Panacéia dos Amigos

Mostrando postagens com marcador PANACÉIA DAS FILOSOFIAS DOUTRINAS E RELIGIÕES. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador PANACÉIA DAS FILOSOFIAS DOUTRINAS E RELIGIÕES. Mostrar todas as postagens

sábado

CARIDADE


 

Caridade é, sobretudo, amizade.

Para o faminto -- é o prato de sopa.

Para o triste -- é a palavra consoladora.

Para o mau -- é a paciência com que nos compete auxiliá-lo.

Para o desesperado -- é o auxílio do coração.

Para o ignorante -- é o ensino despretensioso.

Para o ingrato -- é o esquecimento da ingratidão.

Para o enfermo -- é a visita pessoal.

Para o estudante -- é o concurso no aprendizado.

Para a criança -- é a proteção construtiva.

Para o velho -- é o braço irmão.

Para o inimigo -- é o perdão.

Para o amigo -- é o estímulo.

Para o transviado -- é o entendimento.

Para o orgulhoso -- é a humildade.

Para o colérico -- é a calma.

Para o preguiçoso -- é o trabalho.

Para o impulsivo -- é a serenidade.

Para o leviano -- é a tolerância.

Para o deserdado da Terra -- é a expressão de carinho.

Caridade é amor, em manifestação incessante e crescente.

É o sol de mil faces, brilhando para todos, e o gênio de mil mãos, amparando, indistintamente, na obra do bem, onde quer que se encontre, entre justos e injustos, bons e maus, felizes e infelizes, porque, onde estiver o Espírito do Senhor aí se derrama a claridade constante dela, a benefício do mundo inteiro.


(Emmanuel / Chico Xavier)

quinta-feira

ALMAS VELHAS: SAIBA PORQUE ELAS TÊM DIFICULDADE DE ENCONTRAR UM AMOR



1-ELAS QUEREM UM AMOR PARA EVOLUIR JUNTOS

As almas velhas não querem ter um relacionamento apenas para ter uma companhia, elas necessitam de um amor para crescer juntos. São almas que já viveram muitas experiências anteriores e por isso querem utilizar dessa passagem pela terra para evoluir em sua jornada, não gostam de perder tempo em namoricos.

2-TÊM UM PROPÓSITO DE VIDA MAIOR DO QUE ENCONTRAR UM AMOR

As almas velhas vêm para esse mundo com um propósito, uma missão e muitas vezes acreditam que um amor poderia desfocá-las do cumprimento dessa tarefa. Antes de buscar um amor, elas dão prioridade à sua evolução pessoal e ao entendimento da sua função na vida.  Como um amor demanda muita atenção e dedicação, elas acabam por deixar os relacionamentos amorosos um pouco de lado.

3-ELAS NÃO SE DÃO BEM COM OS ENCONTROS MODERNOS

As almas velhas não se adaptam bem aos encontros modernos, aos encontros combinados em que duas pessoas se dispõe a se conhecer, perguntar sua profissão, idade, o que gosta de fazer, etc. Para elas, tudo isso é muito superficial. Elas gostam dos encontros casuais, de pessoas que se encontram e se conhecem, se conectam, têm energias semelhantes. Infelizmente esse tipo de encontro hoje em dia é cada vez mais raros. As pessoas costumam se falar por aplicativos, sites de encontros, por Facebook e isso irrita as almas velhas e aumenta a dificuldade em encontrar um amor.

4-ELAS NÃO GOSTAM DE FAZER “JOGUINHOS AMOROSOS”

Aquela velha história de: “vou esperar que ele me ligue, não vou ligar”, ou “vou fingir desinteresse, pois mulher gosta é disso” é algo que irrita muito as almas velhas. “Ficar” com alguém lhes é algo exaustivo. Elas não aguentam encarnar personagens para conquistar alguém, elas são muito instintivas e verdadeiras, não gostam de ficar fazendo charme, vão direto ao ponto e isso assusta muitas pessoas.

5-TÊM PADRÕES MUITO ELEVADOS

As almas velhas não ficam com qualquer pessoa só por ficar, só para ter uma companhia. Se elas acham que a pessoa não vale a pena, elas nem se dão o trabalho. Muitas pessoas acabam dizendo que elas são “exigentes demais”, mas a verdade é que as almas velhas querem alguém para partilhar a vida, não para dividir um sofá vendo novelas das 8. Elas esperam por alguém muito especial para ter ao seu lado, caso contrário, preferem ficar sozinhas.

6-ELAS TÊM MUITAS FERIDAS EMOCIONAIS ANTIGAS

As almas velhas carregam em si feridas emocionais dessa e de outras vidas. Normalmente, essas almas vêm fortalecidas pela experiência, mas não encontram uma vida fácil nessa encarnação, têm muitos desafios a vencer, que geram uma bagagem sólida mas dolorida. Por isso, elas sentem-se ressabiadas para se relacionar, pois não querem sofrer à toa. Para ter um relacionamento com alguém, precisam sentir que a pessoa é madura o suficiente para compreender o seu jeito e seu grau evolutivo.

7-ELAS QUEREM UM COMPANHEIRO COMPROMETIDO

As almas velhas precisam de um companheiro que queira estar ao seu lado, que as respeite e compreenda. Não conseguem estar ao lado de pessoas que traem, que não dão atenção, que fazem pouco caso da relação. Elas sabem que um relacionamento só vai para frente se for ativamente nutrido pelos dois, com muita dedicação e compromisso. Caso o parceiro não se demonstre dedicado a isso, elas pulam fora logo.

8-ELAS QUEREM UM RELACIONAMENTO AUTÊNTICO

Para as almas velhas, um relacionamento autêntico, onde cada um se sente confortável em ser quem é, sem falsidades ou mentiras é algo muito importante. Elas gostam de amores que incentivam a autenticidade mútua, onde ninguém precisa esconder nada ou fingir ser o que não é. É preciso que o companheiro esteja em paz consigo mesmo e esteja disposto a aceita-la do modo que ela é.

Um amor superficial não lhes sacia, não completa, não faz sentido. Por isso, as almas velhas costumam passar muito tempo sozinhas: preferem esperar pela pessoa que vai mexer com elas do que gastar tempo com pessoas medianas. Não querem alguém para gostar

Por serem pessoas muito especiais, costumam despertar paixões e até amores de outras pessoas. Entretanto, apesar de quererem ter um amor, elas não suportam a dependência emocional. São suficientes sozinhas, gostam de ter a sua liberdade e individualidade, e caso seu parceiro tente limitar essas suas qualidades, elas logo fogem. Não gostam de alguém que dependa emocionalmente delas, acham que os relacionamentos são para complementar, evoluir juntos..

