Panacéia dos Amigos

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terça-feira

CONVERSA DE DINDO - Um monólogo Dercygonçalviano sobre meio ambiente e ambiente sem meio..



(O personagem trajado de paletó, gravata, calças e sapato vai ao meio do palco.  Segura uma cadeira. A posiciona com o assento contrário a plateia e senta-se. Olha para a plateia como em um reencontro.)

Olá!
Bom te ver.
Bom ter essa prosa com você.
Faz tempo que não falamos..
Como vai a vida?
Vejo que cresceu bem desde a última vez que te vi.
Já está gente grande, hein?
Mas e a cabeça tá boa?
Ou fazendo tanto besteira que na hora de pensar..
Cadê meu cérebro, né?
Aprontando todas
Mas, trabalhar que é bom, nada hein?
Não é boa coisa não, sem vergonha!
Mas sabe que...eu até que eu esperava isso?
Verdade, já estava escrito
Reparando o jeito que você tratou seus pais...!
Quer dizer... sei que eles eram meio estranhos.
Não entendiam a modernidade.
Mas não precisava MATAR eles, precisava?
Crueldade!
Que falta de amor!
Você preferiu matar seus pais do que dividir sua casa.
Só que a casa já era deles antes!
Você nem ligou!
Tomou a casa e fez uma festança atrás da outra, certo?
Comes e bebes a vontade!
Sacanagem de monte!
Arrebentou com tudo!
Seus amigos até roubaram as coisas da família!
Mas você, tão louco, , nem percebeu!
Agora, olha aí...!
Casa arruinada.
Sem dinheiro.
Fudido!
De boa? Isso mesmo que eu falei...
Tá aí você!
FUDIDO!
FERRADO E MAL PAGO!
A casa dos teu velhos
era tão bonita!
Decorada.
“Do coqueiro que dá coco.
De noites claras de luar.
A gente ouvia as fontes murmurantes
E matava a sede.
Com a lua brincando no céu”; (1)
 “As palmeiras,  o Sabiá;
As flores das várzeas;
Uma casa tão viva, cheia de amores!” (2)
E agora, tanta miséria!
Agora , que ponto chegamos!
Satisfeito?
Que você tem?
Que sobrou pra gente?

(Levanta-se, revoltado, joga a cadeira para longe. A cada sentença arranca, rasga uma peça do vestuário fazendo aparecer a maquiagem corporal.)

Isso? Não é nada! –(roupa)
Isso? Não é nada! –(roupa)
Isso? Não é nada! –(roupa)
Isso? Não é nada! –(roupa)
Isso? Não é nada! –(roupa)
E aí? Que me sobrou?
O que sobrou???
Só sobrou o PAU!
Qué sabê? Nem o pau!
Não tenho nem pau para mostrar!
Você se aproveitou do meu pau faaazzz teeeempo, vagal!
Que foi?
Que cara é essa?
Não lembra de mim, não?
Já esqueceu?
Lembra de mim, não?
SOU TEU PAU, FILHO DA PUTA!
Pau Brasil!
FuI teu padrinho, te batizei povinho sem vergonha!
Sou teu “dindo”, vivia nesta casa antes de vocês,
Antes de teus pais índios.
E apesar de tantos filhos adotivos
foram todos recebidos...
E vocês fizeram O QUÊ?
Desgraçaram com tudo!
Os amigos dos seus pais que eram:
A mata,
As águas,
O céu!
Foram todos abusados.
Todos judiados!
Até eu!
Eu que fui seu padrinho, te dei nome!
Fui vendido!
Cortado!
Queimado!
Desperdiçaaaaaaado!
Esquecido!
Virei menos que lembrança ruim.
Que vergonha ter te dado meu nome!!!
Que vergonha de ser Brasil!!!
Que vergonha...Brasil!
Que vergonha, Brasil!
Mas agora, pra vocês saberem:
Eu não sou mais pau brasil!
Não me ofendam mais!
Daqui por diante,  eu sou só o  pau!
Pau nervoso!
Pau que bate!
Pau cacete!
Pau na mesa!
O pau que vocês merecem seus sem vergonha!
Tome o pau!
Pau no Brasil!
Pau no Brasil!
Pau no Brasil!




