Panacéia dos Amigos

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quarta-feira

Agonia e Extâse - (The Agony And The Ecstasy)




Pude assistir este filme recentemente. Adoro os filmes que tentam trazer algo da biografia dos grandes nomes da humanidade. Tanto melhor quando isto é feito com qualidade e interesse. O filme foi indicado ao OSCAR de Melhor Fotografia e também citado como um dos melhores filmes do ano pelo National Board of Review.

Vemos duas punjantes interpretações de duas das personalidades mais marcantes da Renascença neste drama histórico baseado no best-seller de Irving Stone ambientado no início do Século XVI, com texto adaptado de Phillip Dunne e direção de Carol Reed. O clássico Agonia e Êxtase vislumbra o renascimento italiano a partir da tensa relação de amor e ódio entre o pintor Michelangelo (Charlton Heston, de O Planeta dos Macacos) e o papa Júlio II (Rex Harrison, de My Fair Lady).

Sendo um artista renascentista, Michelângelo é obstinado por sua liberdade para desenvolver seu projeto o que contrasta com os desejos do Papa que tenta controlar e doutrinar o indomável artista. Michelângelo como artista desafiar um dos homens mais poderosos do mundo, e seu desejo de ordem, disciplina e prazos. Uma curiosa alegoria com a alma criativa dos homens e sua necessidade de viver em mundo repleto de regras. Mas, veremos no decorrer da história que os pontos de vista não são, nem devem ser tão preto e branco.

A história se centra no conflito entre os protagonistas quando o Papa Júlio II (Harrison) encomenda a Michelangelo (Heston) a pintura do teto da Capela Sistina, o artista recusa a princípio, pois como alega “sou um escultor”. Com habilidade e teimosia o Papa consegue força o artista a fazer o trabalho. Mas, inconformado como o que lhe parece um trabalho medíocre e absurdo ele acaba por destruir a obra feita até aquele momento e foge de Roma. 

Obstinado o Papa manda perseguir o artista fugitivo por todos os lugares. Em um determinado momento de sua fuga, afinal, Michelângelo tem uma visão inspiradora  na cena clássica em que o artista recebe a inspiração para criar a pintura "O Nascimento do Homem" (uma das mais famosas de todos os tempos).


Esta visão o faz se decidir por realizar a obra encomendada. Quando recomeça a pintura, o projeto se torna uma batalha de vontades alimentada pelas diferenças artísticas e de temperamento que são o ponto central deste filme.  A pintura da Capela Sistina foi um dos trabalhos mais longos. O artista ficou de 1508 a 1512 para narrar nove episódios do Gênese - o primeiro livro do Pentateuco, descrito por Moisés, no qual são narradas as criações do homem e do mundo por Deus. 

Um dos momentos cômicos do filme era a repetitiva pergunta do Papa a Michelângelo: “Quando ficará pronto?” ao que, irritado, o artista replicava: “Quando eu tiver terminado!”.

Com o correr do filme passamos a compreender que as pessoas e suas motivações são mais complexas do que pode parecer. A teimosia e irritabilidade do Papa escondia um grande amor pela obra de Michelângelo, demonstrada sutilmente pela paciência com que ele sempre estava disposto a tolerar os intempestivos acessos de fúria do artista e continuar a financiá-lo. 

Minha cena favorita é a aquela em que o Papa, mesmo muito doente, se arrasta pelos andaimes até o teto para vislumbrar a pintura “O nascimento do Homem”. Michelângelo o encontra lá, extasiado. O Papa se volta para ele e pergunta: “É assim que você o imagina, filho?” Esta questão encerra toda a admiração do Papa. Ele queria ver “Deus” através dos olhos do seu artista favorito. O Papa amava a arte de Michelângelo, pois, a considerava um dom divino. Michelângelo não acreditava em dom divino, mas não podia negar a utilidade de toda aquela doutrina do Papa que acabou, por fim, auxiliando-o na criação de sua obra – prima. 


Assim , vemos em agonia e êxtase essas duas figuras que descobriram a complementaridade na diferença e o quanto suas disputas por controle acabaram por criar uma sinergia que permitiu a força necessária para tal obra magnífica. O filme é tocante, agradável e reflexivo sobre o quanto não percebemos que, por vezes, os que menos parecem nos tolerar estão entre os que mais nos admiram.

Nouvelle vague




A Nouvelle vague (Nova onda) foi um movimento artístico do cinema francês que se insere no movimento contestatário próprio dos anos sessenta. No entanto, a expressão foi lançada por Françoise Giroud, em 1958, na revista L’Express ao fazer referência a novos cineastas franceses. Sem grande apoio financeiro, os primeiros filmes conotados com esta expressão eram caracterizados pela juventude dos seus autores, unidos por uma vontade comum de transgredir as regras normalmente aceitas para o cinema mais comercial.