FONTE:GRUPO HARMONIZAÇÃO EMOCIONAL E ENERGÉTICA 

TEMOS DATA E HORA CERTA PARA DESENCARNAR?



Quando encarnamos, recebemos uma carga de fluido vital (fluido da vida). 

Quando este fluido acaba, morremos. Somos como a pilha que com o tempo vai descarregando.

Chegamos ao ponto que os remédios já não fazem mais efeito. Daí não resta outra alternativa senão trocar de “roupa” e voltar para a escola planetária.

Mas a quantidade de fluido vital não é igual em todos seres orgânicos. Isso dependerá da necessidade reencarnatória de cada um de nós.

Quando chegamos á Terra cada um tem uma "estimativa de vida". Vai depender do que viemos fazer aqui. A pessoa que está estimado viver em torno de 60 anos receberá mais fluido que a pessoa que está estimado viver 20 anos. 

André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são completistas, ou seja, nascemos com uma estimativa de vida e, com os abusos, desencarnamos antes do previsto, não completamos o tempo estimado, isso chama-se suicídio indireto.

Se viemos acertar as pendências biológicas por mau uso do corpo, como o suicídio direto ou indireto, nós vamos ficar aqui pouco tempo. É só para cobrir aquele buraco que nós deixamos. Exemplo: Se nossa estimativa de vida é 60 anos e nós, por abusos, desencarnamos aos 40 anos, ficamos devendo 20 anos. Então, na próxima encarnação viveremos somente 20 anos. 

Mas há outros indivíduos que vem para uma tarefa prisional. E daí vai ficar, 70, 80, 90, 100 anos. Imaginamos que quem vira os 100 anos está resgatando débitos. Porque vê as diversas gerações que já não são as suas. E o indivíduo vai se sentindo cada vez mais um estranho no ninho. Os jovens o olham como se ele fosse um dinossauro. Os da sua idade já não se entendem mais porque já faltam certos estímulos (visuais, auditivos, etc.). Já não podem visitar reciprocamente, com raras exceções. Tornam-se pessoas dependentes dos parentes, dos descendentes para levar aqui e acolá. Até para cuidar-se e tratar-se. Então, só pode ser resgate para dobrar o orgulho, para ficar nas mãos de pessoas que nem sempre gostam dela. Alguns velhos apanham, outros são explorados na sua aposentadoria, outros são colocados em asilos onde nunca recebem visitas. 

Em compensação, outros vêm, cuidam da família, educam os filhos em condição de caminhar, fecham os olhos e voltam para a casa com a missão cumprida com aqueles que se comprometeu em orientar, impulsionar, a ajudar.

Por isso, precisamos conversar com os jovens. Dizer a eles que é na juventude que a gente estabelece o que quer na velhice, se chegar lá. E que vamos colher na velhice do corpo o que tivermos plantado na juventude. Se ele quiser ter um ídolo, que escolha alguém que esteja envolvido com a paz, com a saúde, a ética, ao invés de achar ídolos da droga, do crime, das sombras. 

E aqueles que não tem jovens para orientar e que estão curtindo a própria maturidade, avaliar o que fizeram da vida até agora. Se a morte chegasse hoje, o que teriam para levar? Se chegarem a conclusão que não tem nada para levar lembrem que: HÁ TEMPO.

Enquanto Deus nos permitir ficar na Terra, HÁ TEMPO, para fazermos algum serviço no Bem seja ao próximo ou a nós mesmos: estudar, aprender uma língua, uma arte, praticar um esporte. Enquanto respirarmos no corpo perguntemos: “O QUE DEUS QUER QUE EU FAÇA?” Usemos bem o fluido que nos foi disponibilizado. 

ATENÇÃO: a vida bem vivida pela causa do Bem pode nos dar “MORATÓRIA”, ou seja, uma sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne. Por isso vemos muitos trabalhadores do BEM desencarnando com idade bem avançada. Estes receberão uma carga extra de fluido vital para estender seu tempo no corpo físico. 

Então, há idosos em caráter expiatório e em caráter de moratória.


Fonte: palestra de José Raul Teixeira e de Richard Simonetti

sábado

ANCIENT OPINIONS UPON PSYCHIC BODIES

 



[Page 15] It must be confessed that modern Spiritualism falls very short of the ideas formerly suggested by the sublime designation which it has assumed. Chiefly intent upon recognising and putting forward the phenomenal proofs of a future existence, it concerns itself little with speculations on the distinction between matter and spirit, and rather prides itself on having demolished Materialism without the aid of metaphysics. Perhaps a Platonist might say that the recognition of a future existence is consistent with a very practical and even dogmatic materialism, but it is rather to be feared that such a materialism as this would not greatly disturb the spiritual or intellectual repose of our modern phenomenalists. [ "I am afraid”, says Thomas Taylor, in his Introduction to the Phaedo, “there are scarcely any at the present day who know that it is one thing for the soul to be separated from the body, and another for the body to be separated from the soul, and that the former is by no means a necessary consequence of the latter”] Given the consciousness, with its sensibilities safely housed in the psychic body, which demonstrably survives the physical carcass, and we are like men saved from shipwreck, who are for the moment thankful and content, not giving thought whether they are landed on a hospitable shore, or a barren rock, or on an island of cannibals. It is not, of course, intended that this "hand to mouth" immortality is sufficient for the many thoughtful minds whose activity gives life and progress to the movement, but that it affords a relief which most people feel when in an age of doubt they make the discovery that they are undoubtedly to live again. To the question, "How are the dead raised up, and with what body do they come?" modern Spiritualism, with its empirical methods, is not adequate to reply. Yet, long before Paul suggested it, it had the attention of the most celebrated schools of philosophy, whose speculations on the subject, however little they may seem to be verified, ought not to be without interest to us, who, after all, are still in the infancy of a Spiritualist revival. It would not be necessary to premise, but for the frequency with which the phrase occurs, that the “spiritual body” is a contradiction in terms. The office of body is to relate spirit to an objective world. By platonic writers it is usually termed okhema — "vehicle". It is the medium of

 

