Foram preservados por um dom sobrenatural que desafia as leis da natureza, alguns homens e mulheres de santidade extraordinária.
Diferentes tipos: Muitos estão totalmente incorruptos até hoje, outros são durante algum tempo, outros vão secando muito lentamente mas sem as propriedades da corrupção. Por isso alguns estão recobertos de cera para os preservar da característica de negridão do tecido externo. É o caso por exemplo de Santa Bernardette Soubirous, Santa Catarina Labouré, São Vicente de Paula, Santa Vittoria, etc. Outros são conservados com escasso tratamento de cera: como o de Santa Catalina da Bolonha, Santa Margarita Redi, o de Sebastián Devoto de Aparicio (que se conserva na Cidade de Puebla, México) ou São Francisco Xavier (que se conserva em Goa, na Índia, e foi bem maltratado pelos caçadores de relíquias ").
Em alguns casos de santos não mais incorruptos, foram feitas representações de seus corpos realizadas com cera e seus restos mortais colocados dentro destas imagens de cera: deste modo, por exemplo, São Pascual Baylón: feita imagem cópia do que era seu corpo incorrupto e reproduzido graças a quadros antigos, desde que foi profanado e queimado na guerra civil espanhola pelos comunistas; ou o corpo de Santa Inocência ou Santa Celeste: são belas imagens de cera que retratam com perfeição corpos humanos, mas são apenas imagens de cera que conservam em seu interior, os ossos destes Santos. Disso pode ter vindo a confusão de venerar uma imagem de cera (cópia do original), como um real e verdadeiro corpo incorrupto.
Sobre os Santos Incorruptos
Se planejou deliberadamente a rápida destruição dos corpos de três santos pondo cal em seus ataúdes: São Francisco Xavier, São João da Cruz e São Pascoal Baylón. ( O cal deixa os ossos limpos em poucos dias.) Nos dois últimos casos se desejou acelerar a decomposição com cal para que seu traslado pudesse ser feito de forma mais conveniente e higiênica; querendo transportar somente seus ossos, em lugar de corpos meio apodrecidos. Nos três casos a preservação triunfou. No caso de São Francisco Xavier, apesar do tratamento inicial com cal, de vários traslados, de amputação de membros,e o rude trato de seu corpo quando foi forçado a entrar em uma tumba demasiado pequena para seu tamanho, estava todavia em bom estado de conservação, cento e quarenta e dois anos depois .
A umidade na abóbada da tumba de São Carlos Borromeu, na Catedral de Milão foi tal, que causou a corrosão e apodrecimento da madeira de seu ataúde, chegando a umidade ao corpo, porém sem decompor-lo. Os restos de São Pacífico de São Severino foram enterrados sem ataúde diretamente na terra por indicação da regra de sua ordem, como no caso de Santa Catarina de Bologna. Ambos se mantiveram em perfeitas condições.
Santa Catarina Labouré, cinquenta e seis anos depois de sua morte, seu corpo foi encontrado perfeitamente branco e natural, e seu triplo ataúde se encontrava muito corroído. Foi tanta a umidade que penetrou, que parte de seu hábito se desfazia, como observaram os médicos examinadores. O corpo de Santa Catalina de Siena também suportou os abusos da umidade, porém foi encontrado sem ser afetado depois de haver sido colocado em um cemitério onde o Beato Raymundo de Capua disse que "estava muito exposto a chuva". A roupa sofreu severas deteriorações.
São Charbel Makhlouf, foi enterrado sem caixão, como está recomendado na regra de sua ordem religiosa. Seu corpo foi encontrado boiando no barro dentro de una tumba inundada, durante a exumação feita quatro meses depois de sua morte, tempo suficiente como para permitir ao menos uma destruição parcial. Seu corpo, que se tem preservado perfeitamente como quando estava vivo, e flexível por mais de setenta anos, emite constantemente um bálsamo perfumado que tem sido reconhecido como verdadeiramente prodigioso.