Com a decadência, logo após a Segunda Guerra Mundial, do realismo poético francês, escola cinematográfica em que o roteirista ganha muito destaque em detrimento do papel do diretor, alguns jovens cinéfilos e críticos de cinema se reuniram para restabelecer o conceito de cinema de autor que vigorou na França até o início da década de 1930. O marco inaugural deste movimento é considerado o filme Nas Garras do Vício (Le Beau Serge), do diretor Claude Chabrol. Logo em seguida, surgiram filmes que se tornaram clássicos como O Acossado (A Bout de Souffle, 1959) e Alphaville (1965), de Jean-Luc Godard, e também Os Incompreendidos (Les Quatre Cents Coups, 1959) e Jules et Jim (1962) de François Truffaut.

Os cineastas mais relevantes desse movimento são Jean-Luc Godard, François Truffaut, Alain Resnais, Jacques Rivette, Claude Chabrol e Eric Rohmer, sendo que grande parte trabalhava com crítica de cinema na revista Cahiers Du Cinéma. São muitos os autores que a partir desse momento são "rotulados" com a “nouvelle vague”, apesar de muitos, depois, terem seguido caminhos mais académicos, como Roger Vadim que rapidamente passou de "autor de cinema" para director de filmes mais comerciais, ao revés das normas estabelecidas pelo estilo. Do mesmo é acusado Claude Chabrol (autor de obras importantes da vaga, como "Um Vinho Difícil" ou "Entre Primos")...

As características mais marcantes deste estilo são a intransigência com os moldes narrativos do cinema estabelecido, através do amoralismo, próprio desta geração, presente nos diálogos e numa montagem inesperada, original, sem concessões à linearidade narrativa. Os autores desta nova forma de filmar detestavam muitos dos grandes sucessos caseiros do cinema francês. Votaram ao anátema as obras de Jean Delannoy, Christian-Jacque, Gilles Grangier, Aurenche e Bost (argumentistas). Ao mesmo tempo elevaram à divindade os mestres do film noir americano, Jean Renoir, Robert Bresson, Jacques Tati e Jean Vigo

De fato, foram essencialmente os colaboradores da revista Cahiers du cinéma que, depois de teorizarem sobre a sétima arte e as exigências de um cinema de autor – postulando a importância decisiva do realizador na autoria do filme – se lançam na criação do que consideraram ser o cinema. A Nouvelle Vague, que não era considerada uma escola por seus idealizadores, fazia a construção cinematográfica tendo consciência do cinema enquanto aparato. A sátira sobre a própria linguagem cinematográfica (onde se firmam os clichês visuais) é percebida em filmes que se caracterizam como adeptos da Nouvelle Vague. As cenas focam o psicológico dos personagens, suas impressões cotidianas e banais. O sujeito sobrepõe a lógica das cenas.

Paulatinamente, desta energia de juventude, cada um seguirá o seu caminho, uns mais fiéis que outros àquilo que defenderam. Godard continua o seu cinema difícil e muitas vezes pretensioso, experimental até à exaustão: sempre tocando nos limites do que é o cinema. Truffaut segue pelo caminho de um classicismo que lhe grangeia uma grande quantidade de admiradores... Alain Resnais, parco no número de filmes, desde que apresenta "Hiroshima, mon amour" (no mítico ano de 1959), vai-se consolidando como um Guru respeitável, autor de alguns dos mais importantes filmes de sempre, no que diz respeito a esse tão desejado título de "Cinema de Autor" ("O Último Ano em Marienbad", "Providence").

Este estilo influenciou toda a cinematografia mundial. Mesmo nos Estados Unidos, os realizadores da "Nova Hollywood", como Robert Altman, Francis Ford Coppola, Brian de Palma, Martin Scorsese, George Lucas renderam homenagem à vaga que começou a frutificar com o "Bonnie and Clyde" de Arthur Penn, prolongando-se esta influência do final dos anos sessenta até aos anos setenta. Muitos dos cineastas, que iniciaram este novo estilo, reuniam-se em cineclubes para discutir as obras americanas e assim terem base para a forma antagonica que iriam aplicar em seus trabalhos. Os cineastas da Nouvelle Vague eram conhecidos como os novos turcos, geraram também a ruptura com o cinema totalmente de estúdio, que era o que imperava na França da década de 40. Incorporaram estilos e posturas da Pop Art ao teatro épico, textos de Balzac, Manet e Marx. Havia em seus, um questionamento novo, um erotismo pungente e até um romantismo tragicômico.