[Page 16] action and also of sensibility. In this philosophy the conception of soul was not simply, as with us, the immaterial subject of consciousness. How warily the interpreter has to tread here, every one knows who has dipped even superficially into the controversies among the Platonists themselves. All admit the distinction between the rational and the irrational part or principle, the latter including, first, the sensibility, and, secondly, the plastic, or that power which in obedience to its sympathies enables the soul to attach itself to, and to organize into a suitable body, those substances of the universe to which it is most congruous. It is more difficult to determine whether Plato or his principal followers recognized in the rational soul or nous a distinct and separable entity — that which is sometimes discriminated as “the Spirit”. Dr. Henry More, no mean authority, repudiates this interpretation. "There can be nothing more monstrous", he says, "than to make two souls in man, the one sensitive, the other rational, really distinct from one another, and to give the name of Astral Spirit to the former; when there is in man no astral spirit save the plastic of the soul itself, which is always inseparable from the rational. Nor upon any other account can it be called astral, but as it is liable to that corporeal temperament which proceeds from the stars, or rather from any material causes in general, as not being yet sufficiently united with the divine body — that vehicle of divine virtue or power". So he maintains that the Kabalistic three souls — Nephesh, Ruach, Neshama — originate in a misunderstanding of the true Platonic doctrine, which is that of a threefold “vital congruity”. These correspond to the three degrees of bodily existence, or to the three vehicles, the terrestrial, the aerial, and the ethereal. The latter is the augoeides — the luciform vehicle of the purified soul whose irrational part has been brought under complete subjection to the rational. The aerial is that in which the great majority of mankind find themselves at the dissolution of the terrestrial body, and in which the incomplete process of purification has to be undergone during long ages of preparation for the soul's return to its primitive etherial state. For it must be remembered that the pre-existence of souls is a distinguishing tenet of this philosophy, as of the Kabala. The soul has "sunk into matter". From its highest original state the revolt of its irrational nature has awakened and developed successively its vital congruities with the regions below passing, by means of its Plastic, first into the aerial and afterwards into the terrestrial condition. Each of these regions teems also with an appropriate population which never passes, like the human soul, from one to the other — "gods”, “demons”, and, "animals”. [The allusion here is to those beings of the several kingdoms of the elements which we Theosophists, following after the Kabalists, have called the “Elementals” ] As to the duration, "the shortest of all is that of the terrestrial vehicle. In the aerial, the soul may inhabit, as they define, many ages, and in the ethereal forever". Speaking

 

[Page 17] of the second body, Henry More says: "The soul's astral vehicle is of that tenuity that itself can as easily pass the smallest pores of the body as the light does glass, or the lightning the scabbard of a sword without tearing or scorching of it". And again: "I shall make bold to assert that the soul may live in an aerial vehicle as well as in the ethereal, and that there are very few that arrive to that high happiness as to acquire a celestial vehicle immediately upon their quitting the terrestrial one, that heavenly chariot necessarily carrying us in triumph to the greatest happiness the soul of man is capable of, which would arrive to all men indifferently, good or bad, if the parting with this earthly body would suddenly mount us into the heavenly, when by a just Nemesis the souls of men that are not heroically virtuous will find themselves restrained within the compass of this caliginous air, as both reason itself suggests, and the Platonists have unanimously determined". Thus, also, the most thorough-going and probably the most deeply versed in the doctrines of the master among modern Platonists, Thomas Taylor (Introduction, Phaedo). "After this our divine philosopher informs that the pure soul will after death return to pure and eternal natures; but that the impure soul, in consequence of being imbued with terrene affections, will be drawn down to a kindred nature, and be invested with a gross vehicle capable of being seen by the corporeal eye. [This is the Hindu theory of nearly every one of the Aryan philosophies] For while a propensity to body remains in the soul, it causes her to attract a certain vehicle to herself, either of an aerial nature or composed from the vapours and spirit of her terrestrial body, or which is recently collected from the surrounding air; for, according to the arcana of the Platonic philosophy, between an etherial body which is simple and immaterial, and is the eternal connate vehicle of the soul, and a terrene body which is material and composite, and of short duration, there is an aerial body which is material indeed, but simple and of a more extended duration; and in this body the unpurified soul dwells for a long while after its exit from hence, till this pneumatic vehicle being dissolved, it is again invested with a composite body; while, on the contrary, the purified soul immediately ascends to the celestial regions with its ethereal vehicle alone."Always it is the disposition of the soul that determines the quality of its body. "However the soul be affected", says Porphyry (translated by Cudworth), "so does it always find a body suitable and agreeable to its present disposition, and therefore to the purged soul does naturally accrue a body that comes next to immateriality, that is, an ethereal one". And the same author: "The soul is never quite naked of all body, but has always some body or other joined with it, suitable and agreeable to its present disposition (either a purer or impurer one). But that at its first quitting this gross earthly body, the spirituous body which accompanieth it (as its vehicle) must needs go away fouled and incrassated with the vapours and steams thereof, till the soul afterwards by degrees purifying itself, this becometh at length a dry [Page 18] splendour, which hath no misty obscurity nor casteth any shadow". Here, it will be seen, we lose sight of the specific difference of the two future vehicles: the ethereal is regarded as a sublimation of the aerial This, however, is opposed to the general consensus of Plato's commentators. Sometimes the ethereal body, or augoeides, is appropriated to the rational soul, or spirit, which must then be considered as a distinct entity, separable from the lower soul. Philoponus, a Christian writer, says "that the rational soul, as to its energy, is separable from all body; but the irrational part, or life thereof, is separable only from this gross body, and not from all body whatsoever, but hath, after death, a spirituous or airy body, in which it acteth — this I say, is a true opinion which shall afterwards be proved by us . . . . The irrational life of the soul hath not all its being in this gross earthly body, but remaineth after the soul's departure out of it, having for its vehicle and subject the spirituous body, which itself is also compounded out of the four elements, but receiveth its denomination from the predominant part, to wit, air, as this gross body of ours is called earthy from what is most predominant therein" (Cudworth, Intell. Syst.). From the same source we extract the following: "Wherefore these ancients say that impure souls, after their departure out of this body, wander here up and down for a certain space in their spirituous, vaporous and airy body, appearing about sepulchers and haunting their former habitation. For which cause there is great reason that we should take care of living well, as also of abstaining from a fouler and grosser diet; these ancients telling us likewise that this spirituous body of ours, being fouled and incrassated by evil diet, is apt to render the soul in this life also more obnoxious to the disturbances of passion. They further add that there is something of the plantal or plastic life, also exercised by the soul, in those spirituous or airy bodies after death; they being nourished, too, though not after the same manner as those gross earthy bodies of ours are here, but by vapours, and that not by parts or organs, but throughout the whole of them (as sponges), they imbibing everywhere those vapours. For which cause those who are wise will in this life also take care of using a thinner and dryer diet, that so that spirituous body (which we have also at this present time within our proper body) may not be clogged and incrassed, but attenuated. Over and above which, those ancients made use of catharms, or purgations, to the same end and purpose also. For as this earthy body is washed by water, so is that spirituous body cleansed by cathartic vapours — some of these vapours being nutritive, others purgative. Moreover, these ancients further declared concerning this spirituous body that it was not organized, but did the whole of it in every part exercise all the functions of sense, the soul hearing, seeing, and perceiving all sensibles by it everywhere. For which cause Aristotle himself affirmeth in his Metaphysics that there is properly but one sense and one sensory. He by this one sensory meaneth the spirit, in subtle airy body, in which the sensitive power doth all of it, through the [Page 19] whole, immediately apprehend all variety of sensibles. And if it be demanded to how it comes to pass that this spirit becomes organized in sepulchers, and most commonly of human form, but sometimes in the forms of other animals, to this these ancients replied that their appearing so frequently in human form proceeded from their being incrassated with evil diet, and then, as it were, stamped upon with the form of this exterior ambient body in which they are, as crystal is formed and coloured like to those things which it is fastened in, or reflects the image of them. And their having sometimes other different forms proceedeth from the phantastic power of the soul itself, which can at pleasure transform the spirituous body into any shape. For being airy, when it is condensed and fixed, it becometh visible, and again invisible and vanishing out of sight when it is expanded and rarified". (Proem in Aristotle, “De Anima”.)                          

