Panacéia dos Amigos

quarta-feira

ABBA – E AFINAL..THE WINNER TAKES IT ALL




Por todos e nenhum motivo a maioria das pessoas torce o nariz para a música do ABBA. Todo tipo de acusação já foi feita e as mais comuns são de que o som é brega, ultrapassado ou constrangedor. Mas, lá no fundo, muito dos que dizem isso mexem pés imaginários ao som de Dancing Queen e choram por dentro com “The winner takes it all”.


Sempre gostei do som do ABBA. Desde moleque. Mas era como uma sociedade secreta: você gosta, mas não fala. Ainda mais sendo um menino. Na época se evita o assunto porque, afinal ,“ABBA é música de veado” o que é outro lugar comum quando se fala mal da banda. E não à toa quando se ouvia um disco ou fita era sempre de uma prima ou tia solteirona. Quanta bobagem!


A partir do momento que você tem acesso as traduções do ABBA você passa a entender o que eles estavam fazendo. É quando você descobre que uma música aparentemente brega como “Fernando” na verdade é um lamento contra a guerra e que “Chiquitita” também. Eles usavam o ritmo da época, mas elaboravam um som igual e diferente e disfarçavam letras mais sérias e comoventes com uma alegria que na verdade era um contraste e, às vezes, quase um humor negro. Genial.

O ABBA, para os que desconhecem, é um grupo sueco de música pop, formado por Anni-Frid "Frida" Lyngstad, Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Agnetha Fältskog, que atuou entre 1972-1982. O nome "ABBA" é um acrônimo formado pelas primeiras letras de cada membro (Agnetha, Björn, Benny, Anni-Frid).



O quarteto formou-se em Estocolmo em 1972, mas só tiveram fama internacional depois de vencerem a edição de 1974 do Festival Eurovision. Desde então, o ABBA ganhou popularidade empregando ritmos dançantes em suas canções, com letras diretas e uma sonoridade peculiar  caracterizada pela harmonia das vozes femininas e da técnica “wall of sound”, efeito criado pelo produtor musical Phil Spector. Björn e Agnetha casaram-se meses antes da formação do quarteto, enquanto Benny e Frida casaram-se apenas em 1978; os quatro lidaram com obrigações artísticas ao mesmo tempo que se ocupavam com as suas novas famílias. As suas gravações tiveram forte impacto comercial e o grupo a tornou-se o mais bem sucedido da gravadora Universal Music Group como a banda que mais vendeu discos nos anos 70.




O ABBA foi o primeiro grupo pop europeu a fazer sucesso em países anglófonos fora da Europa, principalmente na Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Canadá e, em menor proporção, nos Estados Unidos. No entanto, no auge de sua popularidade, os dois casamentos foram dissolvidos e essas mudanças se refletiram em sua música, escrevendo letras mais profundas com um estilo musical diferente. No início dos anos 80 o grupo experimentou um declínio comercial, o que acabou levando à decisão do fim do grupo, de modo que em dezembro de 1982 ocorria a última aparição do quarteto. Depois de um tempo fora do interesse público, na década de 1990 foram lançados vários álbuns de compilação que possibilitaram o retorno do grupo ao topo das paradas.




O ABBA é considerado um dos grupos de maior sucesso do mundo, cujas vendas de seus álbuns são estimadas em 400 milhões em todo o mundo. Suas canções foram interpretadas por vários artistas, além de serem a base do musical Mamma Mia e esse projeto foi para o cinema gerando dois filmes com Meryl Streep e grande elenco. Como não poderia deixar de ser o grupo é um ícone no seu país de origem, bem como uma figura importante na expansão da europop. Sua popularidade abriu as portas para outros grupos do mesmo gênero (como o Roxette e o Ace of Base), fato que culminou na entrada do grupo para o Rock and Roll Hall of Fame..




ABBA continua a encantar as pessoas e é o grupo que mais vende cópias depois dos The Beatles. Apesar da estética dançante seus compositores e cantoras vinham de consistentes carreiras solos na Suécia e eram músicos pop competentes. Todas as canções foram da dupla Benny e Bjorn que continuaram, mesmo depois da separação do grupo, trabalhando juntos em composições para outras bandas, ou outros projetos como o musical que se tornou filme e no qual eles fizeram sutis participações.



E afinal, apesar de toda a resistência que enfrentaram: “The winner takes it all..”




terça-feira

THE BANGLES : AS PULSEIRAS DOS ANOS 80



Uma das coisas bacanas da internet, especialmente do YouTube, é o resgate de lembranças. No caso, para pessoas como eu, passadas 04 décadas, é possível adentrar uma trilha de nostalgia que é uma sensação agradável carregada de sensações. Uma música dos anos 80 nos remete ao ambiente, as impressões, ao radinho de pilha, aos aromas, enfim, a época por mais de um caminho de memórias.

Recentemente, andei assistindo muitos clipes e especiais da banda The Bangles. A referência direta era a trilha sonora da novela “Que Rei Sou Eu?” com “Eternal Flame” que fez um sucesso estrondoso no Brasil assim como o folhetim. Uma ótima trilha por sinal!  Contava também com “Orinoco Flow” de Enya o que fez o interesse pela cantora em terras tupiniquins acontecer.