Fonte: Wikipédia

Disney confirma nova trilogia de "Star Wars" e planeja lançar filmes inéditos a cada 2 ou 3 anos





Uma década após George Lucas dizer que “Star Wars” não mais apareceria nos cinemas, uma nova trilogia chegará às telas depois que a Walt Disney anunciou nesta terça (30) que comprará a Lucasfilm por US$ 4 bilhões.O sétimo filme, com o título provisório de “Episódio 7”, tem previsão de lançamento para 2015 e episódios 8 e 9 seguirão. A trilogia continuará a história de Luke Skywalker, Han Solo e a Princesa Leia além de “O Retorno de Jedi”, o terceiro filme lançado e o sexto da saga. Depois disso, a Disney planeja um novo filme de “Star Wars” a cada dois ou três anos. Lucas trabalhará como consultor nos novos longas.

“Eu estou fazendo isso para que os filmes tenham uma vida mais longa”, disse Lucas, o criador da saga e dono da Lucasfilm, em uma entrevista postada no YouTube. “Eu posso ser um fã agora... algo que eu quero muito. É muito mais divertido, na verdade, do que ter que sair na lama e na neve”.O CEO da Disney Bob Iger disse que a Lucasfilm já desenvolveu uma narrativa detalhada para a nova trilogia, e que “Episódio 7” está em fase inicial de desenvolvimento. Ele disse que conversou há cerca de um ano e meio com Lucas sobre comprar a empresa, mas eles não fecharam um acordo até recentemente, conforme Lucas se aposenta.

“O último filme de ‘Star Wars’ foi ‘A Vingança dos Sith’, de 2005 – e acreditamos que há uma demanda substancial”, disse Iger.O acordo anunciado terça determina que a Disney pagará metade do valor em dinheiro e o restante em ações. A companhia espera ver aumento na renda em 2015 e apontou como amostra do valor da Lucasfilm que a empresa ganhou US$ 550 milhões no ano que “A Vingança dos Sith” foi lançado. Junto com o dinheiro, Lucas vai ser dono de 40 milhões de ações da Disney, que representa cerca de 2,2% das 1,83 bilhões de ações em circulação quando a transação for fechada. A Disney não informou quando isso acontecerá.


Outra novidade apresentada no comunicado foi a de que o "conteúdo de 'Star Wars' será integrado a rede de parques temáticos da Disney", na cidade de Orlando, na Flórida, além de Anaheim, Paris e Tóquio. No parque Hollywood Studios, já há uma atração relacionada aos filmes, o simulador Star Tours. A empresa espera com essas estratégias, "florescer o trabalho da Lucasfilms por mais 35 anos."

A Disney informa que a aquisição foi inspirada nas compras milionárias feitas pela empresa, da Pixar, em 2006, e da Marvel, em 2009. Junto com a franquia de "Star Wars", a Disney também adquire as tecnologias de filmagem e exibição criadas pela empresa. Mas explica que os funcionários que trabalham nos estúdios, atualmente localizados em San Francisco, na Califórnia, assim como a presidente e produtora executiva Kathleen Kennedy, serão mantidos em seus locais de trabalho.

Em agosto de 2012, a Lucasfilms já tinha anunciado o relançamento de duas franquias da saga em 3D. "Guerra nas Estrelas: Episódio II - O Ataque dos Clones" chegará aos cinemas dos Estados Unidos em 3D no dia 20 de setembro do ano que vem, e sua continuação, "Guerra nas Estrelas: Episódio III - A Vingança dos Sith", estreará semanas mais tarde, no dia 11 de outubro.

Na época, o estúdio da Fox seria o responsável pela distribuição dos filmes depois da boa recepção que teve neste ano o lançamento no formato estereoscópico do primeiro capítulo da famosa saga, "Guerra nas Estrelas: Episódio I - A Ameaça Fantasma".

Essa versão arrecadou US$ 43,5 milhões nos EUA e US$ 59,3 milhões no resto do mundo, um número notável levando em conta que se trata de um filme que estreou originalmente em 1999, naquela ocasião em 2D.

Fonte: http://cinema.uol.com.br

terça-feira

As 10 maiores bilheterias da história do cinema

10°
Star Wars: Episodio 1 – A ameaça fantasma (1999)


Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas (2011)



Toy Story 3 (2010)


 7°
Piratas do Caribe: O Baú da Morte (2006)

O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003)


Transformers: O Lado Oculto da Lua (2011)


Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 (2011)


Os vingadores (2012)


Titanic (1997)

Avatar.. (2009)

Ghandi, o filme





Tive oportunidade de ver este filme recentemente, idos de 2009/2010. E apreciei muito. Ghandi é em si, uma das figuras mais intrigantes, carismáticas e preciosas do século vinte. E minha admiração por sua trajetória é de longa data. Por todo o século XX, Gandhi foi considerado um exemplo de humanismo e caráter, a ser seguido e ovacionado num período em que o capitalismo e a desigualdade social falavam mais alto. Albert Einstein já havia dito “que poucos acreditarão que um ser humano como este, em carne e osso, passou pela Terra”. Richard Attenborough conseguiu fazer uma bela homenagem à Gandhi, o filme atinge seu propósito com precisão – e nos abre os olhos para a construção de um mundo melhor. O filme teve uma inspirada atuação de Bem Kingsley e emociona em vários momentos. Foi lançado em 1982, sendo uma produção britânica-indiana, do gênero drama biográfico, com direção de Richard Attenborough.


