Panacéia dos Amigos

quinta-feira

Entrevista exclusiva com Pereira França Neto, o palhaço Tubinho, o rei do riso!


Caros amigos da Panaceia Essencial! Uma vez mais, voltamos a trazer uma entrevista exclusiva em nossa “Panaceia das Entrevistas”. E para fechar o ano com “chave de ouro” entrevistaremos o talentoso ator Pereira França Neto, mais conhecido como o palhaço “Tubinho, o rei do riso”.
Não é nenhuma novidade para os amigos que nos acompanham a minha enorme admiração pelo trabalho da “Família Tubinho” que tive a oportunidade de assistir e conhecer pessoalmente! Já escrevi um post sobre este trabalho, a tira de HQ que orgulhosamente desenhei e escrevi para eles e sobre o espetáculo “Senta que o Tubinho vai entrar”. Agora nada melhor do que falar com a “fera”. E no melhor estilo circense permitam-me iniciar:
“Respeitável público é com prazer que apresento a vocês esta entrevista com o genial artista Pereira França Neto!
Divirtam-se! E boa leitura!”


APE - Vamos partir de uma retrospectiva, voltando os passos para entender a trajetória. Quando começou a história do palhaço Tubinho? Aliás, por que mesmo que ele tem este nome? E, especificamente, quando você entrou nesta história? Seria interessante perguntar também por que você decidiu seguir este caminho ou foi o caminho que decidiu por você?

P - em 1959... Naquele tempo existia um vestido chamado TUBINHO e diziam que toda mulher precisava ter um TUBINHO no armário, assim foi escolhido o nome TUBINHO...

Entrei nessa história a partir de 2001, pois, dois anos antes do falecimento do primeiro TUBINHO - Tio Juve - ainda no hospital, pediu que eu continuasse levando o nome do TUBINHO e no meio de tanta tristeza por perdê-lo fiquei muito contente de ser agraciado com esse grande presente... Eu já trabalhava como ator fazendo vários personagens trabalho desde meus dois anos de idade e sinceramente acho que fui escolhido pelo meu destino e confesso não tenho interesse e nunca tive de mudá-lo...


APE - Estive em alguns espetáculos já, e me diverti muito. Tubinho é repleto de maneirismos e bordões muito engraçados. Como é seu trabalho neste sentido? Você procura sempre inovar com ele, buscando novos bordões ou ele já está devidamente elaborado? É certo que simplesmente o Tubinho é engraçado até quieto, amordaçado e virado de costas, mas,você vislumbra ou busca outros caminhos por onde mais explorar o personagem?

P - Os bordões vão surgindo em cada espetáculo as vezes acontecem sem que eu mesmo perceba. De repente, me vejo repetindo gestos falas e assim ficam sendo os chamados bordões... Não costumo fazer pesquisas neste sentido acho que vale mais a pena quando eles acontecem sem querer fica mais engraçado... Alguns bordões nos são inspirados por gírias de cidades onde passamos e outros, às vezes, já conhecidos ficam diferentes pela forma que o personagem palhaço se expressa. Não costumo elaborar nada existe um texto a ser seguido eu só brinco com ele. Graças a DEUS O PERSONAGEM PALHAÇO tem esse direito de explorar cada cena cada espaço cada personagem que esta contracenando com ele e trabalho ao lado de atores que são generosos e me deixam ter essa liberdade pra explorar...
APE - Fale-nos um pouco sobre os produtos do personagem, além do circo teatro há passagens pela TV, vídeos na internet, produtos variados como etiquetas e bonecos. Sem dúvida, isto dá muito trabalho. Como o empresário dialoga com o artista? E ainda, como se define onde começa França Neto e termina o Tubinho e vice-versa? Os dois são amigos ou nem se conhecem?

P - Bem, começamos a ver a necessidade de haver algo que as pessoas levassem pra casa, pois, o circo fica na cidade por no máximo três meses e as pessoas nos pediam que deixássemos uma lembrança. Então veio a ideia de uma revista... Aí, começou tudo: vieram adesivos, camisetas, fotos para autógrafo. Vimos necessidades de mais, pois, o “Youtube” já estava forrado de vídeos, então, foi feito o site EM BOTUCATU e realizei um sonho: fizemos o filme!
Depois veio o convite de uma empresa de fazermos o programa “TUBINHO O REI DO RISO”, e então o DVD do programa, do filme e em Laranjal Paulista “O BONECO TUBINHO” e a “CARRETINHA DO TUBINHO”. E agora, comemorando dez anos de PALHAÇO TUBINHO o DVD Stand up “SENTA QUE O TUBINHO VAI ENTRAR” e tudo é conseqüência do trabalho...


Agora, se dividir direitinho tem o JOSÉ AMILTON FRANÇA PEREIRA JÚNIOR, nome de batismo, PEREIRA FRANÇA NETO, o ator, O PALHAÇO TUBINHO, O PAI, O MARIDO e por aí vai... e com certeza tenho que separar bem senão... Já pensou a confusão!!! Hahaha... ah e com certeza nos conhecemos muito bem obrigado...

APE - Nem tudo é comédia no Circo Teatro Tubinho já que existem as apresentações de peças mais dramáticas, densas. Fale-nos em sua percepção das diferenças na textura da atuação para cada uma destas situações. Surpreendeu-me sobremaneira que, terminada a peça dramática, por volta de dois minutos depois, você retornou como Tubinho, não é um pouco enlouquecedor. Ou o Tubinho simplesmente “possui” você?