Por Oto Sales




(1)Aquarela do Brasil-Ary Barroso
(2) Canção do exílio – Gonçalves Dias

quarta-feira

SOBRE STAN LEE E A MARVEL


A primeira vez que li realmente, e não apenas trechos de cartilha ou algo assim, foi uma revista do Hulk e, para minha sorte, uma edição especial com os vingadores e o quarteto fantástico. Fui imediatamente atraído para o universo Marvel.

Antes de ler, eu assisti aos desenhos do Hulk, Capitão América, Namor, Thor, Homem de ferro (aqueles que só mexiam a boca) e as séries live action do Homem Aranha e do Hulk.

Ou seja, se me apaixonei por leitura, aprendi o que não se ensina na escola, desenvolvi uma curiosidade sobre tudo, me interessei por artes e cultura o que sustentou e sustenta toda minha vida adulta e mais importante: se comecei a DESENHAR, com toda a certeza devo tudo isso a Stan Lee e seus personagens que deram o primeiro empurrão na linha do dominó.

Fico feliz por ter sido, de certa forma, seu contemporâneo. De poder esperar para vê-lo nos filmes da Marvel. Ver entrevistas, participações, documentários. Aos outros, só restará o passado. Para nós, por muito tempo, ele fez parte do presente em nossas vidas.

Embora entristecido, me alegra saber que teve uma vida longa e extraordinária! Criou personagens que moldaram o caráter de gerações. Pôde assistir filmes à altura de sua criatividade, presenciar o imenso sucesso que fizeram e participar de cenas com as lendas que criou, misturando a realidade com a fantasia, como sempre fez.

Enfim, um criador autêntico do qual as obras permanecerão, quantos podem dizer isso?

Excelsior!

sexta-feira

SOBRE NOSSA BURRICE “SUI GENERIS”



Atualmente, vivemos o caos e nada parece fazer sentido. Na verdade, creio que a questão é diametralmente oposta: tudo parece forçosamente fazer sentido! Mas em grupos compartimentados. Faz sentido ter ódio,  faz sentido  a liberdade sem limites, faz sentido controlar e proibir,  faz sentido a inconsequência...faz sentido...faz sentido... e assim por diante.

Nada está errado quando e se existe uma discussão aberta, respeitosa e de bom senso entre as diferenças buscando um meio termo. Um local comum. Mas o que vemos é a incapacidade do diálogo. As pessoas não expressam ideias, não há argumento algum, nenhuma linha de raciocínio seja na defesa ou no ataque sobre alguma opinião ou postura. 

Não há pensamento algum. Filosofia alguma. São arroubos passionais disfarçados de ideologia. E a paixão, como sabemos, é sempre ardente e notoriamente tola. Queremos ter direitos, mas não dar direitos aos outros, não queremos obrigações e sim, que os outros cumpram as suas. 

E todos têm direitos? É óbvio. Inalienáveis, como cidadãos. Que não deve haver limites? Tolice! Para se viver em sociedade é preciso um acordo, um meio termo de convivência para todos. Você não pode querer direitos, sem assumir deveres. E nosso maior dever é lembrar que nosso espaço acaba aonde o do outro começa. Porém, todos devem ter o seu espaço.

No entanto, o cenário parece mais daqueles filmes futuristas em que todos discordam e não querem dar espaço para ninguém.  Nossos grupos sociais agem como gangues. O espaço de cada um não vem do bom senso, é disputado, desafiado, brigado. Somos sempre truculentos e estúpidos.

Não somos uma sociedade. Somos selvagens demais para isso! Não aceitamos que todas as ideias são imperfeitas, todas as posturas  estão repletas de prós e contras, todos os gostos causam desgostos. Se ninguém é obrigado a aceitar nada, não deve obrigar alguém a aceitar algo também.

