Panacéia dos Amigos

quarta-feira

QUEEN (God save the Queen)

Tanto tempo com este blog e evitei falar sobre o Queen, afinal, o que poderia ser escrito que já não foi escrito? Ora, além das informações básicas que qualquer um pode alcançar na internet hoje em dia, a função do blog e passar a visão particular do blogueiro e isso eu posso oferecer. Mas o Queen..faz tão parte da minha história com música que não é das tarefas mais fáceis. Ainda pior acontece com os Beatles que até hoje não escrevi um texto que me contentasse, mas enfim, de tentativa em tentativa..


Não me lembro exatamente quando ouvi o Queen pela primeira vez, mas provavelmente foi por causa de uma matéria sobre a primeira apresentação da banda no Brasil no jornal nacional em 1983/4. Apesar de moleque que era eu não perdia uma edição porque gostava muito de saber as coisas, era uma janela de informação o que, para mim um garoto de sítio, era empolgante. Bem, não perdia nenhuma edição, então, pude assistir uma matéria sobre a comoção do público e banda durante a apresentação do “Love of my Life”. Então assisti Highlander, o filme que só deveria haver um (“Só pode haver um”)! E que, ainda não passei meu parecer nostálgico sobre este clássico que entra para a lista (Feitiço de Áquila, por exemplo e outros). Voltando ao Queen, outro clássico “Who wants to live forever”, claro que não identifiquei a banda, mas ouvindo rádio foi fácil (na época de o radialista se dava o trabalho de anunciar a música e o intérprete) saber. Passei a ouvir e saber que era o Queen:  “Radio Ga Ga”, “Under Pressure” “I Want to Break Free”, “Friends Will Be Friends”, genial. Não vi o Live Aid, quando pude assistir vi o Eurythimics e fiquei fã, até hoje. Mas, na época a única TV era disputada e o moleque de 09 anos querendo ver rock, não era exatamente o sócio-majoritário!


O tempo passou e continuei curtindo o Queen, assistindo o que podia, infelizmente veio a notícia da morte de Freddie Mercury. Fiquei como qualquer fã, muito triste. Ainda mais que com praticamente zero de informações que eu tinha nem desconfiava que estivesse doente. E foi assim, soube que estava doente em um dia, e faleceu no outro. Vi a matéria no Jornal Nacional e tudo o mais. Triste. Um pouco adiante finalmente chegou o videocassete, uma certa liberdade de descobertas surgiu. Enfim, coloquei a mão no Greatest Flix ll e acreditem: finalmente ouvi canções ainda não escutadas.  
 
                                                                   
Virei fanático imediatamente. Depois assisti o tributo na mesma época da realização praticamente. E tudo foi muito fantástico, corri atrás de biografias e histórias, mais canções (oficiais, acústicas, carreira solo, versões), enfim tudo o que um grande fã tem que fazer. Tinha uns quinze anos na época, era uma época de descobertas musicais incríveis especialmente do Rock Inglês.


Partindo do principio que talvez você não conheça, um pequeno resumo: Queen foi uma banda britânica de rock, fundada em meados de 1970. O grupo, formado por Brian May (guitarra e vocais), Freddie Mercury (vocais e piano), John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria e vocais) é frequentemente citado como um dos expoentes do seu estilo, também sendo um dos recordistas de vendas de discos a nível mundial. A música da banda também é conhecida por ser altamente eclética, passeando por várias vertentes do rock.


Originalmente, o Queen surgiu a partir da banda Smile, formada por Brian May, Roger Taylor e o baixista Tim Staffell. Com a dissolução desse conjunto, Freddie Mercury e John Deacon, juntamente com May e Roger fundaram um novo grupo em meados de 1970. Os seus dois primeiros álbuns alcançaram pouco sucesso, até que tornaram-se internacionalmente conhecidos através dos álbuns Sheer Heart Attack e principalmente por A Night at the Opera, cujos singles "Bohemian Rhapsody" e "You're My Best Friend" alcançaram bons desempenhos nas paradas. Mais tarde, a popularidade do quarteto estendeu-se com News of the World, em 1977, devido aos hits "We Will Rock You" e "We Are the Champions".
  