O diretor Richard Attenborough levou cerca de 20 anos para viabilizar e concluir o filme Gandhi, projeto pessoal surgido após um profundo estudo sobre o famoso profeta. O diretor tenta captar, paulatinamente, toda a revolta que surge na mente de Gandhi (iniciada assim que o mesmo é expulso da primeira classe de um trem por ser considerado “de cor” pelos comissários de bordo); Um destaque é a fotografia (de Ronny Taylor e Billy Williams) que captura imagens monumentais das paisagens indianas; a figuração, já que mais de 200 mil figurantes compuseram a cena do funeral de Gandhi, e outros 100 mil reconstituíram a famosa cena à beira mar, em que o profeta defende a ideia de que o sal marinho não é propriedade do império; e claro, Ben Kingsley (vencedor do Oscar), que impressiona principalmente pela caracterização e pelo tom exato de sentimentalismo. Quem conhece um pouco da história de Gandhi, sabe que ele era um homem que pregava a paz (mesmo que seus seguidores interpretassem, muitas das vezes, a luta contra o imperialismo como uma disputa de sangue, e não de ideais). A voz suave e os trejeitos bondosos de Mahatma Gandhi são fielmente reproduzidos por Kingsley, nesta que é uma de suas melhores atuações..


Desde o século XVIII, por meio da Companhia Inglesa das Índias Orientais, o Império Britânico passou a colonizar gradativamente o território indiano, assumindo já no século XIX, todo o controle político e conseqüentemente o domínio militar e cultural. A trajetória de lutas pela independência da Índia teve um importante marco com a Revolta dos Cipaios (1857), que foi sufocada pelo Imperialismo britânico. Outro grande marco de lutas pela liberdade indiana foi a propagação da política de não-violência liderada por Mahatma Gandhi. É justamente sobre esse tema que Richard Attenborough dirige seu filme biográfico. Trata-se de um filme indicado para o Oscar em onze categorias e ganhador de oito - um drama biográfico produzido por ingleses e indianos.

O filme começa com o assassinato do grande líder e seqüencialmente com o seu cortejo fúnebre. Em flashback, volta-se ao passado, para o tempo em que o jovem advogado Gandhi encontrava-se na África do Sul. Período esse em que teve contato pela primeira vez com o regime de extrema discriminação racial - o apartheid. Acredita-se que o episódio em que fora expulso de um trem por se recusar a deixar a primeira classe, seja o “despertar de sua consciência social”, sua visão humanista e universalizante.


O diretor procura enfatizar mais elementos idealistas da política de Gandhi - elementos esses muito admirados pelo Ocidente -, do que o central de suas idéias políticas. A partir de então, começam as inúmeras manobras de desafio às autoridades britânicas em nome dos direitos civis da minoria hindu na África do Sul, contestando o sistema social baseado na desigualdade: se apropria da desobediência como instrumento para tanto. A sua popularidade já é notória tanto entre hindus e muçulmanos, quanto para os ingleses na Índia indicando o impacto das suas campanhas de enfrentamento às políticas de dominação inglesa na África do Sul. Podemos imaginar o seu período de passagem pela colônia sul-africana como de um laboratório. Foi lá que fez uso da desobediência civil pela primeira vez, fez uso da técnica que chamou de “Satyagraha” (força da verdade) - negação à submissão da injustiça contra a obrigatoriedade de registro do povo hindu; mobilizou os trabalhadores para protestar por conquista de direitos dos indianos na África do Sul, entre algumas manifestações que evidenciaram a aplicabilidade da técnica da desobediência como instrumento de confrontação e mobilização das massas indianas.

Desde o início do filme, podemos observar o seu caráter conciliador: Gandhi é o elo que unificam hindus e muçulmanos no processo de libertação do domínio imperialista britânico. A política da não-agressão alcançou não só o apoio das massas, mas também a burguesia indiana e o reconhecimento internacional. No entanto, sua aplicabilidade foi pensada para a realidade daquela Índia de inícios do século XX. O carisma de Mahatma Gandhi teve força para mobilizar as massas indianas, sendo a independência o propósito libertador que unia hindus e muçulmanos. Pouco a pouco, levando suas palavras motivadoras e pacifistas aos diversos povos por toda a Índia, Gandhi vai sistematicamente minando o sistema de dominação inglês: a união de hindus, siques e muçulmanos pela independência, a recusa dos camponeses em pagar os impostos, igualdade para as mulheres, a recusa à bebida alcoólica, o boicote ao tecido inglês, a marcha do sal, forçaram o Vice-rei da Índia a ceder a políticas reformadoras paulatinamente, desmoralizando a dominação inglesa. Nesse período Gandhi já sabia que a independência era questão de tempo.


