eles estivessem fazendo as músicas que qualquer fã, se pudesse, faria.


Claro que tal obra não é para qualquer um. E nisso, coloco o ponto positivo determinante sobre o Van Fleet: Eles são talentosos! Ponto final! Soar como Led Zeppelin é bem complicado, vamos admitir! E quando Mick Jagger, Joe Sartriani, Zakk Wilder, Slash, Elton John, Alice Cooper, Jason Bonham e o próprio Robert Plant defendem seu trabalho o mínimo que você pode fazer é seguir em frente! E o futuro dirá se o Greta Van Fleet seguirá relembrando o que é rock bem feito ou conseguirá mostrar novos caminhos. Veremos..



segunda-feira

"O LIVRO DE ÍSIS" por Oto Sales





O Livro de Ísis da autora Adriana Rá relata a trajetória da jovem Ísis em um busca de autoconhecimento motivada por uma existência assombrada por angústia e dúvidas.


Ciente de sua singularidade a personagem trafega por locais típicos neste tipo de busca como o xamanismo, a ufologia e o espiritualismo, mas suas experiências físicas e espirituais conflitam-se em um processo caótico atrás de respostas nem sempre claras ou reveladoras.


No ápice de um caminho tão dilacerador enfrenta ainda a incompreensão dos que estão a sua volta. Quando se tem a sanidade questionada por todos que conhece ao quê deve-se apegar?


Os conflitos, as dúvidas, encontros e desencontros, os erros e acertos da personagem serão descritos durante o livro. Diretamente da perspectiva da personagem veremos sua visão em relação aos fatos que não necessariamente resultaram no alcance do objetivo desejado.


Auto-referente sem ser autobiográfico, como nos livros de Paulo Coelho, o Livro de Ísis é uma leitura atraente que certamente agradará ao mesmo tipo de público: Pessoas de todas as idades interessadas nas grandes questões existenciais e nas consequências psicológicas e espirituais que a busca por tais respostas podem impactar em suas vidas.


“E lembrem-se: quem lê um livro comunga com a alma dele e desta comunhão renova a sua própria!”



terça-feira

BLACK RAIN




A long time, a child with diamond eyes was play with a secret friend.
But that day wasn´t another day, the storm come back to home.
The sun turned black and black rain come down

And a child that was happy one day, so, never more again!
The time stopped and not nothing smiled around,
Because the rain is black, a black rain!


By Oto Sales

MIND CHANGE







Sometimes, You can move fastly for a fantastic discovery
Making your day, an extraordinary way for dreamers fools.
But, who can judge your acts when all is over?
Plastics men and women's fade away, they can't be true!


Would be a better place to live?
A word for read carrying anything as kind of chance,
Would be a page writing for a kind of agree?
From hearts that burn out brains for a mind change.


Keep your friends for have a magic shine.
Not make disappear of your mind and face.
The words that make you find keys of your time,
For fly above darkness of human race for live a moment of grace!


An extraordinary movement for fantastic ways.
Keep the faith when the fireman comes for your life!
Nothing to be adore, but a one magic word to say.
When your body is burning, You'll have a mystic smile!


(dedicated to the genius of Ray Bradbury)

By Oto Sales

segunda-feira

SKATING POLLY: O NOVO SEMPRE VEM..





Uma das vantagens da internet é que todo dia, se buscar direito, oferece uma descoberta. Então, aleatoriamente sigo por ela revisitando o que gosto e buscando coisas novas. Por acaso, encontrei essa banda que, na verdade, não é nova exatamente. Está por aí desde 2009 e nos dias atuais 10 anos já é uma era.


Escutei “Little Girl Blue and The Battle Envy” e o baixo me conquistou imediatamente.  A voz áspera das meninas, a angústia, o rocker na explosão. Tudo forte e interessante me deu ecos de Smashing Pumpkins.  “Hail Mary” é uma canção ainda mais densa, mas o clipe é ótimo e ecoou fortemente como Nirvana no seu melhor.


Eram meninas roqueiras, sem dúvida, e apesar de novas, são compositoras com canções que caem bem. Normalmente uma música ruim não dura nem a introdução nos meus ouvidos. Mas Skating Polly trabalha bem suas aparentes influências porque produzem material próprio bem feito. Influência como ponto de partida e não âncora.

Novos ecos: Pixies, Sonic Youth, Breeders. Rock alternativo. Rrriot Girls, por aí. Mas, claro, permanece um som inerente a banda marcado pelas vozes das cantoras e pelas canções autorais. Elas navegam bem por várias abordagens da canção mais punk, grunge, acústica, hard rock e até mesmo indie pop.


Skating Polly é uma banda dos E.U.A formada na cidade de Oklahoma em 2009. Todos os  integrantes são multi-instrumentistas. E com  frequência  trocam de instrumentos alternando bateria, guitarra e baixo. Suas vocalistas principais são Kelli Mayo (Março 29, de 2000) e Peyton Bighorse (11 de julho de 1995). Kelli e Peyton se conheceram quando o pai de Kelli começou a namorar a mãe de Peyton. Os pais se mudaram para a mesma casa, onde as duas tocavam os vários instrumentos musicais que os pais tinham. Identificação estabelecida, as meninas fizeram seu primeiro show em uma festa de Halloween da família em 2009.





Escolheram o nome por ser "ironicamente juvenil." Kelli aprendeu piano e bateria sozinha enquanto Peyton aprendeu guitarra. Eles começaram a escrever músicas em um ritmo mais furioso, alternando instrumentos e vocais. Chris Harris, dono do selo independente Nice People Records, descobriu a banda e auxiliou o pai de Kelli a fazer gravações caseiras que culminaram no primeiro álbum, Taking Over The World.

Além da boas canções deve-se destacar as boas letras, claro que, no início tinham um ponto feminista agressivo, mas não todas e, seja como for, são muito bem elaboradas tais como as recentes: “Little Girl Blue and The Battle Envy”, “Hail Mary”, "They´re cheap (I´m free)", "Camelot", "Louder in outer space" e outras..


Tempos depois, Skating Polly adicionou Kurtis Mayo, irmão das meninas, à banda para tocar bateria, enquanto Peyton poderia se concentrar na guitarra e Kelli no baixo. Ainda que eventuais trocas de instrumentos ocorram dependo da composição já que Kurtis também toca guitarra.



Álbuns:
1.       Taking Over The World (Nice People, 2011)
2.       Lost Wonderfuls (SQE Music, 2013)
3.       Fuzz Steilacoom (Chap Stereo, 2014)
4.       The Big Fit (Chap Stereo, 2016)
5.       The Make It All Show (El Camino, 2018)




Como cantou Elis Regina “o novo sempre vem”. Ainda que sejam muito novas, as meninas do Skating Polly (referência a canção “Polly” do Nirvana?) chamou minha atenção. Sempre fico feliz com novidades, não posso ouvir sempre os mesmos cds até a década de 90 para sempre. Mas, de 2010 para cá tenho visto uma série de coisas interessantes. Aos poucos  espero colocar por aqui:  The Horrors, Fazerdaze, Daughter, Kimbra, Lorde, Pales Waves, Sunflower Bean, FUR, Greta Van Fleet, The Struts tem me agradado em seus primeiros trabalhos. 




Devo confessar que a banda até me fez ouvir o Nirvana (que admito: nunca gostei tanto embora entendesse a importância do papel que tiveram) com mais apreço. Seja como for, a banda é jovem e quem sabe possam descobrir e desenvolver caminhos que irão além das influências. Por meu turno é bom que eu, velho ancião, ainda me empolgue pelo que virá!