Bem como com "Crazy Little Thing Called Love" e "Another One Bites the Dust", do elogiado The Game, de 1980.
Durante a década de 1980, o Queen passou a adotar sintetizadores nas suas músicas, e apesar de alguns sucessos como "Under Pressure", a banda recebeu fortes críticas da mídia especializada, perdeu grande parte de sua popularidade em território norte-americano e passou por crises internas, mesmo mantendo a sua formação. Em contrapartida, The Works conteve os singles "Radio Ga Ga" e "I Want to Break Free", que alcançaram grande notoriedade no Reino Unido e em países da América do Sul, como o Brasil e Argentina. Em 1985, o conjunto realizou uma das suas performances mais memoráveis no evento Live Aid.


Anos depois, o vocalista Freddie Mercury contraiu o vírus da AIDS/SIDA, e após o lançamento de The Miracle e Innuendo, o artista morreu aos 45 anos de idade. Em 1995, foi lançado o último trabalho inédito do quarteto, Made in Heaven, e o baixista John Deacon aposentou-se do mundo musical.

Nos anos seguintes, Brian May e Roger Taylor seguiram com as suas carreiras solo, também tocando com vários músicos convidados. Dentre eles, destacam-se Paul Rodgers e Adam Lambert, com quem formaram, respectivamente, o Queen + Paul Rodgers e Queen + Adam Lambert. O Queen já vendeu mais de trezentos milhões de discos ao redor do mundo, tendo lançado quinze álbuns inéditos, várias coletâneas e trabalhos em vídeo. O grupo foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame em 2001 e ganhou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood em 2005.




Agora, alguns adendos: Queen, meu amigo(a), é uma banda extraordinária por alguns motivos peculiares. Primeiro, teve um dos melhores (se não o melhor) vocalista e frontman de todos os tempos. Talvez, possamos ter dificuldade sobre a voz porque muitos bons vocalistas são adequados as propostas de suas bandas e foram  ou ainda são notáveis, mas indiscutivelmente Mercury tinha a voz mais potente e portanto mais versátil. Como frontman, não tenho dúvida que foi o melhor, ninguém dava um show como ele, e sem necessidade de pirotecnia excessiva porque palco mais simples que o Live Aid não houve e no entanto, assista a apresentação para testemunhar um frontman com a platéia nas mãos!
 

Segundo, todos os integrantes eram grandes músicos. Não tinha ninguém amador ali, eram profissionais dedicados aos seus instrumentos, viravam dias de ensaio, queriam entregar o melhor show. Sabiam o que faziam.

 

 
          
Terceiro, todos com alto grau de instrução. Freedie era especialista em design e moda o que criava o visual do Queen e os logotipos, Brian May é atualmente Doutor em Astrofísica e já foi reitor de universidade em Londres (e ainda toca aquela guitarra), John Deacon é formado em eletrônica e Roger Taylor é formado em ondontologia e nerd de carteirinha especialmente versado em ficção científica.
 
E artes! Todos curtiam artes em suas manifestações várias. Teatro, óperas, Rock, pinturas, moda, filmes, HQs, enfim, tudo isto acabou por influenciar na música do Queen.


Quarto, gostavam de apresentações ao vivo. Na verdade, todos sabemos que são poucos os que atingem sucesso musical que REALMENTE gostam de multidões e grandes shows. O Queen era uma exceção e voraz. Gostavam de grandes shows, amavam as enormes multidões, queriam sempre mais!  Muito pé na estrada. Muito profissionalismo, equipamento de primeira, instrumentos de primeira, músicos de primeira, e os maiores públicos que pudessem conseguir, e muito prazer em tocar! Isto faz a diferença!




            


Uma curiosidade: Li recentemente o livro “Freddie Mercury” de Leslie-Ann Jones e recomendo à todos. Uma parte engraçada e que eu não imaginava é que o grupo gostava de fazer grandes festas daquelas dignas das orgiásticas celebrações destinadas a divindade greco-romana de Baco. Duravam horas a fio, às vezes dias, e chegaram a deixar repórteres que participaram traumatizados por um bom tempo.



