Panacéia dos Amigos

sexta-feira

As Buscas da Imortalidade - Parte Final



Outros “tratamentos milagrosos” contra o envelhecimento continuaram a surgir, florescer e desaparecer. Pessoas famosas e milhares de outras têm engrossado o rebanho que procura os “especialistas em rejuvenescimento”. Paul Niehans injetava as células de cordeiros nascituros em seus velhos pacientes. Ana Aslan, da Romênia, deixou o mundo perplexo durante décadas, com um tratamento que consistia na aplicação de injeções de Gerovital H3, uma forma da droga analgésica procaína. A geléia real, alimento especial que as abelhas dão à sua rainha, e substância há muito apregoada pelos adeptos de excentricidades alimentícias como remédio contra o envelhecimento, segundo os cientistas mais conceituados, não tem valor. Na verdade, o campo das pesquisas sobre o prolongamento da vida tem estado de tal modo atravancado de fracassados honestos e de charlatães sem escrúpulos, que por meio século alastrou-se um sentimento de desilusão. As soluções simples provaram não passar de fogos-fátuos. Entre os pesquisadores e o público em geral, sentia-se que a solução, possivelmente, não existia. 

Entretanto, logo depois da Segunda Guerra Mundial, houve um surto de atividade científica, nas ciências físicas e biológicas. Foram treinados exércitos de pesquisadores, que começaram a alargar as fronteiras dos conhecimentos em milhares de direções. O subsídio à pesquisa biomédica nos Estados Unidos passou explosivamente de 88 milhões de dólares, em 1947, a 2,3 bilhões de dólares, em 1967. A quantidade de dados acumulados resultou numa melhor compreensão dos processos vitais e numa percepção mais profunda dos mecanismos da doença. Com tal riqueza de novos conhecimentos e instrumentos sofisticados, os cientistas adquiriram um crescente sentimento de poder. A imprensa popular e a literatura científica das décadas de 50 e 70 ferviam com o fermentar de predições inebriantes. Ao crescer a confiança no potencial da ciência, houve um gradativo despertar de interesse pelas possibilidades de se alcançar a imortalidade. 

Em 1961, o Journal of lhe American Medical Association predisse que, em fins do século XX, seria comum uma expectativa de vida de cento e vinte anos. Daí a cinco anos, James Bonner, professor de biologia na Cal Tech, anunciava que os biológos estavam “prestes a encontrar um meio de eliminar a senilidade, propiciando, dessa forma, o aumento para duzentos anos da longevidade humana”. Vladímir Engelgardt, cientista soviético, prognosticou que pelo ano 2000 viveríamos trezentos anos.

Alguns foram ainda mais longe, mencionando a própria perspectiva da imortalidade. Ao meditar sobre o futuro da medicina, diz o médico e escritor Alan E. Nourse: “Os conhecimentos adquiridos em tal pesquisa nos darão as armas de que precisamos para lutar contar o derradeiro inimigo, a morte, em seu próprio terreno. Isso colocará a nosso alcance a imortalidade relativa: a extensão de uma vida humana útil e produtiva será medida em séculos, não em décadas. Será a idade de ouro da medicina, e talvez possamos alcançá-la”.
Em 1967, Augustus B. Kinzel, então presidente do Instituto Salk para Estudos Biológicos, declarou para o prestigioso jornal Science que deveríamos estar em condições de, em futuro previsível, abolir inteiramente a morte devida a causas naturais. “Eliminaremos por completo o problema do envelhecimento, de tal modo que os acidentes serão essencialmente a única causa da morte”.


Em diversos livros publicados durante esse período, surgem declarações otimistas sobre a conquista do envelhecimento e mesmo da morte. Em Tempo, células e envelhecimento (1961), Bernard Strehler, importante gerontólogo, pediu que fosse feito um esforço de âmbito nacional no sentido de superar a velhice. Em 1962, o notável Arthur C. Clarke, que escreve sobre ciência, predisse que conseguiríamos a imortalidade pelo ano 2100.

Em 1964, apareceu um livro que logo acendeu um acirrado debate e inspirou a formação de um movimento. Robert C. W. Ettinger, em A perspectiva da imortalidade, declara: “A maioria de nós, que ora respiramos, temos boa chance de vida física depois da morte (...) a imortalidade (no sentido de vida indefinidamente prolongada) é tecnicamente exeqüível, não só para nossos descendentes, mas para nós mesmos”. A receita de Ettinger para a imortalidade era simples – diziam alguns que era simplista – e fundava-se no poder e nas promessas da pesquisa científica. Propôs que, na morte de uma pessoa, não a enterrassem ou cremassem, como convencionalmente se faz; o corpo deveria ser preservado por congelamento até que futuramente a ciência médica tivesse encontrado um modo de curar o mal de que morrera. Poderia então ser descongelada e reanimada. Isso despertou a curiosidade do público, e as sociedades criogênicas ficaram atentas. Algumas almas aventureiras investiram fundos que lhes permitissem, a elas ou a seus entes queridos, serem congelados após a morte. 

Na comunidade científica, as propostas de Ettinger foram ignoradas ou desprezadas, com um escárnio causticante. O argumento básico que apresentavam era que, dadas as técnicas presentes e imediatamente previsíveis, o próprio processo do congelamento determina danos irreparáveis aos tecidos do corpo. Portanto, asseveravam eles, a pessoa congelada agora não poderia ter qualquer esperança razoável de um feliz renascimento. 

Nos meados e fim de 1960, uma onda de desilusão percorreu o país. O caso de amor com a ciência, que brotara durante a era pós-Sputnik, havia se tornado amargo à medida que o público se tornava cada vez mais consciente e alarmado com os problemas da poluição, da superpopulação e outros, aparentemente frutos da ciência e da tecnologia. As predições otimistas começaram a ceder lugar a advertências e profecias tenebrosas. Até os livros que relatavam detalhadamente as extraordinárias realizações da ciência e da tecnologia começaram a tomar de empréstimo as atitudes dos profetas do Juízo Final. Em A bomba-relógio biológica, publicado em 1968, Gordon Rattray Taylor percebia implicações sinistras em muitas tendências da pesquisa moderna. Admitia a possibilidade da imortalidade -talvez de um século ou mais, no futuro -, mas inclinava-se para um modo de ver semelhante ao de Sir George Pickering, quanto à extensão indefinida da vida: “Parece-me uma perspectiva aterrorizante...”

Paradoxalmente, começou a surgir, no meio dessa onda de desilusão, uma avalancha de livros sobre a morte e as perspectivas de vencê-la, filosófica e fisicamente. Em 1968, Robert W. Prehoda, em A juventude prolongada, discutiu a história e as tendências modernas da pesquisa sobre o envelhecimento e solicitou a promulgação do prolongamento da juventude como uma meta oficial nacional. 