P - Particularmente eu gosto muito dos dramas por ter um fundo social e falar de questões tão importantes pra sociedade e o meu lado ator é muito mais solicitado já por sempre ser visto como O PALHAÇO da companhia. O personagem TUBINHO me vem com muita facilidade por já trabalhar com ele há tanto tempo sempre que faço algum drama entro tenso, pois, não sei direito como vou ser interpretado pela platéia. Os personagens dramáticos exigem muito do ator Pereira França Neto e, sem querer, a platéia acaba exigindo mais de mim. Gosto muito da peça “O PAGADOR DE PROMESSAS” e me sinto bem quando termino e volto pro TUBINHO... Sinto-me de alma lavada... e de dever cumprido... E acho que o público gosta dessa ambiguidade...

APE - Não seríamos nem um pouco justos se não abríssemos um parêntese e falássemos de seus colegas de palco e equipe de produção. Fale-nos um pouco sobre este talentoso grupo! E, além disto, explique-nos como é a convivência de uma companhia de teatro que apresenta peças diariamente, e que, portanto, tem uma convivência tão extensa quanto intensa?

P - O grupo é muito coeso, nos conhecemos nos olhando. É muito prazeroso trabalhar com os meus atores, ter essa parceria é fundamental. E quando um precisa ir embora da Cia. é como se fosse um irmão indo embora. A produção é primordial: caminhamos juntos. O tempo que passamos juntos tem sido um amigão. Cada um tem sua vida normalmente e, quando nos encontramos debaixo da lona é a casa de todo mundo...


APE - Quem escreve as histórias de Tubinho? Novas histórias são sempre criadas, ou a atual safra de 96 espetáculos já é satisfatória? Tubinho me parece um personagem muito livre, no sentido de que ele faz sentido em qualquer situação por mais mirabolante que seja. Parece-me também um personagem de uma presença tão grande que pode em si criar a história sozinho, não é? O personagem suplanta o escritor e “se escreve”... Você já notou alguma vez o personagem batendo no seu ombro e dizendo: “França! Diz isso, fala aquilo! Mais que tooonto!”?

P- Muitos textos são antigos do tempo do “EPA!!!” Textos novos já foram escritos até mesmo com parcerias de atores do circo e eu, sempre estamos atentos aos acontecimentos e abertos pra textos novos. Às vezes, os textos são mais atualizados e nos preocupamos que seja de conhecimento do publico colocando em algumas situações coisas que acontecem na própria cidade e assim acaba acontecendo essa liberdade no texto...

O personagem segue sempre à risca a obra do autor, mas, o olho atento do ator nos surpreende e consegue enxergar atitudes que, às vezes, vão além do que o próprio autor quisera chegar... Daí o autor diz: “Ói, que tonto!!! Era bem isso que eu queria dizer e não sabia!!!


APE - Qual é a sensação de ver tantas expressões felizes a cada piada, a cada trejeito do adorável personagem? Fiquei imaginando, até mesmo por que sou, com minha família, um fã incondicional do Tubinho, quantas vezes um dia ruim não se tornou mais leve e agradável com as peripécias do amalucado palhaço. Fale-me sobre sua percepção deste grande mérito, afinal, é claro que como empresário você gere um negócio, mas como artista sua recompensa, acredito, é este retorno emocional do público, não é?


P - Bem, pra dizer a verdade eu, no começo, não imaginava que ia ser assim. Eu era só um moleque que queria por em prática tudo o que eu ouvi a minha vida toda sobre a minha família. Queria só dar continuidade. Não sabia que ia ser tão prazeroso sair nas ruas e escutar as pessoas falando os chavões, fazendo os trejeitos e, com certeza, é a minha maior recompensa... Acho que qualquer ator quer ser reconhecido dessa forma...

 
  Tubinho em ação, assistam o vídeo acima!


APE - Recentemente, assisti ao espetáculo de humor "Senta que o Tubinho vai entrar" (vejam o post), e foi muito interessante vê-lo em outros personagens, outras formas de humor. Você sentiu necessidade de uma nova expressão fora do personagem Tubinho? Como foi o processo de criação? Os novos tipos continuaram a ser criados? E o Stand Up? Como você se sente enquanto ator em relação a esta modalidade de humor?

P - Comemorar 10 anos de TUBINHO fazendo outros personagens foi desafiador, principalmente sendo cômicos. Mas, acho que no final de tudo fiquei satisfeito e contente pela comemoração ser dessa forma... A minha preocupação era agradar o meu público que há tanto tempo via o TUBINHO.

O processo de criação foi em conjunto do Júnior, do Pereira Franca Neto e do Tubinho e de todos meus amigos que completaram esse trabalho comigo. Esse tipo de humor é complicado ainda pra mim, pois, sempre trabalhei ao lado dos meus irmãos e me ver ali, sozinho, e ainda sendo assistido pelos meus colegas de trabalho... Confesso: Dá um friozinho na barriga e essa sensação é muito boa... Responsabilidade...

APE - Enfim, novamente quero felicitá-lo especialmente e a todos carinhosamente por este trabalho tão talentoso e que faz tão bem a quem tem a oportunidade de assistir! Esperamos sempre poder contar com a família Tubinho trazendo alegria a todos e a todo lugar por onde passa! E peço que deixe conosco uma mensagem a todos os visitantes desta PANACEIA ESSENCIAL!

P - Gostaria de agradecer a Panaceia Essencial primeiramente a atenção dispensada a mim e a minha família de atores e dizer que tudo que fazemos é com muita alegria ,gostamos do que fazemos, vivemos teatro e nosso publico pode ter a certeza de que nossa maior preocupação é que todos venham ao nosso teatro e possam dizer, sem receio, que gostam de teatro.