Ao final, durante as conversações para o estabelecimento do Estado indiano independente, podemos verificar o início do que representaria mais tarde o maior desapontamento de Mahatma Gandhi: a divisão do país e a fundação do Domínio do Paquistão, em 1947 numa porção leste e outra à noroeste da Índia. Manter a Índia unificada entre hindus, siques e muçulmanos era uma pretensão nacionalista baseada em princípios e ideais humanistas, porém de fato seria insustentável. O carismático Gandhi teve força para manter os povos unidos contra a dominação imperialista britânica, mas não o bastante para conter interesses conflitantes de muçulmanos e hindus. Se por um lado estava representado na fundação do Paquistão um duro golpe nos ideais nacionalistas de Gandhi, sua maior vitória está na consolidação da independência indiana, diante de uma Inglaterra desmoralizada pela incapacidade de conter as mobilizações das massas baseadas na prática da não-violência.


Fonte:
http://obradoretumbante.wordpress.com/
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A Guerra dos Botões – 1994

Uma das verdadeiras qualidades de qualquer arte é fazer alçar por instantes a alma de quem a aprecia. Simplesmente através de instrumentos sutis fazer a sensibilidade ultrapassar as barreiras da consciência e atingir o âmago da essência primordial. Aquilo em nós que aspira e transcende o lugar comum, o dia a dia, o mais do mesmo. A verdadeira arte nos eleva a um plano mágico, harmônico, sempre belo. O que não leva a isto, não é arte, é cadafalso, parece seguro, mas o lança num poço. Toda a expressão que realça em nós instintos, agressividade e energia simplesmente nos animalizam. Enfim, a arte quando sublime no torna mais humanos. Não se pode esperar que a todo o momento este objetivo seja atingido, mas em todas as áreas existem estas amostras de encantamento. Este filme sobre o qual escrevo “A guerra dos botões” se encaixa nestes momentos. A história e o título podem até soar pueril. Nada mais do que as aventuras e desventuras, na Irlanda da década de 1950, de dois grupos rivais de crianças - os Ballys e os Carriks - que brigam por qualquer motivo e, em secretas reuniões, preparam-se para o confronto final, na busca do prêmio máximo: os botões das roupas de seus inimigos. Daí o motivo do título do filme. A batalha é iniciada, com táticas de dar inveja ao mais criativo dos generais, mas a medida que avança, as coisas vão ficando sérias.

Esta versão de 1994 foi a segunda refilmagem de La Guerre des Gosses (A Guerra dos Meninos), de 1936. Uma nova versão que ainda não assisti foi lançada em 2011. Quando fui convidado a ver o filme imaginei que seria como um filme infantil, com alguma moral e sentido. Mas é muito mais. Dirigido com inspiração, com uma belíssima fotografia, e com atores mirins carismáticos este filme é na verdade uma crítica as guerras, as traições, e as repressões que sofremos no dia a dia simbolizada aqui pela pressão paterna, policial, dos professores e dos amigos.

No transcorrer do filme compreendemos que em todos os nossos conflitos, não passamos de crianças que lutam desesperadamente por coisas no fundo insignificantes (botões) quando, na verdade muito mais felizes seriam se brincassem juntas. Em suma, não somos menos infantis que os “generais” que conduzem a guerra dos botões. Como em um belo poema somos levados pela história percebendo as analogias e símbolos em que a mensagem maior é o valor da amizade e dos momentos de alegria, que afinal devem ser mais valorizados que quaisquer disputas.

Bem realizado, emocionante e reflexivo, um filme marcante que pude assistir pelos idos de milnovencentosenoventaecincoouseis e que ainda figura agradavelmente em minhas memórias, sem dúvida, um trabalho no qual vale a pena cada minuto para assistir..

sexta-feira

Machete, o filme.

Este filme me deu algumas boas risadas. Vale a pena ver. Adoro estes filmes de-humor-negro-engraçado-de-tão-absurdo! Não sou um cultuador da violência. O que aprecio é a sátira, para mim, os filmes de Roberto Rodriguez e Quentin Tarantino são uma sátira ao absurdo da banalização da violência em nosso dia a dia.

Uma violência tão contínua já que Machete corta cabeças com a facilidade que eu corto batatas e só nos resta rir do absurdo. A quantidade de sangue e sexo é tão natural para os personagens que se torna banal. Um olhar atento percebe que isto escancara em tons gritantes uma realidade fictícia não tão fictícia assim e que de certa forma toda aquele cenário está muito próximo da nossa realidade.