Outros apelos no sentido de um maior esforço de âmbito nacional para vencer a morte -um programa do tipo daquele da viagem à Lua – formavam os principais temas de O Projeto Prometeu, de Gerald Feinberg, e de O imortalista, de Alan Harrington, ambos publicados em 1969. Harrington fez ressoar um veemente apelo às armas: “A morte é uma imposição à raça humana, e não é mais aceitável (...) mobilizem os cientistas, gastem o dinheiro, dêem caça à morte como a um bandido”. Todavia, depois de uma análise da situação atual das pesquisas sobre o envelhecimento, Harrington foi obrigado a concluir, embora a contragosto, que a imortalidade, embora possa um dia ser conseguida, não virá em tempo para a nossa geração. 

Na década de 1970, houve uma inundação de livros sobre a morte. Anteriormente um dos mais rigorosos tabus, a morte tornou-se recentemente uma espécie de obsessão, e discussões progressivamente francas sobre esse tema e suas ramificações invadem os meios de comunicação. Em inúmeros campi universitários surgiram cursos sobre a morte, que entraram em moda, e ganharam relevância. Muitos livros e artigos apresentaram análises históricas e psicológicas sobre a morte e sobre as atitudes por ela suscitadas, sempre acompanhadas das habituais exortações à aceitação “madura” da inevitabilidade de nossa condição mortal. Todavia, houve também tentativas no sentido da possibilidade de imortalidade. 

No livro de Desmond King-Hele, O fim do século XX, o autor declara que “a biologia (...) sugere que o envelhecimento não é inevitável; (...) um dia havemos de vencer o derradeiro inimigo”. Ele prediz que o mecanismo do envelhecimento será encontrado antes de 1990, e faz conjeturas sobre as prováveis conseqüências de tal descoberta, num mundo onde a imortalidade tenha se tornado um fato. 

O educador britânico Dean Juniper discutiu os possíveis meios de prolongar a vida, em seu livro publicado em 1973, O homem contra a mortalidade, e citou um dos argumentos mais irrecorríveis em favor da eventual exeqüibilidade da conquista da morte: “A luta será ganha pela excelente razão de que a brecha que separa o homem da imortalidade, no sentido físico, é finita e a capacidade de inovação do homem é infinita”.

Outro resumo das atitudes humanas em relação à morte, à imortalidade e aos progressos atuais destinados a vencer o envelhecimento, foi apresentado pelo jornalista Osborn Segerberg, em 1974, em O fator imortalidade. Ponderando as provas, suas conclusões foram basicamente positivas, e ele indicou uma notável progressão de otimismo no campo médico. Uma série de estudos de Delphi, por exemplo, trouxe à luz as opiniões de uma série de especialistas sobre as perspectivas para importantes manifestações científicas. Num estudo de 1964, patrocinado pela Rand Corporation, foi pedido aos especialistas que fizessem uma estimativa sobre a provável data em que se conseguiria o controle químico do envelhecimento. As respostas indicaram o período de 1992 a 2065, em média por volta do ano 2023. Estudo similar sobre o futuro da medicina, patrocinado por Smith, Kline e French, publicado em 1969, mostra o consenso dos especialistas ao indicar 1993 como o ano no qual se conseguirá o controle do envelhecimento e um significativo prolongamento da expectativa de vida. 

Em 1976, foram publicados dois livros sobre a possibilidade de prolongar a extensão da vida humana em séculos. Não morrer mais, escrito por Joel Kurtzman e Philip Gordon, cujo título era inspirador, embora o conteúdo não passasse de um pacato esboço dos progressos e das perspectivas da pesquisa sobre o envelhecimento. Os autores conjeturavam que as atuais investigações na área da biônica (desenvolvimento de órgãos artificiais), bioquímica e genética haviam de culminar, daqui a cerca de cinqüenta anos, numa extensão da expectativa de vida para oitocentos anos. Esse livro quase não foi notado. Outro livro de 1976, Prolongevidade, do escritor científico Albert Rosenfeld, era também um estudo atualizado das pesquisas sobre o envelhecimento. Causou uma sensação moderada, recebeu críticas de todos os jornais populares, e Rosenfeld participou de programas de rádio e televisão. A essência de suas conclusões, após visitas aos laboratórios gerontológicos do país inteiro, é que as pesquisas sobre envelhecimento finalmente prolongarão o tempo da vida humana a centenas de anos ou mais -isso dentro dos próximos cinqüenta anos, mais ou menos.
Como no caso de Harrington, em O imortalista, a perspectiva da virtual imortalidade, vista por esses autores, carecia de imediatismo. Poucas pessoas hoje vivas poderiam esperar compartilhá-la. Um livro publicado dois anos antes era realmente muito mais otimista. 


Em 1974, apareceu um livro intitulado Mantenha-se jovem e em forma. O autor era o dr. Edward E. Lamb, que escrevia nos jornais sindicais uma coluna sobre medicina, e anteriormente fora professor de medicina na Universidade de Baylor e diretor de ciências médicas na Escola de Medicina Aeroespacial. O livro praticamente passou despercebido. No ano seguinte mudaram-lhe o título para Prepare-se para a imortalidade, dando ênfase ao último capítulo, que começava assim: “Muitas pessoas hoje vivas terão a oportunidade de prolongar consideravelmente seu tempo de vida. Até a imortalidade parece hoje possível”. O livro do dr. Lamb oferece um programa para manter o corpo perfeitamente saudável, a fim de que o indivíduo possa aproveitar-se da iminente irrupção científica: “Quanto tempo será preciso antes que esses progressos evolutivos tenham lugar, depende do esforço despendido, embora eles possam ocorrer durante a vida de muitos de nós hoje vivos. Portanto, você tem chance de ser imortal. (. ..) Revelar os segredos finais da imortalidade seria levar indizíveis bênçãos ao homem, tornando-o senhor do próprio futuro e talvez do futuro de tudo quanto há no universo”..

quinta-feira

As buscas da imortalidade..


 O homem jamais foi capaz de aceitar seu próprio fim, a morte. Nossos ancestrais, no decorrer dos séculos, criaram religiões que prometiam o prolongamento desta vida em outros mundos, outros tempos, mas para muitos isso não foi suficiente. Sonhavam com uma imortalidade mais concreta, uma continuação de sua própria vida física pessoal aqui e agora. Alguns foram além dos sonhos melancólicos, e buscaram ativamente meios e modos de realizar a imortalidade física. 

