Panacéia dos Amigos

segunda-feira

Vingadores do Espaço


 


Outra lembrança dos bons tempos da infância. Os heróis japoneses faziam mesmo nossa alegria. Assistia a todos. Spectreman, Ultraman, Ultraman Goh, Ultraseven, Vingadores do Espaço e Robô Gigante eram os heróis orientais cuja aventuras acompanhávamos com alegria e encantamento. Temíamos os monstros e alienígenas, vibrávamos quando os heróis usavam seus raios, armas e poderes diversificados para vencer. Ficávamos curiosos com os novos planos dos vilões alienígenas. Como haviam muitas séries ao mesmo tempo, não faltavam histórias. Depois era só sair para o quintal brincar de ser o seu herói favorito ou passar horas desenhando aventuras com eles. Fiz de tudo isso. E ainda bem que fiz. Anos 80. Séries, Desenhos, Brinquedos, Guloseimas. Quem viveu, viveu. 




Reminiscências a parte, na época eu mal desconfiava que a série houvesse sido produzida nos anos 60! Afinal, mal notávamos que os 52 episódios de Vingadores do Espaço esbanjavam maquetes de cidades feitas de isopor, bonequinhos e foguetinhos presos por linhas para voar e, fantasias de látex ­ e no caso de Goldar e de Rodak, roupas feitas de espuma. O que importava era a aventura, afinal de contas.


Outra informação importante que eu não poderia saber é que os Vingadores eram baseados na obra de Osamu Tezuka. O grande mestre criador de “Hinotori”, “Astro Boy”, “A princesa e o cavaleiro” entre outros. A série era então baseada na história de Tezuka e publicada como suplemento da revista Shonen Gahosha Magazine com o nome de "Ambassador Magma". O cartunista Tomio Sagisu, fundador da P-Productions entrou em contato com Tezuka e sua firma Mushi Productions para trasladar o personagem numa série de ação. Tezuka, que já havia planejado uma versão em desenhos animados, aceitou prontamente. O argumento televisivo tampouco era fiel ao original, convertendo-se nada mais do que uma continuação dos mangás. A série alcançou um sucesso maior no Japão, graças a fabulosa campanha de marketing realizada pelo gênio do mangá Osamu Tezuka e por ter sido a primeira série de TV em cores exibida na TV japonesa. O seriado foi apresentado originalmente pela rede de televisão japonesa Fuji Television entre 4 de julho de 1966 a 25 de setembro de 1967, num total de 52 episódios. Tomando como base as publicações do manga criado por Osamu Tezuka, Vingadores do Espaço tinha intenção de trazer uma história para a televisão que conseguisse concorrer diretamente com a série Ultraman produzida no mesmo ano por Eiiji Tsuburaya.


Falemos sobre o enredo. Na série televisiva a Terra está em perigo pois o cruel alienígena Rodak (Eu admito que achava o vilão mais temeroso na época. Ao menos visualmente, ao menos mais do que o macaco loiro Dr. Gori) quer dominar o planeta usando vários demônios e monstros para atacar o Japão.



Como conquistador de vários outros sistemas, o morcego espacial Rodak ambiciona acrescentar o nosso planeta à sua "coleção" e para isso ele envia vários monstros na tentativa de tomar o controle da Terra. Preocupado com o nosso planeta o velho sábio Matuzen do planeta ZFS, que residente no coração do vulcão no Monte Olimpo, envia a Terra duas de suas principais criações: os robôs Goldar e sua esposa Silvar.Goldar é um robô dourado (daí o seu nome), com uma altura de 14 pés e pesando 20 toneladas, já sua esposa Silvar, mesmo sendo uma robô prateada e com um tamanho humano, também tem as mesmas capacidades de combate do esposo. Todos têm antenas grandes que emitem raios Gama e transformam-se em foguetes e por uma abertura no tórax podem lançar mísseis.


Aqui na Terra Goldar conhece o garoto Miko, filho do famoso jornalista Tom Mura, este é ameaçado pelo tirano do espaço e toda sua família se vê envolvida de uma hora para outra numa verdadeira guerra. Quando Miko foi levado ao Monte Olimpo, Goldar e sua esposa ficaram encantados com a figura de uma criança e pediram a Matuzen para criar um filho para eles, surgia o garoto Gam, um menino foguete. Para proteger Miko e sua família, Matuzen entrega ao garoto um apito com o qual ele pode chamar Goldar e os outros de onde estiver, de posse do apito ele chamava os vingadores quando estava em perigo. Quando Miko assoprava o apito (em forma de foguete) uma vez,  chamava Gam; Silvar era chamada com dois sopros e Goldar com três sopros.

No Brasil a estréia de Os Vingadores do Espaço se deu na extinta Rede Tupi  em 1973 e ficou por um ano na emissora, sendo reapresentada na Rede Record no final dos anos setenta até sua última reprise na metade dos anos oitenta quando passava nas tardes da TV Bandeirantes, já com uma nova dublagem. Em 1993 o herói e sua família ganharam uma série em animação chamada Maguma Taishi (Embaixador Magma em português), mas que durou apenas 13 episódios.

Um marco importante deste seriado foi que nele foi introduzido o conceito básico de “robôs- transformers” (o herói e sua família viravam foguetes) e, em segundo, deu origem, em 1966, a primeira série live-action produzida totalmente à cores no Japão, a estréia de Ultraman foi praticamente uma semana depois. Nos anos 70, Vingadores pintou nos Estados Unidos. Foi nessa época que a série ganhou o nome americanizado de Space Avangers (que, ao chegar no Brasil virou Vingadores do Espaço) e seus personagens tiveram seus nomes adaptados para o público yankee. No Brasil a série também chegou na década de 70. Primeiro foi ao ar no Programa do Capitão Aza (com “z” mesmo) e mais tarde, já às portas dos anos 80, na TV Record ao lado de Sawamu, Robô Gigante, Ultra Seven, Pinócchio, Popeye e Spectreman (que seleção, hein? Era muito bacana de assistir tudo isto).


Assim foi os Vingadores do Espaço. Verdade seja dita me irritava o garoto que sempre tinha que chamar a família inteira um por vez. Ora, se a encrenca é a de sempre porque não chamar logo o Goldar? A gente era criança, mas não era burro! Hahaha! Mas, enfim são as incoerências da fantasia, fantasia e inocência que bem fazem falta a infância de hoje..


Fonte:
http://www.infantv.com.br/
http://henshin.uol.com.br/

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