 

And Cudworth says, "Though those spirits or ghosts had certain supple bodies which they could so far condense as to make them sometimes visible to men, yet is it reasonable enough to think that they could not constipate or fix them into such a firmness, grossness, and solidity as that of flesh and bone as to continue therein, or at least not without such difficulty and pain as would hinder them from attempting the same. Notwithstanding which it is not denied that they may possibly sometimes make use of other solid bodies, moving and acting them, as in that famous story of Phlegon's, when the body vanished not as other ghosts used to do, but was left a dead carcase behind". In all these speculations the Anima Mundi plays a conspicuous part. It is the source and principle of all animal souls, including the irrational soul of man. But in man, who would otherwise be merely analogous to other terrestrial animals, this soul participates in a higher principle, which tends to raise and convert it to itself. To comprehend the nature of this union, or hypostasis, it would be necessary to have mastered the whole of Plato's philosophy as comprised in the “Parmenides” and the “Timaeus” ; and he would dogmatize rashly who without this arduous preparation should claim Plato as the champion of an unconditional immortality. Certainly in the "Phaedo", the dialogue popularly supposed to contain all Plato's teaching on the subject, the immortality allotted to the impure soul is of a very questionable character, and we should rather infer from the account there given that the human personality, at all events, is lost by successive immersions “into matter”. The following passage from Plutarch will at least demonstrate the antiquity of notions which have recently been mistaken for fanciful novelties: " Every soul hath some portion of nous — reason, — a man cannot be a man without it; but as much of each soul as is mixed with flesh and appetite is changed, and through pain and pleasure becomes irrational. Every soul does not mix herself after one sort: some plunge themselves into the body, and so in this life their whole frame is corrupted by appetite and passion; others are mixed as to some part, but the purer part still remains without the body. It is not drawn down into the body [Page 20] but it swims above, and touches the extremest part of the man's head; it is like a cord to hold up and direct the subsiding part of the soul, as long as it proves obedient and is not overcome by the appetites or the flesh. The part that is plunged into the body is called the soul; but the incorruptible part is called the nous, and the vulgar think it is within them, as they likewise imagine the image reflected from a glass to be in that glass. But the more intelligent, who know it to be without, call it a Daemon". And in that learned work, “Isis Unveiled”, we have two Christian authorities, Irenaeus and Origen, cited for a like distinction between spirit and soul in such a manner as to show that the former must necessarily be regarded as separable from the latter. In the distinction itself there is of course no novelty for the most moderately well-informed. It is insisted upon in many modern works, among which maybe mentioned Heard's “Tricotomy of Man” and Green's “Spiritual Philosophy” ; the latter being an exposition of Coleridge's opinion on this and cognate subjects. But the difficulty of regarding the two principles as separable in fact as well as in logic arises from the sense, if it is not the illusion, of personal identity. That we are partible, and that one part only is immortal, the non-metaphysical mind rejects with the indignation which is always encountered by a proposition which is at once distasteful and unintelligible. Yet, perhaps, it is not a greater difficulty (if, indeed, it is not the very same) than that hard saying which troubled Nicodemus and which yet has been the key-note of the mystical religious consciousness ever since. This, however, is too extensive and deep a question to be treated in this article, which has for its object chiefly to call attention to the distinctions introduced by ancient thought into the conceptions of body as the instrument or "vehicle" of soul. That there is a correspondence between the spiritual condition of man and the medium of his objective activity every spiritualist will admit to be probable, and it may well be that some light is thrown on future states by the possibility or the manner of spirit-communication with this one..

Originally published in The Theosophist, Vol 1

by The Theosophical Society, Adyar, Chennai [Madras]. India 600 020

and reprinted from “Theosophical Siftings” Volume 1 -

OS PRINCÍPIOS HERMÉTICOS



Os Sete Princípios em que se baseia a Filosofia Hermética são os seguintes:

 I – O princípio de Mentalismo

II – O princípio de Correspondência

III – O princípio de Vibração

IV – O princípio de Polaridade 

V – O princípio de Ritmo

VI – O princípio de Causa e Efeito

VII – O princípio de Gênero

 

O primeiro Princípio é o Principio do Mentalismo

 

"O TODO é MENTE; o Universo é Mental"

 

Tudo e todos que existem de visível ou oculto funcionam porque fazem parte de um todo. Tudo faz parte da criação de uma mente onipresente, tudo faz parte de um poder total.

 

Este é sem dúvida o mais importante de todos os princípios já que nele estão contidos todos os outros. O TODO (ou seja a realidade que se oculta em todas as manifestações de nosso universo material) é Espírito, é Incognoscível e Indefinível em si mesmo, mas pode ser considerado como uma Mente Vivente Infinita Universal.

 

"Compreendendo a verdade da Natureza Mental do nosso Universo o discípulo estará bem avançado no Caminho do Domínio", escreveu um velho mestre do Hermetismo. Estas palavras continuam atuais e verdadeiras e são a chave para a nossa compreensão das regras e Leis que regem nosso Universo material.

