Panacéia dos Amigos

quarta-feira

Os filmes de Indiana Jones

Minha lembrança mais antiga de Indiana Jones é ver sua imagem numa revista de vídeo, isto em 85/86, creio(era a imagem abaixo do Temple of Doom).

A revista era a VídeoNews e o videocassete era uma novidade assombrosa na época, ainda mais para mim que era um garoto de área rural. Ou um legítimo “caipira” como dizem (E assumo com orgulho). Pois bem, somente havia um videocassete disponível no sítio, e portanto dependíamos da generosidade do proprietário, mas, não muito tempo depois eu estava assistindo "Os caçadores da arca perdida" e o "Templo da perdição".

Quem como eu assistiu as aventuras de Indiana na infância sabe do que estou falando. Uma aventura repleta de ação, mistério e humor. Um herói que ao mesmo tempo era durão e divertido e vilões de dar nos nervos! Tudo num ritmo alucinado, efeitos especiais incríveis e uma trilha sonora que gruda na cabeça e não sai mais. Eu irremediavelmente transformara Indiana num dos meus heróis favoritos. O que fazer? Fomos todos vencidos por Ford, Spielberg, Lucas e John Williams, e quem não seria?

Tudo começou quando George Lucas teve idéias para dois filmes inspirados nos seriados dos anos 30, uma de ficção científica no estilo Buck Rogers e Flash Gordon, e outra de ação inspirada na Republic Pictures e Doc Savage, com um arqueólogo aventureiro. A primeira se tornou Star Wars, e a segunda Lucas primeiro transformou no roteiro The Adventures of Indiana Smith, que com a colaboração do roteirista Philip Kaufman, que sugeriu usar a Arca da Aliança, se tornou Raiders of the Lost Ark. Em 1977, Steven Spielberg se encontrou com Lucas dizendo que queria dirigir um filme da série James Bond, Lucas ao invés disso ofereceu-lhe Raiders dizendo que era "melhor que James Bond". Spielberg gostou, mas pediu para trocar o sobrenome do herói, e logo Lucas sugeriu "Jones". O contrato com a Paramount Pictures previa 5 filmes de Indiana Jones, mas Spielberg prometeu a Lucas apenas três.

Spielberg queria Harrison Ford no papel, mas Lucas resistiu, dizendo que ele já participara de muitas produções suas (American Graffiti e a trilogia Star Wars). Tom Selleck foi escolhido, mas seu contrato com a série Magnum, P.I. o impediu de participar. Spielberg sugeriu Ford novamente, e Lucas dessa vez permitiu.

Vocês vêem como fomos abençoados! Tom Selleck como Indiana Jones? Eu não consigo conceber isto.

Raiders of the Lost Ark foi filmado em estúdios na Inglaterra para cortar custos, e também em locações no Havaí, Tunísia e França. Foi lançado em 1981 e logo se tornou um sucesso crítico e de bilheteria.

A história todos conhecem. Uma aventura genial com todos os elementos que tornaram a Franquia um dos maiores sucessos do cinema. Harrison Ford não era apenas Han Solo, mas Indiana Jones e com esses dois personagens ficaria na galeria mítica dos anos 80.

Para a continuação Indiana Jones and the Temple of Doom, Lucas não queria reutilizar os nazistas. Spielberg inicialmente considerou o Rei Macaco, e Lucas um castelo mal-assombrado, que Spielberg rejeitou por causa de uma produção sua, Poltergeist. (Toda esta história merece um post). O castelo logo se tornou um templo demoníaco na Índia. A produção foi filmada no Sri Lanka e Inglaterra, e seu tom mais sombrio, influenciado pela separação de Spielberg e o divórcio de Lucas, levou o filme a não ter a mesma recepção calorosa do antecessor em seu lançamento em 1984. O que é curioso, porque eu adorei o filme justamente pelo tom mais sombrio o que torna o herói ainda mais corajoso e audacioso. Para não falar da sequência antológica do jantar com direito a cérebro de macaco, entre outras iguarias.