Queen + Paul Rodgers  


Com o passar do tempo  Roger e Brian queriam voltar, John não, mas liberou os dois a seguir em frente com o nome da banda e tudo o mais. A primeira tentativa foi com o vocalista Paul Rodgers. A idéia deste retorno não me agradou, mas ficou ainda pior quando ouvi o vocalista. Não é culpa dele, canta bem, mas não se encaixava com o Queen. Claro que não é tarefa das mais gratas você substituir o vocalista frontman quase mítico como Mercury, mas a verdade é que não tinha nada a ver, e por mais boa vontade que se tivesse..foi péssimo.



Queen + Adam Lambert

 
Deixaram esta parceria de lado, e achei que estavam satisfeitos, mas anos depois, retornaram com Queen + Adam Lambert. Pensei:  “ E agora? O que será?”, por sorte tudo atualmente é bem mais rápido, bastou correr no youtube e assistir. Meu primeiro pensamento foi “Ok, ele é gay o suficiente!”, ressalto isso não como pejorativo, mas a tradução de “gay” é alegre, solto, e claro estou levando tudo no ambíguo, mas o que realmente quis dizer é que ele era divertido, solto e algumas canções do Queen pedem isso, quer dizer, como você vai cantar “Killer Queen” com cara de Chuck Norris?

          
E como fã notei outras coisas importantes: Adam canta bem, canta bem mesmo, não, não é Freddie Mercury, aliás, ninguém será, mas ele manda bem. Ele respeita Freddie, dá para notar que é um fã, ele não quer superar ou igualar, ele quer cantar este repertório, apenas isto e tudo certo.

Queen + Adam Lambert
O mais importante: Notar a felicidade de Brian May e Roger Taylor com a performance do garoto que é evidente. Os caras estão felizes. Felizes com o garoto, felizes por estarem em palcos de novo, felizes pelas multidões, felizes por estarem vivos. Então, meus caros, que se dane! Posso ver Brian e Roger sorrindo no palco e tudo é lucro. LONGA VIDA AO QUEEN e valeu Adam!


sexta-feira

THE BIG BANG THEORY


“Paulo, você joga RPG?” Sem mais, nem menos, um amigo absolutamente nerd-geek  me questionou sobre o meu passado “sombrio”... e do qual não há escapatória...concordei e então, ele me disse: “Estou assistindo uma série que os personagens jogam, venha vou mostrar para você o capítulo que está no meu computador!”


E foi assim que fui apresentado ao seriado The Big Bang Theory. A cena em questão é quando o grupo de nerd-geeks  resolve deixar de lado suas namoradas para uma bela sessão de jogo. Me diverti com a cena, mas não pude entender os personagens, porque realmente foi um breve momento (estava com pressa), mas registrei como algo que gostaria de assistir.


Levei ainda algum tempo para começar, mas mantive a dica na cabeça. Finalmente me emprestaram o primeiro ano da série e foi assim... uma paixão imediata que se tornou com o tempo em um amor eterno (um comentário brega, eu sei, mas dane-se)! A identificação com os personagens foi instantânea porque já vivi ou me senti como eles diversas vezes e foi muito saudável, de certa forma, rir de mim mesmo assistindo os capítulos. Viciantes, aliás, e dos quais não me canso de ver.

Como é de meu costume corri para descobrir tudo sobre a série. Para você que não é nerd e desconhece ela descreve em tom de humor a vida dos cinco personagens que vivem em Pasadena: O físico teórico Sheldon Cooper e o físico experimental Leonard Hofstadter, colegas de  apartamento que trabalham no Instituto de Tecnologia da Califórnia - Caltech; Penny, uma garçonete e aspirante a atriz que mais tarde se torna uma representante farmacêutica, e que vive como vizinha de ambos; o engenheiro aeroespacial Howard Wolowitz e o astrofísico Rajesh Koothrappali, amigos e colegas de trabalho nerds-geeks semelhantes e socialmente desajeitados de Leonard e Sheldon. Os hábitos geeks e o intelecto dos quatro rapazes entra em contraste em relação ao efeito cômico com habilidades sociais e senso comum de Penny.
 

