De repente
do riso fez-se o pranto
Silencioso
e branco como a bruma
E
das bocas unidas fez-se a espuma
E
das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De
repente da calma fez-se o vento
Que
dos olhos desfez a última chama
E da
paixão fez-se o pressentimento
E do
momento imóvel fez-se o drama.
De
repente, não mais que de repente
Fez-se
de triste o que se fez amante
E de
sozinho o que se fez contente.
Fez-se
do amigo próximo o distante
Fez-se
da vida uma aventura errante
De
repente, não mais que de repente.

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