Queremos formar plateias para todas as Cias. que aparecerem na cidade... Esse é e sempre vai continuar sendo a intenção do CIRCO DE TEATRO TUBINHO. Desde já fica aqui o meu agradecimento pelo carinho de todos para com a família TUBINHO...

Site do Tubinho, o rei do riso:
www.tubinho.com.br

Twitter:
twitter.com/TEATROTUBINHO

Blog onde se encontra mais sobre a família Tubinho:
A Panaceia Essencial!
Mas tudo bem, você já está aqui! "Ói, que tonto!.."

quarta-feira

Kayleigh - Marillion

Do you remember, chalk hearts melting on a playground wall

Do you remember, dawn escapes from moonwashed college halls

Do you remember, the cherry blossom in the market square

Do you remember, I thought it was confetti in our hair

By the way didn't I break your heart

Please excuse me I never meant to break your heart

So sorry I never meant to break your heart

But you broke mine

Kayleigh, is it too late to say I'm sorry?

And Kayleigh, could we get it together again

I just can't go on pretending that it came to a natural end

Kayleigh, oh I never thought I'd miss you

And Kayleigh, I thought that we'd always be friends

We said our love would last forever

So how did it come to this bitter end

Oh, oh yeah!

Do you remember, barefoot on the lawn with shooting stars

Do you remember, the loving on the floor in Belsize Park

Do you remember, dancing in stilettoes in the snow

Do you remember, you never understood I had to go

By the way, didn't I break your heart

Please excuse me, I never meant to break your heart

So sorry, I never meant to break your heart

But you broke mine

Kayleigh, I just wanna say I'm sorry

But Kayleigh, I'm too scared to pick up the phone

To hear you've found another lover to patch up our broken home

Kayleigh, I'm still trying to write that love song

Kayleigh, it's more important to me, now you're gone

Maybe it'll prove that we were right or ever prove that I was wrong

terça-feira

Keane - Everybody's Changing..

You say you wander your own land/

But when I think about it/I don't see how you can

You're aching, you're breaking/And I can see the pain in your eyes

Says, everybody's changing/And I don't know why

(Chorus)

So little time, try to understand that I'm/Trying to make a move just to stay in the game

I try to stay awake and remember my name/But everybody's changing and I don't feel the same

You're gone from here/Soon you will disappear/Fading into beautiful light

'Cause everybody's changing/And I don't feel right

(Chorus Twice)

So little time, try to understand that I'm/Trying to make a move just to stay in the game

I try to stay awake and remember my name/But everybody's changing and I don't feel the same

Arte e RPG 10

(Clique na imagem para vê-la ampliada) Por Paulo Moraes / 2009

sexta-feira

Wicca

O Pentagrama é um dos símbolos mais importantes símbolos da religião neo-pagã Wicca. Esse símbolo está bastante presente em rituais e cerimônias da religião. É o símbolo do feminino, pois os antigos astrônomos ptolomáicos acreditavam que o planeta Vênus (deusa da beleza na mitologia romana) fazia uma órbita em forma de estrela no céu numa visão geocêntrica. Logo, o pentagrama foi adotado como símbolo d'A Deusa, uma das principais divindades do Wicca. Infelizmente, o pentagrama foi associado erroneamente ao satanismo, pois como todos os seguidores Wicca são bruxos (mas nem todos os bruxos são Wicca) persiste a idéia medieval deixada pela Inquisição de que todos os bruxos são seguidores do demônio.
Outra asociaçao do pentagrama ao demônio é o pentagrama invertido(com duas pontas para cima) simbolizando a besta "Baphomet". Outro símbolo importante do Wicca é a Lua Tripla, representando o Deus Cornífero. Vale lembrar que o Pentagrama era utilizado pelos antigos templários como simbolo de riqueza. O Pentagrama também foi estudado por Pitágoras e futuramente por seus seguidores chegando assim numa denominação de um emblema da perfeição e no próprio homem, aonde um homem esta com os braços e pernas abertos formando o pentagrama(outras ilustrações foram feitas por Leonardo da Vinci). Muitas vezes na maçonaria o Pentagrama também ganhava o significado do "infinito" pois poderia ser desenhado outro pentagrama no meio do original e assim infinitamente sem perda na geometria. O pentagrama também possui forte significado na China antiga, aonde cada ponta simbolizava um elemento, tendo assim Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal..

quinta-feira

Lendas da Segunda Guerra Mundial - Normandia Negra

Segundo conta, um oficial da marinha americana que não se identifica, no ano de 2000, o navio em que trabalhava como marinheiro estava em Le Havre, França, quando, então, por volta das 23:45 da noite, ele foi até a ponte para trocar o turno com o companheiro. Essa troca de turno é conhecida como troca do túmulo (graveyard shift) na marinha.

Chegando a ponte, viu o companheiro e o mestre analisando informes metereológicos, o mestre lembrou que não tinha lançado âncora e esperava-se ventos fortes durante a madrugada. Devia-se evitar que o navio batesse em algum resto de navio da segunda guerra mundial, ou outra relíquia qualquer da guerra, já que haviam muitas espalhadas naquele ponto.

O mestre disse a ele que ele ficaria de vigia, já que falava um inglês fluente e seria a melhor pessoa para se comunicar com o porto e ouvir informes e instruções deles, se fosse o caso.

Então começou o turno dele e o tempo passou. Passada algumas horas, ele recebeu uma chamado do controle portuário. Curioso é que o operador do porto falou com ele em inglês, e ele não esperava por isso. Talvez ele (o operador) pensasse que ele fosse americano…. Depois da comunicação pelo rádio, e recebido os informes, ele decidiu descansar.