Esta sensacional sitcom ganhou o prêmio TCA de "melhor série comédia" e Jim Parsons (Sheldon) ganhou o prêmio por seu desempenho individual na comédia. Parsons também conquistou quatro Emmy Awards de melhor ator em série de comédia e um Globo de Ouro. Quando a terceira temporada estreou em 21 de setembro de 2009, ela alcançou o patamar de programa de maior audiência da CBS.
 

E todos estes prêmios e outros mais são perfeitamente justos. Fico abismado com a quantidade de boas e divertidas histórias baseadas em quatro nerds e suas namoradas que, no geral, são mais maduras do que eles. Sheldon é o maior gênio e o mais infantil-neurótico, Leonard é o amigão de todos e um pouco trouxa, Howard é o sem-noção-nenhuma-neurótico, e Rajesh é o complemento de todos já que é o infantil-trouxa-neurótico da turma, mas o especialista em sarcasmo.
Personagens coadjuvantes vão sendo inseridos como colegas de trabalho, os pais dos personagens, irmãos, namoradas e alguns ídolos nerd-geeks como Leonard Nimoy, Sthephen Hawking, James Earl Jones e Carrie Fisher. Tudo sempre muito divertido com piadas  destes nerds lidando com dilemas do dia a dia de qualquer um. 


O SBT transmite a série com idas e vindas, como de costume, as TVs brasileiras ainda não aprenderam a utilizar a séries com inteligência e respeito pelos fãs. Mas o que fazer? A que melhor se comportou foi a Record com Arquivo X, mas foi uma luta com muita pressão dos fanáticos. Seja como for, recomendo e muito esta série! Se você quer rir desses caras estranhos que adoram gibis, discutem seriamente personagens de filme, jogam RPG, desenhos japoneses e se encantam com bonequinhos de super-heróis... divirta-se! 

Ou, se você for um desses “estranhos seres” (como eu!) e concorda com o adágio que diz “O sábio sabe rir de si mesmo”, prepare-se meu amigo(a) serão toneladas de “sábias gargalhadas”!

quinta-feira

The Lumineers





Quando terminei o primeiro ano da série Revolution (que eventualmente estará aqui em um artigo), fiquei empolgado, apesar de alguns defeitos insuportáveis, eu havia me divertido com a história toda e os personagens. Estava procurando vídeos na internet e por acaso, encontrei um trabalho de fã em homenagem aos personagens principais, quando carreguei para assistir nem pude me importar com as imagens, fiquei imediatamente interessado na música!  Um tanto folk, bem tocada, bem cantada! Diferente. Vi os créditos: “Ho, Hey” – The Lumineers.

Qualquer banda que tem o “The” no nome já começa com 10% da minha simpatia (Culpa sua,  The Beatles!)se depois eu ouvir e achar uma droga terão minha antipatia extrema, porque bandas com “The”, tem um referencial nostálgico e de qualidade para mim. É uma esquizofrenia, claro, mas quem não tem nenhum atire a..vocês sabem.










Ok, corri procurar o clip, achei lindo, as imagens, o carisma dos integrantes, a letra, enfim. Segundo passo: procurar uma apresentação ao vivo para ver se eram músicos mesmo. Assim como no caso do Of Monsters and Men, encontrei no registro no “Live at Edge” era a canção “Stubborn Love” e foi aquela “pancada”, eram bons, eram anacrônicos e estranhos, mas eram bons, e a canção é até hoje uma das minhas preferidas e mais: sempre prefiro os registros ao vivo dela que me soa melhor do que no videoclipe.
 

Afinal, descobri que os The Lumineers  são uma banda de folk rock norte-americana (quase caí de costas, esperava que fossem europeus) de Ramsey, Nova Jérsei. Em 2012, o grupo assinou um contrato com a Dualtone Records, que distribuiu seu álbum de estréia auto-intitulado “The Lumineers”. O disco listou-se entre os dez mais vendidos nos Estados Unidos, no Canadá e no Reino Unido.  E recebeu um disco de ouro pela Music Canada e pela Recording Industry Association of America .