As antigas buscas da imortalidade eram fundamentadas em mitos e centravam-se na busca de poções mágicas ou místicos regimes de vida. O sexo era tema importante e recorrente nessas buscas primitivas. Muitos povos acreditavam na gerocomia, a idéia de que o homem pode rejuvenescer por meio do contato com mulheres – especialmente com as jovens. Nos tempos bíblicos, era comum a idéia de que até o “hálito” ou o “calor” de uma jovem poderia restituir a juventude a um homem envelhecido. O rei Davi, em seu declínio, recebeu a bela Abishag, para que dormisse com ela. Mas o tratamento falhou: Abishag “cuidava do rei e o servia, porém o rei não a conheceu”.

Prevalecia também a opinião de que o sangue possuía poderes rejuvenescedores miraculosos. Os antigos sírios banhavam-se e bebiam o sangue dos jovens, e os romanos bebiam o sangue derramado pelos gladiadores na arena. Séculos mais tarde, essa idéia tornou a emergir, na utilização das transfusões de sangue, no vão esforço de recapturar a juventude. Em 1492, o papa Inocêncio VIII, ao procurar uma forma de imortalidade, encontrou a morte: mandou transfundir o sangue de três jovens para suas veias. (Mais de quatro séculos decorreriam antes que se percebesse que a incompatibilidade das proteínas sangüíneas é responsável pelos efeitos, não raro fatais, das transfusões de sangue). 

Na China, os seguidores do taoísmo observavam um amplo programa cuja finalidade era prolongar a vida e oferecer finalmente a imortalidade aos seus dedicados adeptos, Os antigos taoístas praticavam uma série de exercícios de parada respiratória, destinados a levá-los de volta a uma existência semelhante à embrionária. Praticavam abstinência e subsistiam só de raízes e frutas. Seguiam ritos sexuais, segundo técnicas cuidadosamente prescritas, que eram parte importante do programa. Os alquimistas chineses buscavam meios de transformar o cinabre mineral em ouro. Se conseguissem, utilizariam o nobre metal na preparação de utensílios destinados à comida e à bebida, que haviam de conferir imortalidade a quem os usasse.
Outro tema comum, na Antiguidade, era o da fonte da juventude, das águas mágicas que dariam imortalidade a quem nelas se banhasse. A Bíblia menciona um rio que fluía no Éden e, no salmo 23, uma "fonte da vida". Os mitos gregos falam de uma nascente mágica, prodigalizadora de juventude, na qual Zeus e Hera se banhavam todos os anos. Persistia a idéia de uma fonte da juventude. Ela foi popularizada pelo escritor medieval Jean de Mandeville e, durante a fermentação de idéias e descobertas da Renascença, muita gente acreditou que tal fonte realmente existisse em algum lugar, no além-mar. Ponce de León, ao ouvir as histórias sobre uma mágica fonte da juventude que ficava nas ilhas Bimini, nas Bahamas, encheu-se de entusiasmo. Partiu de Porto Rico em 1512, à frente de uma expedição à procura de Bimini e da mágica fonte. Jamais encontrou as ilusórias águas, mas descobriu as terras onde hoje se encontra o Estado da Flórida. 

Enquanto alguns buscavam a imortalidade através de mitos, em viagens por terras distantes, outros procuravam a juventude e a longa vida mais perto de suas casas. Paracelso, alquimista e médico suíço do século XVI, garantia ter encontrado o elixir da vida – mas morreu numa briga de bêbados, aos 48 anos. Um contemporâneo seu, o italiano Luigi Coroaro, tinha ambições mais modestas: queria apenas viver: uma vida longa e venturosa. Sublinhava a necessidade de manter uma dieta moderada e evitar extremos de temperatura, fadiga e emoções. Seu próprio exemplo era excelente anúncio de teorias de longevidade. Permaneceu ativo, alegre e produtivo até morrer, aos 98 anos. 

Todavia, a autodisciplina preconizada por Coroaro oferecia muito menos atrativo às massas que a teoria da poção miraculosa ou de um tratamento de ação imediata que não exigisse tanto trabalho. Com o florescimento da revolução industrial e científica, desapareceu a confiança na magia e no mito. Os homens, tanto em sua busca de imortalidade quanto em outras áreas da vida, procuravam respostas que lhes apresentassem um fundamento científico plausível. 

No dia 1º de junho de 1889, os membros da Sociedade Francesa de Biologia assistiram a uma conferência insólita. O conferencista era Charles-Édouard Brown-Séquard, professor de fisiologia. Suas credenciais científicas eram impecáveis: aos 72 anos, tornou-se alvo do respeito internacional, por ter publicado mais de quinhentos trabalhos científicos e ensinado em sua cátedra de medicina experimental, no posto anteriormente ocupado pelo famoso Claude Bernard. 

Brown-Séquard vinha há anos observando sinais de decadência em seu próprio corpo. Especializado em fisiologia, fora capaz de medir e traçar graficamente o declínio inexorável da própria força muscular, tendo notado também outros sintomas de envelhecimento, tais como insônia e impotência sexual. Alguns de seus experimentos fisiológicos com aquilo que hoje se conhece como glândulas endócrinas e suas secreções, sugeriram-lhe um método que possivelmente provocaria uma reversão no declínio da idade. Vinha então a revelação espantosa. Brown-Séquard preparava extratos salinos com os testículos de cães e porquinhos-da-índia, injetando-os em si mesmo. Os efeitos, segundo relatou, foram impressionantes. Não só se sentiu novamente jovem, como pôde até “fazer unIa visita” a sua jovem esposa. 

O efeito de tal revelação aos membros da Sociedade Francesa de Biologia, todos eles com mais de setenta anos, foi eletrizante. A imprensa popular encampou alegremente essa intrigante e divertida história, mas a comunidade científica tratou com escárnio o relatório de Brown-Séquard, sugerindo que era melhor considerá-lo uma “aberração senil”. Tentativas de repetir as descobertas do fisiologista francês, mesmo as feitas pelo próprio Brown-Séquard, foram infrutíferas. Ele acabou por deixar Paris e desistiu de publicar trabalhos científicos. Sua jovem esposa abandonou-o. Cinco anos depois da fatídica reunião da Sociedade de Biologia, Brown-Séquard morria de derrame, sendo motivo de riso da comunidade científica.

A idéia de utilizar hormônios sexuais na busca do rejuvenescimento não era, por si mesma, ilógica e provou subseqüentemente ter valor definitivo, ainda que limitado. Mas no tempo de Brown-Séquard a endocrinologia estava na infância. Por falta de conhecimentos, ele cometeu um erro técnico crucial. Os hormônios sexuais são esteróides, ou substâncias semelhantes à gordura, insolúveis em água salgada – portanto, os extratos salinos de testículos, feitos por Brown-Séquard, estavam totalmente isentos de ingredientes ativos. Os resultados iniciais positivos, que ele jamais conseguiu repetir, foram devidos, sem dúvida, ao efeito do placebo: ao benefício psicológico que um tratamento inócuo pode produzir, no caso de o paciente ou sujeito acreditar na capacidade de ele ser benéfico.

