DA EFE, EM LONDRES
O cantor Paul McCartney considera que Yoko Ono não foi responsável pela
separação dos Beatles, segundo reconhece em entrevista a uma rede de
televisão que foi antecipada, neste domingo, pelo jornal britânico "The
Observer".
"A Yoko Ono, certamente, não foi responsável pelo fim do grupo. Não acho
que podemos culpá-la de nada", afirma o cantor, de 70 anos, que
assegura que John Lennon iria deixar a banda de qualquer jeito.
Em entrevista de uma hora realizada pelo veterano jornalista David Frost
para o canal "Al Jazeera", que deve ir ao ar em novembro, Paul
McCartney assegura que Lennon nunca teria escrito "Imagine" se não fosse
pela influência de Yoko Ono.
"Quando Yoko apareceu, parte de seu atrativo foi seu lado mais
vanguardista, sua visão das coisas. Ela mostrou a John uma forma
diferente de ser, que ele achava muito atrativa. Por isso, era o momento
de John seguir sua vida", assinala o cantor.
Durante a entrevista, McCartney fala também da morte de sua mãe quando
tinha apenas 14 anos e da morte de sua primeira mulher, Linda, além de
sua experiência como pai e avô, o que qualificou como a parte mais
"legal".
O quarteto de Liverpool, considerado uma das melhores bandas da história
e que gravou o primeiro single há 50 anos, se separou em 1970 e seus
integrantes seguiram carreiras solo bem-sucedidas.
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