Tudo é tão..óbvio! Mas...somos estúpidos demais! Medíocres demais! Arrogantes incontroláveis!  Uma vez li que a briga, o confronto, é a alternativa dos incompetentes. Verdade! Não saber conviver, dialogar e chegar a um acordo de convivência pacífica com o outro é nossa incompetência básica, que pertence a todos:  centro, direita, esquerda, fundamentalistas, liberais, etc. 

Pelo menos, nessa questão somos inquestionavelmente uma substância compacta: uma burrice sui generis. 

quinta-feira

APENAS CONTEMPLE...


“Nada é impossível a quem pratica a contemplação. Com ela, tornamo-nos senhores do mundo.”
Lao-Tsé

Vou começar felicitando você, por se permitir um momento para esta leitura. Os momentos em que se detém a maré dos acontecimentos para segundos de reflexão pura e simples tem sido cada vez mais raros por força das circunstâncias,sim, mas também por comodismo e com o tempo provavelmente assim será por falta de costume.

Notório e contraditório que na época da informação sejamos uma multidão de desinformados. Porque a informação está aí e até temos acesso mas, não interiorizamos a informação, não deglutimos sua totalidade e não devolvemos nada ao mundo. Acredite seu sistema “digestivo” mental está constipado.

Muito se deve a ato que na época dos excessos se torna cada vez mais miserável: a contemplação. Ou se preferirem o popular “parar para pensar”.

“Que bobagem, eu paro para pensar!”- você pode estar pensando e acredito em você, mas questiono não apenas se você pensa, mas em quê pensa.

A sobrevivência do dia a dia é inerente e a máquina mental humana está apta e pronta a responder as necessidades primárias de ocupação, descanso, alimentação.  E não há nada de errado.

Mas você e eu somos capazes de muito mais. Quando foi a última vez que você realmente respirou fundo, parou e pensou? Com paciência, com discernimento, com inteligência. Uma tentativa honesta de contemplação. Pensando e repensando as notícias e acontecimentos do dia, o que significam. Que há por trás delas? O que significa para minha vida, da minha família, da sociedade? Porque todos pensam a mesma coisa em grandes grupos como se fossem apenas enormes boiadas separadas por cercas de enormes fazendas diferentes? Diferentes? Não,todos aprisionados.

Não nos detemos para pensar porque o pensamento está cerceado por todas as formas de cercas já pré-montadas. Não há mal que você goste de uma fazenda, mas apenas para ser gado??? 

É isso o que acontece com quem não pensa. E quando se pensa existe uma análise, um questionamento, uma humildade, e enfim um entendimento e reposicionamento. Você não está mais certo ou errado do que os outros. Você está diferente. E na diferença colabora para o enriquecimento da virtude humana.

Diferenciamos aqui aquele que contempla e se enriquece de criatividade, compaixão e entendimento dos que apenas se revoltam. Esses não são pensadores, são bois bravios se agitam para morrer como todo mundo. A verdadeira contemplação faz compreender que não há cerca alguma para o pensador livre. A revolta só pode existir naqueles que não conseguem se libertar.

O que devemos é observar a realidade além da perspectiva ordinária, como se, de repente, você subisse em uma cadeira para ver a vida por outro ângulo. Como o prof. Keating no clássico “A sociedade dos Poetas Mortos”.

Estou propondo a contemplação por 10 minutos diários que sejam. “Quem sou eu?”, “Qual é o meu papel em toda esta intensa realidade?”, “Que legado quero deixar para o futuro”?

Contemple a si mesmo. Em silêncio. Contemple toda a realidade.

Em humildade. Contemple a virtude. Com vontade de obtê-la e espalhá-la. Contemple que não se trata de devaneio. Apenas..contemple!

