Foi um poeta, bibliotecário, gramático e mitógrafo grego, que viveu entre 310 a.C. e 240 a.C.
Nascido em Cirene (atual Shahhat, Líbia), Calímaco foi educado em Atenas. Após um período em que ensinou gramática, em Elêusis, transferiu-se para o Egito onde, ao longo de seus últimos vinte anos de vida, esteve a serviço dos reis Ptolomeu Filadelfo e Ptolomeu Evérgeta.
Tendo se tornado chefe da Biblioteca de Alexandria, criou um catálogo das obras existentes naquela biblioteca - os Pinakes - com autores por ordem alfabética e com breve biografia de cada um deles.
Alguns dos mais importantes poetas e gramáticos gregos foram seus alunos. Seus epigramas estão entre as grandes criações do gênero, e seus poemas elegíacos foram, mais tarde, elogiados e utilizados como fonte de inspiração por gregos e pelos poetas romanos, Caio Valério Catulo, Públio Ovídio Nasão (43 a.C. - 18 a.C.) e Sextus Aurelius Propertius (43 a.C. - 17 a.C.).
Calímaco tinha uma visão muito especial da Literatura, o que o tornou um dos máximos expoentes do Helenismo. Sustentava, também, uma particular concepção de epopéia, sobre a qual polemizou com seu discípulo, Apolônio de Rodes. Por outro lado, era antiaristotélico, contestando a unidade, a perfeição e a extensão defendidas pelo filósofo.
De suas mais de 800 obras, apenas 6 hinos, 64 epigramas e fragmentos (de papiros) de outros livros chegaram até nós, dentre elas:
* Sobre a cabeleira de Berenice [2] (poema dedicado à rainha Berenice)
* O banho de Palas (hino)
* Epigramas (conhecidos 63 intactos)
* As origens (poema em quatro livros)
* Hecale (curta obra épica)
* Epopéia sobre Teseu
* Aetia (coleção de lendas gregas em versos elegíacos)