Em seu sono ele teve um sonho vívido, que segundo ele, incomum, tanto quanto incomum foi sua lembrança nítida após acordar. Em seu sonho ele viu um pelotão de cinco ou seis homens vestidos em uniformes americanos da segunda guerra, e jaquetas padrão de inverno. Era uma tarde um pouco nebulosa, e muito tranquila. Não havia sinais de conflito armado em qualquer lugar, corpos, casas queimadas, tanques destruídos, nada. Era apenas uma estrada enlameada com as árvores altas, em uma pacífica zona rural e este pequeno grupo de soldados marchando.

Eles estavam marchavam de forma relaxada, tranquila. Um deles, era um oficial, este detalhe ficou claro por causa da faixa branca na parte frontal do capacete . Eram todos jovens, ninguém acima dos 25. Todos estavam armados, com exceção do oficial.

Os soldados tinham expressões graves e sombrias. Parecia que eles tinham os olhos fixos em algo à frente, além da estrada. Eles não parecia percebê-lo e eles estavam marchando lentamente para ele. O pelotão chegou cada vez mais perto, e então parou. O oficial olhou cada um e disse de forma clara, calma e baixa: ” Normandia Negra”.

Segundo ele, ele nunca esteve na França antes, mas podia jurar que pelo local, vegetação que era a França e que os soldados eram marines. Então, o cenário mudou, ele viu algo que parecia base americana, e ele sabia que estava em algum lugar da França. Ele viu cerca de 150 soldados, divididos em três colunas, totamente alertas. No sonho, eles estava a uns 50 metros de distância, à esquerda. Enquanto olhava, eles gritaram alto: “Glória! Glória! Glória.”

Após esse estranho sonho, ele pensou que nada se encaixava. Primeiro, ele não era um nativo da língua inglesa, ele não americano, britânico, ou o que valha. Mas o sonho foi em inglês! E ele não sonhava em inglês, que lembrasse. Segundo ele, nem mesmo se lembrava de sonhos.

A teoria é que os fantasmas dos soldados americanos de alguma forma o ouviram falar em inglês para o operador de rádio do porto e eles decidiram aparecer e dizer “Olá”. Talvez eles estivessem com saudades de casa, ou ansiosos para enviar um recado de que “ainda estamos aqui”?

Talvez eles ainda não saibam que a guerra acabou. Uma coisa é certa embora: alguns deles, pelo menos, ainda estão lá. De qualquer forma, ao contar essa experiência, ele se sente melhor, porque para ele, é incompreensível porque soldados mortos há mais de 60 anos iam gritar “glória, glória, glória” ou dizer “Normandia Negra”.

Ele nunca mais sonhou em inglês. Ou com a França e Le Havre, ou com soldados da segunda guerra..

Fonte:

http://www.castleofspirits.com/stories04/blacknormandy.html

quarta-feira

Lendas Americanas - A Banshee dos Sertões

A Banshee aparece com os cabelos esvoaçantes no alto do planalto, parece querer dizer algo, mas se alguém pergunta o que ela quer, ela grita e foge. “O inferno, com suas chamas”, é assim que os sertões de Dakota sempre foram chamados. A nomenclatura se encaixa no lugar. É um local onde antes era o fundo do mar, com suas camadas de barro moldadas pelas geadas e inundações em formas como pagodes, pirâmides e cidades geminadas. Cânions em forma de labirinto varridos pelo vento aparecem entre esses picos fantásticos, que são brilhantes na cor, mas sombrios, selvagens, e opressivos. Cursos traiçoeiros sobre as colinas acasteladas, cascavéis se aquecem nas bordas das cratera que ficam acima de jazidas de carvão, e os homens selvagens estavam aqui, desesperados tentando se esconder contra o avanço da civilização.

A banshee (1) que aqui habita, pode ter sido alguma mulher branca vítima do ciúme um pele vermelha e agora assombra a região da chapada chamada de “Watch Dog”, ou ela pode ter sido uma mulher índia que foi morta por lá. De qualquer forma, há uma banshee no deserto cujos gritos têm congelado o sangue daqueles que não temeriam a visão de um urso ou uma pantera. Ao luar, quando o cenário é mais sugestivo e sobrenatural, e os ruídos de lobos e corujas inspiram sentimentos desconfortáveis, o fantasma é visto em uma colina uma milha a sul de Watch Dog, os cabelos soprando ao vento, lançando os braços em gestos estranhos e desconexos.

Foto: Planalto de Fajada, Novo México por Fritz Swanson

Se o grupos de guerreiros, emigrantes, vaqueiros, caçadores, qualquer um que bem ou mal estiver passando por este lugar, acabar passar pelo chapadão assombrado durante a noite, as rochas são iluminados por flashes de fósforo e a banshee corre para cima delas. Como se quisesse dizer, ou como se espera de uma pergunta que tenha ocorrido a ninguém a pedir, ela fica ao lado deles, em atitude de apelo, mas se perguntam o que ela quer ela arremessa os braços no ar e com um grito que ecoa através das ravinas amaldiçoadas por um quilômetro, ela desaparece e um instante depois se vê torcendo as mãos no topo da colina. Gado não pasta perto dessa colina assombrada e os vaqueriso mantém distância dela, pois até agora não foi dita a palavra que vai resolver o mistério da região ou acalmar a infeliz banshee.

A criatura às vezes tem um companheiro, às vezes, que é um esqueleto desencarnado que cambaleia sobre as cinzas e argila e assombra os acampamentos em busca de música. Se ele ouvir alguma melodia ele vai sentar-se à sua porta e fica acenando a cabeça para ela um tempo, se um violino é deixado ao seu alcance, é avidamente pego e será tocado até o meio da noite.

