Um monge que foi encontrado
mumificado na posição de lótus na Mongólia no fim de janeiro "não está
morto" e sim em um "profundo estado meditativo", afirmam
especialistas budistas ouvidos pelo jornal "The Siberian Times".
Quando o corpo foi descoberto, peritos
avaliaram que ele teria cerca de 200 anos e havia sido preservado em peles de
animais.
Mas o monge Barry Kerzin, que é
médico do dalai lama, disse ao jornal mongol que o monge está num estado
espiritual muito especial conhecido como "tukdam".
"Tive o privilégio de cuidar
de alguns meditadores que estavam no estado de tukdam", afirmou. "Se
a pessoa consegue ficar nesse estado por mais de três semanas -- o que
raramente acontece -- seu corpo começa a encolher e no final o que sobra são os
cabelos, as unhas e as roupas."
"Nesse caso, um arco-íris
aparece no céu por vários dias. Isso significa que alguém encontrou um 'corpo
do arco-íris'. É o estágio mais alto antes do Buda", acrescentou o médico.
Segundo Ganhugiyn Purevbata,
fundador do Instituto Mongol de Arte Budista da Universidade Budista de Ulan
Bator, "o lama está sentado na posição de lótus vajra, com a mão esquerda
aberta e a mão direita simbolizando o ensinamento do sutra".
"Este é um sinal de que o
lama não está morto, mas em um estato meditativo muito profundo, de acordo com
a tradição antiga dos lamas budistas", acrescentou.
Outros especulam que a múmia seja
um professor do lama Dashi-Dorzho Itigilov, nascido em 1852. Morto ou não, o
corpo mumificado ainda está cercado por mais mistérios. A polícia anunciou que
o monge foi roubado de uma caverna na região de Kobdsk por um homem que então o
escondeu em sua casa com o objetivo de vendê-lo no mercado negro.
A múmia está em poder do Centro
Nacional de Pesquisa Forense em Ulan Bator, a capital mongol.
Fonte: UOL notícias