 



Os membros são: 
Wesley Schultz (Vocal e violão),

Jeremiah Fraites (Bateria e Piano)

e 
Neyla Pekarek (Violoncelo e Backing Vocal. 



Wesley e Jeremiah são os compositores e bons por sinal. 


Neyla trouxe  sofisticação as canções, além do charme e carisma absolutamente necessários para a banda.









Lançaram recentemente o segundo trabalho “Cleopatra” e tem recebido boas críticas e vendagem para uma banda folk, claro, no mundo todo.


Algumas canções como “Ophelia” me caíram muito bem. Existe algo de diferente, um passo mais, uma ousadia que me agrada.


The Luminners é hoje, uma das minhas bandas favoritas, é bom acompanhar uma nova trajetória. Nada com um bom “livro novo” do que ficar sempre relendo os clássicos (o que é bom, mas, às vezes, cansa). Que a trajetória dessa banda seja longa, estável e criativa!

quarta-feira

Of Monsters and Men





Anos atrás, acho que no início de 2013,  estava em uma padaria próxima de minha casa e enquanto aguardava meu atendimento, observei um pouco a TV ligada para distrair. Normalmente não dou grande atenção as imagens, mas, desta vez fiquei atento: o que era aquilo? Uma espécie de navio flutuante em imagens ora em preto e branco, ora coloridas, velejando por um céu estranho, bizarro repleto de imagens totêmicas, monstruosas ou simplesmente estranhas. Não dava para escutar o que, aparentemente, era uma canção, mas fiquei imediatamente fisgado pela estranheza que para mim abriam-se em significados curiosos. Assim vi, e não ouvi, a banda Of Monsters and Men pela primeira vez com a canção “Little Talks”.



Já havia me esquecido desse momento quando assistindo vídeo clips no you tube (um dos meus passatempos favoritos: Clips de música) reencontrei o que tinha assistido, imaginei que seria uma banda como Belle and Sebastian, no sentido de que evitava aparecer em encartes de CD ou nos vídeos, mas em seguida encontrei uma apresentação “live in the edge” e vi a apresentação ao vivo. Tratava-se de uma banda competente, diferente e carismática. E com boa música, claro. Deixei as reservas de lado, estava decididamente empolgado!

Daí em diante descobri cada um dos músicos envolvidos, a trajetória da banda, assisti a shows e mais videoclipes pela internet. “Dirty Paws”, “Little Talks”, “Mountain Sound”, “Slow and Steady”, se tornaram fixos na minha playlist. A trajetória per si é a seguinte:

A banda Of Monsters and Men foi formada na Islândia em 2010. Tudo começou pela iniciativa da vocalista Nanna Bryndís Hilmarsdóttir que após seu projeto solo Songbird, recrutou Ragnar "Raggi" Þórhallsson (voz e violão), Brynjar Leifsson (guitarra) e Arnar Rósenkranz Hilmarsson (bateria) para formar uma banda, e escolheram o nome Of Monsters and Men, por sugestão de Raggi. Logo depois, Kristján Páll Kristjánsson (baixo) e Árni Guðjónsson (teclado) foram adicionados à formação. Começaram logo os ensaios e as composições de canções. Logo começaram a gravar demos. O reconhecimento de seu trabalho começou quando venceram  a competição anual de bandas Músíktilraunir, que ocorre em Reykjavík, Islândia.


Em fevereiro de 2011, conseguiram um contrato de gravação com a Record Records e começaram a gravação de seu primeiro álbum. O álbum de estréia do Of Monsters and Men, recebeu o nome de My Head Is an Animal, lançado em setembro de 2011 na Islândia. O single "Little Talks" foi um sucesso nacional, e abriu as portas para uma carreira internacional. My Head Is an Animal foi lançado mundialmente em abril de 2012.