A música é maravilhosa: tão suave como a agitação do vento nas árvores, mas tão dura como o grito de um lobo ou surpreendente como o agitar de uma cascavel. Quando o leste começa a clarear a música vai ficando fraca, e fica leve até que cessa completamente. Mas quem a escuta não deve seguir o violinista, porque o esqueleto se afasta, é vai levá-lo para uma armadilha rochosa, de onde é impossível escapar, e a música vai te intoxicar, enlouquecer, e finalmente arrancar a alma de seu corpo..

Fonte: Myths And Legends Of Our Own Land, Charles M. Skinner.

http://www.gutenberg.org/files/6615/6615-h/6615-h.htm#2H_4_0205

Notas (1)

Um espírito feminino da folclore gaélico que se acredita, que ao uivar, está pressagiando a morte de alguém na família. Origem do termo: gaélico irlandês bean sídhe, mulher das fadas; banshee: bean, mulher (do irlandês arcaico ben) + sídhe, fada (do irlandês arcaico síde)

links:

http://en.wikipedia.org/wiki/Banshee

http://www.movilleinishowen.com/history/mythology/legend_of_the_banshee.htm

http://www.irishcultureandcustoms.com/ACalend/CreepyCreatures.html

http://www.yourdictionary.com/banshee

terça-feira

Issac Newton e o Ocultismo - parte 2

Em verdade, longe de ser o primeiro representante da idade da Razão, ele foi, em verdade, "o último dos magos, o último dos babilônios e dos sumérios, a última grande mente que viu além do mundo visível e racional, com os mesmos olhos daqueles que iniciaram a construção de nossa herança intelectual", como o definiu outro inglês, Keynes. O mundo preferiu não ouvir a definição de Newton dada pelo célebre economista, em 1942, após ter comprado, em um leilão, manuscritos de Newton e descoberto, atônito, o intenso interesse do cientista pelo mundo oculto.

Michael White, editor de ciência de várias publicações inglesas, pegou a pista de 50 anos atrás e resolveu investigar. O resultado é uma surpreendente biografia do pai da Física moderna,Isaac Newton: o Último Feiticeiro (Record, 378 páginas, R$ 40,00), que revela o intenso interesse de Newton pelo ocultismo e de que forma isso foi responsável por suas descobertas científicas mais importantes. "Ele sempre foi considerado um cientista rígido, adepto ferrenho do empirismo e ninguém podia acreditar que pudesse ter idéias alheias à corrente científica tradicional. Mas ele tinha, em segredo, um outro campo de estudo, a alquimia, com o qual queria desvendar os segredos do Universo, em vez de por meio da matemática e da ciência.Os Principia , em especial, são prova disso", assegura White.

Segundo White, das mais de 4 milhões de palavras que Newton deixou escritas, 3 milhões remetem ao mundo oculto. "Ele, porém, temia deixar público esse envolvimento, pois a alquimia era crime passível de pena de morte, já que seus adeptos queriam produzir ouro e isso era uma ameaça para o sistema monetário", explica o jornalista. "Foi a alquimia, com seu conceito de um espírito de afinidade química difundida pela matéria e permitindo a ocorrência de reações químicas, aliada ao arianismo secreto de Newton e à sua noção do corpo espiritual de Cristo difuso pelo universo, como um meio onde a matéria pode se movimentar, que permitiu a ele aceitar que a força da gravidade pudesse agir a uma distância aparente", explica.

A maçã? Bem, já sabíamos que a história da inspiração da queda da fruta diante dos olhos de Newton não era para ser levada a sério. O que desconhecíamos era o autor da ficção: ninguém menos do que o próprio Sir Isaac. "Ele inventou essa história para encobrir a verdadeira linha de raciocínio oculta que utilizou para chegar às forças gravitacionais. Newton, quando velho, quis encobrir seus estudos alquímicos e também deixar uma imagem póstuma fascinante e condigna a seu status de grande gênio de sua era. Ele adorava fazer autopromoção", conta White. "Mas devemos sempre nos remeter à sua época e não julgá-lo com nossos olhos. Para ele, nada havia de errado em, ao lado das ferramentas científicas, lançar mão de conhecimentos extraídos da Bíblia e da alquimia", diz.

Basta, efetivamente, lembrar que Newton, nascido em 1642 e morto em 1727, viveu numa era em que se faziam guerras e se assassinavam homens por suas crenças religiosas e as análises meticulosas da natureza da luz aconteciam simultaneamente a tentativas sérias de se encontrar a pedra filosofal. Longe de um Newton diminuído, encontramos o cientista humano e criativo. "Até hoje, a maioria dos cientistas não pensa em termos puramente matemáticos ou empíricos e são pessoas muito imaginativas. Mesmo a ciência que enterrou a física newtoniana, a mecânica quântica, convenhamos, não é uma coisa das mais lógicas e se tentarmos entendê-la apenas com a razão não conseguiremos", fala.

Mais: a alquimia não é distante da física quanto sonha a nossa filosofia. "Os alquimistas buscavam abranger todos os segredos do universo de forma, como chamamos hoje, holística. Eram excelentes observadores do mundo físico, o qual tentavam entender e explicar o seu funcionamento, com um olhar alternativo para o universo. Newton compreendeu que, se desejava levar a Física adiante, precisaria também reinventar o universo e criar uma nova narrativa", afirma.

Logo, para ele, a alquimia não era uma diversão, mas a sua musa inspiradora. E deve ser louvado por inventar a ciência criativa e que vai além do dado imediato", avisa. "Era um homem muito religioso e acreditava ser seu dever desvendar os segredos do universo e só havia duas formas de fazer isso: estudando a palavra de Deus, a Bíblia, e a obra divina, a natureza. Ele procurou reunir esses universos em equilíbrio." Mas, antes de seu biógrafo e de Keynes, um contemporâneo havia revelado a estranha paixão do sábio racional: seu arquiinimigo Leibniz.

