É o mais popular e amado avatar da Índia, com maior número de templos e devotos. Possuía um apelo físico irresistível.Nos Puranas é descrito como um pastor tocador de flauta.No Mahabharata é o sábio que dá o ensinamento a Arjuna no campo de batalha. Krishna é o maior Deus não ariano no panteão Hindu. Ele foi a oitava encarnação de Vishnu, o Preservador do Universo. Ele incorporou a forma humana para redimir as ações das forças do mal.
O príncipe KRISHNA, que nasceu em MATHURA, e mais tarde tornou-se rei na cidade de DWARAKA, foi uma personalidade de muito influência no MAHABHARATA (o mais antigo texto sagrado da Índia), onde teve importância vital nos acontecimentos épicos que modificaram toda a história do Oriente. Ele sempre é visto tocando uma flauta, com a qual encanta todas as criaturas vivas. Alguns de seus nomes são GOVINDA, SYAMASUNDAR ou GOPALA - o protetor das vacas.
De acordo com as lendas, a beleza de KRISHNA é insuperável, encantando até mesmo inúmeros cupidos. Ele ficou conhecido por sua força invencível, sua enorme riqueza e por suas dezesseis mil cento e oito rainhas . Os ensinamentos de KRISHNA foram perpetuados no livro "BHAGAVAD GITA", que é considerado por todos os mestres como a essência do conhecimento Védico. Este livro retrata uma conversação entre KRISHNA e seu mais poderoso discípulo, o herói ARJUNA, o arqueiro supremo, na famosa batalha de KURUKSHETRA.
Há três principais estágios na vida de Krishna:
No primeiro, Krishna nasceu em uma prisão em Mathura, onde seus parentes foram capturados por um demônio que tomou o lugar de um rei chamado Ugrasena. Sobre essa captura: Um dia, Ugrasena e sua esposa estavam caminhando nos jardins, onde um demônio viu a rainha e sentiu amor por ela. Em sua luta por ela, ele distraiu a atenção de Ugrasena, e assumiu sua forma e concretizou seu desejo. A criança nascida desta união foi Kamsa. Kamsa cresceu para destronar seu pai e prender sua irmã Devaki (filha de Ugrasena) e seu marido Vasudeva. Devaki mais tarde se tornou a mãe de Krishna.
Então um dia Kamsa estava levando sua irmã recém casada e seu marido Vasudeva para sua nova casa, quando uma voz vinda dos céus os interceptou. A voz disse para Kamsa que a oitava criança de Devaki iria matá-lo. Conseqüentemente, ele aprisionou o casal e começou a matar suas crianças, ano após ano. Sete crianças foram perdidas mas a oitava - o Deus - escapou das mãos do carniceiro e viveu para cumprir sua missão contra Kamsa mais tarde. Krishna nasceu à meia-noite do oitavo dia do equinócio do Bhadrapada (Agosto/Setembro) e foi trazido para Vrindavan por Vasudeva (pai de Krishna) na mesma noite, para salvá-lo de Kamsa.
Seu pai trabalhou para possibilitar ao bebê Krishna escapar para uma vila próxima e trocá-lo com outra criança. Ele foi criado pela família de pastores de vacas de Yashoda e Nanda Raja. Krishna cresceu como um garoto pastor de vacas.
No segundo, já como jovem, Krishna conquistou todas as garotas da vila com sua boa aparência, charme e atenção. Apesar de Radha ser sua favorita, ele flertou com as outras gopis também. Ocasionalmente ele se divide em vários, assim ele pode dar atenção a várias garotas de uma só vez. Estas estórias, que são boas lendas no nível superficial, também são interpretadas no nível de espírito. Brajbhoomi, onde Krishna nasceu, compreende as cidades gêmeas de Mathura e Vrindavan. Esta não é apenas uma terra sagrada onde Krishna nasceu, mas um lugar cheio de reminiscências divinas. Foi aqui que ele encontrou pela última vez Radha, sua companheira inseparável. Vrindavan, há 15km de Mathura, foi o local favorito do casal divino.
No terceiro, como adulto, Krishna passou seu reinado no nordeste da Índia pela morte do rei Kamsa, evento este que é visto como a restauração do dharma. Na história do Mahabharata, ele então ajuda Arjuna, servindo como seu condutor de carroça e seus irmãos (os irmãos Pandava) em uma guerra para restaurar seu direito de reinar. Em uma noite antes da batalha maior, Krishna e Arjuna tiveram uma longa discussão a respeito da natureza do dharma e do cosmos, que é preservado no Mahabharata como o Bhagavad Gita. No final da discussão, Krishna se revelou para Arjuna como Vishnu. As explicações de Krishna são contadas nos templos Vishnu e no festival anual de Ras Lila.