Entusiasmados, fizeram sua primeira turnê mundial que durou 18 meses. No meio da turnê, em outubro de 2012, o pianista Árni resolveu deixar a banda, para voltar à faculdade. Durante a turnê, o Of Monsters and Men tocou em vários países, incluindo o Brasil, como parte do Lollapalooza Brasil. Encerraram o ano com a canção Silhouettes que figurou na trilha da franquia “Jogos Vorazes”.


Em 2015, foi anunciado que o segundo álbum da banda, Beneath the Skin, que foi lançado no dia 09 de junho de 2015, juntamente com o primeiro single do disco, "Crystals".

O segundo disco é sempre a prova de fogo de uma banda. Renato Russo uma vez disse que o grande problema é que, na maioria das bandas, o primeiro disco está pronto há muito tempo, mas o segundo não. Então aguardei para ver. O single “Crystals” me conquistou nos primeiros toques ritmados, então a letra me pareceu ótima e confesso que acho as letras da banda muito interessantes, misturando sentimentos e realidade com Lewis Carrol, Ray Bradbury e Edgar Allan Poe, pelo menos na minha percepção. 

O segundo trabalho, a mim não decepcionou, embora não tenha me empolgado fantasticamente. Explico: Gosto de evoluções, de um passo mais a cada disco, não senti isso. Foi mais do mesmo, a sorte é que o mesmo é bom. Aguardo a seqüência! O que me importa é que se trata de uma banda jovem, inteligente e talentosa com tudo ainda por fazer. O que me empolga porque não posso viver sempre ouvindo meus papiros musicais das passadas eras!

sexta-feira

A filosofia real por trás das lições de 10 mestres da cultura pop






MESTRE YODA (Star Wars)
Frase: "O medo é o caminho para o lado sombrio. O medo leva à raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao sofrimento"
Corrente filosófica: Estoicismo. Assim como Yoda, o pensador Sêneca defendia que uma ira desmedida acaba em loucura. Por isso, a ira deve ser evitada para conservar não apenas o autodomínio mas também a própria saúde. Em resumo, a reflexão de Yoda ensina a ter paciência e coragem para aceitar que não temos o controle sobre todas as coisas
Frase: "Muitas das verdades que temos dependem do nosso ponto de vista"
Corrente filosófica: Relativismo.É uma questão de interpretação, sugere o mestre Jedi. Segundo o filósofo Immanuel Kant, a realidade não é o que realmente é, mas como nós a enxergamos. Ou seja, a lição dessa concepção, que encara os fatos como sendo discutíveis, é que ninguém pode ser dono da razão
Frase: "Que a Força esteja com você"
Corrente filosófica: Taoísmo. Mencionada desde o primeiro Star Wars, a Força é um poder metafísico que envolve e liga todas as coisas vivas, é a energia pura. Seu conceito é semelhante ao princípio yin e yang, de polos opostos que equilibram o Universo - nos filmes, os lados claro e escuro. A Força auxiliou a ambos, os bons e os maus, enquanto competiam por poder. Obs.: para o cristianismo, é inconcebível pensar que essa força seja Deus. A Bíblia diz que Nele "não há mudança nem sombra" (Tiago 1:17)

MESTRE SPLINTER (Tartarugas Ninja)
Frase: "Não existe um monstro mais perigoso do que a falta de compaixão"
Corrente filosófica: Budismo. Máxima do Dalai Lama (saiba mais na página 41), o senso de preocupação com os outros beneficiaria a nós mesmos, pois segundo sua doutrina, ao ajudar alguém, a mente se amplia e os próprios problemas perdem a capacidade de afligir. A anulação desse sentimento, por outro lado, destruiria o caráter humano
Frase: "A morte vem para todos nós, mas muito pior é morrer sem honra"
Correntes filosóficas: Confucionismo e budismo. Para Splinter, assim como para os samurais seguidores do bushido (o código de ética desses guerreiros para viver com virtude), a honra era tudo, mesmo após a morte. A falta dela implicaria na traição aos princípios da justiça e da lealdade e o único jeito de recuperá-la seria se o desonrado cometesse suicídio. Em japonês, o termo haraquiri significa "cortar a barriga" e é a expressão mais nobre para esse tipo de suicídio