 

Observaremos que, se o Universo é Mental e nós existimos na Mente do Todo, como tais, nós somos seres mentais e criamos com a nossa mente, à imagem e semelhança do Todo, conforme explica o Segundo Princípio.

 

O segundo Princípio Hermético é o Princípio da Correspondência

 

"O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima".

 

Assim como é em cima, é embaixo. Como é embaixo, assim é em cima. A característica de um corresponde, de certa forma, com a característica de outro, ou vice-versa. 

 

A compreensão deste princípio nos ajuda a explicar todos os fenômenos da natureza e compreender a própria existência da vida. Os segredos da Natureza se tornam claros aos olhos do estudante que compreender este princípio chave, aplicado à manifestação universal e que explica os diversos planos do universo material, mental e espiritual.

 

Este é um dos mais importantes princípios e é aplicado na Astrologia e na Alquimia, verdadeiras Ciências de Iniciados, a primeira praticamente desprezada e a segunda quase esquecida. O Princípio da Correspondência habilita o homem inteligente a raciocinar do Conhecido ao Desconhecido ou vice-versa. "Estudando a Mônada, ele chega a conhecer o Arcanjo", diz o Caibalion.

  

O terceiro Princípio é o Princípio da Vibração

 

"Nada está parado, tudo se move, tudo vibra"

 

Nada nesse mundo esta em repouso, tudo esta em constante movimento. Tudo tem a sua infinita vibração, embora algumas coisas pareçam estar em repouso, na verdade estão dentro de um Universo que não para de vibrar.

 

Este princípio nos explica que tudo, em nosso Universo, está em constante movimento, isto é, em constante evolução. Este princípio é facilmente compreensível pois a ciência moderna já o confirmou através de suas observações e descobertas.

 

Ele explica que as diferenças entre as diversas manifestações de Matéria, Energia, Mente e Espírito, resultam das ordens variáveis de Vibração. "Desde O TODO, que é puro Espírito, até a forma mais grosseira de Matéria, tudo está em vibração. Quanto mais elevada for a vibração, tanto mais elevada será a posição na escala". (O Caibalion).

 

Nas extremidades inferiores da escala estão as vibrações mais grosseiras da matéria, que parecem estar paradas. Ao elevarmos nosso espírito, nos campos de vibração mais sutis, entramos em sintonia com O TODO e com a Mente Superior, recebendo assim os benefícios dela emanados. Só os Mestres conseguem aplicar corretamente este Princípio de Vibração, conquistando assim os fenômenos da natureza. "Aquele que compreende o princípio de Vibração alcançou o Cetro do Poder", disse um antigo Mestre.

 

O quarto Princípio é o Princípio de Polaridade

 

"Tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados"

 

Tudo tem o seu pólo oposto para o perfeito equilíbrio e funcionamento contínuo do ciclo do universo. Somente os lados opostos uns aos outros conseguem se unir, transformando-se em uma parte do conjunto do universo.

 

Este Princípio é bastante simples e ao mesmo tempo complexo, e contém o axioma hermético dos opostos, ou seja dos pólos que regem toda a vida manifestada tal como nós a conhecemos. O princípio de Polaridade explica, por exemplo, que Luz e Obscuridade são a mesma coisa, manifestada em variações e graus diferentes.

 

Explica também que o Amor e o Ódio são dois estados mentais em aparência totalmente diferentes mas em realidade iguais pois exprimem somente o mesmo sentimento em graus diferentes. E o melhor de tudo isto é que, no caso da mente, podemos modificar as coisas se dominarmos a nossa própria mente, mudando a sua vibração, através da Arte da Transmutação Mental.

 

Com o profundo conhecimento deste princípio o estudante poderá modificar a sua própria Polaridade, assim como a dos outros, transformando Ódio em Amor, Raiva em Perdão, Tristeza em Alegria.

 

O quinto Princípio Hermético é o Princípio de Ritmo

 

"Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação"

 

As coisas estão sempre em constante movimento e esta lei explica o ritmo desses movimentos. É através da seqüência circula repetida de um mesmo movimento o caminho que se compõem o resultado da transformação.

 

Ao analisarmos este princípio temos que compreender que o Universo da forma como nós o conhecemos é influenciado por este constante fluxo e refluxo, por este movimento de atração e repulsão, que o torna tão complexo e ao mesmo tempo tão perfeito. Esta lei se manifesta em todas as coisas materiais e também nos estados mentais do Homem.

 

Os Hermetistas compreendem este Princípio, reconhecendo a sua aplicação universal e com os profundos estudos e com o domínio da mente, conseguem dominar os seus efeitos aplicando a Lei mental de Neutralização. Porém, o simples observar desta Lei em aplicação na Natureza nos ajuda a melhor enfrentar as vicissitudes da vida, acompanhando o seu fluxo e refluxo e tentando neutralizar a Oscilação Rítmica pendular que tenta nos arrastar para um ou para outro pólo.

 

O sexto Princípio Hermético é o Princípio de Causa e Efeito

 

"Toda a Causa tem seu Efeito, todo o Efeito tem sua Causa; tudo acontece de acordo com a Lei; o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada escapa à Lei"

 

Nada no mundo acontece por acaso, tudo tem sua causa, e essa causa é o efeito de outra causa, e assim por diante, é uma cadeia circular infinita de causas e conseqüências.

 

Neste princípio existe a verdade de que há uma Causa para todo o Efeito e um Efeito para toda a Causa. E O Caibalion nos ensina também que nada acontece sem uma razão, mesmo se nós a desconhecemos, pois tudo é dominado pela Lei. Para nos elevarmos acima da Lei de Causa e Efeito é necessário muito estudo, muita meditação e a compreensão profunda de todos os Princípios Herméticos que fazem do Iniciado um Verdadeiro Mago.

 

As massas do povo são levadas para frente, seguindo os desejos e vontades dos outros, do coletivo onde as causas exteriores se tornam mais importantes do que a vontade própria. O verdadeiro Iniciado deve elevar-se acima da massa, exercitando a sua Vontade para poder exercer o seu Livre Arbítrio. Para escaparmos desta Lei, que nos ata às sucessivas re-encarnações, devemos antes de mais nada controlar nossa mente e nossos atos para superarmos a casualidade.