Alguns ensinamentos de Krishna no BHAGAVAD-GITA
Conhece a paz quem esqueceu o desejo de sentir prazer. ( Bhagavad Gita )
O Senhor Krishna disse: dizendo sábias palavras, Seu lamento por aqueles não merece o seu pesar. O sábio nunca se lamenta nem pelos vivos e nem pelos mortos. (2.11)( Bhagavad Gita )
Da mesma forma que a alma adquire um corpo na infância, um corpo na juventude, e um corpo na velhice, durante a sua vida, similarmente, a alma adquire outro corpo após a morte. Isso não deveria iludir um sábio ( 2.13). ( Bhagavad Gita )
Assim como uma pessoa coloca uma nova roupa após desfazer-se das velhas, similarmente, a entidade viva, ou a alma individual, adquire um novo corpo após jogar fora o velho corpo. (2.22) ( Bhagavad Gita )
Engaje-se da mesma forma, no manejo da luta, no prazer ou na dor, ganho ou perda, vitória e derrota, no seu dever. Por fazer sua obrigação deste jeito você não irá incorrer em pecado. (2.38) ( Bhagavad Gita )
Você tem o controle sobre os feitos apenas da sua responsabilidade, mas não controle ou reclamação sobre os resultados. Os frutos do trabalho não devem ser seu motivo, e você nunca deverá ser inativo. (2.47) ( Bhagavad Gita )
Um Karmayogi, ou uma pessoa desapegada, torna-se livre tanto da virtude como do vício em sua vida. Portanto, esforce-se por serviço desapegado. Trabalhar o melhor das suas habilidades, sem apegar-se egoisticamente pelos frutos do trabalho, chama-se Karmayoga ou Seva. (2.50) ( Bhagavad Gita )
A mente, quando controlada pelo vaguear dos sentidos, rouba o intelecto, do mesmo modo que uma tempestade desvia um barco no mar do seu destino - a praia espiritual da paz e da felicidade. (2.67) ( Bhagavad Gita )
As forças da natureza fazem todo o trabalho, mas devido a ilusão uma pessoa ignorante supõem-se a si mesma como executora (3.27). ( Bhagavad Gita )
Assim, conhecendo o Ser como o mais alto, e controlando a mente pela inteligência, que é purificada pela prática espiritual, deve-se matar este poderoso inimigo, luxúria, Ó Arjuna, com a espada do conhecimento verdadeiro do Ser. (3.43) ( Bhagavad Gita )
Toda a vez que há um declínio do Dharma (reto-agir; Justiça) e a predominância de Adharma (injustiça), Ó Arjuna, Eu Me manifesto. Eu apareço de tempos em tempos para proteger os bons, para mudar os malvados, e restabelecer a ordem no mundo (Dharma). (4.07-08) ( Bhagavad Gita )
Aquele que vê a inação na ação e a ação na inação, é uma pessoa sábia. Tal pessoa é um yogi e possui tudo por completo (4.18). ( Bhagavad Gita )
Verdadeiramente, não há nada mais puro neste mundo do que o conhecimento do Ser Supremo. Aquele que descobre este conhecimento interiormente, de forma natural, no curso do tempo, quando suas mentes estão limpas e livres do egoísmo pelo KarmaYoga (veja, também, 4.31; 5.06 e 18.768) (4.38). ( Bhagavad Gita )
Mas a verdadeira renúncia (a renúncia da possessão e do fazer com vistas aos resultados), Ó Arjuna, é difícil de alcançar sem o Karmayoga. Um sábio equipado com o karmayoga, rapidamente alcança o Nirvana (5.06). ( Bhagavad Gita )
Aquele que faz todo o trabalho como uma oferenda para Deus - abandonando o apego egoísta aos resultados - fica intocado pelas reações kármicas, ou pecados, exatamente como uma flor de lótus jamais é molhada pela água (5.10) ( Bhagavad Gita )
Aquele que Me vê em Tudo, e vê tudo em Mim, não se desliga de Mim, e Eu não me desligo dele (6.30). ( Bhagavad Gita )
Quatro tipo de pessoas virtuosas adoram-Me ou Me procuram, Ó Arjuna; são elas: o aflito; o que busca por auto-conhecimento; o que procura riqueza, e o iluminado que experimentou o Ser Supremo (7.16). ( Bhagavad Gita )