MESTRE DOS MAGOS (Caverna do Dragão)
Frase: "A resposta não está no poder de alguém, ela está no íntimo de cada um de vocês"
Corrente filosófica: Hegelianismo. O baixinho poderia ser o avatar do filósofo alemão Hegel, que afirmou que não é seu cargo ou posição que dá poder a você, mas sim a sua autonomia. Ou seja, é da sua capacidade de escolha que vem a possibilidade de agir. Portanto, é preciso ter valores sólidos para que a decisão seja bem tomada. Quanto mais bem resolvido por dentro, mais poderoso você é
Frase: "O lar é o reflexo do coração"
Corrente filosófica: Taoísmo.A casa mostra como está o astral de quem vive nela. É o que prega a arte milenar chinesa Feng Shui, que busca o equilíbrio emocional das pessoas com o mundo físico. No livro Zang Shu, do mestre taoísta Guo Pu, a mente e os sentimentos provocam estímulos externos que determinam a maneira de viver

PROFESSOR ALVO DUMBLEDORE (Harry Potter)
Frase: "Claro que está acontecendo em sua mente, mas porque isso significa que não é real?"
Corrente filosófica: Platonismo.Nesse diálogo com Harry Potter, fica claro que a noção de realidade do diretor de Hogwarts é a mesma que existia na Grécia antiga, na obra de Platão. Para esse filósofo, o que se capta pelos sentidos é apenas uma fração da própria realidade, que consiste na imaginação. Assim, o mundo real deveria ser interpretado como uma representação
Frase: "Não vale a pena mergulhar nos sonhos e se esquecer de viver"
Corrente filosófica: Mobilismo.Segundo o filósofo grego Heráclito, sonhos só seriam relevantes quando capazes de colocar o inconsciente em estado de vigília, isto é, em sintonia com a própria realidade. Sonhar serviria, portanto, para treinar o cérebro humano a reagir, quando acordado, a situações atípicas
Frase: "Não tenha pena dos mortos, Harry. Tenha pena dos vivos, e acima de tudo daqueles que vivem sem amor"
Correntes filosóficas:Platonismo e epicurismo.Dumbledore só poderia ser grego! Assim como ele, o filósofo ateniense Epicuro enxergava a morte sem drama. Para ele, a vida seria um conjunto de átomos que se dissolveriam para, mais tarde, se reunir e criar novos seres. Já Platão considerava a vida sem amor uma existência vazia e sem plenitude de espírito.

PROFESSOR CHARLES XAVIER (X-Men)
Frase: "A humanidade não é ruim, está apenas desinformada"
Corrente filosófica: Iluminismo.Xavier acredita que os seres humanos têm medo dos mutantes e até os odeiam por preconceito e superstição. O filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau sempre defendeu que o homem é bom em essência, mas que a vida civilizada o induz à maldade por meio de normas que o afastam de sentir a liberdade e questionar suas infinitas formas de expressão
Frase: "Por pior que pareça, essa dor te deixará mais forte"
Corrente filosófica: Existencialismo.Coincidência ou não, a reflexão de Xavier corresponde à famosa frase"O que não causa a minha morte me deixa mais forte", do filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Contrário à opinião de que o sofrimento é ruim, Nietzsche defendia que sem dor não haveria como treinar a resistência para alcançar o sucesso
GANDALF (O Senhor dos Anéis, O Hobbit)
Frase: "Você pode encontrar as coisas que perdeu, mas nunca as que abandonou"
Corrente filosófica: Platonismo.A frase do mago eremita caberia na fábula Os Viajantes e o Urso, do escritor da Grécia antiga Esopo. Nela, o abandono é retratado como uma prova para se testar a sinceridade e a amizade. O motivo? Para ele, quando alguém que está junto se perde pelo caminho, a solidão é superável, mas, quando uns aos outros se abandonam, na verdade abandonam a si mesmos. Quem age com indiferença não deve se surpreender se os outros o esquecem
Frase: "Para os olhos tortos, a realidade pode ter um rosto desvirtuado"
Corrente filosófica: Idealismo.O filósofo irlandês George Berkeley desenvolveu uma reflexão que afirma que todo conhecimento provém dos sentidos. Assim, a existência das coisas nada mais é do que a percepção que se tem dessa existência. Então toda a realidade material restringe-se à ideia que se faz das coisas, sejam elas boas ou más
Frase: "A jornada não acaba aqui. A morte é apenas um outro caminho"
Corrente filosófica: Agostinismo.Segundo o papa Francisco, seguidor da filosofia de Santo Agostinho, se a morte for entendida como o fim de tudo, transforma-se em ameaça. Afeta qualquer sonho, qualquer perspectiva. Portanto, para ele, a morte é como uma porta que deve ser atravessada com fé e amor numa continuidade feliz e sem fim