Para o terceiro filme, Lucas sugeriu o Santo Graal, e Spielberg rejeitou inicialmente por considerá-lo "etéreo", mas então Lucas resolveu criar uma história de pai e filho, com o Graal sendo uma metáfora para a reconciliação. Para interpretar o pai de Indiana, chegaram á conclusão que o único que podia interpretá-lo era James Bond - Sean Connery.

Indiana Jones and the Last Crusade foi filmada em Espanha, Inglaterra e Estados Unidos e foi bem aceito pelo público e crítica em 1989. Eu sempre amei o trabalho e carisma de Connery e ele rouba a cena neste filme. The Last Crusade termina com os heróis cavalgando em direção ao pôr do sol porque Spielberg achava que era uma conclusão da trilogia.

Lucas não conseguia pensar em uma boa idéia para outro filme, e resolveu então produzir uma série de TV contando as origens do personagem. Quando Harrison Ford participou de um episódio, Lucas chegou a conclusão que podia fazer um filme com Indiana nos anos 50, inspirado na ficção científica da época e usando alienígenas. Ford e Spielberg resistiram á idéia (o segundo principalmente por ter feito dois filmes com extraterrestres, Close Encounters of the Third Kind e E.T.). Lucas pediu roteiros para dois escritores (Jeb Stuart e Jeffrey Boam), mas após o lançamento de Independence Day, ele e Spielberg desistiram temporariamente de outro filme de invasão alienígena.

O que nos levou a Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull. E eis que tenho a oportunidade de assistir. Estava receoso porque não ouvi boas críticas. Então, resolvi assistir um tanto quanto cético, mas não cego. Ora bolas, como no novo filme do Superman, o tempo não parece ter passado. O filme, exceto pelos efeitos especiais, segue precisamente a fórmula dos outros.

Então vejamos:

Os atores: Harrison Ford é Indiana Jones é uma interpretação orgânica. Ele coloca o chapéu e acontece, portanto, o personagem principal estava lá. Shia LaBeouf, que faz o filho de Jones, não me pareceu mal, é carismático o suficiente para um filme de ação, não atrapalhou. Karen Ellen...bem...bem. Agora, eu esperava mais de Cate Blanchett não tenham dúvida. Uma vilã mais temível com certeza. Uma imponência maior e presença mais marcante de alguém que, afinal, já interpretou Galadriel e Elizabeth!

A direção: Spielberg dirigiu com seu talento excepcional as trilogias e fez o mesmo no quarto filme. Conheço poucos com a noção de ângulo, foco, plano geral e deslize da câmera como esse sujeito. Por favor, aplausos!

O roteiro: Eu gostei, mas há pontos de crítica. Eu gostei da dinâmica e do tema. Alguns não gostaram de envolver ETs (Ninguém mais agüenta ETs e Spielberg num mesmo filme, curioso, não?), mas não faço parte deste grupo. Qualquer um que se interessa por esses assuntos sabe que povos antigos e deuses astronautas são interligados e em algum momento Jones teria que lidar com isso!

O que eu não gostei foi dos soviéticos! Que saudade dos nazistas! Eu já vi filmes e livros em que os soviéticos eram realmente terríveis e não foi o caso neste filme, uma pena! Cate Blanchett, portanto, foi uma vilã que ficou devendo e o que é de uma aventura sem bons vilões???

Acredito é que os criadores foram politicamente corretos e não quiseram exagerar na vilania daqueles que hoje são aliados. Então, sugiro que o inimigo num próximo filme sejam os próprios americanos! Nada como uma conspiração interna para agitar as coisas e dar a liberdade necessária para criar vilões terríveis!

Eu espero que os bons vilões sejam recuperados num ainda hipotético quinto filme da série. Seja como for, muito do que faz Indiana Jones divertido esta lá e foi nostálgico ver Indiana novamente. Não sei se se pode esperar que as novas gerações aceitem tão facilmente um herói tão “antiquado” como um professor de arqueologia e explorador envolvido com misteriosas civilizações do passado, mas eu espero que compreendam o apelo heroístico mais ingênuo porém genuíno de um herói humano com defeitos e qualidades como eu e vocês.