Análises a parte, o filme em si trata do anti-herói-quase-vilão Machete (Danny Trejo, o protagonista mais feio que você já viu, mas que as mulheres acham irresistível) que é um agente federal e imigrante mexicano que cai em uma armadilha arquitetada por seu arquiinimigo, o traficante de drogas Torres (Steven Seagal, o canastra de sempre com a interpretação entusiástica de uma estátua), que resulta na morte de sua esposa e o torna um renegado.

Três anos depois, Machete, que agora trabalha como operário, aceita uma oferta do empresário Michael Booth (Jeff Fahey) para matar o Senador John McLaughin (Robert DeNiro, que está claramente se divertindo no papel e não levando nada a sério), que quer expulsar todos os imigrantes ilegais do México.

Machete aceita, apenas para ser traído pelos homens de Booth e usado como bode expiatório em um plano para retratar todos os mexicanos como terroristas e convencer a prefeitura a construir uma enorme muralha elétrica para mantê-los fora do país.

Porém, contrariando todas as expectativas, Machete sobrevive e parte em busca de vingança, ajudado por Sartana Rivera (Jessica Alba, a mulher invisível tentando provar que é bem doida ao ponto de filmar com Rodriguez), uma agente do Departamento de Imigração dividida entre o que dita a lei e o que manda seu coração; Luz (Michelle Rodriguez), uma vendedora de tacos com mãos rápidas e um coração revolucionário; Padre (Cheech Marin), seu irmão, um padre que é bom com bênçãos, mas melhor com armas; e April Booth (Lindsay Lohan, interpretando com grande conhecimento de causa, uma viciada em drogas), a filha de Booth e uma socialite viciada em adrenalina e com um gosto por armas de fogo.

No caminho de Machete, estão não apenas McLaughin e suas conexões políticas e Booth e sua infindável lista de assassinos, mas também o Tenente Stillman (Don Johnson) e sua cruel patrulha da fronteira e Torres e seu cartel de traficantes impiedosos.

O melhor foi o final com o anúncio das futuras continuações: “Machete Kills” (Machete mata”) e “Machete Kills Again” (Machete Mata de novo), nesta hora eu quase chorei de rir!

terça-feira

Avengers/Os Vingadores - o filme

Ok. Aos fatos, sem firulas: Joss Whedon é O CARA! Depois de renovar meu entusiasmo com os X-Men em Astonishing X-Men, agora conheço seu trabalho como diretor de cinema em AVENGERS e o vejo mostrar de novo como é que se faz. Mas agora, rebobinando a fita para quem é dos anos 80 ou voltando ao menu raiz para quem é do DVD vamos colocar a história toda em perspectiva!

Scarlett "Viúva Negra" Johansson,Chris "Thor" Hemsworth, Chris "Capitão América" Evans, Samuel J. "Nick Fury" Jackson, Jeremy"Gavião Arqueiro" Renner abraçando Robert"Homem de Ferro" Downey Jr., Mark "Hulk" Ruffalo, e Joss "O cara!" Whedon..

Aos menores de trinta anos não dá para ter idéia do quanto um ‘filme da Marvel’ era o mesmo que ‘desastre certo’ para os fãs da Casa das Idéias. Era um terror ver os filmes do Hulk, pior ainda aquela produção com a participação do Thor (acreditem o horror está ali). O que dizer do filme do Nick Fury, do Quarteto Fantástico, do Capitão América versão motoqueiro do escudo plástico, do Justiceiro com o Dolph Lundgren? Lixo em cima de lixo em cima de lixo. Produções medonhas, atores,direção e roteiro idem. Era de doer na alma! Tudo isto mesmo!

Foi por esta razão que todos nós, fãs, ficamos esperando outra bomba quando X-Men foi anunciado. Era trauma! Felizmente, o filme curou a todos, não que fosse perfeito, mas não era mais intragávelmente mau produzido, encenado e dirigido. Estávamos salvos! O feito foi superado em X2, depois Homem-Aranha e a grande redenção para mim que foi o Homem de Ferro, impecável!

Não que não houvesse tropeços (X3, Demolidor, Quarteto Fantástico e Hulk do Ang Lee), mas havia ótimos acertos. Quando no filme Homem de Ferro, insinuou-se a formação da “Iniciativa Vingadores” a cabeça começou a ferver.

Unir o grupo mais poderoso da terra? Seria possível escrever um roteiro com tantos personagens referenciais? Segundo o projeto todos teriam um filme antes da reunião, se os filmes fossem bons os envolvidos seriam astros, como unir tantos em um mesmo filme sem guerras e pontapés? Enfim, depois vieram Hulk, Thor e Capitão América. Todos muitos bons. Mas, ocorreu uma baixa (a história dos astros difíceis)... Edward Norton – Hulk pulou fora. Justo o Hulk que gosto muito! Desconfiança...