SENHOR MIYAGI (Karatê Kid)
Frase: "Não existe mau aluno, só mau professor. Professor diz, aluno faz"

Corrente filosófica: Antropocentrismo."Um mestre inspira e anima ideias", diria o filósofo holandês Erasmo de Roterdã. Desse ponto de vista, ser um bom professor seria elevar a condição coletiva. É por isso que não se deve confundir ensinar com regrar. Regras estariam ligadas à hierarquia, diferentemente de ensino, que teria como base a admiração e o respeito
Frase: "Para uma pessoa sem perdão no coração, viver é pior que morrer"
Corrente filosófica: Existencialismo.Revide o inimigo de outra maneira! Segundo o filósofo Jean-Paul Sartre, perdoar é cessar de odiar, em vez de anular ou apagar a ofensa cometida. Sendo assim, o perdão emerge como a possibilidade de romper o processo da mágoa. Sem ele, o ofendido jamais conseguirá prosseguir em paz

MORPHEUS (Matrix)
Frase: "Há uma grande diferença entre conhecer o caminho e trilhar o caminho"
Corrente filosófica: Taoísmo.Um ajuda a ganhar a vida, o outro a construí-la. O filósofo chinês Lin Yutang afirmava que o conhecimento está ligado diretamente à percepção, pois se trata de tudo aquilo que recebemos do mundo exterior para dentro de nós. Já o "trilhar" seria a sabedoria, ou seja, o conhecimento que foi posto em prática e assimilado
Frase: "Não pense que é capaz. Saiba que é"
Corrente filosófica: Aristotelismo.Para poder ilustrar a mensagem de Morpheus, vale recorrer à filosofia de Aristóteles, que defendia que, quando se duvida da própria capacidade, demonstra-se insegurança e incerteza. Com isso, o resultado tende a dar errado, fica incerto. Já quando estamos 100% seguros, o resultado sai como queremos.

SEU MADRUGA(Chaves)
Frase:"Não existe trabalho ruim. Ruim é ter de trabalhar"
Corrente filosófica:Pluralismo. O filósofo grego Demócrito diria a mesma coisa. Sobrecarregar a agenda equivaleria a sobrecarregar o espírito de angústia. Eliminar as tarefas penosas que nos impomos é vital para ter "euthymia" - grego para "paz de espírito"
Frase:"A vingança nunca é plena. Mata a alma e a envenena"
Corrente filosófica:Estoicismo. Entre todos os pensadores, o que melhor refletiu sobre a vingança foi o neo estoico Lúcio Sêneca. Para ele, dar o troco é um ato condenável, pois, além de fazer com que a injúria sofrida se estenda para causar mais dor, provoca desejos perversos e uma falsa sensação de consolo no vingador



FONTES: Livros Super-Heróis e a Filosofia, de Matt Morris e Tom Morris, A Arte da Guerra, de Sun Tzu, Entre Quatro Paredes e O Ser e o Nada, de Jean-Paul Sartre, O Poder dos Quietos, de Susan Cain, The Optimism Bias, de Tali Sharot, Manual de Limpeza de um Monge Budista, de Keisuke Matsumoto; site Diário do Centro do Mundo; e programa Academia CBN, da rádio CBN, com o filósofo Mario Sergio Cortella. Artigo do Site Mundo Estranho.