A conservação do corpo de São Coloman é bastante notável, pois seu corpo permaneceu suspendido em uma árvore na qual havia sido colocado por um período tão grande que todo o povoado achou realmente milagroso. (Um corpo exposto ao ar se decompõe oito vezes mais rápido que os enterrados, pela atividade dos microorganismos do ar).
Santo André Bobola foi parcialmente esfolado vivo, suas mãos foram cortadas e sua língua foi arrancada. Três horas de torturas e mutilações, o mataram serrando sua cabeça com uma espada. Seu corpo foi rapidamente enterrado por católicos abaixo da igreja jesuíta de Pinsk, onde foi encontrado quarenta anos depois perfeitamente preservado, apesar das feridas abertas, que normalmente favorecem e aceleram a corrupção. Sua tumba estava úmida e suas roupas apodreceram pela proximidade de outros corpos em decomposição, mas seus restos mortais estavam perfeitamente flexíveis, sua carne e músculos estavam suaves ao tato, e o sangue que cobria as numerosas feridas se encontrava como sangue fresco que é congelado. A preservação foi reconhecida oficialmente pela Congregação de Ritos em 1835. Seu corpo permanece incorrupto, maravilhosamente conservado depois de trezentos anos.
Quais são as razões desta estranha preservação da decomposição? Quem pode explicar por que essas relíquias permanecem intactas? Aparecimento de misteriosos perfumes..., a exudação de óleo, que é o fenômeno mais frequentemente verificado. Para mencionar somente uns poucos santos assim favorecidos, são os casos de Santa Maria Magdalena de Pazzi, Santa Julia Billiart, São Hugo de Lincoln (10), Santa Inés de Montepulciano, Santa Teresa de Ávila, São Camilo de Lellis, São Pascual Baylón.
FENÔMENOS que em muitos casos acompanham a INCORRUPTIBILIDADE.
O óleo que flui cada certo tempo, durante ciclos, do corpo do Beato Matías Nazzarei de Matelica, falecido em 1320. A fenomenal conservação de São Charbel Makhlouf desde sua morte em 1898.
Em Toledo, Espanha, o corpo da Venerável Madre Maria de Jesus, companheira de Santa Teresa de Ávila, exala um perfume descrito como aroma de rosas e jasmins, e transpira um óleo que continua fluindo até o presente. O corpo de São João da Cruz estava exalando fragrância muitos anos depois de sua morte, e o corpo do Beato Angelo de Borgo Santo Sepulcro desprendia ainda um doce perfume cento e setenta e seis anos depois de sua morte. A misteriosa fragrância que se notou sobre o corpo de Santa Teresa Margarita do Sagrado Coração, se encontrou também em todos os objetos que ela havia usado durante sua vida.
O "odor de santidade", que foi percebido e testemunhado por pessoas de inquestionável integridade, é registrado para garantir sua existência. Os observadores presentes na exumação de Santo Alberto Magno, feita duzentos anos depois de sua morte, ficaram assombrados por um perfume suave procedente das relíquias do Santo.
A doçura do aroma sobre o corpo de Santa Lucía de Narni se fixava em todos os objetos com que reverentemente tocaram a relíquia durante sua exposição durante quatro anos depois de sua morte. O perfume que frequentemente se notava ao redor de Santa Teresa durante sua vida, foi notado também pelas irmãs de seu convento em Alba de Tormes, pelas descrições que tinham do aroma, durante a última exumação de seu corpo em 1914, mais de trezentos anos depois de sua morte.
O corpo de Santa Rita de Cascia está também exalando fragrância depois de mais de quinhentos anos. O perfume que se sentiu no corpo de São Vicente Pallotti no momento de sua morte persistiu por um mês no quarto em que faleceu, apesar de que se encontrava aberta a janela. Similar é o caso de São João de Deus, exceto que a fragrância que permaneceu no quarto de sua morte por vários dias, foi renovada ali durante muitos anos em cada sábado, no dia em que ocorreu seu falecimento.