 

Brown-Séquard não exauriu as possibilidades dos testículos na busca da juventude perdida. Emergiu na década de 1920 uma figura ainda mais controvertida que ele, a qual concentrou a atenção dos pesquisadores e do público: era Serge Voronov, russo emigrado para a França. Antes da Primeira Guerra Mundial, fora médico do quediva do Egito. Ao observar os eunucos da guarda real do serralho, reparou que os castrados envelhecem mais depressa que os homens normais. Teorizou que a falha era a falta de testosterona e que o transplante de testículos poderia rejuvenescer homens envelhecidos. Mas, acreditava ele, seria um erro utilizar testículos de espécies dessemelhantes, tais como de cães e porquinhos-da-índia, como fizera Brown-Séquard. Voronov tentou antes obter testículos humanos, a fim de utilizá-los em transplantes, mas naqueles tempos havia leis que proibiam cortar pedaços de cadáveres. Tentou obter os testículos de criminosos presos, mas esbarrou em dificuldades insuperáveis. Publicou enfim anúncios pedindo voluntários, mas os dois únicos que se apresentaram tinham idéias tão enfatuadas quanto ao valor dos próprios órgãos sexuais, que Voronov, desanimado, desistiu. Conformou-se, afinal, em utilizar testículos de chimpanzés e macacos, os quais, embora não-humanos, eram pelo menos primatas e mais próximos de terem compatibilidade com o homem que os demais animais de experiência. 

Voronov aperfeiçoou suas técnicas cirúrgicas nas práticas com transplantes animais e, em 1919, anunciou com estardalhaço seus resultados em Paris, no XXVIII Congresso Cirúrgico. Os jornalistas foram convidados a examinar diversos carneiros e um touro que haviam sido “rejuvenescidos” por meio de transplantes de testículos de animais jovens. Histórias sobre tratamentos por meio de “glândulas de macaco” inundaram os meios de comunicação. Como um rebanho, velhos cheios de esperanças dirigiam-se ao médico, a fim de se submeterem a operações, a cinco mil dólares ou mais o enxerto. Acumularam-se atestados de gratidão. Todavia, também estes deviam Ser devidos ao efeito do placebo. Os trabalhos extensivos dos anos recentes, sobre transplantes de órgãos, indicam que, não sendo feitos tratamentos especiais para supressão de imunidade, os órgãos transplantados têm geralmente vida curta no corpo que os hospeda. São logo rejeitados, murcham e morrem. Portanto, o aumento de testosterona resultante da operação de Voronov deve ter sido transitório. Serge Voronov morreu aos 85 anos de idade. Seus tratamentos por meio de “glândulas de macaco” já haviam caído em desuso e desgraça. 

Enquanto isso, e por caminhos diversos, outros procuravam também a longevidade. Elie Metchmikov, outro russo emigrado para a França, possuía credenciais científicas ainda mais distintas que as de Voronov. Ganhara o prêmio Nobel em 1908, pela descoberta dos fagócitos – élulas brancas do sangue que defendem o corpo contra germes invasores. Os estudos de Metchnikov levaram-no a crer que a raiz do problema do envelhecimento estava no intestino grosso, repositório de toda sorte de bactérias e substâncias nocivas. O laureado com o prêmio Nobel propôs duas maneiras de eliminar o problema: remover cirurgicamente o colo ou alterar seu conteúdo de tal modo que as bactérias nocivas ficassem inibidas.


A abordagem cirúrgica não teve grande êxito popular, portanto Metchnikov procurou medidas menos drásticas. Primeiro colocou ênfase numa dieta só de coisas cozidas e leite azedo. Mais tarde apregoou os benefícios do iogurte, produto de leite azedo, popular entre os camponeses búlgaros, notáveis por sua longevidade. A chave, dizia Metchnikov, estava nos lactobacilos do iogurte; eram bactérias benéficas que, presumivelmente, colonizariam o intestino grosso e tornariam o ambiente ácido demais para as bactérias produzidas pelas toxinas, que não sobreviveriam. 

Relatórios sobre o trabalho de Metchnikov acenderam a faísca da loucura pelo iogurte, que perdura até hoje. As subseqüentes pesquisas, todavia, não sustentaram a validade das idéias de Metchnikov sobre o processo de envelhecimento. As pessoas que, devido ao câncer, foram submetidas à extração do colo, não tiveram aumentado seu tempo de vida. O próprio Elie Metchnikov, depois de encher os intestinos de lactobacilos durante dezoito anos, morreu de uma doença cardíaca congestiva em 1916, aos 71 anos. 

CONTINUA..

Fonte: Alvin Silverstein. Conquista da Morte. Círculo do Livro.

quarta-feira

Sobre a AURA..




Você com certeza já deve ter conhecido alguém assim: basta chegar perto para se envolver numa maravilhosa onda de luz e paz. Sua energia é tão positiva e contagiante que poderia até ser tocada. Outras pessoas, ao contrário, provocam uma desagradável sensação de cansaço, como se roubassem nossa energia. Esta capacidade de apagar ou iluminar o ambiente reflete o poder da nossa aura.

Uma pessoa altamente emotiva com um chakra do plexo solar desenvolvido e descontrolado, pode causar destruição. Por outro lado uma pessoa que use corretamente o centro do coração, leva a inspiração a centenas de pessoas, expandindo sua Aura e tornando seu campo energético mais amplo, mais forte, mais protegido e mais resistente aos ataques das energias telúricas e de energias negativas.


Ela foi estudada nos anos setenta pelo físico russo Samuel Kirlian, que inventou a kirliangrafia, que não é nada mais que a fotografia da nossa aura. Através dela pode-se detectar visualmente que todo ser humano representa um gerador de energia que produz um campo energético.

A aura é constituída por quatro campos, quatro camadas:
1) Aura da saúde física;
2) Aura astral ou emocional;
3) Aura mental;
4) Aura do corpo etérico.




Existe uma correlação entre o estado geral de corpo-mente-alma de uma pessoa e seu corpo vibratório. Danos à alma, tensão e fraquezas físicas tornam-se perceptíveis, antes mesmo de se manifestarem em você, tais como depressões, fadigas e doenças. Quem passa por uma perda de um parente querido, por exemplo, terá chances de se recuperar mais rapidamente se seu campo energético estiver equilibrado. Uma das maneiras para deixá-la em perfeito estado é tomar o banho de água com sal.

Antes de tudo, devo esclarecer a essência da aura. Todos os pensamentos e atos humanos pertencem ao bem e ao mal. A espessura da aura é proporcional à quantidade de pensamentos bons e maus. Internamente, quando uma pessoa pratica o bem, sente uma satisfação na consciência. Esses pensamentos se convertem em luz, somando-se a luz do corpo espiritual. Quando, ao contrário, os pensamentos e atos sãos maus, estes se convertem em nuvens do corpo espiritual.