Contemple a si mesmo. Em silêncio. Contemple toda a realidade. Em humildade. Contemple a virtude. Com vontade de obtê-la e espalha-lá. Contemple que não se trata de devaneio. Apenas..contemple!










segunda-feira

EU, BRASIL F., 517 ANOS, DROGADA, PROSTITUÍDA


*Foi uma excitação louca. Seria como a maioridade, a minha independência. Mas eu já era uma pequena grande moça complicada e, para ser sincero já estava mal direcionada. Quando nasci me afastaram de meu pais e me deram uns tios complicados que abusavam de mim, ou me ensinavam alguns maus hábitos. Quando fiquei independente, mudei de tios, mas a família continuou a mesma, e tinhamos amigos muito, muito mau intencionados.

Foram décadas de maus tratos. Eu fui usada, explorada, como sempre, quando pedia justiça apenas riam-se de mim. Chegou a um ponto que me tiraram da minha “família real” e me entregaram para uma instituição para ver se conseguiam me colocar na linha, a essa altura já estava cheia de “revoltas” da idade. A instituição chamada “República” deveria ser minha tutora e cuidar para que eu crescesse melhor, saudável..

Que desilusão! Em meio a tanta fartura eu vivia na base do “café com leite” sem direito de exigir nada de diferente. Então radicalizei, já não tinha idade para ficar sendo tão mal tratada! Foi um tipo de revolução, abandonei a república queria fazer do meu jeito, mas nada de revolta acaba bem, minha vida virou uma  tragédia grega. 

Eu não parava de sonhar em progredir, em crescer. Queria retomar o tempo perdido, ganhar 50 em 5, voltei para a instiuição e por um tempo eu até consegui. Tomei coragem, não medi consequências! Mas, claro, TUDO tem consequências..Eu cresci, mas não podia despontar um pouco sem que um monte de abutres viessem atrás da minha carcaça. Foi assim desde que eu nasci, porque iria mudar?
Eu fiquei louca, minha vida era uma baderna mesmo então  desbundei geral. Queria mudar, queria radicalizar queria enlouquecer e por um tempinho fiquei bem doida até que deu ruim: fui presa! E presa fiquei transtornada, oprimida, sem graça e enfim,carrancuda. Resolvi entrar para as forças armadas! Quem sabe não era o que eu precisava? Ordem no caos.

Mas não me encaixei. Eu conseguia ser ruim em qualquer situação e também arrumava confusão sempre que queria e exageravam no corretivo: fui abusada de novo, várias vezes. As coisas mudavam e ficavam iguais. No fim, toda fudida, me deram baixa e me expulsaram. Sem saída, voltei para a instituição pior do que nunca: Fudida, gorda, burra, sem um tostão no bolso.

O desespero bateu forte! Eu precisava de grana, muita grana! Tinha emprestado de muito agiota e estava com a faca no pescoço! Entrei para o mundo das drogas. Tinha um plano atrás do outro para melhorar minha vida. Mas dava no mesmo: era tudo sempre uma droga diferente! Fiquei insana..fui drogada de tudo quanto é jeito. Sempre uma ilusão eufórica para levar uma desilusão trágica. Tipo um “cruzado” na cara, entendeu?

Então parei geral. Fixei em um remédio (que era droga também, claro), mas parei de misturar alhos com bugalhos. E até melhorei um pouco de saúde. Emagreci, fiquei aceitável. Mas, como eu já sabia, se levanta-se um pouco a cabeça viriam para cima de mim e não deu outra! Muitos caras vieram me prometendo dinheiro, segurança e que eu ia progredir na vida se vendesse meus “encantos” então me entreguei a um monte de “cafetões” da instituição e me prostituí.

As drogas não pararam, a prostituição virou rotina e cafetão, você já sabe, rouba muito mais não dá nada. Não vejo a cor do dinheiro e os caras viajando por aí em lugares caros, ou abusando de mim mesma, sem dó, nem piedade. Perdi minha saúde, não tenho emprego, sou assaltada toda hora, mal sobrevivo, e esta é a minha vida desde que nasci.

