Panacéia dos Amigos

quinta-feira

Krull

Em uma era não determinada, no longínquo planeta Krull, a paz do planeta será selada com o casamento das duas mais importantes famílias reais. O jovem príncipe Colwyn vai casar com a linda princesa Liza.
No entanto, uma entidade vinda do espaço chamada “A Besta” seqüestra a princesa em plena cerimônia de casamento e leva-a para sua espaçonave, a “Fortaleza Negra”. “A Besta” inicia com seus soldados uma guerra de conquista do planeta, e parte de seu plano é seu casamento com a princesa estabelecendo um laço com uma das famílias de sangue nobre.
Para salvá-la, Colwyn precisa encontrar uma arma mítica chamada Glaive. Em sua jornada acabará por encontrar outros personagens que formarão com ele um eclético grupo de aventureiros que assume a missão de invadir a Fortaleza Negra para derrotar A Besta e salvar a princesa. Para isso, além de enfrentar os estranhos seres que formam o exército da Besta, terá que enfrentar os perigos do próprio planeta e ainda localizar a Fortaleza Negra que muda sua localização a cada 24 horas, ao amanhecer.
Assim se faz a aventura do filme “Krull” (1983), uma fábula no ambiente de fantasia aonde a mítica Glaive é uma clara referência à espada Excalibur do rei Artur, e não faltam também adivinhos e feiticeiras, criaturas estranhas e monstros para ajudar ou atrapalhar a busca de Colwyn.
Um dos destaques do filme é Rell, o ciclope, o lendário gigante de um olho só, inimigo mortal da Besta (a origem dos ciclopes neste mundo, está interligada com o inimigo vindo do espaço). O contraponto humorístico é dado por um aprendiz de feiticeiro atrapalhado e arrogante que vive se metendo em confusões graças a suas mágicas erradas.
O filme possui um bom roteiro, com algumas cenas interessantes tais como a cavalgada com os “cavalos de fogo”, capazes de viajar mil léguas num único dia ou a invasão no interior da Fortaleza, que possui um visual bastante surrealista.
Uma curiosidade é a presença do ator irlandês Liam Neeson, ainda em começo de carreira. Seu personagem é um coadjuvante, um dos amigos do príncipe. De fato, ainda estavam longe os dias de sucesso com “Nell” e “A Lista de Schindler”.
Seja como for, Krull, vale a pena ser assistido. É fruto de sua época e uma das poucas tentativas respeitáveis naqueles tempos de se fazer um filme de fantasia. Apesar de não ter uma conclusão, na minha opinião, brilhante é um filme divertido que trará boas recordações aos que viram e momentos de encantamento aos que vão conhecer.