Externamente, quando se faz o bem aos outros, os pensamentos de gratidão das pessoas beneficiadas também se convertem em luz. Transmitidos através do fio espiritual para a pessoa que praticou o bem, aumentam a luz desta. Quando, ao contrário, a pessoa recebe transmissões de pensamentos de vingança, ódio, ciúme ou inveja, suas nuvens aumentam. Por isso, é preciso praticar o bem e proporcionar alegria aos outros, evitando provocar pensamentos de vingança, ódio ou ciúmes.


Para assegurar a boa luminosidade de sua aura todo cuidado é pouco. Ciúme, raiva, ódio ou inveja podem atuar negativamente sobre o equilíbrio dos campos energéticos. O primeiro passo é combater as situações de estresse com constantes exercícios de relaxamento, caminhar todos os dias pela manhã (se possível por vinte minutos), e viver situações que salientem o seu lado alegre.

Fonte: http://www.misteriosantigos.com/aura.htm

terça-feira

Lendas Americanas - Origem da Terra dos Haida

 Xamãs Haidas

O corvo saiu da Terra e escalou o céu, causando grande confusão entre o Povo Celestial. Por isso, eles acabaram jogando ele nas águas. Antes dos dias de nossos avós não havia nada, além de água. Era tudo água, com exceção de um único recife. Lá viviam seres sobrenaturais. Mas eles ficavam todos amontoados. O corvo vôou tentando arrumar um lugar onde pudesse ficar de pé, mas ele não podia imaginar aonde. Então ele olhou para o céu. Era sólido. Era tão lindo e o corvo estava fascinado por ele. Ele disse: “vou até lá!”, então ele correu o bico pelo céu e o escalou.

Ele viu que a Cidade dos Céus era um lugar bem grande. O chefe vivia lá e na casa do chefe havia um bebê. Quando a noite chegou, o corvo pegou o bebê pelo calcanhar e balançou os ossos para fora. Então ele vestiu a pele e fingiu que era o bebê. Porém, mais tarde ele saiu da pele do bebê e virou corvo novamente. Ele vôou de casa em casa e fez muita bgunça. Enfim uma mulher o viu e avisou para todos.

Então o chefe reuniu sua gente e eles cantaram uma canção para o corvo. Erauma canção mágica, e no meio da canção o corvo deixou de se segurar, e caiu do Cidade dos Céus até que atingiu as grandes águas; Então o berço ficou a deriva nas águas por um bom tempo. O corvo chorou, então ele mandou a si mesmo que dormisse, mas quando o corvo dormiu, alguma coisa disse: “Seu poderoso pai manda você entrar”. O corvou se recobrou rápido. Ele olhou em direção ao som, mas não viu nada, não havia coisa alguma ali. Logo a voz repetiu as palavras.

Corvo olhou através do buraco em seu lençol de pele de marta. Então, através das águas veio um mergulhão dizendo, “Seu poderoso pai diz para você entrar!”.

O corvo desceu pelo totem até chegar a uma casa submersa, onde encontrou o Homem Gaivota, seu pai.O corvo se levantou. Seu berço estava indo ao encontro de uma grande alga marinha. Ele caminhou sobre ela, e olhem! Na verdade era um totem de duas cabeças feito de pedra. Quando o corvo desceu, descobriu que ele podia respirar tão facilmente quando no ar acima.

Abaixo do totem havia uma casa. Alguém disse, “venha, entre meu filho, eu ouvi falar que você quer emprestar algo de mim”. O corvo entrou. No fundo da casa estava sentado um velho Homem Gaivota(1). O ancião mandou ele até uma caixa que estava pendurada em um canto. O corvo a aberiu e tirou de dentro dois grandes pedaços de alguma coisa. Uma era preta e a outra estava coberta com pontas brilhantes.

O Homem Gaivota pegou os dois pedaços e mostrou para o corvo. Ele disse. “coloque este pedra pontuda na água primeiro, e depois coloque a preta. Então tire um pedaço de cada e cuspa fora e os pedaços vão se reunir;” assim ele falou.

Quando o corvo saiu, ele colocou o pedaço preto na água primeiro. Quando ele bicou um pedaço da pedra com pontos brilhantes e jogou na água, as pontas se juntaram novamente. Ele não fez como tinha sido orientado. Então ele voltou para a pedra preta, bicou e cuspiu fora de novo. Os pedaços ficaram presos. Então eles começaram a se transformar em terra. Ele colocou isso na água, e isso se esticou até se tornar a terra dos Haida. Do outro pedaço ele fez o continente.



Notas:
(1)
Para os haida, os animais são seres muito poderosos, que podem se transformar a seu bel-prazer, provavelmente o homem gaivota deveria ser uma gaivota que no momento estava assumindo a forma humana.
(2)
A tribo haida é um tribo norte-americana, cujos territórios se estendem desde os Estados Unidos até o Canadá. A nação é dividida em clã das Águias e clã dos Corvos. Eles são hábeis em construir canoas e outras tribos sempre tiveram medo de guerrear com eles no mar..

Fonte: http://casadecha.wordpress.com

segunda-feira

A História do Cristo Redentor do Rio de Janeiro


O Cristo Redentor é um monumento de Jesus Cristo localizado na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Está localizado no topo do Morro do Corcovado, a 709 metros acima do nível do mar. Foi inaugurado às 19h 15min do dia 12 de outubro de 1931, depois de cerca de cinco anos de obras. Um símbolo do Cristianismo, o monumento tornou-se um dos ícones mais reconhecidos internacionalmente do Rio e do Brasil. No dia 7 de julho de 2007, em Lisboa, no estádio da Luz, foi eleito uma das novas sete maravilhas do mundo. Dos seus 38 metros, oito estão no pedestal e 30 na estátua, a qual é a segunda maior escultura de Cristo no mundo, atrás apenas da Estátua de Cristo Rei.

A construção de um monumento religioso no local foi sugerida pela primeira vez em 1859, pelo padre lazarista Pedro Maria Boss, à Princesa Isabel. No entanto, apenas retomou-se efetivamente a ideia em 1921, quando se iniciavam os preparativos para as comemorações do centenário da Independência.

A estrada de rodagem que dá acesso ao local onde hoje se situa o Cristo Redentor foi construída em 1824, no Silvestre. Já a estrada de ferro teve o primeiro trecho (Cosme Velho-Paineiras) inaugurado em 1884. No ano seguinte, 1885, o segundo trecho foi concluído, completando a ligação com o cume. A ferrovia, que tem 3 800 metros de extensão, foi a primeira a ser eletrificada no Brasil, em 1906. A construção do Cristo Redentor, ainda, é considerada um dos grandes capítulos da engenharia civil brasileira. Foi erguida em concreto armado e revestida de um mosaico de triângulos de pedra-sabão originária da região de Carandaí, no estado brasileiro de Minas Gerais.