"Leibniz denunciou que o conceito da gravidade estava muito ligado ao mundo do ocultismo. De fato, Newton deixou-se cair numa armadilha intelectual ao tentar esconder esse seu lado secreto. Ao se ver encurralado, sem poder revelar a fonte de suas idéias, ele lançou mão de um 'éter' hipotético, a fim de explicar a gravidade. Isso não apenas ia de encontro ao seu propalado comprometimento com a razão experimental, como também o deixou exposto ao ataque - para ele terrível, dado o seu credo religioso - de que era um mecanicista", conta White. O cientista gastou 40 anos de sua vida perseguindo o colega Leibniz, numa campanha nunca antes vista no mundo acadêmico, para destruí-lo, convencido de que fora roubado pelo companheiro de ciência na sua formulação do cálculo.

"Newton era uma pessoa detestável, um homem amargo, estranho, recluso. Diz a lenda que só riu uma vez na vida: quando lhe perguntaram que utilidade via em Euclides. É, com certeza, um exagero, mas não está de todo longe da sua personalidade real", fala White. "Quando fez 19 anos, ele escreveu uma lista dos pecados que cometera em sua existência e o de número 13 é assombroso: 'Quis queimar meu padrasto e mãe e a casa sobre eles'. O seguinte tampouco é melhor: 'Desejei a morte a muitas pessoas e gostaria que realmente ocorresse para alguns'. Era um homem problemático, solitário e sofrido", fala. "E sempre procurou compensar suas origens humildes com o sucesso. Assim, se na juventude fazia suas pesquisas para glorificar Deus, com o passar do tempo ele queria apenas se promover, fazendo ciência para seu próprio interesse", revela o biógrafo.

O último dos magos, embora afetasse modéstia, dizendo ter, em verdade, chegado onde chegou subindo no ombro dos gigantes que o antecederam, adorava ser adulado pelos colegas e perseguia todos os que, acreditava, não o tratavam como um gênio único. Só foi extremamente paciente com um jovem discípulo, o matemático suíço Nicholas Fatio de Duilier, com quem manteve uma tórrida correspondência. Bem, a maçã pode não lhe ter inspirado a teoria gravitacional, mas deu outras idéias, bíblicas, a Sir Isaac. "Newton, tudo leva crer, foi um homossexual reprimido que se apaixonou por Fatio de forma intensa. Boa parte das cartas entre os dois tem partes destruídas pelo próprio Newton para encobrir partes mais reveladoras. Ainda assim, o que restou é suficiente para levantar essa hipótese. Seja como for, após pararem subitamente de se corresponder, o físico sofreu um abalo nervoso dramático. Creio que a causa disso foi a recusa do suíço de ir viver com ele na Inglaterra", fala White.

Isso não interessaria à posteridade se não tivesse sido o catalisador do fim da criatividade newtoniana. "Após esse acontecimento trágico, ele abandonou o interesse nas suas pesquisas e refugiou-se na vida pública, em especial, com a sua nomeação como Mestre da Casa da Moeda Real", fala. "Lá, Newton mostrou o pior de sua personalidade, transformando-se numa autoridade cruel, impiedosa, obsessiva, sempre em busca de qualquer tentativa de falsificação, que punia com rigor exagerado. Não aceitava nenhum tipo de pedido de clemência de condenados à morte e fazia questão de assistir às execuções", diz White.

"O mesmo vale para o seu período como presidente da Royal Society, que governou com mão-de-ferro, vingando-se de todos os que acreditava desafetos seus ou não respeitosos o bastante com sua contribuição científica." Sua primeira medida foi mandar arrancar da parede e queimar o quadro de seu antecessor e crítico, Robert Hooke."Ainda assim, essa frieza confunde-se com a sua habilidade de conceber o universo como se o homem - antes o observador privilegiado, a medida de todas as coisas - fosse uma nota de pé de página irrelevante", analisa o biógrafo.

Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br

segunda-feira

Issac Newton e o Ocultismo - Parte 1

Alquimia

O seu primeiro contato com caminhos da alquimia foi através de Isaac Barrow e Henry More, intelectuais de Cambridge. Por volta de 1693, escreveu Praxis, uma obra que sugere uma filosofia que via na natureza algo diferente do que admitiam as filosofias mecanicistas ortodoxas. Newton dedicou muitos de seus esforços aos estudos da alquimia. Escreveu muito sobre esse tema, fato que soube-se muito tarde, já que a alquimia era totalmente ilegal naquela época.

Pontos de vista do fim do mundo

Em um manuscrito que ele escreveu em 1704 no qual ele descreve sua tentativa de extrair informações científicas a partir da Bíblia, ele estima que o mundo não iria terminar antes de 2060.Em 2007, a Biblioteca Nacional de Israel divulgou três manuscritos atribuídos a Isaac Newton nos quais ele calcula a data aproximada do apocalipse, relacionando profecias com história política e religiosa europeia daquela época. Em um dos manuscritos (datado do início do século XVIII) Newton por meio de análise dos textos bíblicos do Livro de Daniel (do antigo testamento) conclui que o mundo deveria acabar por volta do ano de 2060, ao escrever "Ele pode acabar além desta data, mas não há razão para acabar antes". Em outra análise, o cientista interpreta as profecias bíblicas sobre o retorno dos judeus à terra prometida antes do apocalipse. "A ruína das nações más, o fim do choro e de todos os problemas, e o retorno dos judeus ao seu próspero reino", escreveu.Em Escatologia, Sir Isaac Newton investiga uma parte da teologia e da filosofia preocupado com o que se acredita ser o apocalipse (último acontecimento na história do mundo, ou o derradeiro destino da humanidade) vulgarmente designado o fim do mundo.Newton escreveu muitas obras que passariam a ser classificadas como estudos ocultos. Estas obras exploraram o ocultismo, a cronologia, alquimia, e escritos Bíblicos propondo-lhes interpretações especialmente do Apocalipse.