  

O sétimo Princípio é o Princípio do Gênero

 

"O Gênero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos"

 

Tudo e todos têm seu lado feminino e masculino. É assim que o Universo é formado. Masculino possui Feminino e vice-versa. O termo chinês yin-yang considera essa idéia a base para o equilíbrio, tanto em sua característica criativa como objetiva. O nosso anima (poder feminino) e o animus (poder masculino) devem estar sempre em harmonia.

 

Estudando este princípio, que nos lembra o princípio de Polaridade, percebemos que o gênero é manifestado em tudo e que o princípio feminino e masculino estão sempre presentes, seja no plano físico que no plano mental e espiritual. No plano físico este Princípio se manifesta como sexo, e nos planos superiores ele tem outras formas de manifestação, mas se mantém igual.

 

Assim, podemos dizer que todas as coisas manifestadas no gênero masculino possuem também um gênero feminino, e todas as coisas do gênero feminino contém também um gênero masculino. Compreendemos assim que não necessitamos da busca do outro princípio pois tudo está imanente em nós, manifestado na forma do gênero. A compreensão deste princípio nos leva à plenitude e à realização interior.

 

CONCLUSÃO

 

Estes Princípios Herméticos, são aplicados pelo Astrólogo, pelo Tarólogo, pelo Homeopata, pelo Terapeuta Floral, pelo Grafólogo, enfim, por todos aqueles que sabem que o Homem faz parte do TODO e como tal não pode estar se não intimamente ligado a este, através de suas Leis Universais.

 

Ao olharmos o Homem como um Todo harmônico, podemos compreender as razões que o levam à desarmonia, que se manifesta através das doenças físicas ou mentais, dos acidentes e infortúnios, e tentar ‘curá-lo’ proporcionando-lhe assim a chance de um crescimento no âmbito espiritual..

 

Sem estes Princípios, as ciências chamadas "alternativas" seriam meros exercícios de ‘curandeirismo’. No entanto, sob os Princípios das Leis Herméticas, tudo se torna claro e transparente às mentes mais esclarecidas.

 

quarta-feira

HERMES TRIMEGISTO E O CAIBALION

 


Hermes Trimegisto, o Três Vezes Grande, era considerado pelos Egípcios o Mensageiro dos Deuses, por ter transmitido os ensinamentos a este grande povo da antiguidade e ter implantado a tradição sagrada, os rituais sagrados, e os ensinamentos das artes e ciências em suas Escolas da Sabedoria. 

A medicina, a astronomia, a astrologia, a botânica, a agricultura, a geologia, as matemáticas, a música, a arquitetura, a ciência política, tudo isso era ensinado em suas Escolas e em seus livros, que segundo os gregos somavam 42. Entre eles se encontra "O Livro dos Mortos" ou também chamado "O Livro da Saída da Luz".

A Ciência Hermética é baseada em seus ensinamentos e comprova com seus preceitos, que o Grande Hermes veio transmitir para a humanidade uma Sabedoria Divina, até hoje mal compreendida apesar de amplamente comprovada.

A Filosofia Hermética se baseia nos Princípios Herméticos incluídos no livro "O Caibalion" e parece destinada a plantar uma semente de Verdade no coração dos sábios, que perpetuam e transmitem os seus ensinamentos. Em todas as civilizações sempre existiram ouvidos atentos a estes ensinamentos. Como diz o próprio Caibalion:

  

“Em qualquer lugar que se achem os vestígios do Mestre,

Os ouvidos daqueles que estiverem preparados para receber

O seu Ensinamento, se abrirão completamente.

Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir,

Então vêm os lábios para enchê-los de sabedoria".

 

 Porém o Caibalion nos ensina também que:

 

"Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do Entendimento".

 

O Caibalion nos foi transmitido pela Tradição Hermética e reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas.

A palavra Caibalion, na língua hebraica significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Qabala, ou Qibul, ou Qibal, que significa tradição.

No antigo Egito foi estabelecida a maior das Lojas dos Místicos e pelas portas de seus Templos entraram os Neófitos que, mais tarde, como Hierofantes, Adeptos e Mestres, se espalharam por todas as partes da terra, levando consigo o precioso conhecimento que possuíam para ensiná-los àqueles que estivessem preparados para compreendê-lo.

Em nossos dias o termo ‘hermético’ significa secreto, fechado de tal maneira que nada escapa, significando que os discípulos de Hermes sempre observavam o princípio do segredo nos seus preceitos. Os antigos instrutores pediam este segredo mas nunca desejaram que os preceitos não fossem transmitidos.

Não instituíram uma religião, de forma que estes princípios pudessem ser aproveitados por todas mas não pertencessem a nenhum credo. De fato, os ‘Princípios Herméticos’ são baseados nas Leis da Natureza, e como tais pertencem somente à Ordem Divina..

‘As doutrinas sempre foram transmitidas de ‘Mestre à Discípulo’, de Iniciado à Hierofante, dos lábios aos ouvidos. Ainda que esteja escrita em toda parte, foi propositalmente velada com termos de alquimia e astrologia, de modo que só os que possuem a chave podem-na ler bem.’ (O Caibálion).

quinta-feira

LEIBINIZ E O MELHOR DOS MUNDOS POSSÍVEIS

 



Leibniz é mais conhecido por seu otimismo, por sua conclusão de que nosso universo é, num sentido restrito, o melhor de todos os mundos possíveis que Deus poderia ter criado. Essa ideia muitas vezes foi satirizada por outros filósofos, como Voltaire. Leibniz, juntamente com René Descartes e Baruch Spinoza, foi um dos três grandes defensores do racionalismo no século XVII. O trabalho de Leibniz antecipou a lógica moderna e a filosofia analítica, mas sua filosofia também remete à tradição escolástica, na qual as conclusões são produzidas aplicando-se a razão aos primeiros princípios ou definições anteriores, e não à evidências empíricas..

Leibniz admitia uma série de "causas eficientes" a determinar o agir humano dentro da cadeia causal do mundo natural. Essa série de causas eficientes dizem respeito ao corpo e seus atos. Contudo, paralela a essa série de causas eficientes, há uma segunda série, a das causas finais. As causas finais poderiam ser consideradas como uma infinidade de pequenas inclinações e disposições da alma, presentes e passadas, que conduzem o agir presente. Há, como em Nietzsche, uma infinidade imensurável de motivos para explicar um desejo singular. Nesse sentido, todas as escolhas feitas tornam-se determinantes da ação. Cai por terra a noção de arbitrariedade ou de ação isolada do contexto. Parece também cair por terra a noção de ação livre, mas não é o que ocorre. Leibniz acredita na ação livre, se ela for ao mesmo tempo "contingente, espontânea e refletida".

