Panacéia dos Amigos

sexta-feira

Aprendendo com os erros





O mestre, conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho, caminha com igualdade, enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante. O aprendiz blasfema, levanta-se e cospe no chão traiçoeiro e continua a acompanhar seu mestre.

Depois de longa caminhada, chegaram a um lugar sagrado. Sem parar, o mestre dá meia volta e começa a viagem de volta.

-Você não me ensinou nada hoje- diz o aprendiz, levando mais um tombo.
-Ensinei sim, mas você parece que não aprende – respondeu o mestre – estou tentando te ensinar como se lida com os erros da vida.
-E como lidar com eles?
- Como deveria lidar com seus tombos- respondeu o mestre- Em vez de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar aquilo que o fez escorregar.

A carroça








Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me para dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Após algum tempo, ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:


- Além do canto dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?


Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:


- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo – disse meu pai – e é uma carroça vazia!


Perguntei a ele:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora – respondeu meu pai – é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.


Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grosseria inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar ser o dono da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

- Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz!

quinta-feira

Sem Cera



Não há futuro sem raízes no passado. Por este motivo sempre apreciei o estudo e análise da história. Interessa-me compreender a origem de nossa trajetória, afinal, muito da “obscuridade” que vivenciamos recebe uma singular perspectiva quando exposta à luz do entendimento histórico. Dentro deste interesse um assunto muito curioso é o da origem das palavras o que nos leva ao tema deste artigo: “Sem cera”.

No passado, alguns escultores escondiam os defeitos de suas obras utilizando cera. Era um ato desonesto e condenável. Em contrapartida, artistas que não usavam tal subterfúgio alegavam a qualidade de suas obras “sem cera”, o que acabou com o passar do tempo sendo a origem de nosso termo “sincera”.

Esta nota histórica é interessante e nos leva à reflexão se expandirmos esta cena para um novo entendimento. O quanto agimos como os desonestos escultores, quantas vezes deixamos de ser uma obra “sem cera”? Oportunamente em um artigo anterior chamado “Tente outra vez”, coloquei alguns pontos sobre a necessidade da sinceridade interior, mas, este assunto não se esgota e sabe por quê?

Porque podemos nos enganar. Porque talvez inconscientemente estejamos camuflando nossos defeitos na cera da auto-indulgência. Na cera da aceitação. E esta cera está presente em nossos pensamentos, sentimentos e ações mesmo quando não sabemos conscientemente que estamos nos sabotando, enganando nossa percepção sobre nós mesmos.

Uma canção chamada “Beautiful Day” (Lindo dia) da banda irlandesa U2 diz em um determinado momento: “O que você não sabe, pode sentir de algum modo”. Esta afirmação é inspirada e perfeita. Se você não sabe o quê, mas algo incomoda em seu íntimo. Se você não entende, mas pode sentir, é o momento de se aprofundar em si, e buscar a cera que tem encoberto suas dúvidas, tristezas e defeitos que impedem que a obra de sua vida seja perfeita ou ao menos “sem cera”.

Embora seja um caminho sinuoso e árido, ele é fundamental. Persista, vá em frente! A melhor escultura da nossa vida não é uma questão de beleza da forma e sim do quão sem cera (sincera) ela é..

Rosalind Franklin: "mãe do DNA", pioneira molecular nasceu há 93 anos




A vida da biofísica britânica Rosalind Franklin foi repleta de controvérsias. Ela foi responsável por parte das pesquisas e descobertas que levaram à compreensão da estrutura do ácido desoxirribonucleico (DNA, na sigla em inglês). Essa história, porém, é um conto de competição e intriga, descrito de uma maneira por James Watson e Francis Crick - que elaboraram o modelo da dupla hélice para a molécula de DNA - e outra por quem defende Franklin como pioneira injustiçada na biologia molecular. James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins receberam um prêmio Nobel por seus estudos em 1962: quatro anos após a morte de Rosalind Franklin, aos 37 anos, vítima de câncer de ovário. Sua contribuição não foi reconhecida na época.
Nascida em 25 de julho de 1920, Franklin se destacou nas aulas de ciência desde criança, e estudou em uma das poucas escolas para garotas em Londres que ensinavam física e química naquela época. Aos 15 anos, ela decidiu se tornar cientista. Seu pai era contra o ensino superior para mulheres, e queria que Rosalind prestasse serviço social. Ele, no entanto, cedeu, e em 1938 a jovem se matriculou no Newnham College, uma faculdade só para mulheres da Universidade de Cambridge, onde se formou em 1941. 