O Movimento Rosa Cruz

A sociedade secreta dos Rosa Cruz,[14] foi possivelmente a que maior influência exerceu sobre Newton. Apesar de o movimento Rosa Cruz ter causado uma grande curiosidade entre os acadêmicos europeus durante o século XVII, à época de Newton já havia atingido a maturidade e se tornara algo menos sensacionalista. O movimento teve uma profunda influência sobre Newton particularmente nas pesquisas sobre alquimia e filosofia.A crença Rosa Cruz de serem especialmente escolhidos para comunicarem-se com os anjos ou espíritos ecoa nas crenças proféticas de Newton. Os rosa Cruz proclamavam também ter a habilidade de viver para sempre usando o elixir vitae e a habilidade de produzir um sem limite de quantidade de ouro a partir do uso da Pedra Filosofal, a qual diziam possuir. Tal como Newton, os Rosa Cruz foram profundamente filosofo místico, declaradamente cristãos, e altamente politizados. Newton teve muito interesse nas pesquisas sobre alquimia mas também nos ensinamentos esotéricos antigos e na crença em indivíduos iluminados com a habilidade de conhecer a natureza, o universo e o reino espiritual.

Ao morrer, a Biblioteca de Newton apresentava 169 livros sobre o tópico da alquimia, e acreditava-se que teria consideravelmente mais livros durante os anos de formação em Cambridge, embora possivelmente tenha os vendido antes de mudar-se para Londres em 1696.

sexta-feira

As três Leis de Newton

A primeira lei e a segunda lei de Newton, escritas em latim, na edição original, de 1687.

Isaac Newton publicou estas leis em 1687, no seu trabalho de três volumes intitulado Philosophiae Naturalis Principia Mathematica. As leis explicavam vários comportamentos relativos ao movimento de objetos físicos e foi um extenso trabalho no qual ele dedicou-se. A forma original na qual as leis foram escritas é a seguinte:

* Lex I: Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter in directum, nisi quatenus a viribus impressis cogitur statum illum mutare.

(Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele.)

* Lex II: Mutationem motis proportionalem esse vi motrici impressae, etfieri secundum lineam rectam qua vis illa imprimitur.

(A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é imprimida.)

* Lex III: Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem: sine corporum duorum actiones in se mutuo semper esse aequales et in partes contrarias dirigi.

(A toda ação há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a partes opostas.)

quinta-feira

Issac Newton

Isaac Newton nasceu em Londres, no ano de 1643, e viveu até o ano de 1727. Cientista, químico, físico, mecânico e matemático, trabalhou junto com Leibniz na elaboração do cálculo infinitesimal. Durante sua trajetória, ele descobriu várias leis da física, entre elas, a lei da gravidade.

Este cientista inglês, que foi um dos principais precursores do Iluminismo, criou o binômio de Newton, e, fez ainda, outras descobertas importantes para a ciência. Quatro de suas principais descobertas foram realizadas em sua casa, isto ocorreu no ano de 1665, período em que a Universidade de Cambridge foi obrigada a fechar suas portas por causa da peste que se alastrava por toda a Europa. Na fazenda onde morava, o jovem e brilhante estudante realizou descobertas que mudaram o rumo da ciência: o teorema binomial, o cálculo, a lei da gravitação e a natureza das cores.

Dentre muitas de suas realizações escreveu e publicou obras que contribuíram significativamente com a matemática e com a física. Além disso, escreveu também sobre química, alquimia, cronologia e teologia. Newton sempre esteve envolvido com questões filosóficas, religiosas e teológicas e também com a alquimia e suas obras mostravam claramente seu conhecimento a respeito destes assuntos. Devido a sua modéstia, não foi fácil convencê-lo a escrever o livro Principia, considerado uma das obras científicas mais importantes do mundo.

Newton tinha um temperamento tranqüilo e era uma pessoa bastante modesta. Ele se dedicava muito ao seu trabalho e muitas vezes deixava até de se alimentar e também de dormir por causa disso. Além de todas as descobertas que ele fez, acredita-se que ocorreram muitas outras que não foram anotadas. Diante de todas as suas descobertas, que, sem sombra de dúvida, contribuíram e também ampliaram os horizontes da ciência, este cientista brilhante acreditava que ainda havia muito a se descobrir. E, em 1727, morreu após uma vida de grandes descobertas e realizações.

Frases de Isaac Newton:

- "Se vi mais longe foi por estar de pé sobre ombros de gigantes."

- "O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano."

- "Eu consigo calcular o movimento dos corpos celestiais, mas não a loucura das pessoas."

- "Nenhuma grande descoberta foi feita jamais sem um palpite ousado."

quarta-feira

Ervas e Signos..

1) Áries: Almíscar, Sândalo, Ópium.

2) Touro: Pinho, Eucalipto, Cravo, Canela.

3) Gêmeos: Rosa, Alecrim, Jasmim.

4) Câncer: Maçã, Alfazema, Violeta.

5) Leão: Patchouli, Almíscar, Sândalo, Ópium.

6) Virgem: Rosa, Alfazema, Benjoim.

7) Libra: Maçã, Rosa, Cedro.

8) Escorpião: Almíscar, Ópium, Eucalipto.