Agora, estão prendendo meus cafetões e estão limpando a carteira dos cuzões. Estou presa, logo eu a vítima. Mais miserável do que nunca!!! Não acredito em justiça. Prendem meus cafetões, mas quem julga são os meus clientes que também querem continuar com a orgia em cima de mim! Que esperança posso ter?..

Isto, uma nação, sou EU, BRASIL, 517 ANOS, DROGADA, PROSTITUÍDA.

*Refere-se a primeira frase de CHRISTIANE F. 13 ANOS, DROGADA, PROSTITUÍDA.


P.H. de Moraes


sexta-feira

REUNIÃO NO PALÁCIO QUE NÃO ALVORESCE? NÃO, LEILÃO DE CORRUPTOS!



Então é a isso que se resume nossa república? Nosso “Ordem e Progresso” virou “Ordem de pagamento e Progresso particular? Pobre república, Democracia afrontada, povo vergonhoso (não envergonhado).

Acredito que nunca foi compreendido o que é a arte política. Política é a capacidade de entrar em acordo ao invés de brigar. É de selar o senso comum ao invés da disputa. E acima de tudo é saber encontrar um meio termo entre opiniões diferentes tendo como objetivo o bem da maioria.

Tudo o que passa disso, é corrupção. Quando sabemos que o Presidente está negociando verbas para conseguir apoio contra uma investigação não estamos vendo uma negociação política..é corrupção pura e simples! Como é possível que tal absurdo, tal afronta aos interesses coletivos, seja noticiada como algo comum?

Tal negociação é de interesse particular pago com dinheiro público!!! Esta “corrupção aberta” notória e pública deveria em si, servir de condenação para todos os envolvidos. Não deveríamos precisar da Lava Jato para enquadrar ninguém porque eles não escondem o que estão fazendo!!! Os senhores “deputados indecisos” não estão preocupados com o mérito da questão em relação ao interesse coletivo apenas saber quanto vão ganhar com a história.

E a maioria deles, não tenham dúvida, será candidato e vai ganhar de novo, porque somos o povo mais tolo e miserável. Falta de estudo ou oportunidade não é desculpa para falta de bom senso. Muitas pessoas por mais humildes que sejam não perdem a noção de certo e errado. Não se vendem. Temos pessoas assim: o verdadeiros cidadãos brasileiros.

Mas tais não são a maioria. A maioria de nós é tacanha e mesquinha. Percebe o que está errado, mas procura migalhas e não mudar as coisas. Vota em alguém que não vê ou conhece pessoalmente, tampouco ideologicamente, apenas para agradar líderes políticos(?) locais que lhe darão migalhas no ano eleitoral. Somos um povo que, mais do que pobre materialmente é miserável moralmente.

Não falo apenas da situação atual, o que se passa hoje já vem acontecendo há muito tempo, e por isso, sei que os mesmos corruptos continuarão ganhando muitos votos e permanecendo com sua alma podre decidindo o futuro de uma nação inteira.

Os corruptos brasileiros não devem ter alma. Porque quem tem alma, tem consciência e pelo que vemos, pelo absurdo do qual somos testemunhas históricas, não há nenhuma consciência, bom senso ou humanidade em tudo isso.


De qualquer forma, o leilão da corrupção está aberto. Quem dá mais, leva mais. Logo virá o leilão do voto corrupto. E os corruptos darão lances pelo SEU voto corrupto. Estabeleça seu valor mínimo e venda-se. Você não é nada além de um produto de leilão..

quinta-feira

BRASILEIROS, COLÔNIA DA POLÍTITICA


Uma vez li uma frase interessante: “O brasileiro não é hospitaleiro, é colonizado” foi expressa pelo vocalista da banda Ultraje a rigor, Roger Moreira, referindo-se a como tratamos os estrangeiros.  Concordei ,em parte, porque se é fato que  temos  automatismos de subserviência, não coloco como determinante nossa afeição pelas pessoas como um mero “clic” automático, ao menos isso, nos permitam ter como qualidade.