O novo Hulk seria o ator Mark Ruffalo. O que não me inspirou muita confiança. Passei a ter mais fé com a convocação de Whedon para direção e roteiro e minha fé não foi à toa!

Dosando humor pop com ação extrema o roteiro me agradou em cheio. Existem cenas hilárias de humor pop refinado que faz rir muito neófitos e fanáticos de HQ. E cenas de ação impecáveis de fazer pular na cadeira do cinema. Todos os personagens tiveram seu espaço e importância. Os atores estiveram bem. É redundante falar em Homem de Ferro (Robert Downey, Jr.), Thor (Chris Hemsworth) ou Capitão América (Chris Evans) já que pelos filmes sabíamos que os atores haviam incorporado os personagens. Então, e o Mark Ruffalo?

O primeiro personagem Marvel que li e colecionei foi o Hulk. Aliás, a primeira edição eu comprei porque já acompanhava o personagem pela TV. Portanto, sou fã há um bom bocado de tempo e posso atestar a todos que Ruffalo é, em minha opinião, o melhor Banner/Hulk que já tivemos. Eu gostei muito do trabalho de Edward Norton, e o acho excelente, mas depois de Vingadores fiquei feliz que ele tivesse pulado fora. Aliás, tenho que (de novo) aplaudir Whedon que fez do Hulk um destaque na história como alívio cômico (ao lado de Tony Stark) sem tornar o personagem um imbecil, o que aconteceu, por exemplo, com o anão Gimli na trilogia O Senhor dos Anéis.

E o que dizer de Loki (Tom Hiddleston)? Tinha que ser dos palcos ingleses que este excelente ator deveria surgir para interpretar o maléfico irmão do deus do trovão! Palmas para Kenneth Branagh (Diretor de Thor) que não brinca em serviço ao escalar atores para seus filmes. Hiddleston É o Loki. Ninguém poderia fazer melhor. Acreditem. Ninguém.

Jeremy Renner e Scarlett Johansson fizeram bem seus papéis de Gavião Arqueiro e Viúva Negra. Juntando-se a eles o-figura-fácil-de-filmes-para-nerd Samuel L. Jackson (Assassino cool, Mestre Jedi e Nick Fury só para dizer alguns...) compõe formidavelmente a cena para formar o mais poderoso grupo de heróis da Terra.

Eu não vou entregar nada do enredo. Todos deveriam assistir. Evidentemente que Loki como nas HQs é o centro de todos os conflitos nesta orquestrada história de humor e ação. Houve um momento que a situação ficou tão crítica...que na sequência houve aplausos no cinema! Aplausos! Isto demonstra a capacidade do diretor de envolver. O filme fez as pessoas torcerem de verdade pelos personagens. Ação, Humor, Direção e Atuação competentes formaram um quarteto fantástico! (Eu sei...eu sei...eu sei... mas não resisti ao trocadilho! Hahaha)!

São muitas cenas boas e que ficam em nossa memória. Coisas bacanas, referências, boas sacadas em diálogos. Muita diversão para nerds e para não fanáticos. Sem dúvida, um dos melhores filmes do ano e da história das versões em filmes de HQs. Corram para o cinema!

A propósito não se esqueçam de acompanhar a cena final após os créditos para os nerds, como eu, sorriso no rosto, para os não iniciados, interrogação na cabeça... mas saibam: Tem tudo para ser mais uma grande aventura! E que venha!...(Com Joss Whedon, claro..)

segunda-feira

Ladyhawke - O Feitiço de Áquila

Um dos maiores clássicos que pude assistir na década de 80. Identificação imediata. Devo ter assistido em alguma sessão da tarde. No vídeo, não foi, porque me lembro apenas de ter visto a versão dublada. Assisti por causa do Matthew Broderick porque havia visto “Curtindo a Vida Adoidado”, então na época gostava muito dele. E em Feitiço de Áquila, ele novamente fez uma interpretação de grande carisma.

Na época eu não me atentei ao fato de o filme era do diretor Richard Donner, de quem eu era fã sem saber por causa de “Superman” e o filme “Máquina Mortífera (Lethal Weapon)”. Quem assisitiu na época sabe o efeito que foi ver "O Feitiço de Áquila". Primeiramente, é uma produção esmerada, bem dirigida, naquela idade eu podia não compreender a técnica, mas sentimos quando uma história está bem contada, quando é empolgante, quando as cenas fluem. E tudo isto estava lá.

Os atores fizeram sua parte. Mas Matthew Broderick simplesmente roubou a cena com seu ladrão “O Rato”. A cenas de ação embaladas por uma empolgante trilha sonora aliados ao tema de fantasia medieval e ao drama da maldição marcaram a memória de todos, tornando o filme uma referência do gênero.