Voltando ao The Bangles: pouco vi o clipe de Eternal Flame, em minha opinião péssimo, porque era muito difícil, mas assisti. Não impressiona muito e as meninas parecem deslocadas em um clipe escuro, nonsense e chato. E só depois fui descobrir que eram quatro jovens mulheres bonitas enquanto que o clipe não fez justiça e eu sei, claro, que isso não interfere na apreciação da música, porém, qualquer clipe que desperdiça a beleza merece descrédito. Sem esquecer que faz parecer que Susanna Hoffs é a única vocalista com um destaque desnecessário.

As outras canções que se destacaram mais como “Maniac Monday”e “Walk like a Egyptian” acompanhei mais pela “saudosa” (sqn) Rádio Cidade (entendedores entenderão). Seja como for, acho que curto mais a banda hoje do que antes. Elas eram mais do que um produto bonitinho..eram cantoras de verdade, sabiam tocar seus instrumentos, sabiam compor. Era uma banda de jovens mulheres corajosa e de qualidade pop inegável.



Susanna Hoffs e as amigas Vicki e Debbi Peterson, formaram uma banda em Los Angeles em dezembro de 1980. O trio se chamava The Bangs. A banda fazia parte da cena de Los Angeles Paisley Underground, que apresentou grupos que tocaram uma mistura de rock influenciado pelos anos 1960.[1] Em 1981, o trio gravou e soltou um single ("Getting Out of Hand" b/w "Call on Me") pela DownKiddie Records (seu próprio rótulo). O trio assinou com a Faulty Products, um rótulo formado por Miles Copeland.

A  formação inicial consistia em Susanna Hoffs (vocais e guitarras), Vicki Peterson (guitarras e vocais), Debbi Peterson (voz e bateria) e Annette Zilinska (vocal e baixo) gravaram um EP em 1982 e lançaram o single "The Real World". Uma questão legal obrigou a banda a mudar seu nome no último minuto, então eles deixaram "The" e adicionaram as letras "les" até o fim para se tornarem Bangles. E nesse ponto trocaram de baixista com Michael Steele ficando com o cargo.



O álbum de estreia das Bangles foi lançado pela Columbia Records, All Over the Place (1984), resgatou as raízes power pop, da banda, apresentando os singles "Hero Takes a Fall" e "Going Down to Liverpool" (originalmente gravado pela banda Katrina and the Waves). O álbum recebeu boas críticas, e o videoclipe de "Liverpool" apresentava Leonard Nimoy, que ajudou a gerar mais visibilidade. Isso aconteceu através de uma amizade entre as famílias Hoffs e Nimoy. Elas receberam uma audiência muito maior e se tornaram artistas de abertura para Cyndi Lauper na Fun Tour.

Tudo isso foi para atrair a atenção de Prince, que lhes deu a canção "Manic Monday", originalmente escrito para o seu grupo Apollonia 6. "Manic Monday" passou a se tornou número dois nas paradas dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, superada no momento apenas por outra composição de Prince, seu próprio "Kiss".



O segundo álbum da banda, Different Light (1986), foi mais polido do que o seu antecessor e com a ajuda do sucesso mundial de "Walk Like a Egyptian", levou a banda firmemente para o mainstream. A música foi enviada para eles no meio de uma gravação e o grupo estava dividido sobre se ela seria uma falha ou um sucesso. Quando a música foi lançada, o grupo ficou surpreso ao descobrir que trouxe um novo público de fãs, a maioria deles muito jovem.

Neste ponto começaram conflitos entre as integrantes da banda depois que a mídia começou a classificar Hoffs como a principal vocalista do grupo, em função da gravadora da banda a Columbia Records, lança na maior parte dos singles, no qual Hoff canta os vocais principais. Na verdade, a divisão de vozes nos álbuns do grupo foram divididos de forma igual, entre todas as integrantes da banda, todas as quais escreveram as músicas.



O álbum Everything (1988) foi produzido por Davitt Sigerson, já que a banda teve uma reação negativa ao trabalho com David Kahne em Different Light. O álbum foi outro sucesso multi-platina e incluiu o hit top cinco "In Your Room", bem como o single mais vendido da banda, a balada suave "Eternal Flame". O co-roteirista Billy Steinberg veio com o título depois que Susanna Hoffs, lhe contou sobre a recente viagem da banda a Memphis, Tennessee. O grupo visitou Graceland, propriedade de Elvis Presley em Memphis. Uma "Chama Eterna" em memoriam para Presley é mantida no site, mas no dia em que a banda visitou, a chama havia saído e seu cerco de plástico transparente estava inundado. Quando elas perguntaram o que estava na caixa, elas foram informadas:"Essa é a chama eterna". O single tornou-se o seu maior sucesso mundial e o maior single de uma banda feminina de todos os tempos.



Estavam exatamente no auge quando as cisões internas se tornaram insuportáveis e o grupo se desmanchou e cada integrante foi buscar o espaço que achava ter direito em trabalhos solos, mas separadas jamais conseguiram retornar ao impacto de The Bangles. Recentemente, retornaram a banda para alguns shows em nome da nostalgia embora com a formação inicial em 2000 logo em seguida a banda não pode mais contar com a vocalista e baixista Michael Steele.