A pedra fundamental do monumento foi lançada em 4 de abril de 1922, mas as obras somente foram iniciadas em 1926. Dentre as pessoas que colaboraram para a realização, podem ser citados o engenheiro Heitor da Silva Costa (autor do projeto escolhido em 1923), o artista plástico Carlos Oswald (autor do desenho final do monumento) e o escultor francês de origem polonesa Paul Landowski (executor dos braços e do rosto da escultura).

Ainda hoje, algumas pessoas dizem, erroneamente, que o monumento foi um presente da França para o Brasil quando, na verdade, a obra foi erigida a partir de doações de fiéis de arquidioceses e paróquias por todo o país, com o projeto de autoria e chefia do engenheiro Heitor da Silva Costa. Da França, vieram, apenas uma réplica de quatro metros feita de pequenos moldes, assim como modelos das mãos feitos pelo colaborador Landowski. Todos estes fatos foram atestados com rigor no programa televisivo Detetives da História produzido pelo The History Channel.

Em 22 de março de 1923, seguidores da igreja Batista declararam, em nota publicada em O Jornal Batista, órgão oficial da Convenção Batista Brasileira, seu desgosto quanto à construção do Cristo Redentor. A nota afirmava que a construção será, a um tempo, um atestado eloquente de idolatria da igreja de Roma.

Entretanto, a igreja Católica sempre manteve-se firme em sua posição, argumentando jamais ter adotado a idolatria em sua doutrina, esclarecendo sempre que as imagens de santos em suas igrejas são vistos por seus fiéis como exemplos de fé a serem seguidos.
Na cerimônia de inauguração, no dia 12 de outubro de 1931, estava previsto que a iluminação do monumento seria acionada a partir da cidade de Nápoles, de onde o cientista italiano Guglielmo Marconi emitiria um sinal elétrico que seria retransmitido para uma antena situada no bairro carioca de Jacarepaguá, via uma estação receptora localizada em Dorchester, Inglaterra, tudo a convite de Assis Chateaubriand. No entanto, o mau tempo impossibilitou a façanha e a iluminação foi acionada diretamente do local. O sistema de iluminação original foi substituído duas vezes: em 1932 e no ano 2000.

Tombado definitivamente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2009, o monumento ao Cristo Redentor passou por obras de recuperação em 1980, quando da visita do Papa João Paulo II. Em 1990, sofreu ampla restauração através de um convênio entre a Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, a Rede Globo, a Shell do Brasil, o IBAMA, o SPHAN e a prefeitura do Rio de Janeiro.

Em 2003, foi inaugurado um sistema de escadas rolantes, passarelas e elevadores para facilitar o acesso à plataforma de onde se eleva o monumento. A restauração de 2010, realizada pela Vale em parceria com a arquidiocese do Rio de Janeiro, concentrou-se na estátua. Além da recuperação da estrutura interna, foi restaurado o mosaico de pedra-sabão que reveste a estátua, com a retirada da pátina biológica (camada de fungos e outros microorganismos) e a recomposição de danos devido a pequenas rachaduras. Também foram consertados os para-raios localizados na cabeça e nos braços da estátua. O desgaste do monumento é causado pelas condições climáticas extremas a que ele está submetido, como rajadas de ventos e fortes chuvas, de modo que obras de manutenção devem ser realizadas periodicamente.


No dia 7 de julho de 2007, em uma festa realizada em Portugal, o Cristo Redentor foi incluído entre as novas sete maravilhas do mundo moderno. A decisão, após um concurso informal, foi baseada em votos populares (internet e telefone), votação que ultrapassou a casa dos cem milhões de votos.

Todavia, o concurso não possui o apoio da UNESCO, que apontou a falta de critérios científicos para a escolha das maravilhas.

Antes mesmo de ser construído, o Cristo Redentor era motivo de acaloradas discussões que dividiam o país entre católicos, protestantes e cidadãos sem religião. Apesar de, atualmente, protestantes de todo o mundo visitarem o Cristo, inicialmente os líderes da igreja Batista eram contrários à construção dele, chegando a propor que o dinheiro arrecadado fosse usado na construção de uma obra beneficente.

Os direitos de uso comercial da imagem de Cristo no Corcovado pertencem desde 1980 à Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, embora haja disputa por parte dos herdeiros dos envolvidos na concepção da obra. O monumento está em área cedida pela União à Arquidiocese do Rio na década de 1930, mas o acesso à estátua é realizado através do Parque Nacional da Tijuca, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Em 21 de novembro de 2007, o superintendente do IBAMA, Rogério Rocco, afirmou que, a partir daquela data, os católicos poderiam entrar gratuitamente no Cristo Redentor, mas apenas em datas agendadas pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. A decisão causou desgosto nos admiradores da imagem que seguem outras religiões e naqueles que advocam pelo secularismo do estado.


Outra decisão que causou desgosto aos protestantes admiradores da imagem do Cristo foi a de transformá-lo num santuário católico nas comemorações de seus 75 anos, em 12 de outubro de 2006.

Há também, na base do monumento, uma capela católica devotada a Nossa Senhora Aparecida, onde há celebrações católicas como casamentos e batizados.

O monumento aparece em diversas canções, como tema ou citada.

    * Alagados, dos Paralamas do Sucesso (E a cidade que tem braços abertos/No cartão postal)
    * Bananas, dos Titãs (… O arco de oxóssi nas mãos do Cristo Redentor…)
    * Corcovado, de Tom Jobim (Da janela vê-se o Corcovado/O Redentor, que lindo)
    * Expresso 2222, de Gilberto Gil (O Cristo é como quem foi visto subindo ao céu)
    * Las Muchachas de Copacabana, de Chico Buarque (Corcovado em Mar del Plata/Tem)
    * Os Passistas, de Caetano Veloso (O Corcovado e o Redentor daqui)
    * Paralelas, de Belchior (No Corcovado/Quem abre os braços sou eu)
    * Percorrendo o meu País, de Teixeirinha (Lá na Guanabara fiquei encantado/Fui no Corcovado, Cristo Redentor)
    * Samba do Avião, de Tom Jobim (Cristo Redentor/Braços abertos sobre a Guanabara)
    * Samba do Grande Amor, de Chico Buarque (Fiz promessa até/Pra Oxumaré/De subir a pé o Redentor)
    * Subúrbio, de Chico Buarque (Lá tem Jesus/E está de costas)
    * Um Trem para as Estrelas, de Cazuza (São 7 horas da manhã/Vejo Cristo da janela [...] Estranho o teu Cristo, Rio/Que olha tão longe, além/Com os braços sempre abertos/Mas sem proteger ninguém)
    * O País do Futuro, Camisa de Vênus (…mas muita fé em Jesus Cristo/Quem sabe ele se zanga, desce lá do Corcovado/Passa o cajado nessa corja, Deus também fica retado)
    * Realidade Virtual, Engenheiros do Hawaii (A neblina encobre o Cristo e a lagoa se ilumina)
    * Redentor, Zélia Duncan (Você sabia, meu amor, que da minha janela/ eu vejo o Cristo Redentor, ele tá sempre lá em cima)
    * Braços cruzados, Zélia Duncan (Cristo Redentor, eu vi seus braços cruzados)
    * Rio de Janeiro, Diante do Trono (Rio de Janeiro, que o Cristo vivo e verdadeiro estenda os braços sobre nós)