A contingência: a contingência opõe-se à noção de necessidade, não à de determinação. A ação é sempre contingente, porque seu oposto é sempre possível.

A espontaneidade: e ação é espontânea, quando o princípio de determinação está no agente, não no exterior deste. Toda ação é espontânea e tudo o que o indivíduo faz depende, em última instância, dele próprio.

A reflexão: qualquer animal pode agir de forma contingente e espontânea. O que diferencia o animal humano dos demais é a capacidade de reflexão que, quando operada, caracteriza uma ação como livre. Os homens têm a capacidade de pensar a ação e saber por que agem. 

As mônadas: a contribuição mais importante de Leibniz para a metafísica é a sua teoria sobre as mônadas, expostas em sua obra Monadologia. As mônadas equivalem para a realidade metafísica, o que os átomos equivalem para os fenômenos físicos. As mônadas são os elementos máximos do universo. As mônadas são "formas substanciais do ser com as seguintes propriedades: elas são eternas, incompostas, individuais, sujeita às suas próprias leis, sem interação mútua, e cada uma refletindo o próprio universo dentro de uma harmonia preestabelecida (historicamente um exemplo importante de pampsiquismo). Mônadas são centros de forças; substância é força, enquanto o espaço, extensão e movimento são meros fenômenos.

A essência ontológica das mônadas é sua simplicidade irredutível. Assim como os átomos, as mônadas não possuem nenhuma matéria ou caráter espacial. Elas ainda se diferenciam dos átomos por sua completa mútua independência, assim as interações entre as mônadas são só aparentes. Em vez disso por força do principio da harmonia preestabelecida, cada mônada, segue uma instrução pré-programada, peculiar para si, assim uma mônada sabe o que fazer em cada situação. Essas "instruções" podem ser análogas às leis científicas que governam as partículas subatômicas. Pelo princípio dessas instruções intrínsecas, cada mônada é como um pequeno espelho do universo. Mônadas não são necessariamente "diminutas": o ser humano, por exemplo, é constituído por uma mônada, na qual o tema do livre-arbítrio é problematizado. Deus, também, é uma mônada, e a existência de Deus pode ser inferida através da harmonia que se prevalece diante de todas as mônadas; Deus através de sua razão e vontade se afigura o universo através da harmonia preestabelecida.



Fonte: Wikipédia

sexta-feira

A filosofia real por trás das lições de 10 mestres da cultura pop






MESTRE YODA (Star Wars)
Frase: "O medo é o caminho para o lado sombrio. O medo leva à raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao sofrimento"
Corrente filosófica: Estoicismo. Assim como Yoda, o pensador Sêneca defendia que uma ira desmedida acaba em loucura. Por isso, a ira deve ser evitada para conservar não apenas o autodomínio mas também a própria saúde. Em resumo, a reflexão de Yoda ensina a ter paciência e coragem para aceitar que não temos o controle sobre todas as coisas
Frase: "Muitas das verdades que temos dependem do nosso ponto de vista"
Corrente filosófica: Relativismo.É uma questão de interpretação, sugere o mestre Jedi. Segundo o filósofo Immanuel Kant, a realidade não é o que realmente é, mas como nós a enxergamos. Ou seja, a lição dessa concepção, que encara os fatos como sendo discutíveis, é que ninguém pode ser dono da razão
Frase: "Que a Força esteja com você"
Corrente filosófica: Taoísmo. Mencionada desde o primeiro Star Wars, a Força é um poder metafísico que envolve e liga todas as coisas vivas, é a energia pura. Seu conceito é semelhante ao princípio yin e yang, de polos opostos que equilibram o Universo - nos filmes, os lados claro e escuro. A Força auxiliou a ambos, os bons e os maus, enquanto competiam por poder. Obs.: para o cristianismo, é inconcebível pensar que essa força seja Deus. A Bíblia diz que Nele "não há mudança nem sombra" (Tiago 1:17)

MESTRE SPLINTER (Tartarugas Ninja)
Frase: "Não existe um monstro mais perigoso do que a falta de compaixão"
Corrente filosófica: Budismo. Máxima do Dalai Lama (saiba mais na página 41), o senso de preocupação com os outros beneficiaria a nós mesmos, pois segundo sua doutrina, ao ajudar alguém, a mente se amplia e os próprios problemas perdem a capacidade de afligir. A anulação desse sentimento, por outro lado, destruiria o caráter humano
Frase: "A morte vem para todos nós, mas muito pior é morrer sem honra"
Correntes filosóficas: Confucionismo e budismo. Para Splinter, assim como para os samurais seguidores do bushido (o código de ética desses guerreiros para viver com virtude), a honra era tudo, mesmo após a morte. A falta dela implicaria na traição aos princípios da justiça e da lealdade e o único jeito de recuperá-la seria se o desonrado cometesse suicídio. Em japonês, o termo haraquiri significa "cortar a barriga" e é a expressão mais nobre para esse tipo de suicídio

MESTRE DOS MAGOS (Caverna do Dragão)
Frase: "A resposta não está no poder de alguém, ela está no íntimo de cada um de vocês"
Corrente filosófica: Hegelianismo. O baixinho poderia ser o avatar do filósofo alemão Hegel, que afirmou que não é seu cargo ou posição que dá poder a você, mas sim a sua autonomia. Ou seja, é da sua capacidade de escolha que vem a possibilidade de agir. Portanto, é preciso ter valores sólidos para que a decisão seja bem tomada. Quanto mais bem resolvido por dentro, mais poderoso você é
Frase: "O lar é o reflexo do coração"
Corrente filosófica: Taoísmo.A casa mostra como está o astral de quem vive nela. É o que prega a arte milenar chinesa Feng Shui, que busca o equilíbrio emocional das pessoas com o mundo físico. No livro Zang Shu, do mestre taoísta Guo Pu, a mente e os sentimentos provocam estímulos externos que determinam a maneira de viver

PROFESSOR ALVO DUMBLEDORE (Harry Potter)
Frase: "Claro que está acontecendo em sua mente, mas porque isso significa que não é real?"
Corrente filosófica: Platonismo.Nesse diálogo com Harry Potter, fica claro que a noção de realidade do diretor de Hogwarts é a mesma que existia na Grécia antiga, na obra de Platão. Para esse filósofo, o que se capta pelos sentidos é apenas uma fração da própria realidade, que consiste na imaginação. Assim, o mundo real deveria ser interpretado como uma representação
Frase: "Não vale a pena mergulhar nos sonhos e se esquecer de viver"
Corrente filosófica: Mobilismo.Segundo o filósofo grego Heráclito, sonhos só seriam relevantes quando capazes de colocar o inconsciente em estado de vigília, isto é, em sintonia com a própria realidade. Sonhar serviria, portanto, para treinar o cérebro humano a reagir, quando acordado, a situações atípicas
Frase: "Não tenha pena dos mortos, Harry. Tenha pena dos vivos, e acima de tudo daqueles que vivem sem amor"
Correntes filosóficas:Platonismo e epicurismo.Dumbledore só poderia ser grego! Assim como ele, o filósofo ateniense Epicuro enxergava a morte sem drama. Para ele, a vida seria um conjunto de átomos que se dissolveriam para, mais tarde, se reunir e criar novos seres. Já Platão considerava a vida sem amor uma existência vazia e sem plenitude de espírito.