Após muitos nascimentos o devoto esclarecido recorre a Mim, entendendo que todas as coisas são, na realidade, Minha manifestação. Semelhante alma é muito rara (7.19). ( Bhagavad Gita )
Portanto, sempre lembre-se de Mim, e faça a suas obrigações. Com certeza, você irá alcançar-Me, se a sua mente, e o seu intelecto, estiverem sempre focados em Mim (8.07). ( Bhagavad Gita )
Eu sou facilmente alcançado, Ó Arjuna, por aquele que é sempre leal, devotado, e que sempre pensa em Mim, e cuja mente não vai para outro lugar (8.14). ( Bhagavad Gita )
Aquele que vê o mesmo e eterno Senhor Supremo, residindo como Espírito, igualmente em todos os seres mortais, de fato vê (13.27).( Bhagavad Gita )
E Eu estou sentado na psique interior de todos os seres. Memória, auto-conhecimento, remoção das dúvidas, e das falsas noções sobre Deus, vêm de Mim. Eu sou, na verdade, o que é para ser conhecido pelo estudo de todos os Vedas. Eu sou, realmente, o autor bem como o estudante dos Vedas (Veja, também, 6.39) (15.15). ( Bhagavad Gita )
Luxúria, ira e avareza são os três portões do inferno, que conduzem o indivíduo para a queda (ou cativeiro). Então, aprenda como abandoná-los (16.21). ( Bhagavad Gita )
Pela devoção uma pessoa entende, verdadeiramente, o que, e quem, Eu sou em essência. Tendo Me conhecido em essência, imediatamente, a pessoa liga-se a Mim (veja, também, 5.19) (18.55). ( Bhagavad Gita )
Ponha de lado todas os feitos meritórios e rituais religiosos, e simplesmente renda-se por completo a Mim, com fé firme, amor e devoção. Eu irei libertar você de todos os pecados, as amarrados do Karma. Não sofra (18.66). ( Bhagavad Gita )
Em todo o lugar que estejam, tanto Krishna, o Senhor do Yoga (ou Dharma na forma das escrituras), e Arjuna, com o arco da obrigação, e proteção, ali haverá prosperidade,vitória, felicidade, e moralidade. Esta é a Minha convicção (18.78). ( Bhagavad Gita )
Nas mentes daqueles que estão muito apegados ao gozo dos sentidos e à opulência material, e que se deixam confundir por estas coisas, não ocorre a determinação resoluta de prestar serviço devocional ao Senhor Supremo."
(Bhagavad-Gitã 2.44)
"Luta pelo simples fato de lutar, sem levar em consideração felicidade ou aflição, perda ou ganho, vitória ou derrota - e adotando este procedimento nunca incorrerás em pecado"
(Bhagavad-Gitã 2.38)
"Alguém que nasceu com certeza morrerá, e após a morte ele voltará a nascer. Portanto, no inevitável cumprimento do dever, não deves te lamentar."
(Bhagavad-Gitã 2.28)
"Diz-se que a alma é invisível, inconcebível e imutável. Sabendo disto, não te deves afligir por causa do corpo."
(Bhagavad-Gitã 2.25)
"Essa alma individual é inaquebrável e indissolúvel, e não pode ser queimada nem seca. Ela é permanente, está presente em toda parte, é imutável, imóvel e eternamente a mesma."
(Bhagavad-Gitã 2.24)
"A alma nunca pode ser despedaçada por arma alguma, tampouco pode ser queimada pelo fogo, umedecida pela água ou enxugada pelo vento."
(Bhagavad-Gitã 2.23)
"Assim como alguém veste roupas novas, abandonando as antigas, a alma aceita novos corpos materiais, abandonando os velhos e inúteis."
(Bhagavad-Gitã 2.22)
"Para a alma, em tempo algum existe nascimento ou morte. Ela não passou a existir, não passa a existir e nem passará a existir. Ela é não nascida, eterna, sempre-existente e primordial. Ela não morre quando o corpo morre."
(Bhagavad-Gitã 2.20)
"O corpo material da entidade viva indestrutível, imensurável e eterna de certo chegará ao fim; portanto, luta, ó descendente de Bharata."
(Bhagavad-Gitã 2.18)
"Deves saber que aquilo que penetra o corpo inteiro é indestrutível. Ninguém é capaz de destruir a alma imperecível.."
(Bhagavad-Gitã 2.17)
Fonte: http://www.minuto.poetico.nom.br
EU E BRUNA MARIA SOMOS DA LBV
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