O Cristo Redentor também é referência em obras cinematográficas. A mais recente é o pôster do filme 2012. A cidade e o monumento carioca são os únicos a aparecerem nos cartazes fora dos Estados Unidos (as cidades estadunidenses representadas são Washington e Los Angeles).[14] Na série de TV Life After People, o episódio Wrath of God mostra o Cristo Redentor, após 250 anos sem pessoas para fazerem sua manutenção, desabando sobre o Corcovado.
Vista panorâmica do Cristo Redentor. É possível observar o Pão de Açúcar e a baía de Guanabara, com a enseada de Botafogo ao centro.

Portugal possui uma escultura similar junto à foz do rio Tejo, na sua margem sul, na cidade de Almada. O monumento, virado para Lisboa, foi inaugurado a 17 de maio de 1959 e constitui o melhor miradouro da capital portuguesa. Designado por Cristo-Rei, é uma das mais altas construções de Portugal, com 110 metros de altura, incluído o pedestal, sendo que a estátua possui 28 metros.

Fonte: Wikipédia 

quinta-feira

Significado dos nomes de bandas - Parte 4


Doppelganger - Inspirado em um disco do Curve. A palavra em alemão pode ser traduzido como "alter-ego".

Dorsal Atlântica - Procurando um nome, os integrantes abriram uma enciclopédia e entre outros acharam este. (Colaborou: Claudinei)

Dr. Dre - Inspirado no jogador de basquete Dr. Jay.

Drain STH - A banda se chamava Drain até descobrir outro Drain nos Estados Unidos. STH significa "Stockholm International Airport".

Dream Syndicate - Homenagem ao grupo avant garde do mesmo nome ao qual pertenciam Lamonte Young e John Cale.

Dream Theater - Originalmente chamados de Majesty, mudaram o nome para o de um teatro na vizinhança em Los Angles.

Duran Duran - Vilão do filme "Barbarella" estrelado por Jane Fonda.

Durutti Column - Brigada da Guerra Civil Espanhola liderados pelo anarquista libertador Buenaventura Durruti.

Eagles - Influenciado pelos Byrds e querendo um nome bem americano, Bernie Leadon conta: "Bem, nós todos queríamos um nome que fosse curto e conciso, que invocasse uma imagem. Nós achávamos que o nome seria muito importante. Todos estavam lendo Castaneda naquela época e queríamos um nome que tivesse alguma conotação mitológica. Frey queria um nome que pudesse servir para uma gangue de rua de Detroit e Henley estava envolvido com coisas indígenas. Todo mundo queria um nome simples e forte."

Echo And The Bunnymen - Echo é a marca da bateria eletrônica utilizada nas primeiras demos.

Ed Gein's Car - Ed Gein foi um serial killer/cannibal que foi pego nos anos 50. Seu carro foi exposto como curiosidade por alguns anos na Feira do Estado de Wisconsin, onde Gein tinha sua fazenda.

Einsturzende Neubauten - Pode ser traduzido como "Prédios Novos Desmoronando".

Electric Hellfire Club - "Hellfire Clubs" geralmente são clubes sociais decadentes cuja função dos seus membros é de se divertirem e escandalizarem os demais. Existiram vários pela historia afora.

Elton John - Tirado dos músicos Elton Dean and John Baldry. Seu nome verdadeiro é Reginald Dwight.

Elvis Costello - Sua bisavó realmente se chamava Costello e seu pai já usava o nome artístico Day Costello. A família na verdade se chamava MacManus.

Elvis Hitler - Mesmo princípio de Marilyn Manson, ou seja, combinar dois nomes famosos, com reputações distintas, para criar o choque.

Elvéz - Ele se auto intitula o Elvis mexicano. Ele rouba suas músicas, muda as letras para tópicos latinos, se veste como Elvis, etc. Dizem que ele é muito divertido ao vivo.

EMF - Acrônimo para "Epsom Mad Funkers". O boato de que significaria "Ectasy Mother Fuckers" é incorreto.

Engelbert Humperdinck - Ele tirou seu nome artístico do compositor de "Hansel and Gretel".

Engenheiros do Hawaii - Tudo começou em 1984 na Faculdade de Arquitetura em Porto Alegre, onde o grupo estudava. Existia uma rixa entre o pessoal de arquitetura e engenharia. Os estudantes se envolviam em rixas curriculares, filosóficas, estilos de vidas, etc. Enfim, o pessoal da arquitetura inventou um apelido para acabar com os inimigos. "Todo estudante de arquitetura é meio arrogante, acha que os engenheiros estão abaixo. Tinha um pessoal na engenharia que usava aquelas roupas de surfista, e, para irritá-los, nós fazíamos questão de chamá-los de 'engenheiros' e, mais do que isso, 'engenheiros do hawaii', que é um paraíso meio kitsch". Na época, havia uma explosão de bandas punk, todas com nomes heróicos entre elas: Cavaleiros do apocalipse, Virgens Nucleares, Titãs, etc. Disse Humberto: "Sempre me assustou essa coisa heróica da música pop, porque te leva a ser meio semideus. Engenheiros do Hawaii era um nome desmistificador, ninguém nos levaria muito a sério. É um nome que até hoje nos protege de nos encararem como sacerdotes".

EPMD - Acrônimo para "Eric and Parish Making Dollars" (Eric e os Criadores de Bonecas da Paroquia).

Epperley - Eles eram The Bugs até terem problemas com direitos autorais. Epperley é o nome da família de um amigo cujo pai é um compositor clássico.

Eppu Normaali - Banda Finlandesa cujo nome é tirado de uma cena do filme Jovem Frankenstein. No filme, Igor rouba um cérebro guardado em um vidro para a criatura de Frankenstein. O rótulo dizia "anormal" embora Igor tenha interpretado como Abbey Normal. "Eppu Normaali" é Abbey Normal em finlandês.

Ernie's Rubber Duckie - Inspirado no patinho de borracha do Enio, personagem do Vila Sésamo.

Eurythmics - Sistema de instruções musicais criadas em 1890 que dá ênfase a respostas físicas.