PROFESSOR CHARLES XAVIER (X-Men)
Frase: "A humanidade não é ruim, está apenas desinformada"
Corrente filosófica: Iluminismo.Xavier acredita que os seres humanos têm medo dos mutantes e até os odeiam por preconceito e superstição. O filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau sempre defendeu que o homem é bom em essência, mas que a vida civilizada o induz à maldade por meio de normas que o afastam de sentir a liberdade e questionar suas infinitas formas de expressão
Frase: "Por pior que pareça, essa dor te deixará mais forte"
Corrente filosófica: Existencialismo.Coincidência ou não, a reflexão de Xavier corresponde à famosa frase"O que não causa a minha morte me deixa mais forte", do filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Contrário à opinião de que o sofrimento é ruim, Nietzsche defendia que sem dor não haveria como treinar a resistência para alcançar o sucesso
GANDALF (O Senhor dos Anéis, O Hobbit)
Frase: "Você pode encontrar as coisas que perdeu, mas nunca as que abandonou"
Corrente filosófica: Platonismo.A frase do mago eremita caberia na fábula Os Viajantes e o Urso, do escritor da Grécia antiga Esopo. Nela, o abandono é retratado como uma prova para se testar a sinceridade e a amizade. O motivo? Para ele, quando alguém que está junto se perde pelo caminho, a solidão é superável, mas, quando uns aos outros se abandonam, na verdade abandonam a si mesmos. Quem age com indiferença não deve se surpreender se os outros o esquecem
Frase: "Para os olhos tortos, a realidade pode ter um rosto desvirtuado"
Corrente filosófica: Idealismo.O filósofo irlandês George Berkeley desenvolveu uma reflexão que afirma que todo conhecimento provém dos sentidos. Assim, a existência das coisas nada mais é do que a percepção que se tem dessa existência. Então toda a realidade material restringe-se à ideia que se faz das coisas, sejam elas boas ou más
Frase: "A jornada não acaba aqui. A morte é apenas um outro caminho"
Corrente filosófica: Agostinismo.Segundo o papa Francisco, seguidor da filosofia de Santo Agostinho, se a morte for entendida como o fim de tudo, transforma-se em ameaça. Afeta qualquer sonho, qualquer perspectiva. Portanto, para ele, a morte é como uma porta que deve ser atravessada com fé e amor numa continuidade feliz e sem fim

SENHOR MIYAGI (Karatê Kid)
Frase: "Não existe mau aluno, só mau professor. Professor diz, aluno faz"

Corrente filosófica: Antropocentrismo."Um mestre inspira e anima ideias", diria o filósofo holandês Erasmo de Roterdã. Desse ponto de vista, ser um bom professor seria elevar a condição coletiva. É por isso que não se deve confundir ensinar com regrar. Regras estariam ligadas à hierarquia, diferentemente de ensino, que teria como base a admiração e o respeito
Frase: "Para uma pessoa sem perdão no coração, viver é pior que morrer"
Corrente filosófica: Existencialismo.Revide o inimigo de outra maneira! Segundo o filósofo Jean-Paul Sartre, perdoar é cessar de odiar, em vez de anular ou apagar a ofensa cometida. Sendo assim, o perdão emerge como a possibilidade de romper o processo da mágoa. Sem ele, o ofendido jamais conseguirá prosseguir em paz

MORPHEUS (Matrix)
Frase: "Há uma grande diferença entre conhecer o caminho e trilhar o caminho"
Corrente filosófica: Taoísmo.Um ajuda a ganhar a vida, o outro a construí-la. O filósofo chinês Lin Yutang afirmava que o conhecimento está ligado diretamente à percepção, pois se trata de tudo aquilo que recebemos do mundo exterior para dentro de nós. Já o "trilhar" seria a sabedoria, ou seja, o conhecimento que foi posto em prática e assimilado
Frase: "Não pense que é capaz. Saiba que é"
Corrente filosófica: Aristotelismo.Para poder ilustrar a mensagem de Morpheus, vale recorrer à filosofia de Aristóteles, que defendia que, quando se duvida da própria capacidade, demonstra-se insegurança e incerteza. Com isso, o resultado tende a dar errado, fica incerto. Já quando estamos 100% seguros, o resultado sai como queremos.

SEU MADRUGA(Chaves)
Frase:"Não existe trabalho ruim. Ruim é ter de trabalhar"
Corrente filosófica:Pluralismo. O filósofo grego Demócrito diria a mesma coisa. Sobrecarregar a agenda equivaleria a sobrecarregar o espírito de angústia. Eliminar as tarefas penosas que nos impomos é vital para ter "euthymia" - grego para "paz de espírito"
Frase:"A vingança nunca é plena. Mata a alma e a envenena"
Corrente filosófica:Estoicismo. Entre todos os pensadores, o que melhor refletiu sobre a vingança foi o neo estoico Lúcio Sêneca. Para ele, dar o troco é um ato condenável, pois, além de fazer com que a injúria sofrida se estenda para causar mais dor, provoca desejos perversos e uma falsa sensação de consolo no vingador



FONTES: Livros Super-Heróis e a Filosofia, de Matt Morris e Tom Morris, A Arte da Guerra, de Sun Tzu, Entre Quatro Paredes e O Ser e o Nada, de Jean-Paul Sartre, O Poder dos Quietos, de Susan Cain, The Optimism Bias, de Tali Sharot, Manual de Limpeza de um Monge Budista, de Keisuke Matsumoto; site Diário do Centro do Mundo; e programa Academia CBN, da rádio CBN, com o filósofo Mario Sergio Cortella. Artigo do Site Mundo Estranho.