Adoro a modalidade de humor, o Stand Up. Stand-up comedy é uma expressão em língua inglesa que indica um espetáculo de humor executado por apenas um comediante. O humorista se apresenta geralmente em pé (daí o termo 'stand up'). Em minha opinião é nela que filtramos o comediante. Tem que fazer rir. E rir muito. Sem TV, sem elenco de apoio, sem excessos de produção. Enfim, é engraçado ou não? A prova é ali no palco. Sozinho. Poucos elementos de cenário. Quase nenhum apoio de elenco.
É um tanto confusa e tênue a linha que separa o Stand Up com o monólogo de comédia e fiquei em dúvida se “Senta...” era um ou outro. Acredito que ele está sentado em cima da linha. Mas, independente disto, o que interessa é o riso. "Tudo junto e misturado" como é anunciado. As opções se mesclam para alegrar todos os gostos.
Independente do quanto eu goste do Tubinho, estava ali para assistir Pereira França Neto. Conhecer outros personagens e a capacidade do comediante em outros papéis que não fossem a “entidade sobrenatural” do Tubinho. Porque o próprio ator admitiu que ele apresenta personagens que ELE TEM. Mas, no final (Tubinho) ele apresenta o personagem QUE TEM ELE.
O espetáculo começa com Pereira França Neto se apresentando no melhor estilo Stand Up Comedy. Cara limpa, sem elenco de apoio, sem excessos e sem o Tubinho. O que temos?
Um comediante nato. É o que temos. Sim, Pereira França Neto é expressivo, com bom controle de voz, improviso e o mais importante um timing preciso. A sutil noção de tempo que faz com que mesmo a pior piada seja muito divertida. Pereira sabe o que faz e faz o que sabe. É de fato um ator cômico (e trágico também, acreditem!) de grande talento.
Na seqüência somos apresentados ao “Mandioca”, um bêbado em busca da regeneração. E como todo o bêbado que já tem em si uma aura cômica, o Mandioca é também um cronista e “filósofo” cômico da vida...alheia. Eu me diverti bastante com o personagem.
“Cornélio” foi o personagem seguinte. Um velhinho “diatribe”. Daí que vemos a vida sob o prisma de um velhinho sacana e cínico.
E claro, no momento mais esperado chega Tubinho, o rei do riso! O sagaz palhaço das mil e umas “arte-manhas”. Tubinho, o rei do riso, simplesmente e como sempre sobra no palco que parece pequeno para um personagem com tantos bordões, trejeitos e particularidades.
Paradoxalmente, é justamente na última esquete com Tubinho que o palco ganha a participação especial de Ricciely Lunardi (talentoso como poucos). Para o final, Pereira França Neto retoma o controle e fecha o espetáculo com o humor e simpatia habituais. Vale a destacar que o espetáculo tem a direção de Dedé Santana.
O público? Completamente derrotado no melhor sentido. Exausto de rir. Eu mesmo cheguei a ponto de pensar “pare, por favor, não agüento mais dar risada”, isto, amigos e amigas da Panacéia é a glória do comediante! Eu vi as pessoas saindo com um sorrisinho satisfeito e cansado...cansado de tanto rir! Eram uma onda de risos atrás do outro durante 01 hora e meia de espetáculo!
“Senta que o Tubinho vai entrar” é isso aí! Pedir para rir antes e implorar para parar de rir depois! Não perca a oportunidade de assistir ao espetáculo que a qualquer momento pode estar na sua cidade!