Eve 6 - Inspirado em episódio do programa X-Files em que apresentam 10 clones de uma garota chamada Eva. A sexta é uma louca psicopata, daí Eva-6.

Eve's Plumb - Inspirado em Eve Plumb, atriz que fazia o papel de Jan no seriado dos anos 70, "The Brady Bunch".

Everclear - Marca de álcool.

Everything But The Girl - Traduz-se como "Tudo Menos A Garota". Loja de roupa inglesa anuncia que tudo na loja está à venda menos a vendedora.

Exploited - Explorado.

Extreme - Inicialmente chamado de Dream até descobrir outra banda com esse nome. Enquanto imaginavam algo em torno de ex-Dream chegaram a Extreme. Segundo o baterista Paul Geary: "O nome do nosso grupo tem muito a ver com o nosso som. De Prince a Led Zeppelin, nós tínhamos uma ampla gama de influências".

Eyeless In Gaza - Nome de um romance de Aldous Huxley. Também existe a historia de Sansão que foi capturado e cegado em Gaza.

Faith No More - Fé Nunca Mais. O nome anterior era Sharp Young Men, que depois mudou para Faith No Man quando seu crooner era Mike "The Man" Morris. Quando Morris saiu em 1982, evoluíram para Faith No More.

Falco - Homenagem ao saltador de ski da antiga Alemanha-Oriental, Falko Weissflogg.

Fall - "A Queda", um romance de Albert Camus.

Fanny - Nome simpático para "bunda". As capas dos seus discos geralmente acentuam esta parte da anatomia feminina.

Fastball - Nome de filme pornô.

Faster Pussycat - Nome de um filme de Russ Meyer, "Faster Pussycat! Kill! Kill!"

Fat Tuesday - Terça-feira gorda, véspera de Quartas de Cinza e último dia de carnaval.

Fields Of The Nephilim - Um inferno mitológico. (Não são todos?)

Fig Dish - Corruptela da frase alemã "fich dich", que basicamente quer dizer "vá se foder".

Fine Young Cannibals - Inspirado no filme "All The Fine Young Cannibals" de 1960, estrelado por Nathalie Wood e Robert Wagner.

Flaming Lips - Bala de peppermint (uma menta ligeiramente apimentada) que vêm em formato de lábios.

Fleetwood Mac - Junção ligeiramente alterada dos nomes de Mick Fleetwood e John McVie, membros originais da banda.

Flipper - Tirado do programa televisivo do mesmo nome, muito popular nos anos sessenta. Flipper é um golfinho.

Foo Fighters - Gíria originada durante a Segunda Guerra Mundial significando UFO's (OVNI's). A palavra Foo é uma corruptela do francês "feu" significando "fogo" ou "fou", significando "insano". Dizem que tudo começou quando um grupo de pilotos da aeronáutica tentaram atirar em possíveis UFO's.

quarta-feira

Prána, a energia vital

 
Prána é o nome genérico que se dá a qualquer forma de energia manifestada biologicamente. Logo, calor e eletricidade são formas de prána, desde que manifestadas por um ser vivo. Por isso, após os mantras e suas palmas, podemos aplicar as mãos sobre um chakra que queiramos desenvolver, sobre uma articulação que desejemos melhorar ou sobre um órgão que precise de algum reforço de vitalidade ou regeneração.

Prána, no sentido genérico, é uma síntese de energia de origem solar e que encontra-se em toda parte: no ar, na água, nos alimentos, nos organismos vivos. Assim, nossas fontes de reabastecimento pránico são o Sol, o ar que respiramos, o ar livre tocando nosso corpo, a água que bebemos, os alimentos que ingerimos. Podemos aumentar ou reduzir a quantidade de prána dos alimentos. O cozimento, por exemplo, reduz o prána.

O prána pode ser visto e fotografado. Para vê-lo a olho nu, basta dirigir o olhar para o céu azul num dia de sol. Divise o infinito azul do céu. Pouco a pouco, começará a perceber miríades de pontos luminosos, extremamente dinâmicos, que realizam trajetórias curvas e sinuosas, com grande velocidade e brilho. Não confunda isso com fenômenos óticos, os quais também ocorrem, mas não guardam semelhança alguma com a percepção do prána. Quanto a fotografá-lo, a kirliangrafia já vem sendo estudada há quase meio século e conta com um acervo bastante eloqüente.

Prána (genérico) divide-se em cinco pránas específicos:

    prána (localizado no peito)
    apána (localizado no ânus)
    samána (localizado na região gástrica)
    udána (localizado na garganta)
    vyána (localizado no corpo todo)

Os mais importantes são prána e apána, pelo fato de terem polaridades opostas. Prána é positivo e apána é negativo. Dessa forma, quando conseguimos fazer com que se encontrem, (por exemplo, levantando apána por meio do múla bandha) os dois pólos opostos resultam numa faísca que é o início do despertamento da kundaliní.

Além dos pránas, há também o conhecimento dos sub-pránas que exercem funções muito particulares, tais como o piscar dos olhos, o bocejo e outros. Esses sub-pránas denominam-se krikára, kúrma, etc.

Podemos influenciar a quantidade de prána que flui pelos respectivos canais, atuando sobre os chakras principais e sobre os secundários. Os principais, na verdade, controlam toda a malha de chakras secundários, regulando-os. No entanto, podemos proceder a uma sintonia fina, estimulando ou sedando os chakras secundários, que são mais ligados às funções dos órgãos físicos. Nisso, a acupuntura, o shiatsu, a mosha e o do-in são muito eficientes.

Extraído do livro Chakras, Kundaliní e poderes paranormais, do Mestre DeRose




PRANA - ESPÉCIES
Segundo Coquet (op. Cit.,p 43)“as cinco diferenciações do Prana no corpo humano são:

PRANA
Estende-se do nariz ao coração e influencia particularmente a garganta e a palavra, o coração e os pulmões.
SAMANA
Estende-se do coração ao plexo solar e age, sobretudo, sobre o poder de assimilação do alimento e da bebida. Está, deste modo, em estreita relação com o estômago.
APANA
É particularmente ativo desde o plexo solar até a planta dos pés e age sobre os órgãos de eliminação, de dejeção e da geração. Seu poder está, pois, fortemente unido aos órgãos geradores e eliminadores.
UDANA
Está situado entre o nariz e a parte superior do crânio. Está em relação com o cérebro, os olhos e o nariz.
VYANA
Corresponde à soma total das energias prânicas tal como é repartida
através de todo o corpo por intermédio de milhares de nádis e nervos, assim como dos canais sanguíneos, das veias e das artérias."

(In Spiritual Unfoldment I do espírito White Eagle pela médium Grace Cooke, iss, Inglaterra), The White Eagle Publishing Trust, 1972).