Mas, destarte essa questão acredito, sim, que sofremos em nossa personalidade cívica um sério distúrbio que, na verdade, até hoje impede nossa formação integral como cidadãos do país Brasil e participante da comunidade Mundo, que é o que apontou Roger: Temos a mentalidade de colonos. Somos uma eterna vítima de um destino atrelado a um poder que simplesmente nos educaram como superior. Como sempre uma análise histórica explica muita coisa.

Quando tivemos a independência de Portugal, não houve sequer uma batalha, houve um acordo. E não haveremos de nos colocar contra acordos que impedem perda de vidas, porém, a questão é mais profunda. A independência nos apartou de Portugal e não da Monarquia, e isto foi um grande mal. À rigor, o povo não sentiu independência alguma, seu espirito não foi revitalizado com uma alternativa. A mente coletiva colonial subserviente a um monarca pôde permanecer em cada um, e arraigar-se em nossa cultura.

A República que veio muito depois chegou poluída pela mentalidade colonial de forma que o povo não entendeu seu papel, sua liberdade e seu poder. E não entende até hoje. Os políticos imediatamente assumiram seu lugar como nossos monarcas e principalmente colonizadores exploradores.

Dessa forma, eles nos exploram, roubam e se riem. Recolhem nossos impostos com voracidade e não distribuem em benefícios sociais. Alteram as leis a seu bel prazer para que possam fugir de investigações, compram favores, e quando não se aguentam sobre o próprio peso, é claro, aumentam os impostos.

Tudo pode ser feito porque não existe um povo livre para questioná-los e sim um  povo colonizado. O povo brasileiro reclama mas ama seus políticos como antigamente amava seus principes e monarcas. Não importa o que um ou outro faça, nós os defendemos, atacamos um ao outro e votamos neles outra vez. Não há eleição democrática que possa mudar a mentalidade de um povo, subserviente em uma cultura de colônia esculpida há centenas de anos.


Isto é um processo lento. Depende de educação, educação de qualidade. Não à toa, professores são perseguidos como se fossem conspiradores de uma hipotética inconfidência intelectual, é preferível enforca-los socialmente do que motivá-los. Acredito em pessoas que pensem,! Apenas issso. Um pouco de lógica e bom senso já dariam a resposta. Não ouço gritos selvagens de revolução, porque são estúpidas e em geral, trocam seis por meia dúzia. A questão não é o sistema e sim, as pessoas, sua falta de educação e civilidade. Enquanto mal orientados seja esquerda, centro, direita, extrema isso ou extrema aquilo, sempre, sempre haverão os colonizadores e os colonizados.

REFLEXÃO SOBRE A ESCÓRIA






quarta-feira

PRECONCEITO... SERÁ?




Não é de agora que o uso corrente do termo “preconceito” tem me incomodado profundamente. E a razão é a de que todos e incluo meios de comunicação diversos parecem insistir em uma compreensão equivocada.
Vejamos o que explica o dicionário Aurélio: 

1 Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial.

2 Opinião desfavorável que não é baseada em dados objetivos.

3 Estado de abusão, de cegueira moral.

4 Superstição.

Em todos os pontos fica claro que o preconceito vem da ausência de um conhecimento sobre o tema em que se cria uma opinião sem fundamento. Portanto trata-se de um pré – conceito. Parte-se do principio de que a ignorância é que gera a “cegueira moral”.

Permitam-me divergir. Não do significado do termo preconceito, mas sim, do seu uso corrente. No mundo atual será que podemos dizer que pessoas adultas não tem informação o que baste para elaborar seus próprios conceitos?

Ora, uma criança entre 02 e 06 anos sem dúvida pode ter vários pré-conceitos sobre as coisas que, afinal, não conhece. Mas, a partir da vida escolar diversos conceitos são transmitidos e ano após ano este conjunto de informações tende a aumentar.

