Panacéia dos Amigos

sexta-feira

EU SOU UM PACOTE DE ESFORÇOS VÃOS AMARRADOS - THOREAU

 



Sou um embrulho de esforços vãos amarrados

Por um laço casual,

Balançando para um lado e para o outro, seus elos

Foram feitos tão frouxos e largos,

Acho,

Para o clima mais ameno.

 

Um buquê de violetas sem raízes,

E azedinhas misturadas,

Circundado por um fio de palha

Uma vez enrolado em seus brotos,

A lei

Pela qual estou fixado.

 

Um ramalhete que o Tempo arrancou

Daqueles belos campos Elísios,

Com ervas daninhas e caules quebrados, às pressas,

Faz a ralé debandar

Que desperdiça

O dia em que ele cede.

 

E aqui eu floresço por uma curta hora invisível,

Bebendo meus sucos,

Sem raiz na terra

Para manter meus galhos verdes,

Mas permaneço

Em uma xícara nua.

 

Alguns brotos tenros foram deixados em meu caule

Em imitação da vida,

Mas ah! As crianças não saberão,

Até que o tempo as tenha murchado,

A desgraça

Com a qual estão cheias.

 

Mas agora vejo que não fui colhido em vão,

E depois

colocado no vaso de vidro da vida enquanto pude sobreviver,

Mas por uma mão bondosa, trazido

Vivo

a um lugar estranho.

 

Esse estoque assim reduzido logo redimirá suas horas,

E por mais um ano,

Como Deus sabe, com ar mais livre,

Mais frutos e flores mais belas

Darão,

Enquanto eu aqui definho.


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