No ano seguinte, passou a trabalhar com pesquisa no Reino Unido, e promoveu pesquisas importantes sobre o Depois de sair de Cambridge, Rosalind Franklin passou três anos em Paris, onde pesquisou sobre técnicas de difração de raios-x. Em 1951, voltou à Inglaterra como pesquisadora no laboratório do físico John Randall no King's College de Londres. Foi lá que encontrou Maurice Wilkins. Eles lideravam por grupos de pesquisa e mantinham projetos paralelos, ambos sobre o DNA. Quando Randall passou a Rosalind a responsabilidade por seu projeto, ninguém trabalhava naquela pesquisa havia meses. Wilkins estava fora do laboratório naquela época, e quando voltou pensava que ela era apenas uma assistente técnica, não uma colega - e principal pesquisadora do assunto no laboratório.As mulheres ainda era desvalorizadas na academia nos anos 1950. Apenas homens tinham permissão de utilizar os restaurantes da universidade, e havia diversos estabelecimentos voltados apenas para um sexo. Nesse contexto, o comportamento dos cientistas a respeito de Franklin não era surpreendente. Mesmo assim, chama atenção o desprezo apresentado por seus colegas de laboratório em cartas reveladas recentemente. Em correspondência com seus colegas em Cambridge (Crick e Watson), Wilkins chamava a jovem cientista de "bruxa".
Mesmo menosprezada, Rosalind persistiu em seu projeto de DNA. Entre 1951 e 1953, ela chegou muito perto de descobrir a estrutura do DNA. Crick e Watson, porém, publicaram a solução antes. Em 2010, foi comprovado que o pioneirismo dos cientistas foi, na verdade, baseado nos estudos de Franklin, a "mãe do DNA". A britânica fez os melhores registros da estrutura até então, usando técnicas de raios-x. Ela permaneceu nove meses com o material, porém não identificou as hélices que, hoje se sabe, formam a estrutura helicoidal do DNA: o modelo da dupla hélice, proposto por James Watson e Francis Crick em 1953. O trabalho de Rosalind jamais foi mencionado pelos autores do artigo, publicado na revista Nature. Rosalind Franklin morreu no anonimato.

Fonte:  http://noticias.terra.com.br/

quarta-feira

Mínimos e máximos




Imaginem um conjunto de peças de dominó. Como sabemos se posicionarmos as peças verticalmente em uma linha contínua e derrubarmos a primeira delas todas as outras irão cair em seguida. É o chamado efeito dominó. E um toque com o mínimo de força teve o máximo de resultado derrubando todas elas.

Em termos simples digamos que toda a ação gera uma reação. Observação óbvia, mas muito do que é óbvio não é necessariamente assimilado por nós, porque não é pensado. Se não, vejamos: Toda a ação gera reação. Como diz a frase determinamos “toda” ação. Ou seja, cada ação que você realiza por mínima que seja cria uma reação em cadeia que determina e potencializa tudo o que ocorre a seguir.

Este é um fato importante. Cada ação pode determinar fracasso ou sucesso. Portanto, devemos observar cada atitude e fazer dela um sucesso. Porque uma ação gera reação e cada ação positiva irá criar conseqüências igualmente positivas. Em um exemplo simples: Se você encontra um conhecido na rua e deseja cumprimentá-lo, faça isto. Inicie e finalize seu ato com sucesso. Não tenha dúvidas, receio, não pare o cumprimento na metade. Faça.

Se você deseja lavar seu carro hoje. Faça. Não de qualquer maneira porque o sucesso é comprometido. Lave seu carro com atenção e cuidado. Faça direito. Aliás, em tudo o que começar a fazer, termine. Não faça de qualquer jeito, pela metade. Torne cada mínimo ato o início de um máximo resultado positivo.

O “Efeito Dominó” em sua vida pode ser orientado para os melhores resultados de acordo com a sua atenção e dedicação. O quanto você está ou não prestando atenção nas peças que está colocando e nos mínimos toques que tem realizado o movimento das situações em sua vida? 

Um equilíbrio de mínimos e máximos. Acredite: sua vida é repleta de sucessos. Aprenda a valorizá-los se apercebendo de cada momento, da importância de cada instante ou decisão. Você será capaz de trilhar um caminho de peças de dominó positivas em que uma situação favorável fará outra surgir. Não hesite em transformar o mínimo ato em um máximo sucesso.