Immanuel Kant

Immanuel Kant ou Emanuel Kant (Königsberg, 22 de abril de 1724 — Königsberg, 12 de fevereiro de 1804) foi um filósofo alemão, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna, indiscutivelmente um dos seus pensadores mais influentes.

Depois de um longo período como professor secundário de geografia, começou em 1755 a carreira universitária ensinando Ciências Naturais. Em 1770 foi nomeado professor catedrático da Universidade de Königsberg, cidade da qual nunca saiu, levando uma vida monotonamente pontual e só dedicada aos estudos filosóficos. Realizou numerosos trabalhos sobre ciência, física, matemática, etc.

Kant operou, na epistemologia, uma síntese entre o Racionalismo continental (de René Descartes e Gottfried Leibniz, onde impera a forma de raciocínio dedutivo), e a tradição empírica inglesa (de David Hume, John Locke, ou George Berkeley, que valoriza a indução).

Kant é famoso sobretudo pela elaboração do denominado idealismo transcendental: todos nós trazemos formas e conceitos a priori (aqueles que não vêm da experiência) para a experiência concreta do mundo, os quais seriam de outra forma impossíveis de determinar. A filosofia da natureza e da natureza humana de Kant é historicamente uma das mais determinantes fontes do relativismo conceptual que dominou a vida intelectual do século XX. No entanto, é muito provável que Kant rejeitasse o relativismo nas formas contemporâneas, como por exemplo o Pós-modernismo.

Kant é também conhecido pela filosofia moral e pela proposta, a primeira moderna, de uma teoria da formação do sistema solar, conhecida como a hipótese Kant-Laplace.

O filosofo alemão Immanuel Kant define a palavra esclarecimento como a saída do homem de sua menoridade. Segundo esse pensador, o homem é responsável por sua saída da menoridade. Kant define essa menoridade como a incapacidade do homem de fazer uso do seu próprio entendimento.

A permanência do homem na menoridade se deve ao fato de ele não ousar pensar. A covardia e a preguiça são as causas que levam os homens a permanecerem na menoridade. Um outro motivo é o comodismo. É bastante cômodo permanecer na área de conforto. É cômodo que existam pessoas e objetos que pensem e façam tudo e tomem decisões em nosso lugar. É mais fácil que alguém o faça, do que fazer determinado esforço, pois já existem outros que podem fazer por mim. Os homens quando permanecem na menoridade, são incapazes de fazer uso das próprias pernas,são incapazes de tomar suas próprias decisões e fazer suas próprias escolhas.

Em seu texto O que é ilustração, Kant sintetiza seu otimismo iluminista em relação à possibilidade de o homem seguir por sua própria razão, sem deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias. Nele, descreve o processo de ilustração como sendo "a saída do homem de sua menoridade", ou seja, um momento em que o ser humano, como uma criança que cresce e amadurece, se torna consciente da força e inteligência para fundamentar a sua própria maneira de agir, sem a doutrina ou tutela de outrem.

Kant afirma que é difícil para o homem sozinho livrar-se dessa menoridade, pois ela se apossou dele como uma segunda natureza. Aquele que tentar sozinho terá inúmeros impedimentos, pois seus tutores sempre tentarão impedir que ele experimente tal liberdade. Para Kant, são poucos aqueles que conseguem pelo exercício do próprio espírito libertar-se da menoridade.

Obras

Dissertação sobre a forma e os princípios do mundo sensível e inteligível (1770);

Crítica da Razão Pura (1781);

Prolegômenos para toda metafísica futura que se apresente como ciência (1783);

Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1784);

Fundamentos da metafísica da moral (1785);

Primeiros princípios metafísicos da ciência natural (1786);

Crítica da Razão Prática (1788);

Crítica do Julgamento (1790);

A Religião dentro dos limites da mera razão (1793);

A Paz Perpetua (1795);

Doutrina do Direito (1796);

A Metafísica da Moral (1797);

Antropologia do ponto de vista pragmático (1798).

Prolegómenos a Toda a Metafísica Futura;

Fonte: Wikipédia

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Kant foi um dos primeiros filósofos cuja biografia e pensamentos conheci e me identifiquei. Muito mais pode e será dito sobre sua vida e idéias na Panacéia Essencial. Aguardem.