9) Sagitário: Cravo, Canela, Rosa.

10) Capricórnio: Lótus, Alecrim.

11) Aquário: Violeta, Rosas, Flores do Campo.

12) Peixes: Violeta, Alecrim, Alfazema.

terça-feira

João Calvino e Calvinismo

Teólogo e reformador protestante francês (Noyon, Picardia, 1509-Genebra, 1564). Neto de um tanoeiro, o seu pai, notário apostólico, procurador do Cabido e secretário do Bispo de Noyon, é um homem pobre e com muitos filhos. O seu filho João mostra desde criança grande vocação, e é apoiado pela mãe. Colocado primeiro no Colégio dos Capeto, é posteriormente admitido entre os filhos do Senhor de Mommor, cuja educação compartilha. Em 1523 vai estudar na Universidade de Paris e, após frequentar dois colégios ou faculdades, chega a ser um humanista distinguido. O pai tem-o destinado à teologia e obtém para ele o proveito de uma capela da Catedral de Noyon (1521) e, mais tarde, a paróquia de Marteville (1527). Mas num dado momento muda de ideias e anima o filho a estudar Direito, enviando-o às Universidades de Orleães e de Bourges (1528-33). Em Bourges tem intensas relações com o helenista alemão Wolmar. Em Orleans inicia-se nas novas doutrinas (luteranas) juntamente com o seu primo Robert Olivetan. Mas não parece que por aquela altura as aceite já.

A partir de 1533, os laços que o unem ao catolicismo afrouxam. O discurso que redige em Paris, onde estuda (1533), contém várias heresias. Preocupado por este discurso, refugia-se em Saintonge junto do cónego Louis de Tillet, de onde se dirige de imediato a Navarra, sob a protecção da rainha Margarida. Nos primeiros meses de 1534 passa-se definitivamente para o protestantismo. No Outono de 1534 retira-se para Estrasburgo e, posteriormente, para Basileia. Nesta última cidade dá por findo, em 1535, o seu livro, Institutio Religionis Christianae, que publica primeiro em latim (1536) e de seguida em francês (1541). No intervalo, Calvino é chamado a Genebra para ensinar Teologia. Mas em 1538, após pretender reformar os costumes da cidade e introduzir nela uma severa disciplina, é expulso juntamente com Farel.

Calvino volta a Estrasburgo, onde se dedica a estudos alemães. Assiste às Conferências de Ratisbona e Worms. Em 1540 casa-se com uma viúva com fama de virtuosa, que lhe dá um filho que morre ainda criança. Ainda em 1540 é novamente chamado a Genebra e, a partir de Setembro de 1541, exige que se proceda à redacção das Ordonnances Ecclésiastiques, que fazem da referida cidade a praça-forte do protestantismo. Com inflexível severidade, estende aos costumes a reforma que tem aplicado ao dogma e ao culto, e persegue com rigor todos aqueles que considera adversários. Entre as vítimas da sua intolerância há que citar Jacques Gruet e, sobretudo, o espanhol Miguel Servet, que descobre a dupla circulação do sangue, sendo queimado na fogueira em 1553.

Precisamente a partir desta última data, a sua influência na cidade é preponderante. Não se contenta em lutar contra o partido dos «libertinos». Seguindo o exemplo de outros reformadores, faz da educação um poderoso auxiliar das novas ideias. Em Junho de 1559 funda a Academia de Genebra, à frente da qual coloca Th. de Bèze, e que se converte quase de imediato numa das mais brilhantes sedes da ciência na Europa. Ao mesmo tempo, ocupa-se da difusão exterior da sua doutrina; tem co-responsáveis em França, nos Países Baixos, Escócia, Grã-Bretanha e Polónia. Forma os seus discípulos, que por sua vez criam por todo o lado novas igrejas. A sua actividade como pastor e como professor é desmedida. Não tarda em sucumbir à enormidade da tarefa. Morre em 1564.

Como escritor, Calvino pode incluir-se entre os grandes do século xvi. Traduz pessoalmente do latim para francês a sua Institutio Christianae e sabe conservar, sem intemperanças, a construção ampla e metódica do período latino. A sua linguagem, um tanto austera, mas exacta, leva a clareza à teologia e é portador do movimento que procede de uma lógica poderosa.

O sistema teológico calvinista é a doutrina mais amplamente aceite e de maior influência no protestantismo. É uma doutrina fundamentalmente teocêntrica, e, ao mesmo tempo, uma reforma anticatólica e antiluterana, admite a Trindade, a encarnação do Filho de Deus numa Virgem, a dupla natureza de Cristo, a teoria augustiniana da graça, a predestinação e o pecado original. A igreja calvinista, cuja autoridade dimana directamente de Deus, tem como missão predicar a palavra divina, administrar os sacramentos e velar pela disciplina eclesiástica. Os escolhidos mais ilustres devem ensinar aos restantes as Sagradas Escrituras, texto fundamental e única fonte de fé. O ministério ordinário corresponde aos pastores, aos mestres, aos presbíteros ou anciãos e aos diáconos; não existe a categoria episcopal. Cada congregação local, governada por um consistório de pastores, é independente, se bem que possa juntar-se a outras congregações. Calvino aceita os sacramentos (entendidos como símbolos) do baptismo e da eucaristia e suprime o culto aos santos, às imagens, às relíquias e à cruz, considerado como idolatria. Não admite a confissão auricular, os votos, o celibato, a missa nem as indulgências, e nega a existência do purgatório. Ao longo da sua existência, o calvinismo experimenta numerosas modificações, e é essencialmente mantido pelas igrejas «reformada» e «presbiteriana».

Fonte: Wikipédia