Nos corpos conservados por mumificação, seja natural, ou artificialmente provocada não se observa este fenômeno. São corpos duros e rígidos. A rigidez dos membros começa poucas horas depois da morte. A maioria dos incorruptos não sofreram esta rigidez, permanecendo muitos deles flexíveis por vários séculos. Beato Alfonso de Orozco, cujo corpo estava flexível anos depois de sua morte; Santo André Bobola, quarenta anos, e Sta. Catalina Labouré, cinquenta e sete anos depois de sua morte.
O corpo de Sta. Catalina de Bologna estava tão flexível depois de anos de sua morte que pode ser colocado em posição sentada, forma em que ainda pode ser vista. O corpo da Beata Eustoquia Calafato também foi colocado na mesma posição, cento e cinquenta anos depois de sua morte. O corpo de São João da Cruz, morto em 1591, está perfeitamente flexível.
Outra condição que desafia as explicações científicas é a emanação de sangue fresco que procede de uma boa quantidade destes corpos, muitos anos depois de sua morte. Foi observado oitenta anos depois da morte de São Hugo de Lincoln, quando se separou a cabeça do tronco. Nove meses depois da morte de São João da Cruz, fluiu sangue fresco da ferida resultante de um dedo amputado.
Durante a exibição do corpo de São Bernardino de Siena, que durou vinte e seis dias depois da sua morte, uma quantidade de sangue vermelho brilhante saiu por seu nariz durante o dia vinte e quatro, como observou e registrou São João Capistran. Durante o exame médico do corpo de São Francisco Xavier um ano e meio depois de sua morte, um dos médicos inseriu seu dedo em uma ferida do corpo e retirou com sangue, que, como declarou, estava "fresco". A ferida mortal de São Josafat sangrou vinte e sete anos depois da sua morte.
Quarenta e três anos depois do falecimento de São Germán de Pibrac, mientras uns trabalhadores preparavam a tumba para outro ocupante, uma ferramenta que estavam utilizando, resvalou e danificou o nariz do santo, começando a sangrar . E finalmente, quarenta anos depois da morte de São Nicolás de Tolentino, um irmão leigo separou secretamente os braços da relíquia. Foi descoberto e seriamente repreendido quando um vasto fluxo de sangue delatou o ato sacrílego. Fato que foi aceito como milagroso pelo Papa Benedicto XIV.
A aparição de luz nos corpos e tumbas de alguns destes santos mostrava onde se encontravam. A santidade de São Guthlac foi afirmada por muitos testemunhos que viram a casa em que morreu envolta com uma luz brilhante, a qual procedia dali e se dirigia ao céu. O perfume que vinha da boca de São Luis Bertrand em seu leito de morte foi acompanhado por uma intensa luz que iluminou seu humilde quarto por varios minutos. Muitos outros santos foram favorecidos com esta iluminação, incluindo São João da Cruz, Santo Antonio de Stroncone, e Santa Juana de Lestonnac.
Talvez a manifestação divina mais impressionante ocorreu na tumba de San Charbel Makhlouf: A luz, que brilhou fortemente por quarenta e cinco noites em sua tumba, foi presenciada por muitos pessoas e finalmente terminou na exumação de seu corpo, descobrindo assim a incorrupção que até hoje pode ser vista.
Os incorruptos não podem ser classificados dentro das outras mumificações. A maior parte dos incorruptos nunca foram embalsamados nem tratados de nenhuma forma. O Papa Benedicto XIV, tomando todas as precauções que a cautelosa Igreja mantém nestes casos, incluiu dois largos capítulos titulados "De Cadaverum Incorruptione" em seu grande trabalho sobre a beatificação e canonização dos santos.
As únicas preservações que se consideram como extraordinárias são aquelas que mantém uma flexibilidade, cor e frescura semelhantes a quando os santos estavam vivos, sem intervenção deliberada. Estes estritos requerimentos são cumpridos por uma enorme quantidade de santos incorruptos. No caso de Santo André Bobola fue debatido por sucessivos Promotores da Fé e de Postuladores de sua Causa em 1739 e 1830, a condição do corpo, que estava mutilado pelas feridas infligidas durante seu martírio, foi finalmente aceitaptado sua incorruptibilidade pela Congregação de Ritos como um dos milagres requeridos para sua beatificação..