Uma fita de Möbius ou
faixa de Möbius é um espaço topológico obtido pela colagem das duas
extremidades de uma fita, após efetuar meia volta em uma delas. Deve o seu nome
a August Ferdinand Möbius, que a estudou em 1858. Möbius estudou este objeto
tendo em vista a obtenção de um prêmio da Academia de Paris sobre a teoria
geométrica dos poliedros. Johann Benedict Listing já tinha trabalhado sobre o
mesmo objeto alguns meses antes. O fato de tanto Möbius como Listing terem
estudado alguns anos antes com Carl Friedrich Gauss sugere que a gênese destas
ideias esteja ligada a este matemático.
A importância do estudo
deste objeto, na época, prendia-se à noção de orientabilidade, que não era
ainda bem compreendida. Möbius introduziu também a noção de triangulação no
estudo de objetos geométricos do ponto de vista topológico.
Möbius apenas publicou o
seu trabalho em 1865, num artigo intitulado Über die Bestimmung des Inhaltes
eines Polyëders.
Propriedades
A fita de Möbius tem
várias propriedades interessantes. Uma linha traçada a partir da costura para o
meio encontra-se de volta na costura, mas do outro lado. Se continuar a linha,
chega-se ao ponto de partida, e é o dobro do comprimento da fita original. Esta
única curva contínua demonstra que a fita de Möbius só tem um limite.
Cortando uma fita de
Möbius ao longo da linha de centro com uma tesoura, produz uma longa fita com
duas reviravoltas, em vez de duas fitas; o resultado não é uma fita de Möbius.
Isso acontece porque a fita original só tem uma borda que é duas vezes mais
longa que o fita original. Cortando uma segunda independente da borda, metade
do que foi em cada lado da tesoura. Corte esta nova, longa fita ao meio criando
duas fitas em torno de si, cada um com duas voltas.
Se a fita é cortada ao
longo de um terço do caminho da borda, ela cria duas fitas: Uma é uma fita de
Möbius – é o centro de terceiros original da fita, composta de 1/3 da largura e
comprimento igual ao comprimento da fita original. O outro é uma longa, mas
fita com duas reviravoltas no – lo-esta é uma vizinha da borda da fita
original, e é composto de 1/3 da largura e o dobro do comprimento da fita
original.
Outras análogas fitas
podem ser obtidas da mesma forma se juntar fitas com dois ou mais meia-voltas,
em vez de uma. Por exemplo, uma fita com três meias-voltas, quando dividida
longitudinalmente, torna-se um trançado de fitas amarradas em um trevo de nó.
(Se este nó é consolidado, a fita tem oito meia-voltas.) Uma fita com N de
meia-voltas, quando cortada, torna-se uma fita com N + 1 cheio de reviravoltas.
Dando extra reviravoltas e reconectando as pontas, produz figuras chamadas
anéis paradrômicos.
·
É uma superfície com uma componente de
fronteira;
·
Não é orientável.
·
Possui apenas um lado.
·
Possui apenas uma borda.
· Representa um caminho sem fim nem início, infinito, onde se pode percorrer toda a superfície da fita que aparenta ter dois lados, mas só tem um.
“As
superfícies convencionais são orientáveis – isto é, têm dois lados. O lado de
cima e o lado de baixo de um lençol, por exemplo. Pense numa formiga andando no
lençol. Se ela não passar pela borda do lençol, ela não muda de lado. A fita de
Möbius, por outro lado, não tem lado. Essa estranha forma, que foi proposta em
1858 pelos matemáticos alemães Johann Listing e August Möbius (daí o nome) é o que
o jargão matemático chama de superfície “não orientável” (Christina Brech, USP).
Texto: Wikipédia, Superinteressante.
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