Ladyhawke foi filmado em 1985 dirigido por Richard Donner, estrelado por Matthew Broderick, Rutger Hauer e Michelle Pfeiffer.

A trama ocorre na Europa do século XII, quando um ladrãoPhilippe Gaston, "O Rato" (Matthew Broderick), condenado a execução consegue escapar das masmorras de Áquila, através dos esgotos, e foge para o campo. O Bispo de Áquila (John Wood) envia o seu Capitão da Guarda Marquet (Ken Hutchison) para caçar Phillipe; ele e seus soldados encontram Philippe, mas são frustrados por um misterioso cavaleiro negro que revela ser seu ex-capitão, Etienne de Navarre (Rutger Hauer), viajando com um falcão belo e dedicado. Marquet avisa ao Bispo sobre o retorno de Navarra, que entre outras coisas solicita a convocação de Cezar (Alfred Molina), o caçador de lobos.

Navarre diz a Philippe por que o salvou: ele precisa de um conhecimento que é único de Philippe, para levá-lo para dentro de Áquila e matar o Bispo. Enquanto viajam, Philippe se torna ciente de eventos misteriosos e assustadores que os rodeiam, incluindo o aparecimento a noite de um lobo negro e de uma mulher notavelmente linda (Michelle Pfeiffer), a qual não teme o lobo.

Em meio a combates contra os homens do Bispo, os aventureiros encontram o monge Imperius (Leo McKern), e através dele o rato e todos nós conhecemos a história: o falcão é uma mulher chamada Isabeau d'Anjou, que veio viver em Aquila depois que seu pai morreu em Antioquia.Todos os que a viam apaixonavam-se por ela, inclusive o poderoso e corrupto Bispo. Mas Isabel já amava o capitão da Guarda dele, Etienne de Navarre, com quem ela secretamente trocara votos. Confessaram este “pecado” ao monge Imperius que tolamente informou o Bispo sem saber que ele era secretamente apaixonado por Isabeau. Acidentalmente traídos por seu confessor, Imperius, eles fugiram. Em seu ciúme doentio, o Bispo fez um pacto demoníaco para garantir que eles estariam "Sempre juntos, eternamente separados": durante o dia Isabeau transforma-se num gavião, de noite Navarre se transforma em um lobo negro. Nenhum deles tem qualquer memória da sua meia-vida em forma de animal, somente no anoitecer e no amanhecer de cada dia eles podem ver um ao outro em forma humana por um momento fugaz, mas nunca podem tocar-se.

Desesperado com esta situação impossível Navarre planeja matar o Bispo, ou morrer na tentativa, tornando a maldição irrevogável. Mas Imperius descobriu uma maneira de quebrar a maldição: ele e Philippe têm que convencer os amantes a tentar. Navarre acredita que não passa de loucura do homem pois o ritual deve ser feito em “um dia sem noite e uma noite sem dia” ocasião em que os amantes devem estar juntos em forma humana diante do Bispo, para quebrar a maldição.

Ladyhawke foi filmado na Itália, o prado alpino de Campo Imperatore-Abruzzo serviu como locação exterior proeminente, enquanto a cena do monge foi filmada na Rocca Calábria, uma fortaleza arruinada no topo de uma montanha. Na região de Emilia-Romagna, a aldeia de Castell'Arquato em Piacenza e o Castelo de Torrechiara em Parma (o castelo do filme) também foram usados. Outras localidades italianas usadas incluem Soncino na região de Lombardia, Belluno, na região do Vêneto e da região de Lácio em torno de Viterbo.

A trilha sonora foi composta por Andrew Powell e produzida por Alan Parsons. Richard Donner afirmou que estava ouvindo The Alan Parsons Project (no qual Powell colaborou) enquanto procurava por locações, e ficou incapaz de separar suas idéias visuais da música. Powell combinou música orquestrada tradicional e cantos gregorianos com material de rock contemporâneo progressivo-infundido, para efeito controverso. Conheci a trilha toda em idos dos anos 90, foi um reencontro. Curiosidade foi a foto de Isabeau e Navarre juntos o que não vimos no filme (foto abaixo).

O papel de Navarre estava destinado ao ator Kurt Russell, que desistiu um pouco antes do começo das filmagens, tendo sido escolhido, então, o ator holandês Rutger Hauer.

O primeiro filme que vi de Rutger foi “A morte pede carona”, vê-lo como o herói “grosseiro” de Feitiço de Áquila, foi diferente. De qualquer forma não desmerecendo Russel, não dá para imaginar outro no papel. Todos inclusive foram excepcionalmente selecionados ou uma conjunção de astros especialmente benéfica ajudou o diretor. Certamente, os bons papéis dentro de um filme não típico empolgaram a todos e o resultado pode ser sentido na tela. Enfim: clássico absoluto..