Em minha opinião sobre muitos temas não temos preconceitos e sim conceitos! E na maior parte das vezes quando se diz que uma pessoa é preconceituosa, estamos na verdade suavizando a situação, alegando sem perceber um suposto desconhecimento da pessoa.

Mas isso não é verdade em todas as questões, especialmente as mais comuns vividas em nossa sociedade atual. A palavra correta para o que vivemos hoje em dia não é preconceito e sim, INTOLERÂNCIA. Um termo talvez, mais pesado, porém, preciso.

Não temos muitas pessoas pré – conceituosas em nossa vivência social e sim, e esta é a verdade, temos muitas pessoas INTOLERANTES! Ou seja, que CONHECEM sobre o que opinam e simplesmente NÃO TOLERAM! E a intolerância é obviamente o contrário da tolerância.

Se a tolerância gera a concórdia, gentileza e respeito, a intolerância é que vemos acontecer por aí: Discórdia, agressão e desrespeito. Em sã consciência, para usar um exemplo, você acredita mesmo que alguém desconheça que independente da cor da pele, todos temos o mesmo DNA humano que oferece em si todas as potencialidades igualmente? 

Será que alguém desconhece que somos todos da espécie humana, com as mesmas capacidades intelectuais e físicas? Alguém desconhece que o povo afro sofreu agruras sociais e culturais e ainda assim é mais do que valoroso? Alguém aí já leu algo sobre o jogador Edson Arantes do Nascimento, o Pelé?

O que estou querendo demonstrar é que não há este nível de desconhecimento nas pessoas, não há tão pouca informação assim. O que existe é ódio, é intolerância e esta é irracional. Mesmo com informação ela existe e agride o fruto de sua raiva.

Apenas não chamem isto de preconceito. É intolerância. Vivemos numa sociedade intolerante esta é a dura verdade, mas é encarando isto com clareza é que poderemos enfrentar este grande mal que persiste em nós. E um dia, vamos conseguir..!

segunda-feira

A (L) TITUDE MENTAL




Olhe ao seu redor. Observe o ambiente em que está neste momento. Como você o vê? A vida segue uma dinâmica tão intensa que somos levados de um lado para o outro muitas vezes sem controle da situação, corpos ao sabor das ondas de acontecimentos, situações e locais. E a movimentação contínua desta “roda-viva” anestesia nossa percepção.

E quando você menos percebe a vida se tornou automática. Você se resume às percepções básicas: trabalhar, alimentar e descansar. E com o tempo você esquece-se de cumprir um papel na vida porque deixou de senti-la, deixou de atuar sobre ela. 

Pare. Pense. Quem é você? Responder a esta questão pode ser algo surpreendente e perturbador se levada a sério. Mas é apenas voltando-se para si mesmo que você pode se observar ao invés de apenas observar os outros e esta diferença que irá lhe dar uma nova a(l)titude mental.

Observem altitude e atitude. Altitude é estar elevado, acima observando todas as questões sobre um ponto de vista diferente. O mundo parece muito pacífico e belo visto do alto e, no entanto é o mesmo mundo. O que mudou foi à perspectiva. Altitude mental é termos um pensamento superior que nos permite relativizar o tamanho das dificuldades. Nenhum obstáculo é maior do que você. Quantos obstáculos você acreditou gigantescos, mas que foram superados e pareceram tão menores depois? 

Atitude mental é concentrar-se em solucionar os problemas. Você jamais transforma uma pedra em montanha porque você tem altitude mental e você supera esta dificuldade porque possui atitude mental. 

Uma atitude mental reforça a altitude mental e vice-versa. É preciso parar e lembrar nossa capacidade de pensar, questionar e solucionar a vida. Não somos vítimas das circunstâncias, nós a criamos e definimos muito do que nos acontece. O que devemos ter é uma atitude diferente, atuante e sempre renovando nossa perspectiva das situações.

Com a correta a(l)titude mental não existem obstáculos que não possam ser superados e nem uma trajetória que não possa ser constantemente renovada.